Dor de cabeça crônica: a solução pode estar no dentista (11/4/2008)
Causa insuspeita de dores da cabeça atrozes, problemas na articulação da mandíbula ainda podem passar despercebidos nos consultórios médicos. O diagnóstico é feito pelo dentista e o tratamento da disfunção dessa articulação devolve sorrisos para quem sofreu tanto sem saber por quê.
Disfunção da articulação temporomandibular (ATM): o nome é difícil, mas, uma vez feito o diagnóstico no consultório odontológico, o tratamento da articulação que liga o maxilar à mandíbula descomplica a vida de pacientes desenganados em consultórios médicos.
Especializada em ATM, a dentista Simone Carrara indica que 90% dos pacientes que têm a disfunção têm dor de cabeça crônica. "Pouca gente imagina que uma dor de cabeça pode ser tratada pelo dentista", comenta. A maioria dos seus pacientes recorreu a diversos especialistas da medicina antes de procurá-la. Além da dor de cabeça, dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos, estalidos ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca e até dores nas costas podem afligir pacientes de várias idades e estão relacionados com disfunções na ATM. "A articulação temporomandibular é uma das mais complexas do corpo humano, pois está ligada também ao crânio", explica Simone Carrara.
Essa articulação, que possibilita à mandíbula mover-se para frente, para trás e para os lados, pode desgastar-se com hábitos relacionados à tensão, ao encaixe da mordida e até à postura corporal. A boa notícia é que os novos tratamentos não usam mais técnicas invasivas. "Sem cirurgia e sem intervenções agressivas é possível eliminar a causa da dor e se livrar de vez de remédios que não resolviam, mas apenas aliviavam os sintomas", salienta Carrara.
Placas de acrílico, intervenção em hábitos e posturas, fisioterapia com laser e ultra-som são algumas soluções propostas. A dentista comemora o fato de mais médicos estarem se sensibilizando em relação à ATM e encaminhando pacientes para consultórios odontológicos.
Ela observa ainda que, embora seja pouco conhecido, o problema atinge cerca de 10% da população, sem distinção de idade. Carrara assegura que praticamente todos os pacientes respondem positivamente ao tratamento e que, em muitos casos, a dor pode desaparecer em menos de duas semanas. As dores crônicas atingem quase metade dos adultos e são consideradas as principais causas de ausência no trabalho, aposentadoria por doença e baixa produtividade.
Fonte: www.revistafator.com.br
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