segunda-feira, 30 de junho de 2008

Foi realizado estudo prospectivo de cirurgia artroscópica da articulaçäo temporomandibular em 57 pacientes com diagnóstico de desarranjos internos, com proservaçäo de dois anos. Os objetivos foram a discussäo da literatura referente à morfologia e fisiologia da ATM; à etiologia, patogenia, diagnóstico e tratamento dos desarranjos internos e a comparaçäo de diversos fatores, como idade, sexo, tipo de cirurgia, correlaçöes diagnósticas e qualidade de vida de pacientes com desarranjos internos desta articulaçäo. Os pacientes foram clinicamente avaliados e submetidos a tratamento conservador até o limite de sua eficácia. Utilizou-se a técnica cirúrgica artroscópica clássica, basicamente com lise e remoçäo de aderências intra-articulares. O total de articulaçöes operadas foi de 76, sendo 36 unilaterais (63,2 por cento) e 40 bilaterais (35,1 por cento). Os pacientes do sexo feminino totalizaram 41 (71,9 por cento) e do sexo masculino, 16 (28,1 por cento). Näo houve prevalência de cirurgias uni ou bilaterais entre sexos (p=0,7115). No grupo masculino, o tempo de ocorrência da sintomatologia pré-operatória foi maior do que nas mulheres (p=0,027). A abertura bucal média pré-operatória geral foi de 22mm; nos homens foi de 19,5mm e nas mulheres, 25mm (p=0,029). Os pacientes foram avaliados após um, seis, 12 e 24 meses de cirurgia, por meio de exames clínicos e questionários apropriados. Os dados foram submetidos à avaliaçäo estatística, tabulados, discutidos e apresentados graficamente. Os resultados demonstraram a eficácia da técnica artroscópica nos casos operados. Aos 30 dias, seis meses, um e dois anos observaram-se aberturas bucais mais amplas no grupo feminino (p=0,105) do que no masculino (p=0,105)... (AU)

Sìndrome de Sjögren - Lágrima Brasil

Para quem sofre da SS, muito instrutivo visitar o site do Lágrima Brasil:

http://www.lagrima-brasil.com.br/portugues/index.asp

Opinião - Dr. Romero Carvalho

Uma praga, que, até pouco, era endêmica das regiões metropolitanas dos grandes e médios centros urbanos, está se alastrando pelo interior aqui do Estado de Pernambuco e atraindo a atenção da nossa grandiosa massa de desassistidos do SUS.
Uma nova e nociva modalidade de "ESPECIALIZAÇÃO" em odontologia: Agora temos uma legião de DENTISTAS POPULARES.
O que diabos seria um DENTISTA POPULAR? Um dentista que cobra barato, um dentista que faz um serviço sabidamente capenga, um dentista que todos conhecem e tem acessso...? Respondo: mais um bizarro desarranjo mercantil da área da saúde, imposta pela descarga desenfreada e mal planejada de profissionais com pouca bagagem científica e muita sede de ganhar uma grana fácil e rápida, neste mercado de trabalho cada vez mais prostituído.

Dr. Romero Carvalho
Surubim - PE
Cirurgião-dentista pós-graduado em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial ortodontia e ortopedia funcional dos maxilares, membro da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor.
doutorromerocarvalho@hotmail.com

domingo, 29 de junho de 2008

Boca e garganta: o que são aftas?

O que são aftas?

A afta ou úlcera aftosa é uma doença comum, que ocorre em cerca de 20% da população.
É caracterizada pelo aparecimento de úlceras dolorosas principalmente na mucosa bucal podendo, raramente, aparecer nas gengivas e no céu da boca.
As aftas costumam ser precedidas por ardência e prurido, bem como pelo surgimento de uma área avermelhada.
Nessa área desenvolve-se a úlcera, recoberta por uma membrana branco-amarelado e circundada por um halo vermelho. Essas lesões permanecem cerca de 10 dias e não deixam cicatriz; em geral, o período de maior desconforto perdura por dois ou três dias.
Frutas ácidas como o abacaxi, assim como temperos picantes – ketchup, pimenta, mostarda, molho de tomate, vinagre, entre outros – podem funcionar como fatores desencadeantes, mas somente em quem apresenta uma tendência para o problema. Muitas vezes os pacientes são alérgicos: têm aftas quando ingerem certos alimentos.
Pequenos traumas na mucosa, distúrbios gastrintestinais, o ciclo menstrual e o estresse emocional também podem desencadear a lesão.
As aftas surgem na maioria das vezes em pessoas saudáveis, e não provocam febre nem mau hálito. Não é uma doença transmissível e não tem cura definitiva, sendo um problema que vai e volta. As feridas são limpas, pois não há nelas fungos ou bactérias que desencadearam o problema. No entanto, há um traço familiar envolvido, Filhos de pais portadores de aftas apresentam chances bem maiores de também sofrerem com aftas. As aftas doem porque são lesões ulceradas: há exposições do tecido conjuntivo, que é rico em vasos e nervos, o que provoca dor. Além disso, o quadro pode ser agravado por infecções causadas por micro organismos do meio bucal.
Não existe tratamento que seja eficaz para todos os portadores de aftas. Alguns têm uma lesão aftosa uma vez por ano; outros apresentam lesões múltiplas com grande freqüência.
As medicações de uso oral, como os supressores do sistema imunológico, são mais efetivas na redução dos sintomas, mas possuem diversos efeitos colaterais, às vezes graves, sendo, por isso, reservados para os casos mais severos da doença, exigindo o acompanhamento atento de um especialista.
Para os indivíduos com quadros clínicos mais leves, a melhor abordagem é a aplicação tópica de anti-séptico, em forma de colutório ou spray, sendo este mais prático, antiinflamatórios, anestésico ou protetores de mucosa, naturais ou sintéticos.
Quem tem propensão a aftas deve evitar consumir frutas e alimentos ácidos e, na medida do possível, combater o estresse. Não coma alimentos ácidos capazes de agravar a situação. Medicamentos como mercurocromo são agressivos para este tipo de ferida.
Lembre-se pois é muito importante: Um médico ou um cirurgião - dentista devem ser consultados para um adequado diagnóstico e orientação terapêutica.


Fonte: Tratando Alergia.
www.tratandoalergia.com.br

Montanhismo no Brasil - Pico dos Marins

Gostaria de agradecer ao nosso amigo Milton, por ter nos ajudado na travessia do Pico do Marins-Pico do Itaguaré.





Base Marins: http://www.basemarins.multiply.com/


Visite também: Rebel Lands - Mountain & Life

http://therebellands.blogspot.com/

sábado, 28 de junho de 2008

Dúvida de paciente. Flúor.

Qual é a diferença entre o flúor em bochecho – Plax, Cepacol – e o flúor aplicado em consultório?

No caso do flúor do consultório, a aplicação é feita com o auxílio de uma moldeira. O produto é um gel de flúor acidulado que penetra um pouco mais no esmalte. Além disso, é cerca de 1400 vezes mais concentrado em relação às soluções bucais.

Concluindo - é infinitamente mais potente e tem maior poder invasivo sobre o esmalte.

Minha opinião: atualmente, a tendência é a odontologia preventiva. Devemos trabalhar e convencer cada dia mais nossos pacientes da importância de prevenir.

O que é ideal para se manter um baixo risco de cáries no adulto?

Uma visita a cada seis meses, com uma aplicação tópica de flúor acidulado em consultório é geralmente suficiente. Pode ser feita uma suplementação com fluoreto caseira, indicando uma solução bucal para o paciente usar em casa.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Bafômetro flagra motorista que usou anti-séptico bucal

Bafômetro flagra motorista que usou anti-séptico bucal

Uma blitz realizada por homens do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, entre a noite de ontem e a madrugada de hoje, flagrou até mesmo um motorista que havia utilizado, uma hora antes, um anti-séptico bucal que contém álcool. O carro de um bancário, de 25 anos, foi parado em um bloqueio no cruzamento da Rua dos Timbiras com a dos Andradas, na região central de São Paulo. Ele ia encontrar amigos em uma festa.
"Eu não bebo, não fumo e não uso drogas. Fiquei surpreso com o resultado do bafômetro", contou. O equipamento acusou 0,01 miligrama de álcool por litro de ar expelido - o limite aceito pela nova lei, que começou a valer na sexta-feira, é 0,1. Como estava dentro da tolerância permitida, o bancário foi liberado. "Daqui para a frente, vou usar um produto sem álcool."
Aparelhos descartáveis - A Polícia Militar vai recorrer até mesmo a bafômetros descartáveis, nunca antes usados. O objetivo é fechar o cerco nas blitze e atender à lei federal, que determina tolerância zero para o comportamento recorrente de beber e dirigir.
Atualmente, a corporação conta com 11 etilômetros, aparelhos digitais para a detecção de álcool no organismo. "São suficientes para a fiscalização na capital, mas teremos um reforço de 40. Na falta dos aparelhos, vamos usar os bafômetros descartáveis, que ficam de stand by", disse o tenente do 34º Batalhão (Trânsito) Sérgio Marques, responsável pela coordenação das blitze 'Direção Segura'. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Opinião:
Realmente há antissépticos que são verdadeiras aguardentes, como o Listerine. Nunca entendi o porquê dos fabricantes colocarem tanto álcool na composição.
Atualmente, estão sendo substituídos por fórmulas sem álcool. Gosto bastante do Plax sem álcool e sem corante.

André

Agradecimento

Dra. Mariana e eu agradecemos pelos produtos doados pelo laboratório Apsen - Tatiana Higa.

Muito obrigado.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Crítica - acusações contra ortodontista

Ontem ouvi pesadas críticas a um colega ortodontista. Percebi que há certa desconfiança em relação à especialidade.
No caso, a mãe acusava o dentista de enrolar com o tratamento, deixar a criança com o máximo de tempo possível e recusar interromper o tratamento.
Como foi apenas uma reclamação verbal e não há provas, fico bem chateado, pois queremos elevar nossa categoria.
Sabemos que isso acontece mesmo e que a ética não é elemento de muitos colegas. Mas o público deve realmente se defender dos abusos.
André

terça-feira, 24 de junho de 2008

Dúvida relevante de uma paciente: dor na ATM

BlogBlogs.Com.Br
"Dr.André, Bom dia.

Voltei a tomar o Mionevrix, estava sentindo dores fortes. E queria saber se tem alguma coisa a ver em fazer esforço fisíco, porque tem dias que meu rosto fica inchado do lado esquerdo, e eu fico preocupada."

Marilac

(Publicação autorizada pela própria paciente).

Oi!

Sim, há relação. Mas é o oposto do que o público pensa.

Seus músculos estão tão fracos que qualquer esforço físico causa dor. Uma simples refeição, quando a pessoa está com os músculos mastigatórios fracos, pode causar dor na ATM.

A pessoa precisa passar por reabilitação, ou seja "musculação" para os músculos mastigatórios.

Acho que é isso que falta no seu tratamento, sempre desconfiei disso.

Dr. André

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Tratamento da dor na ATM

Repito que sou contra o tratamento somente com a placa miorrelaxante.

Tenho visto casos em que o paciente usa a placa para sempre, sem nada feito em paralelo.

Conheci uma pessoa que usa a placa há doze anos.

Discordo desses tratamentos, que os chamo de "tratamento de esquecimento".

É minha opinião.

André

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Deslocamento anterior de disco - DAD


Essa é uma das patologias funcionais mais comuns da ATM.
Normalmente, é a maior responsável pelos estalos ao abrirmos a boca.

Costuma ser unilateral, ou muito mais raramente, bilateral. Há duas classificações - com ou sem redução, que na minha opinião são irrelevantes. Servem apenas para fim didático

O tratamento é sempre medicamentoso e fisioterápico.

sábado, 14 de junho de 2008

Entrevista com Dr. José Tadeu Tesseroli de Siqueira

A entrevista é uma publicação antiga, mas o tema é atualíssimo.

Dr. Drauzio Varella entrevista Dr. José Tadeu.

( http://drauziovarella.ig.com.br/entrevistas/orofacial.asp)

Dr. José Tadeu Tesseroli de Siqueira é cirurgião-dentista e coordenador do Ambulatório de Dor Facial da Divisão de Odontologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Um dos maiores especialistas do Brasil sobre o tema.

Site oficial do Dr. Drauzio Varella: http://drauziovarella.ig.com.br/






Quando se fala em dor orofacial, a primeira lembrança que nos ocorre é a dor de dente, uma dor às vezes lancinante, difícil de suportar. Não faz tanto tempo assim, a única solução para minorar o sofrimento era extrair o dente comprometido. Por isso, raríssimas pessoas chegavam à maturidade sem usar dentadura.No entanto, especialmente se são difusas e recorrentes, as dores orofaciais podem ser sintoma de muitas outras doenças. Neoplasias de cabeça e pescoço, leucemia, neuralgia do trigêmeo estão entre as enfermidades que têm a dor como queixa inicial do paciente. O diagnóstico requer cuidado e experiência profissional. Nem sempre é fácil distinguir a dor de dente das neuralgias, mas é possível. Talvez seja esse um bom caminho para evitar extrações e padecimento desnecessários.

Drauzio – O que se entende por dor orofacial?

José Tadeu – Chamamos de dor orofacial a que provém dos dentes, da boca e dos maxilares. Sem dúvida, a mais freqüente delas é a dor de dente.

Drauzio – Qual é a explicação para os dentes provocarem dores tão intensas?

José Tadeu – Embora a estrutura do dente seja pequena, é anatômica e neuralmente complexa. Ele possui uma caixa externa dura, semelhante ao osso, constituída pela dentina e pelo esmalte. Em seu interior, há um canal por onde passam só vasos e nervos. Inflamação dentro desse canal dificulta o extravasamento do edema e dos líquidos que ali se formam. Isso cria uma pressão que produz dor muito forte. O dente tem outra característica interessante. Toda sua enervação e vascularização entram pelo ápice da raiz, um orifício muito pequeno existente em sua extremidade inferior.

Drauzio – É um orifício existente na ponta da raiz que prende o dente ao osso…

José Tadeu – Em parte é isso mesmo. Na verdade, o dente é uma estrutura rígida que se fixa ao osso da mandíbula ou do maxilar por um ligamento. Portanto, é uma estrutura articulada com o osso, uma articulação microscópica com movimento bem pequeno, pois se desloca aproximadamente um décimo de milímetro. Por isso, apertar exageradamente os dentes durante o sono ou mesmo durante as atividades diurnas produz uma isquemia que causa inflamação ao redor do ligamento e a sensação de dor ou de crescimento do dente.

Drauzio – Muitas pessoas têm bruxismo, ou seja, cerram os dentes com tanta força enquanto dormem que acordam com dor forte nos dentes. Por que isso acontece?

José Tadeu – O bruxismo do sono, isto é, o apertamento ou ranger dos dentes que se manifesta geralmente à noite, não se sabe por que, acomete 15% das crianças. À medida que as pessoas envelhecem, porém, há uma redução dessa prevalência e não mais do que 2% ou 3% dos idosos rangem os dentes enquanto dormem. Muitos anos atrás, imaginava-se que o bruxismo era uma doença. Atualmente se sabe que talvez seja uma resposta normal do organismo. Em algumas pessoas particularmente, pode estar ligado a fatores genéticos, visto que existem famílias em que avô, pai, filho e neto têm padrão semelhante de apertamento. Por isso, atribui-se importância fisiológica ao bruxismo.

Drauzio – Como se diagnostica o bruxismo?

José Tadeu - Existe um centro de padrões de atividades automáticas no sistema nervoso central. Assim como andar, respirar, mastigar são movimentos automáticos, alguma coisa no córtex central estimula o núcleo motor do trigêmeo e faz com que o indivíduo aperte ou ranja os dentes. De modo geral, a população tem fases em que aperta os dentes de forma mais intensa, mas apenas são categorizados como portadores de bruxismo aqueles que os apertam acima de 30% do valor da máxima força de contração da mandíbula. O número de episódios durante o sono também é levado em consideração para diagnóstico. As polissonografias, isto é, os exames do sono, ajudam a determinar esses dados.

Drauzio – Que problemas provoca esse apertar exagerado dos dentes?

José Tadeu – O principal problema é o desgaste dos dentes e o dolorimento porque a compressão exagerada pode levar à isquemia dos vasos que entram no ápice da raiz e depois à necrose dos vasos, dos nervos e da polpa dentária. Normalmente é uma dor de curta duração que tem como causa a isquemia, a falta de circulação dentro do dente.

Drauzio – A pessoa chega a acordar por causa dessa dor?

José Tadeu – Alguns pacientes relatam que sim e que também acordam com a sensação de que estavam fazendo ruído com os dentes. Na grande maioria dos casos, porém, é o cônjuge ou alguém que dorme no mesmo quarto que percebe o problema. Não é incomum ouvi-los dizer que não adianta sacudir a pessoa ou tentar acordá-la, porque ela volta a dormir e continua rangendo os dentes.

Drauzio – Às vezes, as pessoas se queixam de dor de dente e o dentista diz que o problema está na gengiva e não no dente. Quais são as causas mais freqüentes da dor na gengiva?

José Tadeu – Eu diria que a mais freqüente é a infecção oportunista chamada periodontite que afeta primeiro a gengiva e depois a inserção entre o dente e o osso (periodonto). Diria também que o diagnóstico da dor gengival é relativamente simples. Em geral, esses pacientes têm histórico de sangramento quando escovam os dentes ou passam fio dental e, dependendo do alimento, quando mastigam.As dores de gengiva são mais difusas. Às vezes se manifestam na face, na cabeça ou na região cervical e são difíceis de localizar com precisão. Uma das causas desse tipo de dor pode ser o traumatismo por apertamento. A inflamação é inespecífica. A não ser no exame clínico e no levantamento da história do paciente, não se encontram dados em radiografias, nem alterações nos dentes que justifiquem o sintoma. Desse modo, as dores do periodonto provocadas pelo bruxismo são as que mais dificultam o diagnóstico por causa da ausência de sinais clínicos e macroscópicos específicos de lesão, já que se trata de uma alteração vascular por isquemia.

Drauzio – Uma das dores mais terríveis que o ser humano relata é a neuralgia do trigêmeo que, em geral, dura pouco, mas vem com força máxima. Não só os leigos a confundem com dor de dente; há profissionais que também confundem. Como se explica isso?

José Tadeu – Esse é um tema importante, inclusive sob o ponto de vista de saúde pública. Comparada com a dor de dente, a prevalência da neuralgia do trigêmeo não é grande. Acontece que dada a intensidade da dor e o fato de que muitos pacientes foram perdendo gradativamente os dentes por causa dela, é indispensável estabelecer diagnóstico diferencial entre as duas.O problema é que, às vezes, a neuralgia do trigêmeo se manifesta como dor de dente ou na gengiva e existem atividades rotineiras que podem desencadeá-la, por exemplo, escovar os dentes, passar fio dental, mastigar, engolir. O paciente acha que é dor de dente, e para ele é mesmo, porque ela vem de uma região do sistema nervoso central que corresponde aos dentes e à área sensitiva da face.Por isso, é importante definir as principais características dessas dores. A neuralgia do trigêmeo é uma dor em choque, de curtíssima duração, desencadeada por toque leve ou por fatores que normalmente não causariam dor. A dor de dente - em geral, uma pulpite - quando é forte, dura mais do que alguns segundos. Chega a durar horas e a acordar o paciente durante a noite. É uma dor latejante, porque é vascular, e pode espalhar-se no segmento dos dentes, da face ou por todo o crânio, em virtude da sensibilização que provoca no sistema nervoso central e que amplia a sensação de dor.Como dentista, convivo com um grupo interdisciplinar no Hospital das Clínicas, o Centro de Dor da Neurologia, que tem estudado pacientes com neuralgia e com dor de dente para saber, entre outros temas, qual a prevalência da extração de dentes no Brasil ou por que nós, os dentistas, ainda extraímos dentes. Tudo indica que, muitas vezes, pessoas com neuralgia de trigêmeo procuram o médico clínico e saem sem diagnóstico porque não é fácil fazê-lo. Um trabalho que finalizamos recentemente mostrou que, se considerarmos a população com neuralgia do trigêmeo há mais de dez anos, todos os pacientes já perderam os dentes e entre os que apresentam a doença há um ano, metade não tem mais os dentes.

Drauzio – A que se deve um número tão alto de extrações?

José Tadeu – No começo, imaginava-se que era por erro de diagnóstico do dentista. Em parte, é verdade, porque os profissionais de saúde, o dentista e o médico clínico, nem sempre conseguem diagnosticar a neuralgia do trigêmeo quando não têm experiência com a doença e porque a dor se confunde com vários tipos de dor de dente.

Drauzio – Com que tipos de dor de dente a neuralgia do trigêmeo se confunde?

José Tadeu – Um dos tipos mais comuns é a dor do colo dentário, uma dor aguda de curta duração, semelhante a um choque, que aparece quando se toma sorvete, por exemplo.

Drauzio – O que se pode fazer para reverter esse quadro?

José Tadeu - Os pacientes com neuralgia que perderam a metade dos dentes por erro de diagnóstico evidenciam a necessidade de treinamento e educação continuada. Eu diria, porém, que não é só a ignorância dos profissionais que pesa. Uma das principais causas é o fato de a dor de dente ser muito variada em sua expressão clínica e isso, às vezes, confundir o próprio paciente. Talvez a conduta mais indicada para esses casos seja o dentista não retirar o dente se não encontrar alterações que justifiquem a extração. Ele deve encaminhar o paciente para um colega com experiência na área ou para um neurologista antes de tomar qualquer medida radical.A pessoa que sabe que tem neuralgia do trigêmeo pode entrar num ciclo de dor crônica e ser obrigada a submeter-se ao uso constante de remédios, à mudança de doses e, às vezes, a cirurgias. No entanto, pessoas socialmente próximas, inclusive os profissionais que cuidam dela, começam a sugerir que ninguém pode tomar remédios a vida toda só por causa da dor. Isso talvez a estimule a procurar novas alternativas de tratamento, achando que o diagnóstico não está fechado. Na verdade, o problema é que o paciente com neuralgia entra num ciclo de dor crônica em que recebe um sem-número de “informações desinformadas” e, na busca de alternativas, acaba tendo mais um dente removido. O curioso é que, mesmo extraindo todos os dentes, não consegue usar dentadura porque ela dispara a dor da neuralgia.

Drauzio – Que tragédia!

José Tadeu – A neuralgia do trigêmeo é relatada há mais de mil anos e as características do diagnóstico são claras. Anos atrás, fazendo um levantamento da prevalência da dor em Odontologia, encontrei um trabalho apresentado num congresso de 1929 por um profissional do Rio de Janeiro que discutia a dor de dente e a dor das neuralgias maiores, como eles chamavam a dor de dente que se manifesta à distância, no ouvido, na cabeça, ou são totalmente difusas na face. Naquela época, já existiam os mapeamentos faciais mostrando como essas dores se apresentam.Dependendo da localização do dente, há uma área mais específica ou mais comum de manifestação da dor. Por exemplo, alterações nos molares inferiores podem manifestar-se como dor de ouvido que, por sua vez pode ser sinal de problema na coluna cervical ou da articulação têmpero-mandibular. Essa sintomatologia variada leva à dificuldade de diagnóstico e exige treinamento maior na semiologia da dor.Você me perguntou por que o dente dói tanto. Além do aspecto local, tem o aspecto ligado ao sistema nervoso central. A representação da boca e do maxilar no córtex sensitivo é muito grande.

Drauzio – Por ser uma área tão importante do corpo, a boca tem grande representação cerebral.

José Tadeu – Estão ligadas à boca funções importantes como a amamentação e a respiração, por exemplo. Toda nossa vida vegetativa tem relação com esse segmento da face.





CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA DOR ORO-FACIAL NEUROPÁTICA (nevralgia do trigêmeo)
• A dor é unilateral, lancinante e severa com picos de alta intensidade.
• A dor é provocada por estímulos periféricos relativamente inócuos em zonas consideradas de disparo como lábios, gengiva e durante a mastigação.
• Não são observados nenhum comprometimento de alguma patologia nos elementos dentários.
• A utilização de anestésicos locais por infiltração ou por bloqueio pode determinar alívio da dor se as zonas de disparo for num dente ou a região próxima a ele.

A nevralgia do trigêmeo é uma nevralgia que especificamente envolve o nervo trigêmeo podendo ocorrer sintomatologia na mandíbula e maxila unilateralmente atingindo um ou todos os elementos dentários.A dor pode ser desenvolvida espontaneamente ou mesmo através de estímulos considerados inócuos como tocar os lábios ou a gengiva, escovar os dentes e o ato de mastigar. Entre os surtos os pacientes tornam-se assintomáticos.


(O CONTROLE DA DOR EM ODONTOLOGIA ATRAVÉS DA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA - Rodney Garcia Rocha e colaboradores)

O hábito da automedicação


Algum remedio para dor na atm??alguem pode me ajudar????e urgente?
urgente..algum relaxante muscular para atm que compra sem receita?”

Olhem só - o mau hábito que muito vive em nosso País. Em razão do costume da automedicação, as pessoas recorrem a outras pessoas não qualificadas.

Aqui penso ser apenas a garotada tentando ajudar uns aos outros. Torna a brincadeira mais séria.

Não acredito que haja dolo ou má intenção, muito pelo contrário.

Não quero dar bronca em ninguém, mas acho que não devo me omitir. Tenho respondido algumas destas perguntas no Yahoo, na meta de conseguir esclarecer um pouco as dúvidas.

Concordam?

André

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Centrinho de Bauru

Link para o hospital de referência na América Latina, o famoso "Centrinho de Bauru".

Hospital de Reabilitação de Anomalias Crâniofaciais da Universidade de São Paulo:
http://www.centrinho.usp.br/

Medida fisioterápica: contraste térmico

É um ótimo meio físico para o alívio da dor e inflamação.
Na prática, sabemos que os pacientes não têm muita paciência para seguirem à risca. O profissional precisa ser um pouco realista ao indicar.

Quem é disciplinado, pode fazer da seguinte forma:

1°) calor, durante 20 minutos

2°) intervalo de 10 minutos

3°) gelo, durante 20 minutos

O calor úmido deve ser feito com uma bolsa emborrachada. O gelo, mais simples, pode ser feito com três cubos de gelo dentro de uma toalha mais fina.

Não façam gelo ou calor diretamente na pele! Pode haver queimaduras, por isso sempre use um tecido antes da pele do rosto.

O que vejo na prática clínica?

Os pacientes acham muito complicado realizar as três etapas. Acabam fazendo só uma delas, de acordo com seu gosto. Nada contra.

Verifiquem também o tópico, postado aqui no blog, sobre as indicações do calor ou do gelo.

André

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dica aos pacientes com dor crônica

Em alguns casos, o paciente fica exausto e descrente em relação aos analgésicos. No mais nas dores crônicas.

Nas dores rebeldes, o paciente já tomou tantos medicamentos diferentes que já não quer mais ouvir falar neles - é uma queixa comum na prática diária.

Depois dessa fase, surge aquela "fase da conformação". O paciente pensa que não há mais jeito e trata de se acostumar com a dor.

É a fase mais triste. Pois é um sofrimento muitas vezes evitável.

Uma dica importante: não existem apenas os analgésicos por via oral. Há também aqueles de uso tópico - os géis.

São bastante eficazes para as dores musculares. No caso do rosto, é possível aplicá-los também. Quando a dor se localiza diante dos ouvidos, o paciente pode valer-se de uma aplicação de gel no rosto. Pode ser usado até quatro vezes por dia. A única contra-indicação é a alergia.

As pessoas me perguntam - não vai queimar o meu rosto? Não.

Quais são nossas opções?

Cataflam Gel, Nisulid Gel, Profenid Gel e Feldene Gel. Há também os naturais como a Arnica, por exemplo.


Também estão disponíveis em produto genérico.

Costumo indicar também para aqueles pacientes que não tomam remédios, por motivos de consciência. Há outros que só se medicam com homeopatia e que recusam a alopatia.

Acho uma boa opção para o controle de certos tipos de dor oro-facial.

André

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Yahoo! Respostas

"Paralisia Facial - Anestesia Dentária?

Bom Dia!
Gostaria de uma opinião se possível de algum dentista, por favor!
Ontem fui tratar do meu siso do lado direito.Era algo pequeno e pedi para a dentista aplicar anestésico, ela relutou, mas aplicou.
Tratamento 15 minutos. Após sair do consultório, me olhei no espelho, pois percebi dificuldade em piscar no olho esquerdo e me deparei com um monstro. Me desesperei pois meu olho direito estava estatalado e minha boca completamente torta, além do normal.
Fui direto ao PS, e fiquei a tarde toda em observação. Fiquei mais ou menos uma hora e meia com a paralisia facial, depois conforme a anestesia foi passando já conseguia pelo menos fechar o meu olho direito.
A minha sorte foi que ela apenas encostou no nervo, senão teria sido mais sério. Bom o neuro me receitou Benerva e alguns cuidados.Será que foi erro da dentista ao aplicar a anestesia?
Esta deveria ter tirado um raio-x para verificar onde estava localizado o nervo?"

V.
Olha, vou te falar a realidade.
A verdade é que nenhum dentista do mundo enxerga a posição do cordão nervoso mandibular, bucal ou pterigóideo. É impossível saber com precisão onde eles estão.O que nós fazemos é aplicar anestesia de acordo com as estatísticas do local onde ele está na grande maioria das vezes. Sempre buscamos depositar o anestésico próximo a ele, nunca diretamente nele.
Às vezes, ele está deslocado e acabamos picando em cima do nervo.
Motivo: não dá para ver. Muito menos com radiografia, que não mostra os nervos. Apenas visualizaos os ossos e canal mandibular.

Tratamento: é aquele mesmo, complexo B e eventualmente, um corticóide.Todos os dentistas do mundo cometem esses acidentes. Não foi intencional de sua dentista.

Certo?

Cartilha Aliviador - Instituto Simbidor

É um texto de bom interesse para o paciente que sofre com dor crônica.

Há a participação do Prof. Dr. José Tadeu Tesseroli de Siqueira, o maior dentista-especialista em dor no Brasil - é autor de dezenas de trabalhos sobre dor odontogênica e oro-facial.


Brevemente, postarei uma entrevista com o Dr. Tesseroli.

Boa leitura.

http://www.aliviador.org/cartilhaaliviador.pdf

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Pergunta pelo Google Groups (dtmedororofacial@googlegroups.com)

"...
Tenha um bom dia!!!

Olha Dr. André, quero que saiba que é muito gratificante quando encontramos um profissional que realmente segue a ética médica feito o senhor, que se preocupa com pessoas que nem sequer conhece; quero que saiba que são exatamente pessoas do seu tipo que me fazem acreditar em um mundo melhor.

Quanto a dor, tende a me atormentar ao ponto de pensar ter outro tipo de doença e não ATM; portanto tomando a liberdade gostaria de lhe fazer algumas perguntas.

1ª De que maneira um médico pode detectar ATM OU DTM, somente apalpando a mandíbula do paciente; não seria preciso uma radiografia?

2ª Estou usando esse aparelho há 4 meses, sigo minuciosamente como o médico indicou, e ao longo destes dias não tenho visto nenhum resultado.O normal não seria ter pelo menos amenizado as dores?

3ª Seria normal sentir tanta febre, só na cabeça; pois não sofro por proplemas de alergia nem resfriado?

4ª Por que as minhas amígdalas são tão vermelhas e sai uma baba pegajosa e dura, teria isto a ver com o uso do aparelho?

Olha Dr. tudo isso me deixa confuso pois tenho quase que certeza de que não tenho ATM alguma.
E problema na garganta. Poderia?"

V.G
Fortaleza - CE

André:

Bom, se suas amígdalas estão vermelhas, com secreção e febre, muito provavelmente vc está com amigdalite infecciosa.
A melhor conduta é vc procurar um médico para examinar sua garganta e se fechado diagnóstico de amigdalite, passar os antibióticos. Isso é urgente!

Sobre os exames para saber se a pessoa sofre de disfunção, é o seguinte:

1) fazemos o exame físico dos ossos e dos músculos. Em especial, verificamos se os músculos da mastigação estão fracos ou fortes.
Isso é essencial.

2) depois , pedimos uma radiografia panorâmica simples, para visualizar a articulação, os dentes e os dois ossos maxilares.

3) entramos com as medicações e com fisioterapia. Tudo para controlar a dor do paciente.

4) indicamos para o ortodontista, depois que passar a fase álgica aguda.

Sociedade Paulista de Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares

Convém ao paciente visitar:


http://www.spo.org.br/


Pergunta e resposta

É necessária a profilaxia antibiótica em crianças portadoras de CIV com abscessos na dentição decídua?
Paciente com 7 anos, portador de comunicação intra-ventricular, comparece à unidade de saúde com abscesso dentário recorrente no segundo molar decíduo.
O tratamento será a extração do dente.
É necessaria a profilaxia antibiótica? E a continuação por 5 a 7 dias no pós-operatório?

L.F



André: eu o faria, com antibioticoterapia pré e pós-operatória. Com cefalexina, 250 mg, suspensão, três vezes ao dia, durante cinco dias.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Texto da Revista Fator

Dor de cabeça crônica: a solução pode estar no dentista (11/4/2008)


Causa insuspeita de dores da cabeça atrozes, problemas na articulação da mandíbula ainda podem passar despercebidos nos consultórios médicos. O diagnóstico é feito pelo dentista e o tratamento da disfunção dessa articulação devolve sorrisos para quem sofreu tanto sem saber por quê.

Disfunção da articulação temporomandibular (ATM): o nome é difícil, mas, uma vez feito o diagnóstico no consultório odontológico, o tratamento da articulação que liga o maxilar à mandíbula descomplica a vida de pacientes desenganados em consultórios médicos.
Especializada em ATM, a dentista Simone Carrara indica que 90% dos pacientes que têm a disfunção têm dor de cabeça crônica. "Pouca gente imagina que uma dor de cabeça pode ser tratada pelo dentista", comenta. A maioria dos seus pacientes recorreu a diversos especialistas da medicina antes de procurá-la. Além da dor de cabeça, dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos, estalidos ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca e até dores nas costas podem afligir pacientes de várias idades e estão relacionados com disfunções na ATM. "A articulação temporomandibular é uma das mais complexas do corpo humano, pois está ligada também ao crânio", explica Simone Carrara.
Essa articulação, que possibilita à mandíbula mover-se para frente, para trás e para os lados, pode desgastar-se com hábitos relacionados à tensão, ao encaixe da mordida e até à postura corporal. A boa notícia é que os novos tratamentos não usam mais técnicas invasivas. "Sem cirurgia e sem intervenções agressivas é possível eliminar a causa da dor e se livrar de vez de remédios que não resolviam, mas apenas aliviavam os sintomas", salienta Carrara.
Placas de acrílico, intervenção em hábitos e posturas, fisioterapia com laser e ultra-som são algumas soluções propostas. A dentista comemora o fato de mais médicos estarem se sensibilizando em relação à ATM e encaminhando pacientes para consultórios odontológicos.
Ela observa ainda que, embora seja pouco conhecido, o problema atinge cerca de 10% da população, sem distinção de idade. Carrara assegura que praticamente todos os pacientes respondem positivamente ao tratamento e que, em muitos casos, a dor pode desaparecer em menos de duas semanas. As dores crônicas atingem quase metade dos adultos e são consideradas as principais causas de ausência no trabalho, aposentadoria por doença e baixa produtividade.

Fonte: www.revistafator.com.br

4° Congresso Internacional de Odontogia ABO São Paulo

CIODONTO:

De 10 a 13 de junho, no Expo Center Norte

http://www.odontobrasil.net/

terça-feira, 3 de junho de 2008

Diagnóstico diferencial: sinusite x dor na ATM

Não raro, confundimos as duas algias. Em especial, nos pacientes que sofrem de sinusites crônicas.

Segundo um excelente trabalho O CONTROLE DA DOR EM ODONTOLOGIA ATRAVÉS DA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA, do Prof. Rodney Garcia Rocha e colaboradores - equipe da disciplina de Clínica Integrada da FOUSP.
(Texto na íntegra:
http://www.acdc.com.br/anais/15%20coic_anais/rodneyrocha.pdf)

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA DOR ORO-FACIAL – SEIO MAXILAR

1) A dor é constante e efetiva com sintomatologia na região de molares ou no quadrante superior.
2) Os pacientes relatam pressão e dor na região entre os olhos.
3) A dor aumenta com o abaixamento da cabeça.
4) A dor pode ser exacerbada pela palpação sobre o seio maxilar.
5) Comumente associada história de sinusite ou infecção das vias aéreas superiores.
6) O diagnóstico poderá ser confirmado por exame radiográfico específico.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA DOR ORO-MIO-FACIAL

1) A dor não é pulsátil, mas constante.
2) Não se observa nenhum comprometimento de alguma patologia nos elementos dentários.
3) A dor não aumenta quando do estímulo do dente ou dentes referidos.
4) A dor aumenta com a movimentação do músculo envolvido (pontos de disparo).
5) A utilização de anestésicos locais na região dos dentes referidos não determina o alívio da dor.
6) A aplicação de anestésicos locais em forma de spray e o estiramento do músculo envolvido reduzem a dor.

André:
Há ainda a famigerada sinusite odontogênica pós-operatória.
Na sua forma mais comum, aparece alguns dias após uma exodontia de terceiro molar superior. Geralmente, uma comunicação buco-sinusal inicia o processo infeccioso dos seios maxilares.
Raro o paciente associar com a cirurgia dentária, pois ela costuma dar sinais e sintomas após duas a quatro semanas contadas da exodontia.


"As infecções odontogênicas que podem envolver o seio maxilar incluem doença periapical aguda ou crônica, e doença periodontal. Infecção e sinusite podem também ser resultado de trauma dentário ou de cirurgia na parte posterior da maxila, incluindo exodontias, alveolectomias, redução da tuberosidade ou outros procedimentos que causam comunicação entre cavidade oral e o seio maxilar" - Peterson, Cirurgia Oral e Maxilo-facial Contemporânea, 3ª edição p. 462

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