quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Diagnóstico de má oclusão de Classe III por alunos de graduação

Objetivo: verificar a capacidade de alunos de graduação diagnosticarem a má oclusão do tipo Classe III de Angle, assim como avaliar a possível indicação para tratamento ortodôntico e o momento ideal de iniciá-lo, levando em consideração as idades dentária e esquelética do paciente.

Métodos: a amostra foi composta por 138 alunos do último período de graduação de 10 faculdades de Odontologia do estado do Rio de Janeiro, avaliados por meio de questionários com perguntas fechadas. Foram-lhes apresentados fotografias e modelos de estudo de um paciente portador de má oclusão Classe III de Angle unilateral e, ainda, outras más posições dentárias.

Resultados: constatou-se facilidade por parte dos estudantes em identificar o desvio de linha média (n = 124 ou 90%) e a mordida cruzada anterior (n = 122 ou 89%). Em contrapartida, aproximadamente metade da amostra (n = 63 ou 46% dos alunos) foi capaz de reconhecer, no caso clínico, a existência da má oclusão Classe III de Angle unilateral. Apenas 46% deles (n = 63) identificaram a ausência precoce do dente decíduo. Quanto ao tratamento, quase a totalidade concordou com a sua necessidade, porém encontraram dificuldade em reconhecer o momento ideal da indicação ao especialista, com a finalidade de que este realize o tratamento ortodôntico.

Conclusão: os estudantes terminam o curso de graduação com dificuldade no diagnóstico de Classe III e nem mesmo articulam idéias sobre um protocolo básico de tratamento para correção desta anormalidade.

Keywords: Ortodontia interceptora; Diagnóstico; Má oclusão Classe III de Angle

Diagnóstico de má oclusão de Classe III por alunos de graduação - Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial [online]. 2008, v. 13, n. 6, pp. 118-127
As resenhas são baseadas em artigos de periódicos nacionais e internacionais que contenham informações médicas com aplicabilidade prática.

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Cursos de Odontologia passarão por supervisão do MEC

A exemplo dos cursos de Medicina, Direito e Pedagogia, as faculdades de Odontologia devem passar, ainda neste semestre, pelo processo de supervisão do Ministério da Educação (MEC). O anúncio foi feito pelo ministro Fernando Haddad na noite de anteontem, durante a abertura do 27º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (Ciosp). A medida tem o apoio das entidades de classe, que há dez anos reivindicavam maior rigor na abertura de novos cursos.

"Não queremos limitar a formação de profissionais, mas garantir uma educação de qualidade", afirma Antonio Salazar Fonseca, presidente do Ciosp. Em consequência da infraestrutura deficiente, os formandos chegam ao mercado despreparados e inseguros, diz o presidente da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), Silvio Cecchetto.

"Na Odontologia não existe residência, como em Medicina. O aluno precisa ter contato com a parte prática ainda durante o curso. Mas muitos saem sem o conhecimento necessário para garantir um bom atendimento. Têm dificuldade para realizar um diagnóstico ou uma prótese dental, por exemplo." Na opinião de Cecchetto, o ensino precário tem fortalecido a indústria da pós-graduação.

"Muitas vezes, a mesma equipe que preparou o aluno durante na universidade oferece cursos de aperfeiçoamento. E uma especialização em Ortodontia sai por volta de R$ 40 mil." Segundo ele, o recém-formado mal preparado, pela necessidade de ter uma renda, acaba trabalhando para convênios. "Eles remuneram por procedimento e não por qualidade. Isso acaba aprofundando a inabilidade do profissional, que se vê obrigado a atender o paciente em 15 ou 20 minutos."

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Música alta e perda de audição

A exposição a sons intensos é a segunda causa de deficiência auditiva, dano que é possível prevenir, porém difícil de reverter. Às vezes, um único episódio de som muito intenso pode causar perda auditiva irreversível. Isto acontece porque o som muito alto danifica as células sensoriais auditivas, causando perda auditiva que pode levar a zumbidos e distorção sonora.
Os primeiros sintomas de perda de audição induzida por ruído são sutis e geralmente começam pelas freqüências agudas.
Podemos avaliar se o volume da música favorece a perda da audição quando:
• É necessário gritar para se fazer ouvir quando a música está tocando;
• Você ouve zumbidos depois de ter saído do recinto onde houve música;
• Aparece uma sensação de ouvidos cheios ou diminuição de audição após a exposição sonora.
O som tem a capacidade de afetar humanos sobre uma série de aspectos psicológicos e fisiológicos, segundo a escala de decibéis (intensidade do som) a seguir:
Até 90 decibéis (dB) os efeitos são principalmente psicológicos:
• O som de uma música pode acalmar, alegrar ou até excitar;
• Um som desagradável como o raspar de uma unha sobre um quadro-negro pode “arrepiar”;
• O som intermitente de uma gota d’água pingando de uma torneira pode impedir o sono, mesmo se tratando apenas de 30 ou 40 dB.
De 90 a 120 dB podem ocorrer efeitos fisiológicos, como alteração temporária ou irreversível da fisiologia normal do organismo. Os ambientes com essa intensidade sonora são considerados insalubres.
Acima de 120 dB o som pode começar a causar efeitos físicos sobre as pessoas, como:
• Vibrações dentro da cabeça;
• Dor aguda no ouvido médio;
• Perda de equilíbrio;
• Náuseas.
• E a própria visão pode ser afetada por som muito intenso devido à vibração, por ressonância, do globo ocular.
Próximo dos 140 dB pode ocorrer a ruptura do tímpano.
Além da música em volume alto em grandes shows e em ambientes fechados como “baladas”, danceterias e bares, o volume alto do som em automóveis e os walkmans, diskmans e iPods com fones de ouvido pode causar perda auditiva.
O uso contínuo de walkmans, diskmans e iPods pode causar problemas como tinnitus (ruído no ouvido). A pessoa é incomodada por uma zoeira na cabeça e ouve sons parecidos com os de sinos ou canto de cigarra.
As alterações na audição dependem da intensidade do ruído, do tempo de exposição, da freqüência e da sensibilidade do ouvido de cada um. Em geral, a zoeira é temporária, mas pode durar dias ou se tornar permanente.
Quem usa diskman duas horas por dia a 100 dB de volume é sério candidato a surdez irreversível. Muitos jovens desconhecem o fato de que um trauma acústico dessas proporções é progressivo e irreversível, oferecendo risco de perderem a audição até 30 anos antes do tempo de degradação natural do sentido.
Esse tipo de perda é traiçoeira e sutil. Por ser progressiva, a pessoa não se dá conta de sua evolução. Isto talvez explique por que jovens geralmente ouvem música em volume alto. Como estão perdendo a audição, precisam de volume cada vez mais alto para atingir o mesmo nível de prazer ao ouvir suas músicas preferidas.

Prevenção

• Uma dica para preservar a saúde auditiva é perceber se outras pessoas que estão próximas também estão ouvindo a música.
• Outra observação importante é evitar usar o fone apenas em um ouvido. Na maioria das vezes, quando isso acontece, costumamos exceder no volume e sobrecarregar a capacidade auditiva.
• Outro conselho é deixar o volume do tocador de mp3 na metade do volume máximo do aparelho.
• Evite ficar muitas horas seguidas ouvindo música por aparelhos de MP3, walkmans, diskmans.
• Procure ajuda médica tão logo seja percebida qualquer alteração da audição.

Ana Lívia Siller
Fonoaudióloga

sábado, 10 de janeiro de 2009

Associação Brasileira de Esclerose Múltipla

O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?

* Não é uma doença mental.
* Não é contagiosa.
* Não é suscetível de prevenção e não tem cura.

A Esclerose Múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (Sistema Nervoso Central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens. De causa ainda desconhecida, foi descrita inicialmente, em 1868, pelo neurologista francês Jean Martin Charcot, que a denominou "Esclerose em Placas", descrevendo áreas circunscritas endurecidas que encontrou (em autópsia) disseminada pelo SNC de pacientes. É caracterizada também como doença desmielinizante, pois lesa a mielina, prejudicando a neurotransmissão. A mielina é um complexo de camadas lipoproteicas formado no início do desenvolvimento pela oligodendroglia no SNC, a qual envolve e isola as fibras nervosas (axônios), permitindo que os nervos transmitam seus impulsos rapidamente, ajudando na condução das mensagens que controlam todos os movimentos conscientes e inconscientes do organismo.

Na Esclerose Múltipla, a perda de mielina (desmielinização) interfere na transmissão dos impulsos e isto produz os diversos sintomas da doença. Descobertas recentes indicam que os axônios sofrem dano irreversível em conseqüência do processo inflamatório, o que contribui para uma deficiência neurológica e, a longo prazo, para a invalidez. Os pontos onde se perde mielina (placas ou lesões) surgem como zonas endurecidas (tipo cicatrizes), que aparecem em diferentes momentos e zonas do cérebro e da medula espinhal. Literalmente, Esclerose Múltipla, significa episódios que se repetem várias vezes. Até certo ponto, a maioria dos pacientes se recupera clinicamente dos ataques individuais de desmielinização, produzindo-se o curso clássico da doença, ou seja, surtos e remissões. Os dados obtidos em pesquisas realizadas e atualmente disponíveis podem oferecer apoio para o diagnóstico clínico e laboratorial, mas ainda são insuficientes para definir de imediato se a pessoa é ou não portadora de Esclerose Múltipla, uma vez que os sintomas se assemelham a outros tipos de doenças neurológicas.

Não existe cura para a Esclerose Múltipla. No entanto, muito pode ser feito para ajudar as pessoas portadoras de Esclerose Múltipla a serem independentes e a terem uma vida confortável e produtiva.
Denomina-se ESCLEROSE e Denomina-se MÚLTIPLA:

* Muitas áreas dispersas do cérebro e da medula espinhal são afetadas.
* Os sintomas podem ser benignos ou graves e surgem e desaparecem de maneira imprevisível.
* Áreas afetadas do cérebro ou da medula espinhal.

Associação Brasileira de Esclerose Múltipla

Av. Indianápolis, 2752 - 04062-003 - São Paulo - SP
Fone: (11) 5587-5584
Fax: (11) 5581-9233

www.abem.org.br

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

ONG Amigos do Bem

http://www.amigosdobem.org/novo/home.html

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Gene enfraquece implante dental

Estudo da PUC-PR identifica fator genético, presente em cerca de 30% da população, que contribui para problema

Pesquisadores coordenados pela professora Paula Cristina Trevilatto, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), conseguiram detectar a influência de fatores genéticos na perda de implantes dentais, um problema que atinge cerca de 3,5% das pessoas que se submetem à técnica por ano. "O trabalho mostra a primeira evidência disso na literatura mundial", diz Paula.

O implante consiste na colocação de um parafuso de titânio no osso e o custo médio pode variar de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Para que tenha sucesso, é preciso que ambos se integrem. Cerca de 10 milhões de implantes são realizados por ano no mundo. No Brasil, cerca de 20% da população já perdeu todos os dentes, segundo o Ministério da Saúde. Outros estudos apontam que só 10% dos brasileiros entre 65 e 74 anos de idade têm 20 dentes ou mais na boca.

Entre os pacientes com múltiplas perdas de implantes, os pesquisadores da PUC-PR observaram alelos (uma das formas alternativas de um gene) do grupo da interleucina 1 (proteína secretada por células do sistema imunológico) que enfraquecem o processo anti-inflamatório natural. Por causa dessa particularidade genética, há dificuldade de integração do titânio ao osso. A estimativa é de que entre 25% e 30% da população tenha esse alelo, o que aumenta em até três vezes o risco de perder um implante.

PREVENÇÃO

"No futuro, um kit de diagnóstico molecular poderá ser desenvolvido para identificar indivíduos com maior risco de perder implantes", estima a coordenadora do estudo. "Podem até mesmo ser desenvolvidas moléculas sintéticas para contornar o problema."

De acordo com os pesquisadores, há fatores sociais e clínicos que levam à perda de implantes dentais, dos quais o tabagismo e a má qualidade dos ossos estão entre os principais. "Mas há pessoas que têm uma propensão a múltiplas perdas e nunca se sugeriu uma evidência de base genética", diz Paula. Os pesquisadores estão entrando com pedido de patente sobre a descoberta.

Eles se debruçaram na análise dos prontuários de 3.578 pacientes que receberam implante dentário no Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino em Odontologia (Ilapeo), de Curitiba, no período de 1996 a 2006. Desses, 126 tiveram perdas. Um exame de DNA foi realizado em 90, comparando-se com outros 176 que não apresentaram nenhum problema.

De acordo com Paula, a coleta de material para o exame genético é feita com um simples bochecho de água com açúcar. "Não é invasivo para o paciente", explica. Ela espera que se torne uma rotina, o que pode baratear o custo do exame, cujo valor ainda não está definido. Com base nesses primeiros resultados e na análise de outros genes, poderá ser desenvolvido um kit que identifique precocemente o risco maior de perda de implante. "Assim pode ser possível a prevenção, o planejamento de terapia individualizada."

O trabalho foi apresentado no ano passado em um congresso de odontologia promovido pela International Association for Dental Research, em Toronto, no Canadá. No próximo mês, os pesquisadores vão aos EUA para divulgá-lo. A pesquisa foi patrocinada pela empresa Neodent Implante Osteointegrável.

O implantodontista Mário Groisman considera a descoberta muito interessante e espera a publicação da pesquisa na revista inglesa Clinical Oral Implants Research, uma das mais importantes da área. "Com um exame que prevê a predisposição ao problema poderemos desenvolver terapias que controlem a influência da interleucina", aponta Groisman. "Há pesquisas parecidas sobre a ação de bactérias nos processos inflamatórios periodontais, mas é a primeira vez que encontro um trabalho que investiga causas genéticas."

COLABOROU ALEXANDRE GONÇALVES


NÚMEROS

20% dos brasileiros
já perderam todos os dentes da boca, de acordo com o primeiro Levantamento Nacional de Saúde Bucal, concluído em março de 2004 pelo Ministério da Saúde

25% a 30% da população
apresenta a variação genética que aumenta em até 3 vezes o risco de perder um implante dental

3,5% dos pacientes
submetidos à técnica todos os anos acabam perdendo os implantes por problemas de integração do titânio ao osso da boca


O Estado de São Paulo, 8 de janeiro de 2009.

Gene enfraquece implante dental

Estudo da PUC-PR identifica fator genético, presente em cerca de 30% da população, que contribui para problema

Pesquisadores coordenados pela professora Paula Cristina Trevilatto, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), conseguiram detectar a influência de fatores genéticos na perda de implantes dentais, um problema que atinge cerca de 3,5% das pessoas que se submetem à técnica por ano. "O trabalho mostra a primeira evidência disso na literatura mundial", diz Paula.

O implante consiste na colocação de um parafuso de titânio no osso e o custo médio pode variar de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Para que tenha sucesso, é preciso que ambos se integrem. Cerca de 10 milhões de implantes são realizados por ano no mundo. No Brasil, cerca de 20% da população já perdeu todos os dentes, segundo o Ministério da Saúde. Outros estudos apontam que só 10% dos brasileiros entre 65 e 74 anos de idade têm 20 dentes ou mais na boca.

Entre os pacientes com múltiplas perdas de implantes, os pesquisadores da PUC-PR observaram alelos (uma das formas alternativas de um gene) do grupo da interleucina 1 (proteína secretada por células do sistema imunológico) que enfraquecem o processo anti-inflamatório natural. Por causa dessa particularidade genética, há dificuldade de integração do titânio ao osso. A estimativa é de que entre 25% e 30% da população tenha esse alelo, o que aumenta em até três vezes o risco de perder um implante.

PREVENÇÃO

"No futuro, um kit de diagnóstico molecular poderá ser desenvolvido para identificar indivíduos com maior risco de perder implantes", estima a coordenadora do estudo. "Podem até mesmo ser desenvolvidas moléculas sintéticas para contornar o problema."

De acordo com os pesquisadores, há fatores sociais e clínicos que levam à perda de implantes dentais, dos quais o tabagismo e a má qualidade dos ossos estão entre os principais. "Mas há pessoas que têm uma propensão a múltiplas perdas e nunca se sugeriu uma evidência de base genética", diz Paula. Os pesquisadores estão entrando com pedido de patente sobre a descoberta.

Eles se debruçaram na análise dos prontuários de 3.578 pacientes que receberam implante dentário no Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino em Odontologia (Ilapeo), de Curitiba, no período de 1996 a 2006. Desses, 126 tiveram perdas. Um exame de DNA foi realizado em 90, comparando-se com outros 176 que não apresentaram nenhum problema.

De acordo com Paula, a coleta de material para o exame genético é feita com um simples bochecho de água com açúcar. "Não é invasivo para o paciente", explica. Ela espera que se torne uma rotina, o que pode baratear o custo do exame, cujo valor ainda não está definido. Com base nesses primeiros resultados e na análise de outros genes, poderá ser desenvolvido um kit que identifique precocemente o risco maior de perda de implante. "Assim pode ser possível a prevenção, o planejamento de terapia individualizada."

O trabalho foi apresentado no ano passado em um congresso de odontologia promovido pela International Association for Dental Research, em Toronto, no Canadá. No próximo mês, os pesquisadores vão aos EUA para divulgá-lo. A pesquisa foi patrocinada pela empresa Neodent Implante Osteointegrável.

O implantodontista Mário Groisman considera a descoberta muito interessante e espera a publicação da pesquisa na revista inglesa Clinical Oral Implants Research, uma das mais importantes da área. "Com um exame que prevê a predisposição ao problema poderemos desenvolver terapias que controlem a influência da interleucina", aponta Groisman. "Há pesquisas parecidas sobre a ação de bactérias nos processos inflamatórios periodontais, mas é a primeira vez que encontro um trabalho que investiga causas genéticas."

COLABOROU ALEXANDRE GONÇALVES


NÚMEROS

20% dos brasileiros
já perderam todos os dentes da boca, de acordo com o primeiro Levantamento Nacional de Saúde Bucal, concluído em março de 2004 pelo Ministério da Saúde

25% a 30% da população
apresenta a variação genética que aumenta em até 3 vezes o risco de perder um implante dental

3,5% dos pacientes
submetidos à técnica todos os anos acabam perdendo os implantes por problemas de integração do titânio ao osso da boca


O Estado de São Paulo, 8 de janeiro de 2009.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Síndrome de Rett

Palavra da Fundadora

Diferentemente do que as mães das nossas meninas imaginam, elas me ajudaram muito. Aliás, muito mais do que eu consegui apoiá-las.

No começo, aceitar o fato de minha filha ser portadora de síndrome de Rett foi muito difícil. Não aceitava, não assumia. Sentia-me a mulher mais infeliz do mundo. Falar seu nome, Catarina, já era o suficiente para eu cair em prantos. Chorei muito, e por muito tempo. Pensei que nunca mais seria feliz! Perdi a fé.

Não sei por qual razão, porém, nunca me perguntei: “Por que eu?”. Mas sempre me perguntei: “Por que ela?”.

Por que ela não pronunciará a primeira palavra, não dará os primeiros passos, não irá à primeira aula, não fará a primeira comunhão, não terá o primeiro amor, não se casará, nem terá filhos? Por que ela?

Essa foi a parte mais difícil de aceitar.

Ter fundado a ABRE-TE em 1990, junto com meu marido, Cláudio, e com meus queridos amigos, nos ajudou muito.

O nome da associação significou muito para nós. Queríamos ABRIR a sociedade para a Síndrome de Rett. ABRIR os corações para receber estas meninas. ABRIR suas mãozinhas. ABRIR oportunidades para elas. ABRIR novamente o mundo para as famílias que se desestruturam tanto com um problema deste tamanho. E foi tentando ABRIR caminhos, conhecendo mães e suas famílias, que eu consegui ABRIR o meu próprio coração para entender e aceitar a Caty.

Não foi fácil! Recobrei minha fé, e hoje em dia consigo ser feliz e, muitas vezes, muito feliz!

Ainda não sei por que elas, mas já sei o porque delas.

Elas vieram para nos trazer um objetivo eterno que nos mantém vivos.

Teremos sempre um enorme motivo para viver. Um desafio: O grande desafio de mantê-las saudáveis e felizes.

E, em contrapartida, o melhor de tudo isso é que, enquanto elas viverem, nós NUNCA ESTAREMOS SÓS...

Isis de Castro Pinto Riechelmann

ABRE-TE/SP ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SÍNDROME DE RETT DE SÃO PAULO CENTRO DE REFERÊNCIA
Rua França Pinto 1031/33
04160-034 - São Paulo - SP
Telefax (11) 5083.0292
abrete@abrete.com.br


http://www.abrete.com.br/versao2/default.asp

Robert Scheidt!!



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