quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fototerapia com laser de baixa intensidade - dor na ATM

A fototerapia com laser em baixa intensidade (FLBI) é atualmente muito utilizada em várias áreas da Odontologia.



"Os fótons emitidos pelo laser interagem com os átomos e moléculas do tecido alvo e reações biológicas são desencadeadas. Dentre estas reações pode-se observar uma fotodestruição ou fotoativação tecidual, determinadas pelo efeito fotoquímico, fototérmico e fotomecânico do laser.
De acordo com o efeito podemos classificar a terapia laser em baixa ou alta intensidade.
A radiação emitida por um laser de alta potência normalmente causa a
fotodestruição celular devido à elevação de temperatura do alvo irradiado.
O efeito térmico não ocorre quando o tecido humano é exposto a radiação em baixa intensidade, com uma densidade de potência de alguns mW/cm².
Nesta situação, observam-se os efeitos fotofísicos, fotoquímicos e
fotobiológicos, os quais são responsáveis pela fotobiomodulação, ou seja, pelo aumento da atividade metabólica celular da área irradiada."

Texto original.
Autora: ANADÉLIA ALVES DE LIMA RISO
Mestre em Laser Odontológico

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Ainda os dentistas na Inglaterra...

Por acaso, vi um show da Amy Winehouse em que ela fala a respeito.
No intervalo entre as músicas, ela explica que está cantando com algum problema na boca porque sua obturação caiu, ela teve que recolocar sozinha, pois não teve como ver um dentista...

Como normalmente os pacientes encontram a cura para a dor na ATM ?

Pelo que tenho vivido, as histórias da Via Crucis sempre se repetem.

Um longo período de procura é comum na maioria dos casos. Contam-me as pessoas que passaram por otorrinos, neurologistas, fisioterapêutas, acupunturistas, ortodontistas.

O que ressalto - nenhum desses profissionais é o "profissional de ataque" para a dor aguda ou agudíssima. Trata-se da fase de analgesia.
Ou melhor, para se ver livre da dor na ATM, é obrigatório ver um dentista com experiência em disfunções da ATM.
As especialidades supracitadas são o segundo passo, a mais frequente é ortodontia, seguida pela fisioterapia.

Há casos com sintomatologia rica, que devem ser avaliados por cada especialidade. Por exemplo - formigamentos devem ser vistos pela neurologia, mas numa segunda etapa, após a crise álgica controlada.

Também, muitas vezes consultado o especialista em DATM, certo paciente não se dá bem por quaisquer motivos. Não é motivo para sair xingando, deve-se procurar outro profissional dentro da mesma especialidade. Nada impede ao paciente consultar dois ou três profissionais.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Dentistas na Inglaterra...

Encontrei essa matéria e depois farei um comentário:

Diante da falta de dentistas os ingleses arracam os próprios dentes


Com a falta de dentistas na Inglaterra, algumas pessoas não hesitam em arracar seus próprios dentes ou em fazer uma limpeza de tártaro com uma chave-de-fenda, segundo um estudo que reavivou a polêmica sobre a situação do sistema público de saúde na Grã-Bretanha.
"Tive que arrancar sozinha quatorze dentes com pinças", afirma uma pessoa consultada. "Eu mesmo arranquei um dente meu. É mais fácil que encontrar um dentista", respondeu uma outra.
"Tapei um dente com resina", admite um paciente, enquanto outro disse ter colado uma coroa com cola extra-forte e um terceiro afirmou ter utilizado uma chave-de-fenda para retirar a placa dentária.
A pesquisa, realizada com 5.212 ingleses, revela que 6% das pessoas consultadas disseram ter sido obrigadas a tratar a si mesmas por não terem conseguido um dentista credenciado ao National Health Service (NHS), o sistema público britânico.
O NHS está em crise e, diante das dificuldades em se conseguir marcar uma consulta com dentistas do setor, vários britânicos optam pelo sistema privado apesar do custo muito mais elevado.

"Tentei encontrar um dentista no sistema público e foi muito difícil. Mas eu tinha que fazer alguma coisa", contou Valerie Halsworth, 64 anos, à rede de televisão GMTV.
Halsworth criou coragem e pegou uma pinça na 'necessaire' de seu marido. A operação foi muito dolorosa, admitiu, "mas uma vez extraído o dente... não tive mais dor".
Depois disso, Halsworth não procura mais um dentista. Ela mesmo arrancou seis outros dentes seus.

O ministro da Saúde, Ben Bradshaw, reconheceu que o fenômeno não é novo. Na história do NHS, a média de pessoas atendidas gratuitamente se manteve sempre em pelo menos 60% da população. Mas atualmente se situa em 56%, informou o ministro.
Bradshaw disse não ver razão alguma para que os pacientes tratem a si mesmos, ressaltando a obrigação do sistema público de saúde de atender aos casos de urgência. Segundo ele, 93% dos pacientes tratados pelo sistema público de saúde de dizem satisfeitos, lembrou.
"Reconheço que encontrar um dentista NHS para algumas pessoas em certas regiões é um problema...", admitiu o ministro à rádio BBC.
O primeiro-ministro Gordon Brown afirmou que seu governo, que fez da renovação do NHS uma de suas prioridades, "se esforça para recrutar mais dentistas".


Já sabia disso. A falta é tão grande que chegam a "importar" dentistas da vizinha Holanda. Geralmente, esses dentistas atravessam o Canal da Mancha e ficam na Inglaterra por dois dias durante a semana.

Além da falta, uma paciente minha se queixou da qualidade. Ela afirma ter feito um tratamento ortodôntica de resultado desastroso. O ortodontista em questão não era inglês, mas sul-africano.

É um problema sério, se considerarmos o porte econômico da Inglaterra.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ficar muito tempo na frente da TV e do computador aumenta depressão?

da Folha Online

Passar muitas horas na frente da televisão ou jogando video games durante a adolescência é um hábito que pode estar relacionado ao desenvolvimento de sintomas de depressão nos jovens adultos. O resultado é de um estudo divulgado na Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh (Pensilvânia, leste dos EUA).

Os pesquisadores determinaram, em 1995, o tempo que 4.142 adolescentes passaram em frente à TV ou ao computador --antes da existência dos DVDs e do uso difundido da internet-- e concluíram que 7,4% (308) deles haviam desenvolvido sintomas de depressão.

Os autores do estudo registraram que os adolescentes haviam passado uma média de 5,68 horas na frente de um meio eletrônico durante uma semana, das quais 2,3 horas vendo TV; 0,62 hora, assistindo a fitas de vídeo; 0,41 hora, jogando video games; e 2,3 horas, ouvindo rádio.

"No modelo informático final, aqueles que participaram do estudo apresentavam riscos claramente maiores de depressão por cada hora adicional passada na frente de um televisor", escreveu Brian Primack, um dos autores do estudo publicado na edição de fevereiro do periódico "Archives of General Psychiatry".

A explicação para o fato é que ficar horas em frente à TV leva os jovens a dedicarem menos tempo a atividades sociais, intelectuais ou esportivas, que têm um efeito protetor contra a depressão.

Tecnologia e depressão

O estudo vai ao encontro de uma pesquisa feita com garotas que usam a internet para conversar sobre seus problemas com os amigos por meio da internet.

Pesquisadores da Stony Brook University, em Nova York, entrevistaram 83 adolescentes sobre quanto tempo gastavam falando sobre seus problemas com amigos, o quanto estimulavam as colegas a fazerem isso e a tendência de repetirem as mesmas dificuldades nas conversas.

Um ano depois, elas foram convidadas a responder as mesmas perguntas --em ambas as ocasiões as adolescentes passaram por testes para sintomas de depressão. No final, dizem os pesquisadores, níveis mais altos de conversas sobre problemas foram significativamente ligados a índices maiores de depressão.

"O envio de SMS, programas de mensagens instantâneas e as redes sociais aumentam o risco de as adolescentes se tornarem mais ansiosas, o que pode levar à depressão", afirma Joanne Davila, autora do estudo.

O uso inadequado do computador pode gerar dor, cefaléia, dtm e dores orofaciais?
Qual a relação da depressão com dor, cefaléia, dtm e dores orofaciais?
Como esses mecanismos podem se somar na geração de um quadro de dor, cefaléia, dtm e dor orofacial?

Dr. Marcelo Cesa

Palestra: Disfunção Têmporo-Mandibular e Dor Orofacial

Profa. Ana Cristina Lotaif
Data: 27 de março de 2009
Horário: das 14 às 18 horas
Local: APCD Franca - Rua Dr. Julio Cardoso, 2060, Centro Franca-SP
www.apcdfranca.com.br


Esta palestra tem o objetivo de atualizar o Cirurgião-Dentista sobre a nova especialidade odontológica Disfunções Têmporo-Mandibulares e Dores Orofaciais. O aluno aprenderá conceitos sobre patofisiologia, etiologia e mecanismos da dor de forma geral e aplicada a esta área, aprenderá procedimentos de exame clínico e testes diagnósticos, bem como conceitos de farmacologia, terapia comportamental e exercícios específicos de fisioterapia utilizados no tratamento dessas desordens.

A Dra. Ana Cristina Lotaif é mestre em Biologia Oral e Dor Orofacial pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), onde estudou por três anos com os renomados professores Andrew Pullinger, Glenn Clark e Robert Merrill. Trabalhou juntamente com o Dr. Clark por cinco anos como professora contratada do curso de residência em Dor Orofacial e Medicina Oral da Universidade do Sul da Califórnia (USC), também em Los Angeles.


Gratuito para sócios da APCD (qualquer regional). Não sócios: R$ 30,00
Reserve sua vaga: (16) 3724-0077

--
Juliana Stuginski-Barbosa
Mestranda em Neurociências pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
Especialista em Disfunção Têmporo-mandibular e Dor Orofacial

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Homeopatia?

"Existe algum analgésico homeopático para me ajudar com a dor na ATM?"

M.

Na verdade, não conheço homeopatia. Tenho um colega que pode lhe ajudar:
Dr. Marco Antônio Kulik
dr_kulik@yahoo.com

Segundo Houaiss:
método terapêutico que consiste em prescrever a um doente, sob uma forma muito diluída e dinamizada, uma substância capaz de produzir efeitos semelhantes aos que ele apresenta [Este método foi criado, no fim do sXVIII, pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755-1843).]

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Estomatite aftosa recorrente - Revisão bibliográfica

Resumo:
A estomatite aftosa recorrente (EAR) é a afecção mais
comum da mucosa oral. Apesar das constantes pesquisas e
preocupação clínica, sua causa permanece obscura. Possui
três formas principais. A mais comum é a EAR menor, com
pequenas ulcerações definidas, arredondadas, que são
dolorosas e cicatrizam em 10 a 14 dias. Na forma maior são
maiores, duram de 6 semanas a mais e freqüentemente
deixam cicatriz. A terceira forma é a herpetiforme com
múltiplas lesões que podem coalescer e duram de 7 a 10
dias. O diagnóstico é feito após exame clínico. Alguns
fatores locais e sistêmicos podem estar associados a doença
e se tem evidência de que uma base imunogenética pode
estar presente. O controle da doença depende de sua
apresentação clínica e inclui drogas imunossupressoras,
corticosteróides tópicos e sistêmicos e soluções anestésicas
e antimicrobianas.

Conclusão:
A EAR se apresenta como uma desordem bastante
comum da mucosa oral, de ocorrência cosmopolita e
apresentando algumas vezes caráter recorrente. Sua etiologia
é multifatorial abrangendo causas locais e sistêmicas,
merecendo uma investigação criteriosa que envolve, muitas
vezes, várias especialidades médicas. Apesar de grandes
investigações clínicas, imunológicas, hematológicas e
microbiológicas, a etiologia precisa permanece obscura.
Atualmente algumas pesquisas levam a crer que a EAR está
associada à resposta imune da mucosa oral. A enfermidade
recorrente afeta bastante a rotina do paciente às vezes
incapacitando-o para suas atividades laborativas. Merece
então, muita atenção dos profissionais de saúde envolvidos
no tratamento e controle da mesma. A terapêutica não é
específica sendo importante o tratamento das doenças
sistêmicas quando estas forem a causa da EAR. Vários
medicamentos têm sido usados para o controle das lesões e
podem ser usados topicamente ou por via sistêmica, sendo
por vezes de eficácia limitada.

Dra. Paula Moreno Fraiha
Coordenadora do Curso de Aperfeiçoamento em ORL da Clínica Professor José Kós.
Endereço para correspondência:
Rua: Padre Elias Gorayeb, 15/ 606
Tijuca – Rio de Janeiro – RJ - Cep: 20520-140

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

CLÓVIS MARZOLA - FUNDAMENTOS DE CIRURGIA BUCO MAXILO FACIAL -O Laser na Cirurgia Buco Maxilo Facial

Este é um trabalho que minha amiga Dra. Anadélia Riso me mandou. Bastante interessante.


INTRODUÇÃO
O Laser não-cirúrgico, ou Laser de Baixa Intensidade
(LILT ou LLLT), apresenta-se em muitos casos como uma nova
modalidade terapêutica para o tratamento de desordens da região
buco-maxilo-facial como as dores articulares, nevralgias,
parestesias, etc...
O crescente interesse a respeito da utilização e
indicações do laser na Odontologia mostra-se significante,
refletido principalmente no aumento da literatura científica sobre
este assunto.
Com isto, aumentou-se o interesse do Cirurgião-
Dentista à procura de novas técnicas, menos invasivas e
traumáticas, para um tratamento mais completo e eficaz para
seus clientes.

CONCLUSÕES
Do exposto, pode-se concluir que:
1. O número médio de sessões foi de 10, sendo o
tempo médio de aplicação de 16,26 minutos.
2. A faixa etária mais atingida neste estudo foi a de 20
a 30 anos, com 14 pacientes.
3. A etiologia mais encontrada como causa das
alterações da região buco-maxilo-facial foi por motivo de trauma
cirúrgico, como a paresia ou a parestesia pós-operatória).
4. Os principais sintomas relatados pelos pacientes
foram a dor e a parestesia.
5. Os principais locais anatômicos que receberam as
aplicações do soft laser foram o músculo masseter, a região préauricular,
a região infraorbitária, o nervo lingual e, a região
mentoniana.
6. O número de pontos anatômicos diferentes que
receberam as aplicações foi de 23 locais.
7. O lado direito foi o mais atingido, sendo aplicado
em 55 ocasiões.
8. O gênero feminino foi o mais atingido nesta
amostra, com 30 pacientes, com apenas 8 pacientes do gênero
masculino.
9. A nota final média conferida pelos pacientes foi de
6,21 pela escala verbal de avaliação.
10. O índice de melhora foi de 84,21%, enquanto
houve 10,53% de pacientes estáveis e, 5, 26% de pioras.
11. E, finalmente, pode-se concluir que o tratamento
com o soft laser mostrou-se eficaz, não havendo qualquer relato
ou observação nesta pesquisa de alterações nocivas aos
pacientes após a aplicação deste tratamento.

Distribuição dos agentes etiológicos das desordens
apresentadas pelos pacientes:

Pós - operatório
Desconhecida
Luxação de ATM
Transposição de Nervo Alveolar Inferior
Fratura Não Tratada
Estresse
Nevralgia do Nervo alveolar inferior
Tratamento Ortodôntico


Autores:
Prof. Dr. Antonio Luiz Barbosa Pinheiro
Prof. Dr. Clóvis Marzola
Prof. Dr. João Lopes Toledo Filho
CD. Rufino José Klug

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Curso: Dr. Luiz Fernando Lobo

Evento contará com a participação do norte-americano Peter Quinn, idealizador da técnica, e terá transmissão ao vivo pela internet, com acesso gratuito.

Ao ultrapassar a marca da 100a cirurgia para instalação de prótese total na ATM – Articulação Têmporo-mandibular, o cirurgião buco-maxilo-facial, Luiz Fernando Lobo promove das 9h30 às 11h30 de 17 de março em São Paulo o workshop “100a Prótese de Reconstrução Total de ATM no Brasil”, com transmissão gratuita pela internet e a participação do idealizador desta técnica Peter Quinn, professor-doutor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, recém-eleito presidente da Sociedade Americana de Cirurgiões da ATM. Só Peter Quinn e Luiz Fernando Lobo já realizaram cerca de 350 cirurgias com esta técnica, nos Estados Unidos e no Brasil. Com acesso gratuito, a transmissão em tempo real será realizada pelo site da Intermedic Technology (www.intermedic.com.br), abrindo a possibilidade inclusive de os internautas fazerem perguntas e comentários.

Luiz Fernando Lobo
Diretor da Sociedade Brasileira e da Associação Latino-Americana de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, é chefe do serviço desta especialidade nos hospitais Santa Paula e Paulistano. Membro da Associação Internacional de Cirurgiões Buco-Maxilo-Faciais (IAOMS), preside a Comissão de Buco-Maxilo-Faciais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Graduado em Odontologia pela USP, onde se especializou em CBMF, é co-autor do livro “ATM – Diagnóstico e Tratamento”, junto com Luiz de Jesus Nunes, e consultor científico da revista espanhola Secom.


Informações para a imprensa com Nora Ferreira – Lu Fernandes Escritório de Comunicação – 11 3814-4600


Nora Ferreira
Lu Fernandes Escritório de Comunicação - 11 3814-4600

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Diagnóstico de má oclusão de Classe III por alunos de graduação

Objetivo: verificar a capacidade de alunos de graduação diagnosticarem a má oclusão do tipo Classe III de Angle, assim como avaliar a possível indicação para tratamento ortodôntico e o momento ideal de iniciá-lo, levando em consideração as idades dentária e esquelética do paciente.

Métodos: a amostra foi composta por 138 alunos do último período de graduação de 10 faculdades de Odontologia do estado do Rio de Janeiro, avaliados por meio de questionários com perguntas fechadas. Foram-lhes apresentados fotografias e modelos de estudo de um paciente portador de má oclusão Classe III de Angle unilateral e, ainda, outras más posições dentárias.

Resultados: constatou-se facilidade por parte dos estudantes em identificar o desvio de linha média (n = 124 ou 90%) e a mordida cruzada anterior (n = 122 ou 89%). Em contrapartida, aproximadamente metade da amostra (n = 63 ou 46% dos alunos) foi capaz de reconhecer, no caso clínico, a existência da má oclusão Classe III de Angle unilateral. Apenas 46% deles (n = 63) identificaram a ausência precoce do dente decíduo. Quanto ao tratamento, quase a totalidade concordou com a sua necessidade, porém encontraram dificuldade em reconhecer o momento ideal da indicação ao especialista, com a finalidade de que este realize o tratamento ortodôntico.

Conclusão: os estudantes terminam o curso de graduação com dificuldade no diagnóstico de Classe III e nem mesmo articulam idéias sobre um protocolo básico de tratamento para correção desta anormalidade.

Keywords: Ortodontia interceptora; Diagnóstico; Má oclusão Classe III de Angle

Diagnóstico de má oclusão de Classe III por alunos de graduação - Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial [online]. 2008, v. 13, n. 6, pp. 118-127
As resenhas são baseadas em artigos de periódicos nacionais e internacionais que contenham informações médicas com aplicabilidade prática.

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"O conteúdo desta página é de responsabilidade da São Paulo Medical."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Cursos de Odontologia passarão por supervisão do MEC

A exemplo dos cursos de Medicina, Direito e Pedagogia, as faculdades de Odontologia devem passar, ainda neste semestre, pelo processo de supervisão do Ministério da Educação (MEC). O anúncio foi feito pelo ministro Fernando Haddad na noite de anteontem, durante a abertura do 27º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (Ciosp). A medida tem o apoio das entidades de classe, que há dez anos reivindicavam maior rigor na abertura de novos cursos.

"Não queremos limitar a formação de profissionais, mas garantir uma educação de qualidade", afirma Antonio Salazar Fonseca, presidente do Ciosp. Em consequência da infraestrutura deficiente, os formandos chegam ao mercado despreparados e inseguros, diz o presidente da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), Silvio Cecchetto.

"Na Odontologia não existe residência, como em Medicina. O aluno precisa ter contato com a parte prática ainda durante o curso. Mas muitos saem sem o conhecimento necessário para garantir um bom atendimento. Têm dificuldade para realizar um diagnóstico ou uma prótese dental, por exemplo." Na opinião de Cecchetto, o ensino precário tem fortalecido a indústria da pós-graduação.

"Muitas vezes, a mesma equipe que preparou o aluno durante na universidade oferece cursos de aperfeiçoamento. E uma especialização em Ortodontia sai por volta de R$ 40 mil." Segundo ele, o recém-formado mal preparado, pela necessidade de ter uma renda, acaba trabalhando para convênios. "Eles remuneram por procedimento e não por qualidade. Isso acaba aprofundando a inabilidade do profissional, que se vê obrigado a atender o paciente em 15 ou 20 minutos."

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Música alta e perda de audição

A exposição a sons intensos é a segunda causa de deficiência auditiva, dano que é possível prevenir, porém difícil de reverter. Às vezes, um único episódio de som muito intenso pode causar perda auditiva irreversível. Isto acontece porque o som muito alto danifica as células sensoriais auditivas, causando perda auditiva que pode levar a zumbidos e distorção sonora.
Os primeiros sintomas de perda de audição induzida por ruído são sutis e geralmente começam pelas freqüências agudas.
Podemos avaliar se o volume da música favorece a perda da audição quando:
• É necessário gritar para se fazer ouvir quando a música está tocando;
• Você ouve zumbidos depois de ter saído do recinto onde houve música;
• Aparece uma sensação de ouvidos cheios ou diminuição de audição após a exposição sonora.
O som tem a capacidade de afetar humanos sobre uma série de aspectos psicológicos e fisiológicos, segundo a escala de decibéis (intensidade do som) a seguir:
Até 90 decibéis (dB) os efeitos são principalmente psicológicos:
• O som de uma música pode acalmar, alegrar ou até excitar;
• Um som desagradável como o raspar de uma unha sobre um quadro-negro pode “arrepiar”;
• O som intermitente de uma gota d’água pingando de uma torneira pode impedir o sono, mesmo se tratando apenas de 30 ou 40 dB.
De 90 a 120 dB podem ocorrer efeitos fisiológicos, como alteração temporária ou irreversível da fisiologia normal do organismo. Os ambientes com essa intensidade sonora são considerados insalubres.
Acima de 120 dB o som pode começar a causar efeitos físicos sobre as pessoas, como:
• Vibrações dentro da cabeça;
• Dor aguda no ouvido médio;
• Perda de equilíbrio;
• Náuseas.
• E a própria visão pode ser afetada por som muito intenso devido à vibração, por ressonância, do globo ocular.
Próximo dos 140 dB pode ocorrer a ruptura do tímpano.
Além da música em volume alto em grandes shows e em ambientes fechados como “baladas”, danceterias e bares, o volume alto do som em automóveis e os walkmans, diskmans e iPods com fones de ouvido pode causar perda auditiva.
O uso contínuo de walkmans, diskmans e iPods pode causar problemas como tinnitus (ruído no ouvido). A pessoa é incomodada por uma zoeira na cabeça e ouve sons parecidos com os de sinos ou canto de cigarra.
As alterações na audição dependem da intensidade do ruído, do tempo de exposição, da freqüência e da sensibilidade do ouvido de cada um. Em geral, a zoeira é temporária, mas pode durar dias ou se tornar permanente.
Quem usa diskman duas horas por dia a 100 dB de volume é sério candidato a surdez irreversível. Muitos jovens desconhecem o fato de que um trauma acústico dessas proporções é progressivo e irreversível, oferecendo risco de perderem a audição até 30 anos antes do tempo de degradação natural do sentido.
Esse tipo de perda é traiçoeira e sutil. Por ser progressiva, a pessoa não se dá conta de sua evolução. Isto talvez explique por que jovens geralmente ouvem música em volume alto. Como estão perdendo a audição, precisam de volume cada vez mais alto para atingir o mesmo nível de prazer ao ouvir suas músicas preferidas.

Prevenção

• Uma dica para preservar a saúde auditiva é perceber se outras pessoas que estão próximas também estão ouvindo a música.
• Outra observação importante é evitar usar o fone apenas em um ouvido. Na maioria das vezes, quando isso acontece, costumamos exceder no volume e sobrecarregar a capacidade auditiva.
• Outro conselho é deixar o volume do tocador de mp3 na metade do volume máximo do aparelho.
• Evite ficar muitas horas seguidas ouvindo música por aparelhos de MP3, walkmans, diskmans.
• Procure ajuda médica tão logo seja percebida qualquer alteração da audição.

Ana Lívia Siller
Fonoaudióloga

sábado, 10 de janeiro de 2009

Associação Brasileira de Esclerose Múltipla

O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?

* Não é uma doença mental.
* Não é contagiosa.
* Não é suscetível de prevenção e não tem cura.

A Esclerose Múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (Sistema Nervoso Central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens. De causa ainda desconhecida, foi descrita inicialmente, em 1868, pelo neurologista francês Jean Martin Charcot, que a denominou "Esclerose em Placas", descrevendo áreas circunscritas endurecidas que encontrou (em autópsia) disseminada pelo SNC de pacientes. É caracterizada também como doença desmielinizante, pois lesa a mielina, prejudicando a neurotransmissão. A mielina é um complexo de camadas lipoproteicas formado no início do desenvolvimento pela oligodendroglia no SNC, a qual envolve e isola as fibras nervosas (axônios), permitindo que os nervos transmitam seus impulsos rapidamente, ajudando na condução das mensagens que controlam todos os movimentos conscientes e inconscientes do organismo.

Na Esclerose Múltipla, a perda de mielina (desmielinização) interfere na transmissão dos impulsos e isto produz os diversos sintomas da doença. Descobertas recentes indicam que os axônios sofrem dano irreversível em conseqüência do processo inflamatório, o que contribui para uma deficiência neurológica e, a longo prazo, para a invalidez. Os pontos onde se perde mielina (placas ou lesões) surgem como zonas endurecidas (tipo cicatrizes), que aparecem em diferentes momentos e zonas do cérebro e da medula espinhal. Literalmente, Esclerose Múltipla, significa episódios que se repetem várias vezes. Até certo ponto, a maioria dos pacientes se recupera clinicamente dos ataques individuais de desmielinização, produzindo-se o curso clássico da doença, ou seja, surtos e remissões. Os dados obtidos em pesquisas realizadas e atualmente disponíveis podem oferecer apoio para o diagnóstico clínico e laboratorial, mas ainda são insuficientes para definir de imediato se a pessoa é ou não portadora de Esclerose Múltipla, uma vez que os sintomas se assemelham a outros tipos de doenças neurológicas.

Não existe cura para a Esclerose Múltipla. No entanto, muito pode ser feito para ajudar as pessoas portadoras de Esclerose Múltipla a serem independentes e a terem uma vida confortável e produtiva.
Denomina-se ESCLEROSE e Denomina-se MÚLTIPLA:

* Muitas áreas dispersas do cérebro e da medula espinhal são afetadas.
* Os sintomas podem ser benignos ou graves e surgem e desaparecem de maneira imprevisível.
* Áreas afetadas do cérebro ou da medula espinhal.

Associação Brasileira de Esclerose Múltipla

Av. Indianápolis, 2752 - 04062-003 - São Paulo - SP
Fone: (11) 5587-5584
Fax: (11) 5581-9233

www.abem.org.br

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

ONG Amigos do Bem

http://www.amigosdobem.org/novo/home.html

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Gene enfraquece implante dental

Estudo da PUC-PR identifica fator genético, presente em cerca de 30% da população, que contribui para problema

Pesquisadores coordenados pela professora Paula Cristina Trevilatto, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), conseguiram detectar a influência de fatores genéticos na perda de implantes dentais, um problema que atinge cerca de 3,5% das pessoas que se submetem à técnica por ano. "O trabalho mostra a primeira evidência disso na literatura mundial", diz Paula.

O implante consiste na colocação de um parafuso de titânio no osso e o custo médio pode variar de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Para que tenha sucesso, é preciso que ambos se integrem. Cerca de 10 milhões de implantes são realizados por ano no mundo. No Brasil, cerca de 20% da população já perdeu todos os dentes, segundo o Ministério da Saúde. Outros estudos apontam que só 10% dos brasileiros entre 65 e 74 anos de idade têm 20 dentes ou mais na boca.

Entre os pacientes com múltiplas perdas de implantes, os pesquisadores da PUC-PR observaram alelos (uma das formas alternativas de um gene) do grupo da interleucina 1 (proteína secretada por células do sistema imunológico) que enfraquecem o processo anti-inflamatório natural. Por causa dessa particularidade genética, há dificuldade de integração do titânio ao osso. A estimativa é de que entre 25% e 30% da população tenha esse alelo, o que aumenta em até três vezes o risco de perder um implante.

PREVENÇÃO

"No futuro, um kit de diagnóstico molecular poderá ser desenvolvido para identificar indivíduos com maior risco de perder implantes", estima a coordenadora do estudo. "Podem até mesmo ser desenvolvidas moléculas sintéticas para contornar o problema."

De acordo com os pesquisadores, há fatores sociais e clínicos que levam à perda de implantes dentais, dos quais o tabagismo e a má qualidade dos ossos estão entre os principais. "Mas há pessoas que têm uma propensão a múltiplas perdas e nunca se sugeriu uma evidência de base genética", diz Paula. Os pesquisadores estão entrando com pedido de patente sobre a descoberta.

Eles se debruçaram na análise dos prontuários de 3.578 pacientes que receberam implante dentário no Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino em Odontologia (Ilapeo), de Curitiba, no período de 1996 a 2006. Desses, 126 tiveram perdas. Um exame de DNA foi realizado em 90, comparando-se com outros 176 que não apresentaram nenhum problema.

De acordo com Paula, a coleta de material para o exame genético é feita com um simples bochecho de água com açúcar. "Não é invasivo para o paciente", explica. Ela espera que se torne uma rotina, o que pode baratear o custo do exame, cujo valor ainda não está definido. Com base nesses primeiros resultados e na análise de outros genes, poderá ser desenvolvido um kit que identifique precocemente o risco maior de perda de implante. "Assim pode ser possível a prevenção, o planejamento de terapia individualizada."

O trabalho foi apresentado no ano passado em um congresso de odontologia promovido pela International Association for Dental Research, em Toronto, no Canadá. No próximo mês, os pesquisadores vão aos EUA para divulgá-lo. A pesquisa foi patrocinada pela empresa Neodent Implante Osteointegrável.

O implantodontista Mário Groisman considera a descoberta muito interessante e espera a publicação da pesquisa na revista inglesa Clinical Oral Implants Research, uma das mais importantes da área. "Com um exame que prevê a predisposição ao problema poderemos desenvolver terapias que controlem a influência da interleucina", aponta Groisman. "Há pesquisas parecidas sobre a ação de bactérias nos processos inflamatórios periodontais, mas é a primeira vez que encontro um trabalho que investiga causas genéticas."

COLABOROU ALEXANDRE GONÇALVES


NÚMEROS

20% dos brasileiros
já perderam todos os dentes da boca, de acordo com o primeiro Levantamento Nacional de Saúde Bucal, concluído em março de 2004 pelo Ministério da Saúde

25% a 30% da população
apresenta a variação genética que aumenta em até 3 vezes o risco de perder um implante dental

3,5% dos pacientes
submetidos à técnica todos os anos acabam perdendo os implantes por problemas de integração do titânio ao osso da boca


O Estado de São Paulo, 8 de janeiro de 2009.

Gene enfraquece implante dental

Estudo da PUC-PR identifica fator genético, presente em cerca de 30% da população, que contribui para problema

Pesquisadores coordenados pela professora Paula Cristina Trevilatto, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), conseguiram detectar a influência de fatores genéticos na perda de implantes dentais, um problema que atinge cerca de 3,5% das pessoas que se submetem à técnica por ano. "O trabalho mostra a primeira evidência disso na literatura mundial", diz Paula.

O implante consiste na colocação de um parafuso de titânio no osso e o custo médio pode variar de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Para que tenha sucesso, é preciso que ambos se integrem. Cerca de 10 milhões de implantes são realizados por ano no mundo. No Brasil, cerca de 20% da população já perdeu todos os dentes, segundo o Ministério da Saúde. Outros estudos apontam que só 10% dos brasileiros entre 65 e 74 anos de idade têm 20 dentes ou mais na boca.

Entre os pacientes com múltiplas perdas de implantes, os pesquisadores da PUC-PR observaram alelos (uma das formas alternativas de um gene) do grupo da interleucina 1 (proteína secretada por células do sistema imunológico) que enfraquecem o processo anti-inflamatório natural. Por causa dessa particularidade genética, há dificuldade de integração do titânio ao osso. A estimativa é de que entre 25% e 30% da população tenha esse alelo, o que aumenta em até três vezes o risco de perder um implante.

PREVENÇÃO

"No futuro, um kit de diagnóstico molecular poderá ser desenvolvido para identificar indivíduos com maior risco de perder implantes", estima a coordenadora do estudo. "Podem até mesmo ser desenvolvidas moléculas sintéticas para contornar o problema."

De acordo com os pesquisadores, há fatores sociais e clínicos que levam à perda de implantes dentais, dos quais o tabagismo e a má qualidade dos ossos estão entre os principais. "Mas há pessoas que têm uma propensão a múltiplas perdas e nunca se sugeriu uma evidência de base genética", diz Paula. Os pesquisadores estão entrando com pedido de patente sobre a descoberta.

Eles se debruçaram na análise dos prontuários de 3.578 pacientes que receberam implante dentário no Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino em Odontologia (Ilapeo), de Curitiba, no período de 1996 a 2006. Desses, 126 tiveram perdas. Um exame de DNA foi realizado em 90, comparando-se com outros 176 que não apresentaram nenhum problema.

De acordo com Paula, a coleta de material para o exame genético é feita com um simples bochecho de água com açúcar. "Não é invasivo para o paciente", explica. Ela espera que se torne uma rotina, o que pode baratear o custo do exame, cujo valor ainda não está definido. Com base nesses primeiros resultados e na análise de outros genes, poderá ser desenvolvido um kit que identifique precocemente o risco maior de perda de implante. "Assim pode ser possível a prevenção, o planejamento de terapia individualizada."

O trabalho foi apresentado no ano passado em um congresso de odontologia promovido pela International Association for Dental Research, em Toronto, no Canadá. No próximo mês, os pesquisadores vão aos EUA para divulgá-lo. A pesquisa foi patrocinada pela empresa Neodent Implante Osteointegrável.

O implantodontista Mário Groisman considera a descoberta muito interessante e espera a publicação da pesquisa na revista inglesa Clinical Oral Implants Research, uma das mais importantes da área. "Com um exame que prevê a predisposição ao problema poderemos desenvolver terapias que controlem a influência da interleucina", aponta Groisman. "Há pesquisas parecidas sobre a ação de bactérias nos processos inflamatórios periodontais, mas é a primeira vez que encontro um trabalho que investiga causas genéticas."

COLABOROU ALEXANDRE GONÇALVES


NÚMEROS

20% dos brasileiros
já perderam todos os dentes da boca, de acordo com o primeiro Levantamento Nacional de Saúde Bucal, concluído em março de 2004 pelo Ministério da Saúde

25% a 30% da população
apresenta a variação genética que aumenta em até 3 vezes o risco de perder um implante dental

3,5% dos pacientes
submetidos à técnica todos os anos acabam perdendo os implantes por problemas de integração do titânio ao osso da boca


O Estado de São Paulo, 8 de janeiro de 2009.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Síndrome de Rett

Palavra da Fundadora

Diferentemente do que as mães das nossas meninas imaginam, elas me ajudaram muito. Aliás, muito mais do que eu consegui apoiá-las.

No começo, aceitar o fato de minha filha ser portadora de síndrome de Rett foi muito difícil. Não aceitava, não assumia. Sentia-me a mulher mais infeliz do mundo. Falar seu nome, Catarina, já era o suficiente para eu cair em prantos. Chorei muito, e por muito tempo. Pensei que nunca mais seria feliz! Perdi a fé.

Não sei por qual razão, porém, nunca me perguntei: “Por que eu?”. Mas sempre me perguntei: “Por que ela?”.

Por que ela não pronunciará a primeira palavra, não dará os primeiros passos, não irá à primeira aula, não fará a primeira comunhão, não terá o primeiro amor, não se casará, nem terá filhos? Por que ela?

Essa foi a parte mais difícil de aceitar.

Ter fundado a ABRE-TE em 1990, junto com meu marido, Cláudio, e com meus queridos amigos, nos ajudou muito.

O nome da associação significou muito para nós. Queríamos ABRIR a sociedade para a Síndrome de Rett. ABRIR os corações para receber estas meninas. ABRIR suas mãozinhas. ABRIR oportunidades para elas. ABRIR novamente o mundo para as famílias que se desestruturam tanto com um problema deste tamanho. E foi tentando ABRIR caminhos, conhecendo mães e suas famílias, que eu consegui ABRIR o meu próprio coração para entender e aceitar a Caty.

Não foi fácil! Recobrei minha fé, e hoje em dia consigo ser feliz e, muitas vezes, muito feliz!

Ainda não sei por que elas, mas já sei o porque delas.

Elas vieram para nos trazer um objetivo eterno que nos mantém vivos.

Teremos sempre um enorme motivo para viver. Um desafio: O grande desafio de mantê-las saudáveis e felizes.

E, em contrapartida, o melhor de tudo isso é que, enquanto elas viverem, nós NUNCA ESTAREMOS SÓS...

Isis de Castro Pinto Riechelmann

ABRE-TE/SP ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SÍNDROME DE RETT DE SÃO PAULO CENTRO DE REFERÊNCIA
Rua França Pinto 1031/33
04160-034 - São Paulo - SP
Telefax (11) 5083.0292
abrete@abrete.com.br


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Robert Scheidt!!



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