quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Empresa de alimentos é condenada por dente encontrado em linguiça
A 32ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou empresa de alimentos a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 6 mil a consumidora que encontrou um dente dentro de uma linguiça.
A empresa alegava, entre outras coisas, que a testemunha do caso não seria isenta, pois, por ser amiga da autora, teria interesse no desfecho. Afirmava, também, que não houve dano a ser indenizado.
De acordo com o voto do relator do recurso, desembargador Hamid Bdine, não se pode alegar suspeição da testemunha, uma vez que a ocorrência se deu em âmbito residencial, restrito, portanto. Além disso, não ficou demonstrado elemento concreto de seu interesse na solução da demanda.
O magistrado, ainda, destacou que “sem dúvida os fatos configuram dano moral, pois se trata de situação vexatória, ressaltando-se que a mulher já havia ingerido parte da porção do produto, o que justifica que se lhe assegure indenização”.
Os desembargadores Ruy Coppola e Kioitsi Chicuta também participaram do julgamento do recurso, que teve votação unânime.
Apelação nº 0013758-44.2009.8.26.0127
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Empresa terá que indenizar criança que lesionou o dente ao comer biscoito
O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a empresa Kraft Foods Brasil a pagar R$ 7 mil de indenização a uma criança que quebrou o dente ao comer um biscoito da marca Club Social. A decisão é da 7ª Câmara de Direito Privado.
O caso ocorreu em 2003, quando a criança, na época com dois anos de idade, mastigou um pedaço de metal ao consumir o biscoito, ocasionando-lhe lesões no dente. O autor da ação pediu o custeio de todo o tratamento dentário pago como danos materiais e 500 salários mínimos pelos danos morais suportados.
No laudo pericial, o perito não diz que o objeto metálico estava no biscoito, mas também não descarta essa possibilidade.
A decisão de 1ª instância julgou o pedido parcialmente procedente e condenou a empresa a arcar com os gastos dentários já efetuados e com os custos futuros necessários ao tratamento do menor. Condenou também ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil.
As duas partes recorreram da sentença; o autor pediu o aumento da quantia fixada para o dano moral, por achá-la incompatível com os danos suportados pela dificuldade financeira que teve para custear o tratamento na época, e a empresa pediu a reforma da sentença alegando inexistência de ilicitude de sua parte no episódio e alternativamente, a redução da indenização.
Para o relator do processo, desembargador Miguel Brandi, a sentença merece reforma apenas quanto ao valor fixado para indenização por danos morais. “Os argumentos do autor encontram respaldo para justificar a majoração do valor arbitrado a título de dano moral para R$ 7 mil.”
Os desembargadores Walter Barone e Lineu Peinado também participaram do julgamento e acompanharam o voto do relator.
Apelação nº 9282656-96.2008.8.26.0000
domingo, 21 de outubro de 2012
Negada indenização por suposto erro odontológico
A 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo negou pedido de indenização a uma cliente que alegou suposto erro na prestação de serviços odontológicos por uma clínica.
A autora alegou que contratou os serviços ortodônticos da ré para implantação de aparelho dentário e manutenção mensal. Durante o tratamento, contou que reclamou diversas vezes de sensibilidade excessiva nos dentes frontais superiores e, inconformada com a dor, tirou uma radiografia. Mostrou o exame a outro dentista, o qual diagnosticou que as raízes dos dentes indicados estavam comprometidas em razão da força excessiva utilizada no tratamento, e que tais dentes poderiam cair a qualquer momento.
Comunicou o fato à ré, que removeu o aparelho imediatamente e disse tratar-se de procedimento comum em tratamentos ortodônticos. Em contato com o Conselho Regional de Odontologia, constatou que a profissional que a atendeu não é inscrita no órgão e não cursou faculdade de odontologia. Indignada, ela requereu o pagamento de indenização por danos morais e matérias no valor de R$ 34.595.
A ré alegou que nunca atendeu a autora, apenas trabalhou em serviço de auxílio a outra dentista. A perícia constatou que os procedimentos adotados estão corretos, bem como a técnica empregada.
A decisão de 1ª instância julgou a ação improcedente. Inconformada, a autora recorreu da sentença alegando que escolheu uma clínica dentária e foi tratada por uma assistente. Sustentou também a existência do dano e a má prestação do serviço de ortodontia.
Para o relator do processo, desembargador José Joaquim dos Santos, não há relação de causalidade entre a conduta da ortodontista e os alegados danos experimentados pela autora. “Ficou evidenciado ainda que a autora tinha conhecimento de que durante o tratamento poderia ocorrer a reabsorção radicular e que tal informação constava no contrato de prestação de serviços firmado entre profissional e a paciente”, disse
Os desembargadores Luís Francisco Aguilar Cortez e Álvaro Passos também participaram do julgamento e acompanharam o voto do relator, negando provimento ao recurso.
Apelação nº 9181347-32.2008.8.26.0000
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Cônvenio Metrus- Vila Mariana, São Paulo
A partir de agora, estamos atendendo o Metrus:
Credenciado: MARIMANO ODONTOLOGIA
Logradouro
RUA. DOMINGOS DE MORAES, 770
Complemento
CJ 68
Cidade
SAO PAULO
Bairro
VILA MARIANA
Especialidade(s)
ODONTOLOGIA (CLINICA GERAL), ODONTOLOGIA (PERIODONTIA), ODONTOLOGIA (ENDODONTIA)
Telefone
(11) 5081-3013
Responsável técnico
MARIANA MANO MOREIRA DA SILVA
Metrus - Instituto de Seguridade Social do Metrô de São Paulo
MSO: muitas razões para sorrir
Para oferecer aos participantes do MSO serviços com a mesma qualidade do MSI, em maio de 2006 o Metrus redimensionou a rede e assumiu a gestão direta do MSO. Desde então, os resultados têm sido positivos, comprovando a necessidade da mudança na gestão.
Em abril do ano passado, no mês anterior à gestão Metrus, o MSO tinha 1.365 participantes, logo no primeiro mês da gestão própria, este número subiu para 1.422 e atualmente está na casa dos 1.618. O aumento no número de participantes pode ser entendido como um sinal de credibilidade e confiança no novo modelo.
Os números referentes ao custo total dos atendimentos realizados também progrediram: em abril de 2006 eram da ordem de R$ 7.000,00. Já em abril último, pelo Metrus o valor foi próximo de R$ 25.000,00, dentro do previsto no custo de utilização. É importante analisar este aumento sob o seguinte ângulo: a nova gestão vai ao encontro das necessidades dos participantes, permitindo-lhes, assim, tratar melhor seus problemas dentais.
Satisfação total
Outro dado que vale a pena citar é que não tivemos nenhuma reclamação de cadastrados e participantes durante este ano de gestão direta pelo Metrus. Isto é um avanço inquestionável se comparado aos 61% de insatisfação detectada em pesquisa realizada com os participantes quando da administração anterior.
Ao fazer a adesão ao MSO você passa a ter direito, após o período de carência, às seguintes especialidades:
1.Clínica Geral (restaurações, extrações, profilaxia (limpeza) )
2.Odontopediatria
3.Endodontia (tratamento de canal)
4.Periodontia (tratamentos da gengiva)
5.Prótese (Coroas, Próteses Totais (dentaduras), Próteses Removíveis (ponte móvel)).
6.Exames radiológicos odontológicos (RX panorâmico e Periapical)
7.Garantia de preços em Ortodontia (correção dos dentes por aparelhos)
Dicas para um sorriso bonito
- Escove o dente sempre após as refeições, escovando também o dorso (parte de cima) da língua, e utilize o fio dental. Estas atitudes contribuem para manter dentes e gengivas sadias e evitam o mau hálito.
- Se você possui próteses fixas e/ou coroas protéticas, redobre os cuidados com a higiene bucal, utilizando-se de escovas interdentais e passa-fio dental, o que contribui muito para aumentar a durabilidade destas próteses.
Visite seu dentista a cada seis meses. Esta freqüência permitirá a observação de problemas na fase inicial, onde as soluções são rápidas e indolores.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Língua Geográfica
DR MEU NOME É CARLA
FUI AO MEDICO E ELE ME DISSE Q TENHO LINGUA GEOGRAFICA
MINHA LINGUA TEM MANHAS VERMELHAS,COMO SE TIVESSE QUEIMADO,DEMORA A CICATRIZAR,MUDA DE LUGAR TODA HORA,FICA SENSIVEL,AS VEZES APARECEM COMO SE FOSSEM MACHUCADINHOS NOS LABIOS,DO LADO DE DENTRO,MAS NAO CHEGA A SER MACHUCADOS,A PELE FICA SENSIVEL.OUTRO DIA TINHA UMA BOLINHA PEQUENIHA COMO SE FOSSE AFTA,SUMIU.
MINHA LINGUA FICA SENSIVEL PARECE QUE TA CORTADA EM PEQUENOS PEDAÇOS,E AS VEZES NA ESCOVAGEM SAI UM POUCO DE SANGUE.
ME AJUDE
ME INDIQUE UM TRATAMENTO.
Resposta:
Carla, escrevi para o seu e-mail
Att.
André
sábado, 6 de outubro de 2012
Desvio e deflexão
by julianadentista
Há algum tempo atrás recebi um email de um dos leitores do blog sugerindo que escrevesse aqui sobre desvios e deflexões na abertura bucal.
Na disfunção temporomandibular (DTM) sabemos que o exame físico em busca de sinais e sintomas é considerado padrão ouro para o diagnóstico de algumas patologias, segundo critérios como o da Academia Americana de Dor Orofacial ou o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD). Dois destes possíveis achados durante o exame físico são desvio e deflexão.
Desvio em abertura bucal ocorre geralmente em S e coincide muitas vezes com o clique na articulação temporomandibular (ATM). Este desvio está associado ao deslocamento do disco com redução. Neste tipo de deslocamento o disco encontra-se, em boca fechada, desalinhado, caracterizando uma alteração ou interferência da relação entre cabeça da mandíbula e o disco. Quando se inicia o movimento de abrir a boca, a cabeça da mandíbula primeiro rotaciona e a partir de mais ou menos de 25 mm de abertura, quando ocorre a translação mandibular, há clique e a melhora da relação estrutural entre disco/cabeça da mandíbula. Neste momento ocorre um desvio. A ATM com melhor relação disco/cabeça da mandíbula tende a transladar primeiro.
Na deflexão ocorre no estágio agudo do deslocamento de disco sem redução. Neste caso não há translação da ATM afetada e há marcada limitação de abertura, com deflexão para o lado afetado, e também limitação em lateralidade para o lado contralateral, além de ausência do clique.
Apesar destes achados serem comuns, deve-se enfatizar que eles não são patognomônicos e devem ser associados a história e outros achados para que o diagnóstico possa ser realizado.
Procurando por novidades na internet, encontrei um artigo do professor Manfredini e colaboradores, publicado agora em outubro de 2012 que mostra exatamente isso. Os autores comentam que existem alguns clínicos argumentam a favor do uso de alguns dispositivos eletrônicos para o diagnóstico das DTMs. Um destes aparelhos seria o cinesiográfico. O que os autores então fizeram foi comparar os resultados da cinesiografia com o exame de ressonância magnética, padrão ouro no diagnóstico de deslocamentos de discos, e verificar a acurácia deste aparelho no diagnóstico de deslocamento de disco.
As figuras acima são resultados da cinesiografia para desvio e deflexão e ressonância magnética de paciente com deslocamento de disco sem redução, em boca fechada. Estas figuras foram publicadas no artigo.
Para a cinesiografia eles utilizaram as medidas de desvio e deflexão em abertura bucal de 31 pacientes. Os resultados mostraram que além de ocorrer uma relação pobre entre os achados da ressonância magnética e a cinesiografia, a acurácia de vários achados pelo cinesiográfico como preditor para o achado da ressonância também foi baixa, o que levou aos autores concluírem que estes parâmetros não eram aceitáveis.
Para o artigo, segue o link:
De fato, lembre-se, sinais e sintomas não indícios de patologia mas não o próprio diagnóstico em si!
É importante conhecê-los mas é mais importante combiná-los.
E, claro, nunca inicie um tratamento sem diagnóstico!
sábado, 29 de setembro de 2012
Câncer bucal: estudo mostra importância de campanhas
Autor de dissertação avaliou prontuários de um período de dez anos
Estudo conduzido pelo cirurgião-dentista José Ribamar Sabino revelou que as campanhas para detecção precoce de câncer bucal são fundamentais para prevenção do mal, responsável por elevados índices de morbidade e mortalidade no país. Estimativas apontam que o Brasil é um dos países com maior incidência de câncer bucal no mundo, sendo este o sexto tipo de tumor mais prevalente no país. Segundo o autor da pesquisa de mestrado apresentada na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), apesar dos avanços científicos, não houve melhora na sobrevida destes pacientes. “A não realização do diagnóstico em estágios iniciais é o principal fator que limita o tratamento e consequentemente o prognóstico”, destaca.
Sabino, orientado pelo professor Márcio Ajudarte Lopes, da Área de Semiologia, comparou a campanha realizada pelo Ministério da Saúde, denominada Campanha de Prevenção e Detecção Precoce do Câncer Bucal – desenvolvida em conjunto com a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe – com um programa desenvolvido pela FOP intitulado Busca Ativa de Lesões Bucais, Lesões Malignas e Potencialmente Malignas da Cavidade Bucal. Ainda que o programa da FOP tenha sido mais eficiente na detecção do câncer bucal, as duas campanhas mostraram resultados importantes para o diagnóstico de inúmeras lesões benignas, sendo que ambas contribuíram para a promoção da saúde bucal na região.
O pesquisador avaliou os prontuários de um período de dez anos (2001-2010) dos pacientes que foram encaminhados ao Orocentro da FOP, um serviço especializado em diagnóstico e tratamento de lesões bucais. Os pacientes apresentavam lesões detectadas nas campanhas de prevenção e detecção do câncer bucal do Ministério da Saúde, realizadas em Piracicaba e cidades da região. Os prontuários dos pacientes atendidos por meio do projeto desenvolvido pela FOP num período de dois anos (2009-2011) também foram analisados.
O número de pacientes com confirmação do diagnóstico de lesões malignas foi maior na campanha Busca Ativa, na qual os pacientes com maior risco de desenvolver câncer bucal foram recrutados para exame. “Mas é importante frisar que as duas estratégias foram capazes de diagnosticar inúmeras outras lesões, principalmente, as lesões traumáticas relacionadas ao uso de próteses”, revela.
José Sabino lembra que o câncer bucal ocorre mais frequentemente em homens, principalmente com mais de 40 anos de idade. O fumo, combinado com o excesso de bebida alcoólica, são os principais fatores de risco. Afeta mais comumente língua e assoalho bucal. Câncer de lábio inferior é considerado separadamente e exposição solar é a causa principal. Neste sentido, a Organização Mundial de Saúde reconhece que a prevenção e detecção precoce são os principais objetivos para melhorar o controle do câncer bucal. Assim, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são a chave para reduzir a mortalidade pela doença.
O professor Márcio Lopes explica que o projeto de rastreamento, denominado Busca Ativa de Lesões Bucais, Lesões Malignas e Potencialmente Malignas, realiza um monitoramento mensal em quatro Postos de Saúde da Família de Piracicaba, nos bairros Paineiras, Jardim Itapuã, Santa Rosa e Vila Industrial. Trata-se de um projeto-piloto e tem como objetivo detectar lesões bucais em pacientes com idade acima dos 40 anos e com o hábito de fumar e/ou consumir bebidas alcoólicas, ou seja, justamente o grupo de risco da doença.
O professor esclarece que um programa com estas características surgiu depois da experiência com a campanha de prevenção, organizada pelo Ministério da Saúde. De acordo com Márcio Lopes, o diferencial do programa está em alcançar a população de maior risco que não estaria sendo contemplada. Em geral, nestas campanhas são examinadas principalmente mulheres com mais de 60 anos de idade e que não têm hábito de fumar ou consumir bebidas alcoólicas. “Por isso, a campanha da FOP apresenta resultados mais eficientes, pois examina pessoas acima de 40 anos com os hábitos nocivos”, define.
Publicação
Dissertação: “Análise comparativa entre os resultados de campanhas de prevenção e busca ativa de câncer bucal”
Autor: José Ribamar Sabino
Orientador: Márcio Ajudarte Lopes
Unidade: Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP)
Mudar escovação pode remover melhor a placa em crianças
25 de Setembro de 2012 •08h05 •atualizado às 08h14
A dentista Alessandra Reyes analisou os primeiros molares em erupção de 33 crianças entre 5 e 7 anos. A conclusão foi que a técnica anteroposterior - para frente e para trás - é mais eficiente na remoção de placa do que a técnica tradicionalmente indicada pelos dentistas, chamada transversal.
Um estudo da Faculdade de Odontologia da USP revelou que mudar o jeito de escovar os dentes pode ser mais eficiente no combate à placa e ao biofilme (placa bacteriana). A dentista Alessandra Reyes analisou os primeiros molares em erupção de 33 crianças entre 5 e 7 anos. A conclusão foi que a técnica anteroposterior – para frente e para trás - é mais eficiente que a técnica tradicionalmente indicada pelos dentistas, chamada transversal.
Além da técnica anteroposterior, foi observado que a escova deve ter cerdas de diferentes níveis. Assim, o dente que ainda está nascendo é alcançado e devidamente limpo. “A escovação anteroposterior pede movimentos mais instintivos. Já a técnica transversal exige que a escova fique inclinada para o dente que está nascendo. Como esse não é um movimento natural, as crianças podem esquecer-se de aplicá-lo”, diz Alessandra.
Segundo a dentista, após 15 dias da orientação, as crianças removeram placa, tanto com uma quanto com outra técnica. Após três meses, elas podem ter esquecido a técnica transversal e foi quando a escova de cerdas multinível acabou sendo útil. “A escova com cerdas multinível é mais cara, mas sua indicação não vale a pena só pela remoção de placa, mas pelo fato de poder levar a menor progressão das lesões de cárie, que é o que vamos tentar comprovar com a continuação do estudo”, aponta.
O primeiro molar foi escolhido para o estudo porque a probabilidade de cárie neste dente é muito maior do que nos outros, uma vez que ele fica exposto durante 15 meses – tempo que demora a nascer. Outra conclusão da pesquisa foi que as regiões que as crianças conseguem ver no espelho ficam muito mais limpas, já que elas conseguem lembrar que tem que escovar aquela parte do dente.
Para o cirurgião-dentista, Mauricio Matson, uma higiene oral perfeita é conseguida apenas com motivação constante e um controle individual da remoção do biofilme. “Os retornos periódicos ao dentista para verificar a condição da higiene e fazer um acompanhamento personalizado individual são necessários, independente da técnica de higiene adotada”, afirma. O especialista enfatiza, ainda, que, segundo a filosofia de higiene oral do Prof. Jiri Sedelmayer, uma escova dental deve ter, no mínimo, 5 mil cerdas para o controle do biofilme ser eficiente.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Dentista canadense viaja 7.000 km para buscar mulher que encontrou em café
http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1158254-canadense-viaja-7000-km-para-buscar-mulher-que-encontrou-em-cafe.shtml
DA BBC BRASIL
Um dentista canadense viajou milhares de quilômetros na tentativa de achar uma irlandesa por quem se apaixonou após dois minutos de conversa, em uma iniciativa que chamou a atenção da imprensa de vários países e até de casas de aposta.
Sandy Crocker, que mora na cidade de Kelowna, no extremo oeste do Canadá, conta que se apaixonou por uma menina ruiva que conheceu no Condado de Clare, uma região no litoral da Irlanda.
"Eu estava viajando de férias no ano passado e foi no meu penúltimo dia antes de ir embora [que eu a conheci]", lembra Crocker.
Canadense Sandy Crocker viajou 7.000 km em busca de irlandesa por quem se apaixonou em 2 minutos
"Eu tive um breve encontro com a irlandesa mais bonita que se pode imaginar." Mas, por temer demonstrar que estava muito interessado nela, ele acabou tendo uma conversa apenas breve com a menina em uma cafeteria.
"Eu fiquei a observando. Ela é aquele tipo de pessoa que parece ser muito atenciosa. Eu me levantei e pedi algumas orientações [sobre a cidade] e perguntei que horas eram. Talvez se eu tivesse a elogiado, dito que ela era incrível, eu teria resolvido tudo ali mesmo."
TURBILHÃO DE REPÓRTERES
Ao voltar para o Canadá, mesmo tendo conhecido várias outras mulheres, ele não conseguia esquecer a irlandesa.
"Isso virou até piada. Toda vez que eu conhecia uma garota, meus amigos brincavam: 'ela não é a Ennistymon'", disse Cocker, que apelidou a ruiva com o nome da cidade irlandesa onde eles se conheceram, já que ele sequer sabe o seu nome.
Sandy Cocker contou a história a um casal irlandês que conheceu no Canadá. Eles o incentivaram a voltar a Irlanda, dizendo que todos no país entenderiam o seu motivo e o ajudariam na busca pela jovem.
Agora, um ano depois daquele breve encontro, ele viajou quase 7.000 km e está de volta à Irlanda, percorrendo as cidades da região na esperança de topar com a ruiva novamente.
Ele voltou ao café onde eles se encontraram e colocou um anúncio na página de classificados do jornal local, Clare People.
Mas até agora, a busca foi em vão.
Em vez de achar a garota, ele acabou atraindo um turbilhão de repórteres, que começaram a noticiar a história do dentista apaixonado.
"Se eu a encontrasse agora, acho que eu começaria a rir sobre a maluquice que tudo isso se tornou", diz.
"A história saiu em tudo que é lugar na Irlanda e agora está aparecendo nos Estados Unidos e no Canadá. Está chamando a atenção mundial. Já tem casas de apostas calculando as probabilidades de eu a encontrar, ou especulando se ela já é casada ou não. E eu sequer sei o nome dela. Essa é o aspecto mais divertido e engraçado de tudo isso."
Ele já foi entrevistado por diversos meios de comunicação em todo o mundo, desde a televisão australiana ABC News ao site americano Huffington Post.
Mesmo que não encontre a irlandesa de seus sonhos, Cocker diz que já está feliz de ter tentado.
"Eu dei uma chance para a sorte", diz. "A maioria das pessoas ia apenas rir e esquecer. Mas eu voltarei para casa e, daqui a 50 anos, não vou ter me arrependido das poucas semanas que passei percorrendo a Irlanda, sendo um pouco tolo, tentando achar uma garota que achei que era linda."
XVII TURMA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E DOR OROFACIAL DA UNIFESP/EPM – INÍCIO: 20 DE OUTUBRO DE 2012.
http://www.institutodacabeca.com.br/curso_internacional.php
Cárie pode colocar seu coração em risco
O problema é mais sério do que se imagina, ela pode ser responsável pela endocardite e até levar à morte. Entenda como isso pode acontecer e aprenda a limpar corretamente os dentes por Hilda Sabino | design Leo Rosário e Robson Quinafélix
Inimiga do peito
Veja como a cárie pode causar um tremendo problema no coração
Bactérias mil Na boca de quem tem cárie ou gengivite, os germes existem aos montes. Conforme a cárie avança, áreas cada vez mais próximas da corrente sanguínea, como a raiz, são infectadas.
Estranha no ninho Uma vez circulando pelo sangue, esses micróbios, outrora inofensivos, passam a ameaçar todo o corpo, em especial o coração de quem tem alguma doença preexistente.
Endocardite Se o endocárdio, tecido que reveste as camadas internas do órgão, já está lesionado, o ambiente fica perfeito para a bactéria proliferar e provocar uma infecção ali.
A vilã A Streptococcus mutans da cárie, culpada por 40% das endocardites, adora aderir ao tecido cardíaco e é capaz de levá-lo à falência.
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• A era dos chicletes saudáveis
• Implante dentário: conheça essa técnica
Você já teve algum dente cariado? Se a resposta for sim, saiba que não está sozinho. Ela é considerada a doença - sim, doença - mais comum no planeta, atingindo 5 bilhões de pessoas. Para ter ideia, 88% dos brasileiros já sofreram com o problema ao menos uma vez, segundo o Ministério da Saúde.
Para criar uma maior consciência sobre a gravidade desse buraquinho no esmalte dentário, chega ao país a Aliança para um Futuro Livre de Cárie, iniciativa internacional que reúne experts em odontologia ao redor do globo com a missão de alertar os profissionais de saúde e desafiar os responsáveis por políticas públicas sobre a necessidade de educar a população para prevenir o problema. "Nossa meta é ensinar às pessoas que o diagnóstico é simples e deve ser feito o mais rápido possível", conta o odontologista Marcelo Bönecker, professor da Universidade de São Paulo e presidente da Aliança no Brasil. Ousada, a empreitada almeja que crianças nascidas a partir de 2026 sejam livres de cárie.
A origem do buraco
Tudo tem início quando a saliva não realiza uma de suas funções primordiais, que é ajudar a manter o pH da boca estável e, com isso, o esmalte, uma espécie de escudo da dentição, intacto. Fatores como má alimentação e falta de higiene impedem que esse detergente natural equilibre o pH, abrindo alas para a acidez. Ela contribui para a explosão demográfica de bactérias que vivem ali sossegadas e são responsáveis por converter o açúcar dos alimentos em mais e mais ácidos. E esse círculo causa estragos.
"Os micro-organismos destroem o esmalte e, se não controlados, podem consumir o dente todo", explica o odontologista Luiz Akaki, de São Paulo. Essas verdadeiras erosões são agravadas por determinados quadros de saúde. Asmáticos, por exemplo, estão mais sujeitos a sofrer com elas. "Quando respiramos pela boca, a secreção salivar diminui, baixando a proteção do dente contra bactérias", aponta Bönecker. "Com a secura, a tendência é tomar bebidas doces, o que piora de vez a situação", completa. Outra doença que a presença de muita cárie pode denunciar é o diabete. Nele, os níveis de glicose vão às alturas e são outro sabotador da produção de saliva. Às vezes, porém, é a cárie que causa novas confusões. Ora, os bichos cariogênicos financiam problemas no coração.
Para afastar o risco de cárie e doenças periodontais, escovar os dentes corretamente é importante, mas a limpeza profissional também não deve ser desprezada. Recentemente, a American Heart Association publicou um estudo revelando um dado inusitado: pessoas que se submetiam com frequência a esse procedimento no consultório apresentavam uma probabilidade 24% menor de ataque cardíaco e 13% mais baixa de um acidente vascular cerebral. Nada mal...
Essa relação surpreendente tem uma explicação simples. Uma gengiva inflamada, ou uma cárie que já atingiu a raiz do dente, libera no corpo uma porção de substâncias inflamatórias. "Esses agentes desestabilizam a placa de gordura que existe nas artérias, favorecendo seu rompimento", esclarece o dentista Ricardo Neves, diretor da Unidade de Odontologia do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. A inflamação pode dificultar o fluxo de sangue até que ele pare totalmente, ao gerar coágulos ou placas que tampam 100% da passagem. É esse acidente de trânsito que deflagra infartos e derrames.
O elo entre saúde bucal e doenças cardiovasculares é tão relevante que desde 1977 existe no Incor uma divisão especialmente focada em tratar problemas na cavidade oral em pacientes cardíacos. A preocupação é justamente evitar o risco de endocardite, infecção grave com índice considerável de mortalidade (veja o infográfico na página ao lado). "A boca é responsável por 40% das ocorrências desse mal, e nossa função é evitar que todo o esforço no tratamento vá por água abaixo", expõe Neves. O cardiologista Max Grinberg, diretor da Unidade de Valvopatias do centro de referência paulistano, completa: "Sempre recomendamos que os pacientes com disfunções nas válvulas cardíacas façam visitas regulares ao odontologista".
Mesmo quem tem o peito batendo no ritmo certo não deve fugir da cadeira do dentista. "Apenas esse profissional consegue retirar todo o tártaro, placa bacteriana que enrijece após 48 horas sem remoção, e realizar o polimento, que evita por um bom tempo a adesão de novas placas", explica Luiz Akaki. Capriche no uso do fio dental - só ele é capaz de limpar o espaço entre os dentes. Enxaguatórios bucais, de preferência sem álcool, também ajudam a limar a placa e alcançam lugares aonde a escova e o fio não chegam. Com a higiene em dia, é possível eliminar o perigo na boca - e no coração.
Doença periodontal
Assim como a cárie, essa infecção é causada pela placa bacteriana. Além de danificar a gengiva e os tecidos da maxila e mandíbula, causando sangramento e inchaço, ela provoca uma série de chabus. "Isso porque, de novo, as bactérias podem cair na corrente sanguínea e chegar a diferentes órgãos", alerta o odontologista Sigmar de Mello Rode, professor da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
Banco de Dentes da USP completa 20 anos
José Carlos Imparato conta a história e a importância da instituição
Por Talita Nascimento
São Paulo (AUN – USP) - O Banco de Dentes da Faculdade de Odontologia da USP (FO) completa 20 anos em 2012. Pioneiro no segmento, o banco, que começou suas atividades em 2002, foi o primeiro a desenvolver uma regulamentação para a coleção de dentes que começou a montar na época. A instituição tem a função de coletar e disponibilizar as doações que recebe para alunos do curso de Odontologia.
Hoje o banco é voltado para o estudo e pesquisa, mas em sua criação a intenção era juntar uma coleção com quantidade razoável de dentes para serem usados em restaurações. Na época não existiam regras para armazenar esse tipo de material e, por isso, José Carlos Imparato, principal idealizador do projeto, e outros professores parceiros procuraram desenvolver junto à Anvisa padrões para esse tipo de atividade.
Daí em diante, Imparato conta que foi feito um grande trabalho para que as pessoas deixassem de ver os dentes como partes descartáveis do corpo. “Temos que ver os dentes como órgãos e não se joga um órgão no lixo”, diz o professor. Com o tempo, o intuito da instituição deixou de ser o de utilizar as peças em restaurações e passou a ser o de disponibilizar material para alunos e pesquisas da FO.
Segurança para os estudantes
Antes do banco de dentes, os alunos eram completamente responsáveis pelo material de aprendizado. “Na minha época, era comum ter de trazer uma cavidade bucal inteira para estudo”, conta o Imparato. Por conta dessa obrigatoriedade, os alunos partiam para métodos ilegais de obter as peças. “Os alunos acabavam comprando em cemitérios”, diz o professor, que considera que o número de dentes utilizados por ano pelos alunos tem sofrido alterações.
Os dentes são um recurso cada vez mais escasso e, por isso, a média ideal de 30 peças estudadas por aluno em cada ano tem diminuído. Imparato fala que a média tem sido de 11 dentes por aluno: um na área de periodontia, dois na de dentística e 7 a 9 na endodontia. Essa mudança, na visão do pesquisador, não é negativa. “Se uma disciplina pede menos [dentes] e dá o mesmo resultado, é sinal de que não há problemas.” Ele ainda diz que a opção de dentes artificiais pode substituir o uso de algumas peças naturais sem problemas.
O Banco de Dentes recebe doações de todas as formas, inclusive pelo Correio. As peças podem estar danificadas, cariadas, amarelas ou em perfeito estado, todas contribuem para o aprendizado dos alunos, além de evitar que o banco se esvazie.
Mais organização
Para incentivar ainda mais a prática de Bancos como esse é que está sendo criada a Associação Brasileira de Bancos de Dentes. Ainda no processo de desenvolvimento, a Associação disponibiliza duas bolsas de trabalho e promete organizar melhor esse segmento ainda tão novo tanto no Brasil como no mundo.
O armazenamento de dentes, no entanto, não se limita a esse tipo de coleção. Existe também um conceito chamado de BioBanco que tem regulamentações quanto ao uso de dentes para pesquisas acadêmicas. A rastreabilidade é o mais importante dentro desse novo parâmetro. De acordo com a resolução 44 do Conselho Nacional de Saúde, publicada em maio deste ano, para contribuir com pesquisas é necessário que se saiba de onde o dente veio, data de chegada e todos os dados necessários para identificá-lo.
domingo, 16 de setembro de 2012
Vicente Mauro Neto - CAMARA TÉCNICA EMPRESARIAL CROSP (ESCLARECIMENTO)
Vicente Mauro Neto
CAMARA TÉCNICA EMPRESARIAL CROSP (ESCLARECIMENTO) - Prezados Colegas. Após ter recebido o último jornal do CROSP observei a divulgação dos membros das Câmaras Técnicas. A câmara técnica empresarial foi publicada com todos os seus integrantes e ainda apresentando a mim Vicente Mauro Neto, como presidente. Tal fato se deve provavelmente a um prejuízo de datas do fechamento do periódico, pois essa câmara já havia sido suspensa pelo Presidente do Conselho Regional de São Paulo, Dr. Emil Razuk.
Há prováveis 20 dias atrás recebi um telefonema em meu consultório do próprio presidente suspendendo as atividades da câmara técnica de odontologia empresarial.
Os motivos relatados estão vinculados diretamente aos meus comentários no facebook, com relação ‘a eleição para delegado, dos quais me responsabilizo na íntegra. Pois, apesar de metafóricos e essencialmente críticos não foram inverdades. Só relatei o que vi sob o meu ponto de vista crítico. Outro fato o
bservado pelo nosso presidente é que em 6 reuniões com dois meses e pouco em atividade nosso grupo havia feito muito pouco. Particularmente não tenho motivos pessoais ou políticos para agradar quem quer que seja e não venderia meu direito de opinar por cargo algum em minha vida. Minha história é de mocho como a maioria dos colegas que integram o conselho. Aceitei o cargo por vislumbrar uma oportunidade de conhecimento maior dos fatos para ajudar a classe e não necessariamente o presidente. Fui eleito presidente da câmara pelo próprio Dr. Emil. O regimento das câmaras técnicas é feito de maneira centralizada onde tudo é decidido “democraticamente” pelo aval ou veto direto do presidente.. Aprendi a importância do exercício da cidadania profissional, devo até ter votado em todas as eleições em que compareci, convicto de minha falta de participação política e sinto que é hora de mudar. Quando vi a maneira como foi feita essa eleição para delegado me senti descontente com o desenvolvimento do processo e com a obrigação de dividir com os colegas a minha indignação. Creio ser isso um direito. OU NÃO?
Ao entrar na câmara vi a oportunidade de colaborar com a classe como um todo. Não me importei com oposição e muito menos com situação. O grupo participante foi testemunha do que falo aqui. Fizemos apenas cinco ou seis reuniões para tratar de problemas de décadas....Iniciamos do zero , treinando os colegas até na confecção das atas. Finalizando agradeço aos colegas da câmara pela dedicação e vontade e também aos funcionários que nos receberam muito bem...... Agradeço ao Presidente Emil como também a colega Maria Lucia a oportunidade rápida e acolhedoura.
Vicente Mauro Neto CROSP 27824
Exageros dos norteamericanos
Em qualquer supermercado de Miami podemos encontrar essas coisas gigantes!
Tirei estas fotos para os compararmos com o Brasil e admitirmos que estamos muito atrás deles em relação ao comércio e preço.
Analgésico de escolha
De acordo com Cohen, em Caminhos da Polpa, o autor parece deixar claro que a droga de escolha para analgesia em odontologia é o ibuprofeno.
Nos EUA, constuma-se vender nos supermercados muitos frascos com 200 comprimidos por um preço ínfimo se comparado ao Brasil.
Realmente, é uma droga segura. Tenho boa experiência com o ibuprofeno com meus pacientes.
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