sábado, 16 de fevereiro de 2013

PACIENTE QUE SOFREU FRATURA NO MAXILAR DURANTE PROCEDIMENTO ODONTOLÓGICO É INDENIZADO


A 7ª Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro julgou parcialmente procedente ação proposta por paciente que pleiteava indenização por danos materiais e morais contra um dentista e um convênio odontológico.
        De acordo com a petição inicial, o paciente contratou os serviços do profissional para fazer uma extração, mas durante o procedimento sofreu fratura no maxilar.
        Em decorrência disso, teve que sofrer uma cirurgia para a correção e ficou impossibilitado, temporariamente, de ingerir alimentos sólidos.
        De acordo com a decisão do juiz Marcelo Vieira, o laudo pericial confirmou que a fratura foi causada por excesso de força empenhada na extração do dente o que demonstra que o profissional não agiu com a técnica adequada na condução do procedimento. Também ficou demonstrado que o paciente não ficou com sequelas estéticas ou funcionais.
        “Os danos morais são evidentes. O autor teve que se submeter a procedimento cirúrgico, teve dores, ficou temporariamente com a mastigação comprometida. Como acima relatado não se trata de mero aborrecimento”, explicou o magistrado na decisão.
        O juiz condenou os requeridos, de forma solidária, a pagarem para o autor a quantia de R$108,51 pelos danos materiais, além de R$10.000,00, pelos danos morais, corrigidos e com juros.
        
        Processo nº 0239949-32.2009.8.26.0002

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Dentista viaja pelos EUA e denuncia crise dentária



Nos 18 anos em que ele vem trabalhando em seu consultório privado, casas de repouso e, mais recentemente, em uma clínica odontológica móvel que percorre os rincões mais isolados dos montes Apalaches, Edwin Smith pôde contemplar extremos de negligência.



Viu a vergonha de uma menina de 14 anos que mantinha a cabeça baixa por ter perdido a maioria de seus dentes em função da subnutrição, e o orgulho de um montanhês idoso que, sem dinheiro para o dentista, arrancou sozinho dois de seus dentes infeccionados, com a ajuda de um alicate e um gole de água oxigenada.
Ele viu os resultados brutais das agressões de maridos irados que espancam suas mulheres e o resultado final dos truques dos viciados em medicamentos que racham os dentes um a um para conseguir receitas de remédios contra a dor. Mas o que ele mais vê são pessoas comuns que enfrentam tanta dificuldade para manter comida na mesa que negligenciam a higiene bucal. Muitas delas comem doces, usam água de poço sem flúor, e começaram a arruinar seus dentes há muito tempo, porque fumam e mascam tabaco.
Smith tem oportunidades raras de observar a situação do Kentucky, o Estado americano que tem a maior proporção de adultos de menos de 65 anos desdentados, e no qual metade dos residentes não dispõem de planos odontológicos. Ele se esforça por combater os efeitos da escassez crônica de dentistas nas áreas rurais, e a lentidão no avanço quanto aos hábitos de higiene bucal.
"O nível de necessidade é difícil de avaliar sem que você o veja de perto", disse Smith, que opera uma clínica odontológica gratuita em um dos condados mais pobres do Estado. Ele também fornece tratamentos gratuitos a cerca de metade dos pacientes que utilizam seu consultório pessoal em Barbourville.
O Kentucky está entre os piores Estados americanos no que tange à proporção de cidadãos de baixa renda atendidos por clínicas odontológicas gratuitas ou subsidiadas, e menos de um quarto dos dentistas do Estado aceita pagamentos via sistema Medicaid, um seguro federal de saúde, de acordo com dados federais de 2005.
Até agosto de 2006, quando o sistema foi reformado, o índice de reembolso do Estado para pacientes atendidos sob o Medicaid era um dos mais baixos do país. Os especialistas dizem que isso contribui para a escassez de dentistas em áreas mais pobres e rurais. A diretora de odontologia do Estado, Julie Watts McKee, afirmou que, no ano passado, o reembolso via Medicaid para serviços odontológicos prestados a crianças do Kentucky foi aumentado em 30%.
Mas mesmo com o aumento, coberto pela redução em benefícios ortodônticos, o pagamento do Medicaid aos dentistas é ainda 50% inferior ao valor de mercado, disse Ken Rich, diretor de odontologia do Medicaid estadual. E no caso dos adultos, ele afirma, o valor é 65% inferior ao de mercado.
"Não muita coisa mudou, por aqui, ao longo dos anos", disse Glen Anderson, que faz dentaduras em Corbin, Kentucky, há duas décadas. Ele vende por US$ 400 um par de dentaduras que muitos dentistas fornecem por US$ 1,2 mil ou mais. Como seu pai, avô e irmão, ele as faz sem licença. "Os trabalhadores irregulares existem por um motivo, aqui", afirma Anderson. "As pessoas precisam de dentes, mas não têm dinheiro para pagar um dentista".
Embora o Estado esteja entre os piores do país em termos de saúde bucal, não é nem de longe o único. Os moradores de Estados vizinhos sofrem de problemas odontológicos semelhantes, e por motivos também parecidos ¿acesso inadequado a tratamentos odontológicos, incapacidade de pagar o dentista, uso generalizado de tabaco de mascar e uma pressuposição generalizada de que perder dentes é inevitável quando a pessoa envelhece. A Virgínia Ocidental, por exemplo, que têm a maior população de desdentados com idade superior a 65 anos, também tem uma das menores proporções de adultos que consultam um dentista ao menos uma vez por ano.
Smith está tentando detectar e resolver problemas antes que avancem demais. A cada semana, ele percorre as tortuosas estradas dos Apalaches com sua clínica móvel, a Kids First Dental Care, e visita escolas para oferecer consultas grátis a crianças dos condados mais pobres do Kentucky. Smith investiu US$ 150 mil em dinheiro pessoal na montagem da clínica, que ocupa a carreta de um caminhão de 18 rodas. A clínica tem sete funcionários, e seus custos são bancados com doações privadas e verbas do Medicaid.
A dor causada por problemas odontológicos é uma das causas dominantes de dias de aula perdidos por estudantes do Kentucky, de acordo com funcionários do serviço estadual de saúde, e quase metade das crianças do Estado tem entre duas e quatro cáries não tratadas. Cerca de 10% dos moradores do Estado são completamente desdentados, de acordo com dados federais de 2004.
Smith diz que, em seu consultório privado, pelo menos uma vez por mês atende a um paciente que colou um dente quebrado à raiz ou a um dente adjacente. Ele também encontra pacientes que tentam evitar os custos de um tratamento odontológico fazendo gargarejos com álcool, a fim de reduzir as infecções dentárias, ou usando comprimidos de aspirina pulverizados como solução para reduzir a dor nas gengivas. Ambas as táticas agravam os problemas, porque queimam as gengivas e causam úlceras, ele afirma.
"Sob o Medicaid", diz Smith, "a única escolha disponível para uma pessoa com severa infecção dentária é uma extração, mesmo que ela tenha 25 anos de idade e se trate de um dente da frente". Ele acrescenta que o programa não cobre tratamentos de canal ou dentaduras, ainda que ajude a pagar por uma dieta de líquidos para pessoas em dentes.
O Medicare, o programa federal de saúde para idosos, não paga serviços odontológicos. Smith disse que algumas pessoas presumem que, porque seus pais e avós perderam os dentes antes dos 40, o mesmo se aplique a elas. Elas consideram que, sem dentes, não sofrerão dores de dente, e assim os arrancam preventivamente.
"Tente encontrar emprego, se você tem 30 ou 40 anos e não tem os dentes da frente", disse Jane Stephenson, fundadora de uma escola que oferece treinamento profissional a mulheres de baixa renda dos Apalaches. Ela conta que seu programa começou a ajudar mulheres a comprar dentaduras 10 anos atrás, e que cerca de metade delas, a maioria das quais na casa dos 40 anos, perderam dentes ou têm focos de infecção.
Já Justin Baker ostenta dentes escuros e tortos e serve como exemplo de outro dos problemas de higiene bucal do Kentucky: o uso de anfetaminas. "Eles apodreceram", diz Baker, 16 anos, sobre os danos causados por menos de um ano de uso de drogas.
O Estado também tem o maior número de fumantes do país, e uma das maiores proporções de uso de tabaco para mascar. Enquanto Baker se sentava para lavar a boca, na clínica odontológica gratuita de sua escola, a Knox Central High School, em Barbourville, Smith lamentava.
"Mesmo que ele consiga dar uma virada em sua vida, o estrago está feito", comentou o odontologista, sobre a alta probabilidade de que Baker logo perca todos os dentes.
Tradução: Paulo Migliacci ME

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Resultado - Aprimoramento Profissional 2013 - Hospital do Servidor Público Estadual, São Paulo, Capital


Opção 017 Odontologia/Cirurgia Buco Maxilo Facial –
Vagas: 02
classif. - nome - inscrição - documento - prv. escrita - prv.
oral - currículo - nota final
1 º - ANDRE EDUARDO AMARAL RIBEIRO - 0300099 0 -
25866146X SP - 76,000 - 70,000 - 24,00 - 170,000
2 º - FABIO DE LIMA CRISCI - 0300086 9 - 288736473 SP -
54,000 - 60,000 - 18,00 - 132,000

sábado, 22 de dezembro de 2012

Poucos norte-americanos pedem aos médicos para que lavem as mãos.



Resenha crítica do cirurgião dentista, estomatologista, discente de MBA em Gestão de Saúde e Controle de Infecção e assessor em Biossegurança Prof.  Livre Docente Jayro Guimarães Jr.



A empresa Kimberly-Clark, comerciante de produtos associados aos cuidados e prevenção da saúde, anunciou os resultados de uma pesquisa sobre atitudes dos pacientes em relação à higiene das mãos (HM) em um ambiente de saúde. De acordo com os resultados do estudo, 72% dos inquiridos nunca perguntaram aos profissionais de saúde se tinham lavado ou higienizado as mãos antes de começar um exame ou procedimento.
De acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a HM é uma das maneiras mais importantes para evitar a propagação de infecções. 
Cerca de 1,7 milhões de pacientes contraem uma infecção hospitalar (IH) a cada ano nos EUA.  Isso significa que um em cada 20 indivíduos será infectado, enquanto procura ajuda para um problema médico em um hospital. 
As IHs ceifam mais vidas de norte-americanos do que o câncer de mama e a infecção HIV/AIDS combinadas, respondendo por cerca de 99.000 mortes/ano. Muitas destas infecções são evitáveis.
Conduzida pela ORC International, uma empresa de pesquisa de mercado, em nome da Kimberly-Clark, a pesquisa analisou on line as percepções e comportamentos sobre a HM de 1.020 norte-americanos, entrevistados de 31 de maio a três de junho de 2012.  
Os resultados foram ponderados para a idade, sexo, escolaridade, região geográfica e raça, sempre que necessário para alinhá-los com suas proporções reais na população dos EUA.
Os principais resultados incluem:

  • Poucos pacientes solicitam a HM. Apenas 5% dos entrevistados sempre pedem que médicos e outros profissionais hospitalares higienizem as mãos antes de começar um exame ou procedimento. 
  • Há falta de percepção dos riscos. Entre os norte-americanos que não pedem que profissionais da saúde executem a HM, 40% disseram que não perguntam porque presumem que os profissionais de saúde façam-na antes de tratar todo paciente. Além disso, 34% disseram que simplesmente não se lembram de fazer esse pedido e 21% disseram que sentem que não é sua responsabilidade perguntar. Apenas 30% não perguntam por que observaram que a HM foi realizada.   
  •  Os pacientes mais idosos hesitam mais ao perguntar. Quase 25% dos norte-americanos com 55 anos ou mais não se sentem à vontade para fazer a solicitação, em comparação com 12% dos que têm de 18 a 34 anos de idade. 
  • Os pacientes não são conscientizados. Apenas 8% dos entrevistados receberam folhetos ou literatura em hospitais descrevendo técnicas adequadas de HM e dicas de prevenção de infecções.  Para apenas 5% deles foram fornecidas informações específicas sobre HM e prevenção de IHs em celulares ou on line.

"Os pacientes e seus visitantes podem e devem tornar-se conscientes das medidas simples que podem ajudar a reduzir a exposição à IHs, tais como pedir aos profissionais que façam a HM", disse Victoria Naum, Diretora Executiva da Safe Care Campaign (Campanha de Cuidados Seguros). "Tendo experimentado pessoalmente os efeitos devastadores das IHs, eu sei do papel crítico que a educação do paciente pode desempenhar na prevenção de infecções e salvamento de vidas."
"A evolução da vigilância sobre IHs, juntamente com o reconhecimento de que muitas delas são evitáveis, fez que as unidades de saúde enfatizassem ainda mais a importância da implementação dos métodos de prevenção baseados em evidências, como a HM, para reduzir a incidência de infecções",, disse o médico William R. Jarvis,   Ex-Diretor do CDC, e Presidente da Jason e Jarvis Associates LLC, uma consultoria privada. "Educar pacientes e seus entes queridos lhes permite servir como defensores da segurança, tendo um papel ativo em seu tratamento, ajudando a garantir que a prevenção da IH é o dever de todos os médicos."
"Os hospitais e outros estabelecimentos de saúde são obrigados a proteger os pacientes de infecções, mas a redução e prevenção de IHs é realmente responsabilidade de todos", disse o Dr. Wava Truscott, diretor de Assuntos Científicos e Educação Clínica da Kimberly-Clark. "Os resultados desta pesquisa são convincentes e ressaltam a necessidade de uma maior sensibilização e educação dos pacientes para prevenir a disseminação das IHs”.

Comentários do resenhista

  1. HM e outras noções de prevenção básica de saúde deveriam ser, obrigatoriamente, ensinadas nas escolas de ensino fundamental. A HM deve ser uma prática constante e rotineira de todos e não somente dos profissionais de saúde. Ao chegar da rua e antes de cumprimentar sua família é aconselhável fazer a HM. 
  2. Quanto aos profissionais de saúde está se falando de um dever inalienável e tem de ser realizada com técnica adequada ainda que se usem luvas. Apesar da ênfase na HM dada desde 1845, pelo médico húngaro Ignaz Semmelweis, ainda são necessárias, no século 21, inúmeras e persistentes campanhas educativas para que os profissionais de saúde sensibilizem-se para a sua prática. A educação continuada em infecções relacionadas à assistência à saúde é uma necessidade importante, mas nem sempre é levada com a devida seriedade, haja vista que seu conhecimento básico não faz parte dos currículos obrigatórios dos cursos de graduação de algumas profissões relacionadas à assistência à saúde.  Pasmem! Peço a atenção dos Ministérios da Educação e da Saúde! 
  3. Por dever de justiça, isento os cursos de Enfermagem desta distorção. São as enfermeiras (infelizmente, não todas) as que mais cuidam da biossegurança de seus pacientes e da aplicação das normas das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar. 
  4. Escrevo com notória preocupação. Escrevi um livro sobre Biossegurança Odontológica e, depois de tornar-me Livre Docente, curso uma MBA em Gestão de Saúde e Controle de Infecção, isto é, acompanho de perto o assunto. 
  5.  É preciso que todos (pacientes e profissionais) se lembrem de que não é possível “zerar” as IHs. Um corriqueiro estetoscópio é capaz de transmitir infecções e devem ser desinfetados entre um paciente e outro. Não poderiam também ser carregados para todo lado como se fossem adereços profissionais. 
  6.  Além dos óbvios benefícios para a saúde geral, a prevenção das IHs custa muito menos do que o tratamento destas infecções. 
  7.  As pias devem estar à vista dos pacientes para que não haja dúvida alguma sobre a realização da HM. Se não feita, os pacientes deveriam se recusar a serem tocados.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Ainda a glicosamina com condroitina


Compare os preços entre o Brasil e os EUA:

No Brasil:

Condroflex (Zoadiac) 30 sachês
Sulfato de glicosamina 1,5 g e sulfato de condroitina 1,2 g
tratamento para 15 dias

R$ 143,00

Nos EUA:

360 comprimidos, tratamento para 180 dias (dois comprimidos diários)
U$ 55,00 
(aprox. R$ 110,00)

Basta conferir no site do Vitamin World americano.

Detalhe: qualquer supermercado vende essa associação para alívio da artrose. Lá é considerado um suplemento alimentar, aqui é considerado um medicamento.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Docente fala da relação entre a doença periodontal e problemas cardiovasculares


Por Nicolas Gunkel
nicolasgunkel@gmail.com 
11/12/2012

São Paulo (AUN - USP) - A possível relação entre a doença periodontal (que atinge a gengiva) e a doença cardiovascular (coração) foi aventada na década de 1990, ganhando destaque nos últimos vinte anos. A professora Luciana Saraiva de Campos, da Faculdade de Odontologia da USP (FO), falou da possível interação entre as duas enfermidades para delimitar o seu possível grau de interdependência. “Assim como as doenças sistêmicas parecem interferir no curso da doença periodontal como fatores modificadores, a doença periodontal também parece influenciar o curso e o desenvolvimento de doenças e condições sistêmicas.”
Segundo a docente, pacientes com a doença periodontal apresentam uma maior quantidade de bactérias orais na corrente sanguínea do que pacientes com a gengiva saudável. A passagem frequente de algumas bactérias orais para o sangue pode permitir uma acumulação na parede do coração, levando a um sério quadro de infecção conhecido como endocardite. Luciana ressalta, no entanto, que deve haver uma predisposição determinada no paciente para que tal quadro se complique, o que relativiza a relação entre as duas doenças.
A recente literatura tem relacionado a doença periodontite com a aterosclerose, processo pelo qual a parede interna de artérias passa por uma série de mudanças, podendo ocasionar lesões em suas paredes. Como o processo inflamatório tem um papel essencial a todas as fases da aterosclerose, as causas deste fenômeno têm sido investigadas como potenciais estimuladores da doença. “Desta maneira, é possível que a doença periodontal crônica, capaz de produzir uma inflamação não apenas local como também sistêmica, possa também influenciar a doença cardiovascular”, explica.
Há uma série de fatores de risco em comum entre a doença periodontal e a cardiovascular, como a idade, o fumo e a diabetes. “Por dividirem esses fatores de risco, a doença periodontal poderia ser apenas um marcador de risco para a doença cardiovascular”, afirma a professora. “No entanto, uma grande quantidade de evidências, inclusive de estudos epidemiológicos em diversos locais do mundo, vem demonstrando que a doença periodontal pode ser considerada um fator de risco independente para a doença cardiovascular.”
Apesar dos fatores de risco semelhantes, as duas doenças divergem quanto aos sintomas. “A doença aterosclerótica é silenciosa” alerta a docente. “Já a doença periodontal apresenta como características o sangramento gengival, a presença de edema na gengiva (aumento de volume), aparecimento ou agravamento da mobilidade dentária e a migração dos dentes em casos mais avançados.”
Segundo Luciana, uma boa resposta clínica ao tratamento periodontal pode influir na redução de alguns marcadores inflamatórios, provocando melhora na função endotelial e diminuindo os riscos da doença cardíaca. No entanto, outras variáveis como o fumo e o sobrepeso podem agir em sentido contrário, dificultando conclusões definitivas sobre a eficácia do tratamento. “Esse fator, junto com a falta de padronização de diagnóstico de doença periodontal, podem ser as maiores causas de heterogeneidade nos resultados apresentados na literatura.”
Outro fator a ser considerado, segundo a docente, é a demora e a severidade com que a doença cardiovascular se manifesta normalmente, tornando a situação periodontal apenas mais um fator de risco e não o condicionante. “Por mais que a doença periodontal seja associada à aterosclerose, seu tratamento seria como cessar outro fator de risco como o fumo ou sobrepeso”, explica. “Todos os fatores de risco têm um efeito cumulativo e pode não ser lógico que uma terapia de curto prazo possa melhorar a condição cardiovascular que ficou exposta a anos de doença periodontal.”
Para Luciana, é biologicamente plausível que a doença periodontal esteja relacionada à doença cardiovascular, mas ainda são necessários mais estudos para que se entenda a verdadeira influência da doença periodontal. “No entanto, enquanto essa dúvida persistir, todos os profissionais da saúde devem estar atentos para a existência da doença periodontal, encorajando seus pacientes a terem bons hábitos de higiene bucal e recomendando visitas regulares ao dentista.” 

Conselho Federal de Odontologia e seu presidente são investigados pelo MPF As irregularidades - pagamentos de contas pessoais, festas e diárias de hotéis - teriam ocorrido nos últimos dez anos; pedido de apuração dos fatos é assinado por cinco conselhos regionais; Ailton Diogo Morilhas Rodrigues diz que há motivação política


O Ministério Público Federal abriu duas investigações, uma civil e outra criminal, contra o Conselho Federal de Odontologia (CFO) e seu atual presidente, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues. As denúncias se referem a pagamentos irregulares de contas pessoais do presidente da autarquia, além de festas e diárias de hotel. Cinco conselhos regionais assinam o pedido de investigação encaminhado à procuradoria.

As irregularidades teriam ocorrido no conselho ao longo dos últimos oito anos. Rodrigues - que nega as acusações - ocupou o cargo de vice-presidente nos últimos dez anos e acaba de ser eleito para a presidência do órgão. As denúncias foram oficializadas por um ex-funcionário que exerceu cargo de tesoureiro no CFO durante 11 anos e um empresário que prestava serviços por meio de uma agência de viagens. Ambos registraram em cartório as acusações, encaminhadas ao Ministério Público.

Segundo as denúncias, Rodrigues teria ordenado pagamentos superfaturados e fictícios quando era presidente em exercício e pagado contas pessoais e de familiares, além de ter assinado cheques em 2009 com notas fiscais também irregulares. Na declaração do ex-funcionário Kleber Vidal, antigo tesoureiro, são citados gastos ilegais com festas.
No documento, registrado em 28 de agosto deste ano, ele também declara que “no ano de 2006, na cidade de Angra dos Reis, pagou despesas com festas no valor de R$ 42 mil no Hotel Blue Tree, sem licitação e com pessoas estranhas ao sistema CFO”. O atual presidente nega que tenha havido esse encontro em Angra.

Já o empresário Alexandre Rodrigues de Oliveira afirma ter pago, entre os anos de 2005 e 2006, despesas de hospedagem e alimentação de Ailton Rodrigues, bem como de seus familiares, por meio de sua agência de turismo, a Shop Travel. Segundo Oliveira, o dirigente do CFO recebia diárias para esse custeio por meio do CFO e, portanto, superfaturava os gastos.

As primeiras denúncias vieram à tona neste ano em rede sociais. Com base nos indícios e nas declarações, os Conselhos Regionais de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás e Sergipe as encaminharam para a procuradoria. No pedido de investigação, os presidentes dos conselhos afirmam que as denúncias, “caso comprovadas, representam a ocorrência de graves delitos tipificados na legislação penal brasileira”.

Apuração. Um dos signatários do pedido de investigação, o presidente do Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro, Afonso Fernandes Rocha, afirmou que a ideia do encaminhamento é exatamente averiguar os indícios. “Como nós não temos como apurar, houve esse pedido à procuradoria para que se descubra a verdade.”

Na mesma linha, o presidente do Conselho de Minhas Gerais, Arnaldo Garrocho, diz que não podia fugir da “responsabilidade” de seu cargo, por isso fez o pedido oficial de investigação. “Recebemos denúncias e encaminhamos. Por uma questão ética, o conselho federal foi o primeiro a saber da denúncia.”

Apesar disso, o presidente do CFO, Ailton Rodrigues, afirmou por e-mail que desconhece “tais acusações”. Ele, que negou ter assinado cheques que fazem parte da denúncia, atribuiu as acusações ao processo eleitoral. “Trata-se de denúncia de ex-funcionário e ex-fornecedor que somente surgiram por ocasião do pleito eleitoral do CFO”, afirmou. Segundo ele, os cinco presidentes dos conselhos regionais que assinam o pedido de investigação fazem parte da oposição.

O Ministério Público recebeu a denúncia no dia 24 de outubro e ainda não ouviu os envolvidos. O ex-tesoureiro Kleber Vidal não quis dar entrevistas. Já o ex-proprietário da agência de turismo, Alexandre de Oliveira, não respondeu às mensagens encaminhadas pela reportagem. / COLABOROU DAVID FRIEDLANDER


PARA LEMBRAR
CFO quis evitar concursos

O Conselho Federal de Odontologia (CFO) foi à Justiça, sem sucesso, tentar manter contratações de funcionários sem concurso público. O CFO pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 2007, para reverter decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que exigia a realização de concurso público para admissão de pessoal pelos conselhos federal e regionais de odontologia.

A justificativa do CFO para propor o mandado é de que o acórdão do TCU confrontava decisão da Justiça do Trabalho que, em ação civil pública, determinou que os conselhos federais e regionais de odontologia não necessitavam de concurso público para fazerem contratações. Mas na ocasião o Supremo entendeu diferente.

No entendimento da ministra Ellen Gracie, então presidente do Supremo Tribunal Federal, os servidores do Conselho Federal de Odontologia “deverão se submeter ao
regime da lei 8.112/1990”, que regula o funcionalismo público.

RESPOSTA:


Em virtude de notícia veiculada nesta sexta-feira (14), o Conselho Federal de Odontologia (CFO) vem a público informar à sociedade e à imprensa que:

1) Até o momento, não houve citação formal por parte do Ministério Público Federal com respeito às investigações (nas esfera civil e criminal) que teriam sido abertas para apurar denúncias de suposto uso irregular de recursos da entidade;
2) Independentemente desta citação, O CFO – por meio de sua atual diretoria, corpo de conselheiros, funcionários e colaboradores – está à disposição para prestar todos os esclarecimentos e subsídios necessários aos órgãos competentes para que os fatos sejam devidamente apurados;
3) Cabe ressaltar que o CFO configura autarquia pública de caráter especial que, inclusive, é submetido a processos periódicos e regulares de auditoria interna e de órgãos de fiscalização e controle social, sendo que não há informes de irregularidades na atual gestão;
4) Os conselheiros federais de odontologia depositam sua confiança na atual gestão e em seu presidente, Ailton Diogo Morilhas Rodrigues, e acreditam que tudo será elucidado, sendo que se, em caso de confirmação das denúncias ou de constatação de manipulação dos fatos, os responsáveis deverão ser punidos;
Como órgão de representação de classe, o CFO salienta – mais uma vez - seu compromisso com a transparência, a verdade e a ética, a qual tem como princípios norteadores para o desenvolvimento de suas ações que têm como foco a boa prática da Odontologia e a defesa dos interesses da sociedade.

Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2012.

CONSELHO FEDERAL DE ODONTOLOGIA

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Glicosamina e condroitina para artroses.

A dupla condroitina + glicosamina é muito cara no Brasil. 
Nos EUA, compra-se no supermercado por um preço muito menor, uns U$ 18,00 por 220 comprimidos.
Aqui, o Condroflex custa R$ 143,00 por mês.
Há alguns casos de artrose na ATM, mas o tratamento cabe ao reumatologista.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Herpes simples e estresse




O herpes simples é uma infecção virótica bem conhecida das pessoas. Grande parte da população é portadora do vírus. Muitas apresentam erupções herpéticas ocasionalmente ou freqüentemente, outras só têm o vírus sem sofrer de surtos de lesões.

O quadro clínico do herpes simples é bem sugestivo: aparece como pequenas bolhas agrupadas, antecedidas de minúsculas elevações avermelhadas. Depois que surgem as bolhas, elas se desenvolvem, no terceiro dia se rompem, deixando a superfície da pele ferida e, daí em diante, passam a regredir, desaparecendo espontaneamente no décimo dia de evolução.

Durante as crises, o paciente sente coceira, ardência e dor e, muitas vezes, há o aparecimento de ínguas dolorosas na área próxima das lesões.

Locais atingidos

A infecção herpética pode ocorrer em qualquer local da pele. O mais comumente atingido são os lábios, onde a erupção provoca um aspecto bastante inestético. O segundo local em freqüência é a região genital. Aqui, além do incômodo que as bolhas e feridas causam, existe o risco de contágio por contato sexual, o que torna o herpes genital uma doença sexualmente transmissível. Outros pontos atingidos, com menos freqüência, são a testa, na região do nervo oftálmico, que provoca bastante dor e oferece o perigo de atingir a córnea e ulcerá-la; e a região glútea, onde, por vezes, a dor é intensa pela inflamação de nervos.

A contagiosidade do herpes inicia-se no dia anterior ao surgimento das bolhas e estende-se até o quinto dia. A partir daí, cessa ou diminui acentuadamente. Isso exige, dos portadores de herpes, cuidados higiênicos para não transmitir a infecção para outros locais, principalmente os olhos, e atitudes preventivas para não contaminar outras pessoas. Assim, quem tiver herpes labial ativo não deve beijar outras pessoas, principalmente crianças, e quem tiver herpes genital deve abster-se de relação sexual até a regressão do quadro clínico.

Surtos herpéticos

Os surtos de bolhas voltam a ocorrer eventualmente. Em algumas pessoas, eles se repetem duas ou três vezes por ano e, em outras, com freqüência quinzenal. Os medicamentos são pouco efetivos, servindo mais para diminuir os sintomas, encurtar a duração dos surtos e, talvez, espaçar os surtos. Não têm, porém, a capacidade de eliminar os vírus do organismo.

Vários fatores favorecem o reaparecimento da erupção herpética. Entre eles, o cansaço físico, mudanças repentinas de temperatura, traumatismos no local onde se localizam os vírus, como uma mordida no lábio, e exposição à luz solar. É conhecido o fato de que portadores de vírus, dois ou três dias depois de chegarem à praia, em férias, sofrem uma crise herpética labial. A radiação ultravioleta lesa as células da pele e abre caminho à reativação do vírus.

Estresse

É fato freqüente, observado e relatado pelos próprios pacientes, o aparecimento de um surto herpético durante ou após um episódio de tensão emocional ou por estresse físico, cansaço ou esforço demasiado. É comprovada a relação entre esses eventos e a reativação do herpes.

O que se passa é que o estresse físico ou mental altera o mecanismo da inflamação e da imunidade por meio do estímulo à secreção de corticotropina pela hipófise e conseqüente mudança nos níveis de adrenalina, noradrenalina e glicocorticóides. Esses efeitos do estresse mudam a distribuição das células de defesa, os linfócitos, e atuam sobre o equilíbrio de dois tipos dessas células: a Th1 e a Th2.

A primeira realiza principalmente o ataque direto às células estranhas ao organismo; a segunda age preferentemente à distância, por meio de anticorpos. Um incremento da imunidade por anticorpos em detrimento da imunidade direta contra os vírus e a alteração da função de barreira da pele rompem o equilíbrio cutâneo, que mantém os vírus sob controle. O resultado é uma nova crise herpética.

Prevenção

É pouco o que se pode fazer para prevenir a reativação da infecção herpética. As medidas básicas, nem sempre exeqüíveis, são evitar contato direto com pessoa em fase de infecção ativa, evitar exposição à luz solar e evitar traumatismos no local onde costumam ocorrer as lesões.

Quanto ao estresse: estar consciente do nível de tensão física que está impondo ao organismo e tomar providências para reduzi-lo, como dormir suficientemente, cuidar do físico com exercícios, principalmente aeróbicos e de alongamento. E efetuar mudanças efetivas na qualidade dos pensamentos que produz para não criar irracionalmente pensamentos que geram tensões inúteis e lesivas ao funcionamento imunitário.

Em casos de surtos muito freqüentes, podem ser utilizados certos ativadores do sistema imunitário fitoterápicos, que freqüentemente dão boa ajuda no melhoramento da defesas orgânicas.


Colaboração: Dr. Roberto Azambuja - Dermatologista

sábado, 1 de dezembro de 2012

Ministério Público Federal estabelece à Odontoprev que é de competência exclusiva do cirurgião-dentista determinar a necessidade do uso de radiografias


O Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria da República em São Paulo, estabeleceu, em 25 de outubro, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a operadora de planos odontológicos Odontoprev.

O documento, assinado por representantes de ambas as partes e válido para todo o território nacional, determina que seja da competência única e exclusiva do cirurgião-dentista determinar ou não a necessidade do uso de radiografias ao longo do processo de tratamento do paciente.

Assim, a Odontoprev se compromete legalmente a não mais exigir dos cirurgiões-dentistas credenciados exames radiográficos com finalidade de auditoria, antes e depois da realização do procedimento odontológico, conforme já estabelecido previamente pela Resolução CFO 102/2010, que veta o uso indiscriminado de raio-X para tais fins.

A Odontoprev tem 120 dias para efetivar as obrigações estabelecidas pelo TAC, informando devidamente a rede credenciada sobre a mudança. O não cumprimento do acordo pela operadora implica multa diária de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

O TAC, no entanto, confere à Odontoprev o direito de exigir outras formas de comprovação da necessidade de determinado procedimento odontológico. Nesse caso, a operadora poderá solicitar ao profissional o envio de fotografias ou mesmo de um termo de consentimento assinado pelo próprio paciente.


domingo, 18 de novembro de 2012

Anestesia Geral - Quais são os riscos?

A anestesia geral é uma técnica anestésica que promove abolição da dor (daí o nome anestesia), paralisia muscular, abolição dos reflexos, amnésia e, principalmente, inconsciência. A anestesia geral faz com que o paciente torne-se incapaz de sentir e/ou reagir a qualquer estímulo do ambiente, sendo a técnica mais indicada de anestesia nas cirurgias complexas e de grande porte.

Como é feita a anestesia geral

A anestesia geral possui quatro fases: pré-medicação, indução, manutenção e recuperação.

A fase de pré-medicação é feita para que o paciente chegue ao ato cirúrgico calmo e relaxado. Normalmente é administrado um ansiolítico (calmante) de curta duração, como o midazolam, deixando o paciente já com um grau leve de sedação. Deste modo, ele entra na sala de operação sob menos estresse.

A fase de indução é normalmente feita com drogas por via intravenosa, sendo o Propofol a mais usada atualmente. Após a indução, o paciente rapidamente entra em sedação mais profunda, ou seja, perde a consciência, ficando em um estado popularmente chamado de coma induzido . O paciente apesar de estar inconsciente, ainda pode sentir dor, sendo necessário aprofundar ainda mais a anestesia para a cirurgia poder ser realizada. Para tal, o anestesista também costuma administrar um analgésico opióide (da família da morfina) como o Fentanil.

Neste momento o paciente já apresenta um grau importante de sedação, não sendo mais capaz de proteger suas vias aéreas das secreções da cavidade oral, como a saliva. Além disso, na maioria das cirurgias com anestesia geral é importante haver relaxamento dos músculos, fazendo com que a musculatura respiratória fique inibida. O paciente, então, precisa ser intubado* e acoplado a ventilação mecânica para poder receber uma oxigenação adequada e não aspirar suas secreções.

* Em algumas cirurgias mais rápidas, ou que não abordem o tórax ou o abdômen, pode não ser necessária intubação, ficando o paciente apenas com uma máscara de oxigênio.

Anestesia geral
Anestesia geral
No início da fase de manutenção as drogas usadas na indução, que têm curta duração, começam a perder efeito, fazendo com que o paciente precise de mais anestésicos para continuar o procedimento. Nesta fase, a anestesia pode ser feita com anestésicos por via inalatória ou por via intravenosa. Na maioria dos casos a via inalatória é preferida. Os anestésicos são administrados através do tubo orotraqueal na forma de gás (vapores) junto com o oxigênio, sendo absorvidos pelos alvéolos do pulmão, passando rapidamente para a corrente sanguínea. Alguns exemplos de anestésicos inalatórios são o óxido nitroso e os anestésico halogenados (halotano, sevoflurano e desflurano), drogas administradas continuamente durante todo o procedimento cirúrgico.

A profundidade da anestesia depende da cirurgia. O nível de anestesia para se cortar a pele é diferente do nível para se abordar os intestinos, por exemplo. Conforme o procedimento cirúrgico avança, o anestesista procura deixar o paciente sempre com o mínimo possível de anestésicos. Uma anestesia muito profunda pode provocar hipotensões e desaceleração dos batimentos cardíacos, podendo diminuir demasiadamente a perfusão de sangue para os tecidos corporais.

Quando a cirurgia entra na sua fase final, o anestesista começa a reduzir a administração das drogas, já planejando uma cessação da anestesia junto com o término do procedimento cirúrgico. Se há relaxamento muscular excessivo, drogas que funcionam como antídotos são administradas. Nesta fase de recuperação, novamente analgésicos opioides são administrados para que o paciente não acorde da anestesia com dores no local onde foi cortado.

Conforme os anestésicos inalatórios vão sendo eliminados da circulação sanguínea, o paciente começa a recuperar a consciência, passando a ser capaz de voltar a respirar por conta própria. Quando o paciente já se encontra com total controle dos reflexos das vias respiratórias, o tubo orotraqueal pode ser retirado. Neste momento, apesar do paciente já ter um razoável grau de consciência, ele dificilmente se recordará do que aconteceu nesta fase de recuperação devido aos efeitos amnésicos das drogas.

Riscos da anestesia geral

Existe um mito de que a anestesia geral é um procedimento perigoso. Complicações exclusivas da anestesia geral são raras, principalmente em pacientes saudáveis. Na maioria dos casos, as complicações são derivadas de doenças graves que o paciente já possuía, como doenças cardíacas, renais, hepáticas ou pulmonares em estágio avançado, ou ainda, por complicações da própria cirurgia, como hemorragias ou lesão/falência de órgãos vitais.

Só como exemplo, um trabalho canadense de 1997, apenas com cirurgias odontológicas com anestesia geral, ou seja, cirurgias de baixo risco realizadas em pacientes saudáveis, detectou uma taxa de mortalidade de apenas 1,4 a cada 1 milhão de procedimentos. Isto prova que a anestesia em si é muito segura.

É importante destacar que muitas cirurgias sob anestesia geral são realizadas em pacientes com doenças graves ou em cirurgias complexas de alto risco. Porém, na imensa maioria dos casos, quando o desfecho é trágico, raramente a culpa é apenas da anestesia geral.

Também há de se destacar que a anestesia geral é um procedimento complexo, devendo ser feita somente por profissionais qualificados e em ambientes com ampla estrutura para tal.

Fatores que aumentam o risco de complicações em anestesia geral

Antes de qualquer cirurgia, um anestesista irá consultá-lo para avaliar o seu risco cirúrgico. Além do reconhecimento prévio de doenças graves que podem complicar o ato cirúrgico, é importante para o anestesista saber algumas informações pessoais do paciente que possam aumentar o risco da anestesia, tais como:

- História prévia de reação anafilática
- Alergias alimentares ou a drogas.
- Uso frequente de bebidas alcoólicas
- Uso de drogas, principalmente cocaína
- Uso de medicamentos.
- História de tabagismo
- Apneia do sono.
- Obesidade

Conclusão sobre anestesia geral

A anestesia geral é um procedimento seguro quando realizado por uma equipe capacitada, sendo habitualmente o método anestésico mais indicado para cirurgias de médio/grande porte.

Leia o texto original no site MD.Saúde:
ANESTESIA GERAL | Quais são os riscos?


http://www.mdsaude.com/2010/10/anestesia-geral.html

Plano odontológico é condenado por exigir raio-X para tratar cárie


A maior operadora de saúde suplementar da área odontológica foi punida pelo Conselho Federal de Odontologia sob acusação de exigir que cirurgiões-dentistas enviem radiografias para comprovar que fizeram tratamentos nos pacientes.
A exigência seria da OdontoPrev, com 5,4 milhões de beneficiários no país (31% dos usuários de planos odontológicos). De acordo com o processo do Conselho, o pedido abrange até situações em que o raio-X não é necessário para o tratamento, como restaurações em casos de cáries.
A operadora nega a obrigatoriedade, diz que o raio-X pode ser substituído por foto e recorreu na Justiça.
A empresa já havia sido condenada pelo Conselho Regional de Odontologia de São Paulo neste ano, que afirmou que ela exigia “radiografias de forma indiscriminada, expondo os pacientes ao risco desnecessário de radiação”.
A exposição em excesso à radiação pode causar câncer, dizem especialistas.
A OdontoPrev recorreu da decisão ao Conselho Federal e, no mês passado, o órgão decidiu não acatar o recurso.
Ela foi condenada à censura pública – uma nota foi publicada em jornais de grande circulação ontem- e a cinco multas de R$ 8.500 cada uma (valor máximo permitido pelo Conselho), para a operadora e quatro cirurgiões-dentistas diretores da empresa.
EXPOSIÇÃO
Segundo a decisão do Conselho Regional, “para receber seus honorários, o cirurgião-dentista credenciado à operadora denunciada tem o dever de provar e comprovar os procedimentos realizados”.
A exposição “indiscriminada” à radiação é proibida por resolução do Conselho Federal de Odontologia.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe exposição à radiação “para fins periciais, exceto quando as informações a serem obtidas sejam úteis à saúde do indivíduo examinado”.
“Não se deve fazer radiografia nenhuma para fins administrativos”, afirma Vania Fontanella, presidente da Associação Brasileira de Radiologia Odontológica.
“Quando se faz um tratamento de canal, é comum fazer uma radiografia ao final do tratamento para verificar se ele foi adequado. Mas ao se extrair um dente do siso, se ele saiu inteiro e foi um procedimento simples, não há necessidade do raio-X. Não se pode obrigar o dentista a fazer.”
OUTRO LADO
A OdontoPrev disse em nota que “as imagens eventualmente solicitadas têm o propósito de avaliar a qualidade e a pertinência dos tratamentos prestados aos beneficiários, em total benefício destes, sem vinculação exclusiva a processos administrativos ou de pagamento”.
A empresa disse ainda que a imagem de raio-X pode ser substituída por uma fotografia da boca do paciente.
“É prerrogativa do profissional determinar qual o meio de diagnóstico adequado para garantir a boa execução e o controle de qualidade do serviço prestado”, diz a nota, que afirma ainda que o cirurgião-dentista é orientado a adotar a fotografia ao invés do raio-X para documentar o procedimento.
As imagens, diz a OdontoPrev, compõem posteriormente o prontuário eletrônico do paciente, disponibilizado a todos os especialistas que o atendem.
“Assim como a segunda opinião clínica, a que todos esses tratamentos são submetidos, [as imagens] visam só à proteção dos pacientes.”
A OdontoPrev se disse surpresa com a publicação da nota de censura em jornais ontem, pois obteve liminar na Justiça que a proibia até que o mérito fosse julgado.
O Conselho Regional de Odontologia, responsável pela publicação da nota a pedido do Conselho Federal, diz que não foi notificado.

domingo, 11 de novembro de 2012

Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

CÂNCER DE BOCA
 
 
 
É comum o câncer de boca?

Sim, é o oitavo câncer mais comum entre os homens, e o nono entre as mulheres, segundo dados do Inca. Faz-se necessário esclarecer que, para a denominação câncer de boca, inclui-se o lábio e a cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palatos duro e mole, língua oral e assoalho da boca).

Como se manifesta o câncer de boca?

Através de uma ferida na boca, esbranquiçada ou avermelhada, não-cicatrizável, dolorosa e persistente. O paciente também pode referir dificuldade para engolir, falar, ou aumento de linfonodos cervicais.

Quais são os fatores de risco para o câncer de boca?

Sem dúvida alguma, os maiores fatores de risco são o tabagismo e o etilismo, especialmente se associados. Aproximadamente 95 a 97% dos casos do câncer de boca estão relacionados a eles. Para maiores informações, veja tabagismo e etilismo. Outros fatores de risco estudados são: fatores genéticos, exposição ao sol (válido para tumores de lábio), infecções virais e traumatismo crônico por uso de próteses (embora, para essses dois últimos fatores, não tenha havido comprovação definida).

Como prevenir o câncer de boca?
 
A melhor prevenção é manter-se afastado dos fatores de risco ou, em outras palavras, não fumar e não beber. Além disso, é importante manter sempre uma boa higiene bucal, e procurar atendimento médico sempre que houver alguma lesão persistente na boca. Para usuários de próteses mal-adaptadas, deve-se procurar o dentista protético para ajuste.

Como se faz diagnostico precoce do câncer de boca?
 
Através do auto-exame, que consiste em observar, através do espelho, todas as regiões da boca. Se você sentir dor, desconforto ou, principalmente, se for etilista e tabagista, deve fazer o auto-exame com freqüência. As lesões ditas iniciais, ou pré-neoplásicas, são de dois tipos: a leucoplasia e a eritroplasia. A leucoplasia é definida como uma lesão esbranquiçada, não-destacável, que não melhora após a remoção dos fatores causais, e apresenta chance de se transformar em câncer que varia entre 0,25 a 30%. Já a eritroplasia é mais rara e perigosa, consistindo numa lesão avermelhada da mucosa que, ao ser analisada ao microscópio, costuma já apresentar células cancerígenas.

Qual médico devo procurar se notar alguma lesão na boca? O que é estomatologia?
 
A estomatologia é o estudo das doenças da cavidade oral. Na presença de alguma lesão de boca, o paciente deve procurar um clínico geral, um dermatologista ou um cirurgião de cabeça e pescoço. Além disso, cada vez mais os dentistas se dedicam à prevenção e ao diagnóstico precoce de câncer de boca, em especial aqueles com especialização em estomatologia, de forma que também podem ser procurados na presença de lesões suspeitas.

Nota do autor: o texto foi infeliz. Todos os dentistas são habilitados para o diagnóstico de câncer. A estomatologia é matéria obrigatória na graduação. Não existe "se forem especialistas em estomatologia". O dentista clínico pode fazê-lo. Fica nosso protesto contra o texto discriminatório da SBCCC.

Como é feito o diagnóstico do câncer de boca?

Através da suspeita clínica, baseada no aspecto da lesão, sintomas e fatores de risco. Porém, o diagnóstico definitivo só pode ser confirmado através de uma biópsia e análise anátomo-patológica.

Fazer uma biópsia não faz o tumor crescer mais rápido?

Não. A biópsia é um procedimento simples, realizado sob anestesia local, onde se retira um pequeno fragmento do tumor para análise. Nenhum tratamento para o câncer de boca pode ser realizado sem que se tenha confirmação, através de biópsia, do tipo exato do tumor. Além disso, existem doenças não cancerígenas que podem se assemelhar muito ao câncer de boca, e então a biópsia é o único meio de se diferenciar essas doenças.

Uma pessoa que nunca fumou ou bebeu pode ter câncer de boca?
 
Sim. Embora aproximadamente 97% dos casos está relacionada ao tabagismo, uma pequena parcela dos portadores desta doença não fumam. Nesses casos existem alterações genéticas, ainda em estudo, relacionadas ao aparecimento do câncer.

Uma pessoa cujo pai, ou mãe, tiveram câncer de boca, irão ter a doença?

Não necessariamente. Mas é conveniente que esta pessoa não fume, não beba e fique atenta a lesões iniciais, fazendo sempre o auto-exame.

Feito o diagnóstico de câncer de boca, qual é o próximo passo?

É necessário que se faça exames de estadiamento do tumor, ou seja, exames que tentem mostrar a real extensão do tumor, o que é conseguido aatravés de exames como tomografia computadorizada, endoscopia (e laringoscopia), raio-x de tórax, entre outros. Considerando o tratamento cirúrgico, também são necessários exames pré-operatórios e avaliação cardiológica. A partir de então, cabe ao cirurgião de cabeça e pescoço o planejamento do tratamento, bem como esclarecer ao paciente os aspectos envolvidos na terapêutica.

Quais são as opções de tratamento para o câncer de boca?

Trata-se, basicamente de uma doença de tratamento cirúrgico, uma vez que a cirurgia oferece as melhores chances de cura. Existem também tratamentos baseados em quimioterapia e radioterapia, podendo ser combindaos uns com os outros. Para maiores informações, vide quimioterapia e radioterapia.

Como é a cirurgia para remoção do câncer de boca?

Depende. Em primeiro lugar, é necessário avaliar a localização do tumor (o que se chama boca, na verdade cavidade oral, é dividida em várias regiões, a saber: lábio, soalho, língua, rebordo alveolar, palato e mucosa jugal), e para cada parte dessas há procedimentos cirúrgicos com suas particularidades. Além disso, é necessário saber a extensão do tumor, para sabermos o quanto será retirado. Em resumo, deve ser feita a total remoção do tumor, com margens livres. Além disso, freqüentemente é necessário que se faça uma extensão da cirurgia para o pescoço, de forma a retirar linfonodos cervicais acometidos pelo tumor. A essa cirurgia se dá o nome de esvaziamento cervical, que pode ser de vários tipos e extensões dependendo de cada caso. Para muitos casos é necessária uma traqueostomia de proteção (para maiores detalhes, vide traqueostomias ) e algum tipo de reconstrução (com retirada de outras partes do corpo para cobrir o defeito cirúrgico, os chamados retalhos). Tudo isso significa que, principalmente para os casos mais avançados, estas cirurgias podem ser muito complexas, demoradas, e exigirem equipe multidisciplinar (como, por exemplo, a cirurgia plástica reparadora).

Quais são as seqüelas que podem ter os pacientes submetidos a cirurgia para ressecção de câncer de boca?

Tudo depende da extensão da cirurgia, que, por sua vez, depende da extensão do tumor. Em casos mais simples, como por exemplo em ressecções de pequenos tumores de língua, praticamente não há qualquer tipo de seqüela. Já em casos mais avançados, é certo que teremos seqüelas. Basicamente, as seqüelas do tratamento cirúrgico compreendem a fala, a deglutição e a respiração, em diferentes graus de acometimento a depender dos procedimentos específicos. Por exemplo, a língua é um órgão de funcionamento muito particular, e mesmo que haja reconstrução adequada (com utilização de retalhos), em cirurgias onde grande parte dela é removida, o paciente irá apresentar alterações na fala e na deglutição. Em casos onde se faz necessária a remoção de parte da mandíbula, haverá alterações da deglutição e até do próprio ato da mastigação, às vezes impedindo que o paciente consiga ingerir alimentos muito duros, que precisem ser muito mastigados. Em casos de remoção do palato duro (“céu da boca”), será necessária reconstrução com prótese, caso contrário haverá alterações na fala (voz fanhosa, anasalada) e na deglutição (saída de alimentos pela cavidade nasal). Existem também seqüelas possíveis do esvaziamento cervical, em especial alteração de sensibilidade da pele do pescoço, dor e dificuldade à elevação do ombro. De qualquer forma, faz parte do planejamento cirúrgico, além da óbvia remoção total do tumor, as reconstruções com a preocupação de causar a menor seqüela possível.

Essas seqüelas são tratáveis?

Sim. É necessário que se faça, em conjunto, acompanhamento multidisciplinar com odontologistas (para acompanhamento da saúde dos dentes, gengivas, etc, e alterações de mastigação), fonoaudiólogas (para tratar distúrbios de deglutição e de fala), fisioterapeutas (para tratamento do ombro e de edemas). Também deve ser valorizado o acompanhamento com psicólogos, uma vez que esses pacientes são muitas vezes estigmatizados pela doença e pela condição, às vezes até de deformidade, que essas cirurgias podem causar.

É necessária a realização de traqueostomia?

Em casos de tumores avançados, com cirurgias que incluem grandes ressecções, a traqueostomia é necessária. Isso porque a cirurgia acarreta algumas possibilidades de obstrução de vias aéreas, seja devido ao edema que se forma, ou então por possibilidade de aspiração de secreções (saliva, catarro ou sangue) no pós-operatório. Assim, a traqueostomia é uma segurança de que o paciente irá respirar nesta fase. De qualquer forma, para ressecção de tumores de boca, de maneira geral a traqueostomia é temporária, sendo retirada alguns dias após a cirurgia, não causando maiores seqüelas.

Depois da cirurgia, é necessário mais algum tratamento?

Em muitos casos, é necessária a complementação do tratamento com radioterapia pós-operatória, o que diminui as chances de recidiva do tumor. Para alguns casos, também poderá ser necessária a realização de quimioterapia. Para mais detalhes, ver radioterapia e quimioterapia. 18) É possível curar o câncer de boca? Sim, e a chance de cura é maior quanto mais precoce for o tumor. Por isso é tão importante que as pessoas, em especial as fumantes, sejam orientadas a realizar auto-exame e, na presença de lesões suspeitas, procurar atendimento médico especializado.

Pesquisa avaliou riscos trazidos por cada tipo de bebida alcoólica

O estudo sobre os efeitos de álcool e tabaco nos cânceres do trato aerodigestivo superior é apenas um dos mais recentes coordenados pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer. Aos poucos, a cooperação entre pesquisadores de todo o mundo vai juntando peças do quebra-cabeça sobre os variados fatores de risco desse tumores. Essa cooperação é conhecida como consórcio Inhance ("The International Head and Neck Cancer Epidemiology Consortium", ou Consórcio Internacional de Epidemiologia do Câncer de Cabeça e Pescoço). Um estudo anterior do Inhance analisou o risco de câncer de cabeça e pescoço para bebedores de cerveja, vinho e destilados. Eles mediram o consumo total de etanol entre os que bebiam exclusivamente uma dessas bebidas, ou várias delas. Foram acompanhados 9.107 pacientes com câncer e 14.219 do grupo-controle. Bebedores de cerveja e destilados tinham risco mais alto do que os bebedores de vinho, mas o resultado pode ser obra de outros fatores. Segundo os pesquisadores, quem bebe vinho costuma ter hábitos saudáveis, como consumo de frutas e legumes. Fonte: Folha de S.Paulo

Pesquisa revela remédios mais consumidos pelos brasileiros

ANALGÉSICO Medicamentos à base de dipirona sódica, como o Dorflex, estão entre os mais populares no país. O mecanismo de ação da dipirona, introduzida no mercado em 1922, ainda não é conhecido, mas estudos mostram que a droga faz seu trabalho de forma similar a outros analgésicos, inibindo a formação de substâncias envolvidas na inflamação e na sensação de dor. Segundo o médico Anthony Wong, diretor do Ceatox (Centro de Assistência Toxicológica do HC de São Paulo), a dipirona baixa a febre com mais rapidez do que o paracetamol (Tylenol). Wong destaca que o paracetamol pode causar danos ao fígado e que a aspirina aumenta o risco de sangramentos e problemas no sistema digestivo. "A aspirina, no entanto, é importante para quem tem problemas como trombose, infarto e artrite reumatoide, e estudos mostram que o uso preventivo pode evitar o surgimento de alguns tumores." Nos EUA, a dipirona foi retirada do mercado, na década de 1970, após estudos ligarem o uso do remédio à agranulocitose (redução da produção de células do sangue pela medula). Anos depois, esses estudos foram questionados. Outro efeito colateral da dipirona e de outros analgésicos é a síndrome de Stevens-Johnson, caracterizada por erupções nas mucosas

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Video MD: Síndrome da Ardência Bucal (em inglês)

Link para o vídeo: Brad Rodu, DDS of Univ. of Alabama at Birmingham, discusses the burning mouth syndrome. Burning mouth syndrome usually affects women. The common symptoms is burning, feeling like the mouth has been burned by coffee, or peppery or scorched sensation

Mesa redonda: Ética

Artroscopia da articulação temporomandibular

WLADIMIR GENOVESI, CD RESUMO A artroscopia da articulação temporomandibular tem apresentado grande evolução nos últimos anos, tendo conquistador seu lugar no arsenal diagnóstico/cirúrgico das afecções patológicas desta articulação. O autor descreve a sua experiência pessoal, baseado no estudo de 19 pacientes (38 articulações) examinados por via artroscópica, e relata as vantagens do método. RESULTADOS Após o estudo de 19 pacientes, sendo 38 articulações examinadas, com resultados satisfatórios para os pacientes, tivemos 7,89% de maus resultados contra 92,11% de ótimos resultados. Sabemos que a artroscopia, assim como é para os 576 ortopedistas sucesso consagrado, será, também, sucesso para a odontologia como meio diagnóstico/cirúrgico. DISCUSSÃO A crescente utilização do artroscópio na ATM tem evidenciado, nos últimos anos, o grande valor deste procedimento como meio diagnóstico/cirúrgico das afecções da articulação temporomandibular. O conhecimento diagnóstico preciso tem possibilitado a adoção de condutas terapêuticas eficazes para as patologias que acometem a ATM, que até esse momento não eram possíveis de serem abordadas com sucesso pelas técnicas cirúrgicas tradicionais. Nossos resultados ratificam a alta eficácia diagnóstica/ terapêutica encontrada por outros autores. Além disso, a artroscopia da ATM mostrou ser método seguro e de baixa morbidade, não tendo sido observado nenhum acidente até a presente data. Deve ser ressaltada a rápida recuperação de pacientes submetidos a artroscopia diagnóstica/cirúrgica, possibilitando aos mesmos volta precoce às suas atividades, tendo com isso baixo custo hospitalar, pois sabemos que o tempo para este procedimento (tratamento) é de um dia de internação hospitalar. CONCLUSÃO A artroscopia parece-nos ter conquistador lugar definitivo e de grande relevância no que diz respeito a diagnóstico/ cirurgia das afecções patológicas da articulação temporomandibular. Acredito que a odontologia tenha encontrado nova e promissora era para tantos e quantos pacientes portadores dessas afecções.

domingo, 4 de novembro de 2012

Artrocentese da articulação temporomandibular

(clique para ver o You Tube). É um procedimento pouco invasivo para lavar a cavidade articular. Com isso, melhora-se a lubrificação, reduz-se a pressão interna e há uma relativo alívio na dor na ATM. Também se pode dizer que produtos inflamatórios são eliminados diretamente do líquido sinovial e das cavidades supra e infradiscais.

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