domingo, 30 de novembro de 2008

Medicina Oral - S. R. Prabhu


Este livro segue as matérias dos programas curriculares mininstrados na Universidades de todo o mundo. Aborda as doenças oro-faciais tratadas essencialmente por métodos não invasivos.
Inclui textos sobre halitose, xerostomia, dor oro-facial, alterações temporo-mandibulares e doenças não neoplásicas das glândulas salivares.

Guanabara Koogan - 1ª Edição 2007

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Bruxismo

Segundo Aurélio:
"Bruxismo: ação de ranger os dentes durante o sono".
Não posso discordar, mas apenas acrescentar que pode ser durante a vigília, ou seja, acordado.
Para dirimir dúvidas, o tratamento inicial básico para atacar o bruxismo, na nossa opinião é: analgesia e radiografia panorâmica.
Esse é nosso primeiro passo.

Depois dele, cada caso é um caso.

Não é possível responder e-mails de pacientes. É preciso examinar pessoalmente a pessoa. Não existe consulta pela internet. Primeiro, porque não funciona, depois porque é uma farsa - isso não existe.

Certo?

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Analgesia preventiva

A incidência da dor após procedimentos cirúrgicos de maior vulto pode retardar a reabilitação do organismo, dada a imobilidade que provoca, suscetibilizando os pacientes, principalmente os idosos, a várias complicações pós-operatórias, como a pneumonia e outras infecções, a trombose (formação de coágulos, ou trombos devido à estagnação do sangue no interior dos vasos sanguíneos), a embolia pulmonar (descolamento do trombo da parede do vaso sanguíneo, circulando no sangue até atingir os pulmões, bloqueando a oxigenação do sangue), a insuficiência respiratória e até mesmo a morte. A trombose resulta, na maioria das vezes, da imobilização do paciente durante as internações, ou após cirurgias mais complexas. Sem os movimentos, a circulação se torna mais difícil e as chances de formação de trombos aumenta.

Com a evolução do conhecimento médico sobre a dor, sabe-se hoje que sensações dolorosas intensas sensibilizam o sistema nervoso, fazendo com que o indivíduo sofra dores maiores posteriormente. Assim, durante uma cirurgia, se o paciente perceber uma sensação dolorosa, mesmo estando sedado e inconsciente pela utilização de anestesia geral, ocorrerá a sensibilização do seu sistema nervoso central, o que o tornará mais propenso a desenvolver dores mais intensas mesmo após a cicatrização e recuperação da cirurgia.

Prevenção e tratamento da dor após cirurgia

As pesquisas que vêm sendo desenvolvidas sobre o tratamento da dor crônica têm revelado que a prevenção da sensação dolorosa durante a cirurgia é um passo importante para evitar a ocorrência de dores fortes pós-operatórias. Tal medida é chamada “analgesia (alívio da dor) preventiva” e vem apresentando tendência de utilização crescente.

A analgesia preventiva é realizada com a utilização criteriosa de anestésicos locais para abolir a sensação dolorosa na área a ser operada pelo cirurgião, juntamente com o emprego da anestesia geral, e mantendo-se ainda a utilização de analgésicos após a cirurgia. Os anestésicos locais podem ser aplicados diretamente na área a ser operada (anestesia local), ou aplicados pelas técnicas de bloqueio de nervos, anestesia peridural e raquianestesia, dependendo da cirurgia realizada. O importante é garantir a analgesia antes, durante e após a cirurgia para se evitar a sensibilização do sistema nervoso.

Após a operação os métodos para alívio da dor pós-operatória podem contar com injeções intramusculares e intravenosas, analgésicos para serem ingeridos por via oral, e cremes anestésicos para serem aplicados localmente na ferida operatória. Geralmente o paciente recebe alta do hospital com receita para o uso oral de comprimidos analgésicos e antiinflamatórios, pois são de utilização mais fácil, o que não requer técnicas específicas de emprego.

Alguns experts acreditam que o emprego adequado das técnicas de analgesia preventiva, respeitando as particularidades de cirurgias específicas, pode acelerar a recuperação do paciente, prevenir a ocorrência de complicações pós-operatórias e diminuir a ocorrência e a intensidade da dor após a cirurgia, mesmo após a alta hospitalar.

Copyright Bibliomed, Inc


Opinião: essa era a idéia da Pfizer ao lançar o Bextra 40 mg IM. Nunca testei, mas um amigo médico ortopedista é fã desta técnica de analgesia preventiva.
Quem se interessar, tenho um texto sobre o tema. Pesquisadores chilenos se aprofundaram na técnica.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Limitação dos movimentos?

Outro sinal que acompanha os sintomas das dores na ATM é a limitação dos movimentos mandibulares.
Normalmente, a mandíbula é capaz de realizar os movimentos de protrusão, retrusão, lateralidade, abertura e fechamento. Há conflitos sobre a natureza ou sobre quais os músculos mastigatórios seriam realmente os responsáveis por cada um desses movimentos.
Então, no exame clínico do paciente, pedimos para que ele tente executar os movimentos de abrir e fechar a boca. Em seguida, os movimentos para os lados esquerdo e direito. Por último, a protrusão - que é movimentar o queixo para a frente.
Observamos que alguns deles podem sequer ser realizados ou talvez até realizados, mas grande com dificuldade.
Portanto, aos o paciente que sofre das patologias da ATM, não fiquem assustados, isso tudo é bastante comum.

Curso em São Paulo

Para os meus colegas em Santa Catarina.
Se fosse para escolher algum curso de aperfeiçoamento sobre o tema, sem dúvida seria este:

Disfunção Temporo-mandibular e Dor Orofacial.
Coordenador: Prof. Dr. João Gualberto de Cerqueira Luz


São dois módulos, com duração de quatro meses cada um deles. O curso é ministrado na Fundecto, na Cidade Universitária.

Para informações o telefone é 3091-7887

domingo, 23 de novembro de 2008

Consulta de retorno e a importância da observação clínica da ATM

É um problema de indisciplina do paciente.
É bastante comum esquecermos da consulta de retorno porque a dor simplesmente passou com a medicação.
Saibam que é de extrema importância em todas as especialidades da saúde. Além disso, é uma excelente forma para o profissional aprender - ter certeza de que está no caminho certo.
No nosso caso, a observação clínica da ATM é essencial para determinarmos a duração do tratamento. Por exemplo, o tratamento incial pode ser apenas analgesia, mas pode continuar por mais dois anos com a correção ortodôntica.

Dúvida de paciente: zona norte de São Paulo

"Olá tenho 24 anos moro aqui em São Paulo próximo a Serra da Cantareira (região norte), já fiz radiografia panorâmica faz uns dois anos, minha arcada inferior não encaixa com a superior de jeito nenhum e as vezes sinto dor nas laterais da testa e também sinto como um cansaço no rosto.

Renata"


Oi, Renata. Estamos à sua disposição.
De qualquer forma, posso indicar também um colega dentista na zona norte.

Dr. Cláudio Akira Yamaguchi
Especialista em prótese dentária
Av. Guapira, 1823 sala 2
2987-6675

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Blog da Endodontia

Este blog é destinado a “conversas” sobre as coisas da Endodontia. Nele você pode fazer as suas perguntas e/ou colocações. Assim que tivermos condições responderemos.

Para postar comentários na página você deve ser um usuário cadastrado. Clique em Cadastrar e veja como é fácil e rápido fazer o seu cadastro.

Leia as normas de participação.

Sejam bem vindos !!

Prof. Ronaldo Araújo Souza



http://endodontiaclinica.odo.br/blog/

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mascar chicletes é nocivo para a ATM?

Não necessariamente.
O que costuma acontecer é o seguinte: pessoas que mascam chicletes com freqüência pensam que a relação com a dor aguda na ATM é direta.
O que pode ocorrer é um agravamento do quadro doloroso quando a pessoa já está com mialgia nos músculos mastigatórios.
Por outro lado, quando o paciente está em tratamento, os chicletes podem até mesmo ajudar a recuperar a força nos músculos.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Convênio Omint

"Boa tarde
Meu nome é Beatriz. Sofro dores no rosto e acho que estão relacionadas com a ATM.
Vocês atendem o Omint???
Obrigado"


Não atendemos em nossa clínica a Omint.
De qualquer forma, posso indicar um amigo que o atende.
E parece que a Omint tem uma clínica própria aqui em São Paulo.

O nome dele é Dr. André Coga. Não sei se ele trata de disfunções de ATM, mas convém ligar e peguntar.
Certo?

Norfloxacino em Odontologia?

Não. Não há indicação, pois a grande maioria das bactérias da flora oral são anaeróbias. No caso, o norfloxacino ataca somente as aeróbias:

FLOXACIN® tem amplo espectro de atividade antibacteriana contra patógenos aeróbios Gram-positivos e Gram-negativos. O átomo de flúor na posição 6 proporciona maior potência contra organismos Gram-negativos e o núcleo piperazínico na posição 7 é responsável pela atividade antipseudomonas.

Por isso, o paciente que está tomando Floxacin para um abscesso periodontal não relata melhora após quase uma semana.
São indicados os antibióticos da família das penicilinas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Montanhismo no Brasil - Pedra da Mina


Meu hobby.
Nem sempre a gente chega lá. Por causa da neblina, não alcançamos o cume da Pedra da Mina desta vez.

Visite também: Rebel Lands - Mountain & Life

http://therebellands.blogspot.com/

Parabéns

Parabéns ao meu amigo Leandro Hanna pela sua aprovação no mestrado em Cirurgia na USP.
Valeu, Turcão!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Prevalência das alterações da mucosa bucal em pacientes diabéticos: estudo preliminar

Objetivo: O objetivo do presente estudo foi o de verificar a prevalência das lesões superficiais da mucosa da cavidade bucal em pacientes diabéticos.

Métodos: A amostra foi constituída de 30 pacientes. Para a obtenção dos resultados foram realizados exames clínicos criteriosos e exames complementares quando necessário.

Resultados: Dos 30 indivíduos, 9 (30%) eram do sexo masculino e 21 (70%), do sexo feminino. Dos pacientes estudados, 40% tinham idade até 60 anos e 60% possuíam idade superior. Foram diagnosticados 13 diferentes tipos de alterações da mucosa em diversas regiões, sendo a varicosidade lingual (36,6%) e a candidíase (27,02%) as mais prevalentes. Tais alterações podem estar relacionadas ao fato de serem achados semiológicos comuns em pacientes senis e também ao uso prolongado de próteses. A xerostomia foi diagnosticada em apenas 1 (3,33%) paciente divergindo da maioria dos estudos observados na literatura.

Conclusão: A maioria dos pacientes diabéticos apresentou pelo menos um tipo de lesão da mucosa bucal.


Keywords : candidíase; complicações do diabetes; diabetes mellitus; doenças da boca; variz lingual

Prevalência das alterações da mucosa bucal em pacientes diabéticos: estudo preliminar - Rev. Bras. Otorrinolaringol., May/June 2008, vol.74, no.3, p.423-428

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dor crônica na ATM?

A maioria das dores na ATM são crônicas?
Não vejo assim.
Acho que a causa da "dor ser crônica", muita vez, é a demora na procura de um tratamento. Cada um tem seu motivo para fugir - medo, custo, inércia.
Além da demora, há a outra ponta: quando o profissional não consegue dar um diagnóstico ou oferecer o tratamento adequado. Isso também torna "crônica" a dor.
É muito chato ouvir que o colega dentista fica enrolando - na opinião do paciente, é claro.
Compreenderam?

domingo, 9 de novembro de 2008

Técnica de Clark é obsoleta?



Não acho.
Levando em conta a realidade de nosso País e dos nossos pacientes, acho economicamente inviável pedir tomografias computadorizadas. A maioria não pode mesmo pagar.
Será ótimo quando se tornar uma ferramenta mais acessível na Odontologia.
Por enquanto, a gente trabalha como pode. No fim das contas, localizei um supranumerário com a antiga técnica de Clark.

André

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Anestesia local para dor pós-tonsilectomia: revisão sistemática e meta-análise

Tonsilectomia é um dos procedimentos mais comuns em otorrinolaringologia. Dor é um aspecto significativo da morbidade pós-operatória do paciente. A utilização de anestésico local, por infiltração ou aplicação tópica, foi defendida como uma maneira de se reduzir a dor pós-operatória.

Pesquisadores publicaram, recentemente, no Clinical Otolaryngology, um estudo em que revisaram as evidências atuais para a utilização de anestésico local como uma forma de se reduzir a dor pós-tonsilectomia e reduzir as necessidades de suplementação de analgésicos.

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura pertinente ao uso de agentes anestésicos tópicos para dor pós-tonsilectomia e uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados e controlados avaliando os escores de dor. Foram realizadas pesquisas sistemáticas no MEDLINE (1952-2008), EMBASE (1974-2008) e no Registro Central Cochrane de Ensaios Controlados. Todos os ensaios clínicos randomizados e controlados foram avaliados por dois autores e foram classificados quanto à qualidade.

Treze estudos foram incluídos. Em geral, anestésicos locais, tópicos ou infiltrados, reduzem significativamente os escores de dor, comparados a controles, em 4 – 6 horas: –0,66 (IC95% = –0,82 a –0,50); 20 – 24 horas: –0,34 (IC95% = –0,51 a –0,18) e no quinto dia: –0,97 (IC95% = –1,30 a –0,63) (diferenças médias padronizadas). Estas alterações se aproximaram à redução da dor de 7 a 19 mm em uma escala analógica visual de 0 a 100 mm. A maioria dos estudos não relatou diferença na analgesia suplementar ou em eventos adversos.

Os pesquisadores concluíram que a anestesia local parece proporcionar uma redução modesta da dor pós-tonsilectomia. Anestésicos locais tópicos em swabs parecem proporcionar nível semelhante de analgesia ao obtido com infiltração, sem os efeitos adversos potenciais e deveria ser o método de escolha para proporcionar analgesia pós-operatória adicional.

Uma resenha de Local anaesthetic for post-tonsillectomy pain: a systematic review and meta-analysis - Clinical Otolaryngology 2008;33:411-419


Minha opinião

Fazendo analogia: seria mais ou menos, após uma cirurgia do terceiro molar, usar anestésicos para aliviar a dor pós-operatória. É possível teoricamente, mas quem aplicaria a anestesia?
Sobre aplicar pomada com anestésico tópico, sou totalmente contra. A absorção é muito rápida e quantidades irresponsáveis são tóxicas.

André

domingo, 2 de novembro de 2008

Indicações profissionais

Dr. Victor Garone Morelli
Dentista
Estética e Reabilitação Oral
Av. Paulista, 575 - conjunto 1402
Bela Vista - São Paulo
11 3253-3716

Dr. Alexandre de Arruda Martins
Angiologia e Cirurgia Vascular
R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 229 - conjunto 406
Itaim Bibi - São Paulo
11 3845-5384

Dr. Ivo Bussoloti Filho
Otorrinolaringologia
Av. Moema, 801
Moema - São Paulo
11 5051-2165

Dr. Leandro Hanna
Dentista - estomatologia
R. Leandro Dupret, 42
São Paulo - SP
11 5572-1479

Dr. Celso Hornhardt
Oftalmologia
Av. Jabaquara, 774 - conjunto 14
São Paulo
11 5584-0545

sábado, 1 de novembro de 2008

Ainda o diclofenaco

E complementando o tópico anterior.
A injeção de uma ampola intramuscular de 75 mg de diclofenaco ainda é imbatível para o tratamento da dor aguda.

Dor na ATM: as diferentes apresentações do diclofenaco sódico

Sempre gostei do diclofenaco sódico, não só para indicar para os meus pacientes, mas igualmente para as minhas dores.
Andei testando o Alginac 1000 da Merck. A diferença é a soma de complexo B ao sal de diclofenaco.
Conversei com três pacientes mais fiéis, que tentaram substituir o Biofenac 50 por Alginac. Nenhum deles sentiu nenhuma adição na analgesia para tratamento da dor na ATM. Os três casos foram diagnosticados como mialgia aguda de masséteres.
Ou seja, o complexo B não parece influenciar o tratamento da dor.
Não é um número relevante para se fazer uma estatística, mas fazemos o que podemos.
Certamente, um laboratório como a Merck, não gastaria tanto para montar a linha de produção para um novo medicamento sem que houvesse alguma razão médica e comercial para isso.
De qualquer forma, vou continuar investigando.

O que posso afirmar com certeza - por ter observado nos últimos anos é o seguinte: a apresentação de 50 mg de diclofenaco é significantemente mais potente em analgesia.
Por outro lado, as apresentações de liberação prolongada de 75 mg ou 100 mg causam menos efeitos adversos, como por exemplo, diarréia.

Por enquanto é só.

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