quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mais um mediador da dor articular na osteoartrite

Por Larissa Garcia Pinto

A osteoatrite é uma doença degenerativa das articulações que atinge em torno de 50% da população com mais de 65 anos de idade. Esta doença é caracterizada por degradação da cartilagem e osso, dor articular e rigidez. Um estudo recentemente publicado no periódico Pain demonstrou em um modelo de osteoartrite murina que os níveis de RNAm do NGF estavam aumentados nas articulações dos animais 3 dias e 16 semanas após a cirurgia. O NGF é um fator de crescimento, manutenção e sobrevivência de neurônios que exerce seus efeitos por atuar nos receptores TrKA e p75, os quais estão expressos em alguns tipos de neurônios nociceptivos. Neste estudo, os autores observaram que o tratamento dos animais com o receptor solúvel do NGF, o TrKAd5, foi capaz de inibir a dor nas fases pós-operatória e osteoartrite (16 semanas após a cirurgia). Além disso, foi demonstrado que o NGF possui mecanismos distintos na gênese da dor articular neste modelo, sendo que na fase aguda (pós-operatória) o aumento na expressão de NGF foi relacionado a uma maior liberação de TNF-α e presença de neutrófilos, o que não foi observado em uma fase mais tardia (osteoartrite). Assim, este trabalho mostra um importante papel do NGF como um mediador da dor osteoartrítica tanto em uma fase aguda como em uma fase crônica podendo ser um alvo farmacológico para o desenvolvimento de drogas analgésicas.



Referência

McNamee KE, Burleigh A, Gompels LL, Feldmann M, Allen SJ, Williams RO, Dawbarn D, Vincent TL, Inglis JJ. Treatmentof murine osteoarthritis withTrkAd5 reveals a pivotal rolefor nerve growth factor in non-inflammatory joint pain. Pain. 2010 Mar 27. [Epub ahead of print]

O que pensam os médicos sobre DTM?

Do Forum do Dr. Reynaldo Leite Martins Júnior:

http://rlmjdtm.ning.com/forum/topic/show?id=4913812:Topic:604&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

Postado por Reynaldo em 28 abril 2010 às 21:40

Com certa freqüência recebo pacientes com queixa de dor orofacial indicados por médicos. Normalmente me é recomendado verificar a presença da “Síndrome de Costen” ou o exame da oclusão do paciente. Imaginei se tais pensamentos seriam comuns ou uma simples coincidência em relação aos colegas que me referenciam pacientes. Motivado por esta dúvida, junto com outros colegas (Juliana Stuginski Barbosa e Florence de Carvalho Kerber), submetemos médicos cefaliatras membros da Sociedade Brasileira de Cefaléias (SBCe) a um questionário para verificar para quem eles encaminham pacientes com suspeita de DTM, e o que eles esperam que o profissional faça.



Nas respostas, verificamos que:




A quase totalidade (98%) encaminha tais pacientes para um Cirurgião Dentista, o
que demonstra estar bem sedimentada nossa responsabilidade por tais casos;
Destes,perto de 1/3 encaminha para Ortodontista 1/3 para cirurgião buco-maxilo-facial e 1/3 para especialista em DTM e Dor Orofacial, o que demonstra um ainda grande desconhecimento em relação à especialidade Odontológica de DTM e Dor Orofacial;
A maioria espera (mais de 70%) espera que o Cirurgião Dentista execute algum tipo de correção da oclusão para o tratamento do paciente, o que demonstra que a relação entre DTM e Oclusão ainda permanece com um dogma que ultrapassou as fronteiras da Odontologia;



Ressalte-se que os membros da SBCe são profissionais diferenciados, que trabalham (obviamente) com cefaléias, e tem acesso a informações atualizadas sobre o tema, em função das discussões freqüentes estimuladas pelo Comitê de Dor Orofacial da Sociedade.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Impacto da radioterapia adjuvante sobre a sobrevida em carcinoma de células escamosas T1-2N1 da cavidade oral

Pesquisadores publicaram, recentemente, no Archives of Otolaryngology – Head and Neck Surgery, um estudo em que procuraram avaliar o impacto na sobrevida da radioterapia pós-operatória (RDT) em pacientes com carcinoma de células escamosas em estadiamento T precoce (T1–2) da cavidade oral (CCECO) e um único linfonodo positivo.

Entre 1983 e 2004, 1539 pacientes foram tratados cirurgicamente para CCECO T1–2N1. Foi utilizado o banco de dados de Vigilância, Epidemiologia e Resultados Finais para deteminar se a RDT pós-operatória melhora a sobrevida em pacientes com CCECO T1–2N1.

RDT pós-operatória melhorou a taxa de sobrevida geral em cinco anos (41,4% para cirurgia isoladamente vs 54,2% para cirurgia associada à RDT [P < 0,001]). A melhora da sobrevida geral em pacientes com doença T1N1 não atingiu significância estatística com a adição de RDT, diferentemente ao que ocorreu em pacientes com doença T2N1. RDT adjuvante melhorou a sobrevida em pacientes com doença T2 em língua e em assoalho da boca (52,3% vs 37,9% [P = 0,002] e 39,9% vs 17,7% [P = 0,003], respectivamente).

Os pesquisadores concluíram que, em casos envolvendo carcinoma de células escamosas T1–2N1 de cavidade oral no banco de dados de Vigilância, Epidemiologia e Resultados Finais, a utilização de radioterapia associa-se à sobrevida geral à sobrevida específica para causa significativamente melhores em pacientes com doença T2, principalmente acometendo língua e assoalho da boca.

Uma resenha de The impact of adjuvant radiotherapy on survival in T1-2N1 squamous cell carcinoma of the oral cavity - Archives of Otolaryngology – Head and Neck Surgery; 2010;136(3):225 – 228

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