terça-feira, 31 de março de 2009

Crescimento facial espontâneo Padrão II: estudo cefalométrico longitudinal

Objetivo: o presente estudo cefalométrico longitudinal investigou as alterações espontâneas ocorridas em crianças com má oclusão Classe II, divisão 1, Padrão II.

Métodos: foram selecionadas 40 crianças, 20 meninos e 20 meninas, distribuídas na faixa etária compreendida entre 6 e 14 anos de idade. Para avaliar o comportamento das bases apicais, dos incisivos e do tecido mole, as seguintes grandezas cefalométricas foram mensuradas: SN.Ba, SNA, SNB, SND, SN.Pog, ANB, NAP, SN.PP, SN.GoGn, SN.Gn, Ar.Go.Gn, 1.PP, 1.NA, 1.SN, IMPA e ANL. As seguintes grandezas alcançaram significância estatística com o crescimento: SNB, SND,SN.Pog,ANB,NAP,SN.GoGn,SN.Gn,Ar.Go.Gn e IMPA.

Resultados: os resultados demonstraram que as principais alterações quantitativas registradas estavam relacionadas com o crescimento mandibular, independentemente do gênero. A mandíbula deslocou-se para frente, com tendência de rotação no sentido anti-horário e com conseqüente redução nos ângulos de convexidade facial. No entanto, as oscilações quantitativas nas grandezas cefalométricas não foram suficientes para mudar a morfologia dentofacial ao longo do período de acompanhamento.

Conclusão: conclui-se, portanto, que a morfologia facial é definida precocemente e é mantida, configurando o determinismo genético na determinação do arcabouço esquelético.

Keywords: Ortodontia; Má oclusão Classe II de Angle; Cefalometria; Crescimento e desenvolvimento

Crescimento facial espontâneo Padrão II: estudo cefalométrico longitudinal
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial [online]. 2009, v. 14, n. 1, pp. 40-60

quinta-feira, 12 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Mortalidade por câncer de boca e condição sócio-econômica no Brasil

As doenças crônico-degenerativas representam um grande problema de saúde pública, necessitando de levantamento e controle mais efetivos destas enfermidades por parte dos órgãos públicos. O objetivo deste estudo foi correlacionar os índices de mortalidade por câncer oral nas capitais do Brasil no período de 1998 a 2002 com indicadores sócio-econômicos do Censo Demográfico de 2000, por meio de um estudo do tipo ecológico. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Mortalidade (Ministério da Saúde/DATASUS), para os anos de 1998-2002. Os indicadores sócio-econômicos foram obtidos a partir do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Após coleta dos dados, a análise estatística foi realizada usando-se o índice de correlação de Pearson. Observaram-se correlações positivas e significativas entre os indicadores sócio-econômicos (Índice de Desenvolvimento Humano-Municipal - IDH-M, IDH-M renda, IDH-M educação, IDH-M longevidade e renda per capita), e correlação negativa e significante para os indicadores sócio-econômicos índice de Gini e mortalidade infantil. Apesar das limitações do estudo e da provável problemática de sub-registros nas capitais menos desenvolvidas, o presente trabalho encontrou correlações estatisticamente significantes entre os indicadores sócio-econômicos selecionados e o índice de mortalidade por câncer oral.

Keywords: Neoplasias Bucais; Fatores Sócio-Econômicos; Mortalidade

Mortalidade por câncer de boca e condição sócio-econômica no Brasil - Cadernos de Saúde Pública [online]. 2009, v. 25, n. 2, pp. 321-327

Perdas dentárias em adolescentes brasileiros e fatores associados: estudo de base populacional

Objetivo: Estimar a prevalência das perdas dentárias em adolescentes brasileiros e os fatores a elas associados.

Métodos: Foram analisados dados de 16.833 participantes do estudo epidemiológico nacional de saúde bucal, realizado em 2002/2003. O desfecho investigado foi a ocorrência de perda de pelo menos um dente. As variáveis independentes incluíram localização geográfica de residência, sexo, cor de pele, idade, renda per capita, atraso escolar, tipo de serviço e residência em município com fluoretação das águas de abastecimento. Foram estimadas razões de prevalência brutas e ajustadas por meio da regressão de Poisson para cada macrorregião e para o País como um todo.

Resultados: A prevalência de pelo menos uma perda dentária foi de 38,9% (IC 95%: 38,2%; 39,7%). Os adolescentes residentes em locais não servidos por água fluoretada apresentaram prevalência de perdas dentárias 40% maior do que os residentes em áreas com disponibilidade dessa medida. Houve forte associação (p<0,01) entre a ausência da fluoretação das águas de abastecimento e as perdas dentárias para a região Nordeste. Para as demais regiões a associação das perdas com fluoretação de águas foi confundida pelas variáveis mais distais, notadamente as socioeconômicas, reforçando as características de desigualdades regionais.

Conclusões: A alta prevalência de perdas dentárias em adolescentes confirma a necessidade de haver prioridade para atendimento desse grupo pelos serviços odontológicos, considerando medidas preventivas em idades mais precoces, de recuperação dos danos instalados e acesso universal à água fluoretada.


Palavras-chave: Adolescente; Perda de Dente [epidemiologia]; Fatores de Risco; Fatores Socioeconômicos; Levantamentos de Saúde Bucal; Saúde Bucal; Desigualdades em Saúde

Perdas dentárias em adolescentes brasileiros e fatores associados: estudo de base populacional - Revista de Saúde Pública [online]. 2009, vol. 43, no. 1, pp. 13-25

Centro de dor e neurocirurgia funcional do Hospital Nove de Julho

Bom dia, P.
Parece que vc pode encontrar atendimento pelo Ibi no Hospital Nove de Julho, aqui em São Paulo. Seria bom telefonar lá para se informar melhor.

ibiOdonto?

Bom dia,
Os srs. atendem ao IbiOdonto?

P.
São Paulo


Bom dia.
Não atendemos, mas verei se algum colega atende. Mando uma resposta no e-mail.
Dr. André

sexta-feira, 6 de março de 2009

Busca de dados sobre doenças na web preocupa médicos

Médicos temem efeito da internet e avaliam que oferta de informações põe autoridade em risco

Fabiana Cimieri - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO -

O uso da internet por pacientes em busca de informações sobre saúde e bem-estar tem preocupado médicos e pesquisadores, mesmo que o hábito não seja necessariamente negativo. Isso porque esses internautas se dividem em três grupos: os que buscam dados para depois se automedicar, os que procuram informação para dialogar com mais conhecimento de causa com seus médicos e os que montam listas de discussão. Alguns profissionais, porém, avaliam que a tendência leva à perda de autoridade médica e a uma desprofissionalização da medicina.

Estudo de revisão bibliográfica sobre o fenômeno, da pesquisadora Helena Garbin, doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), analisou 15 trabalhos que envolveram 33 autores de 18 universidades. Todos os artigos analisavam quais as consequências que a onda do "paciente expert" pode ter sobre a profissão médica.

Alguns autores entendem que a aquisição de informações sobre saúde pelo paciente, via internet, abala o status e a autoridade do médico. Outros argumentam que a disseminação pela web de pesquisas e novos tratamentos fortalece a prática médica, já que os pacientes vão em busca de profissionais mais atualizados.

O presidente da Associação Médica Brasileira, José Gomes do Amaral, considera positiva a busca de informações. Mas ressalta que muitas fontes na rede não são confiáveis e o paciente não tem capacidade para distinguir o que é sério do que não é. "Na internet existe informação. O que o médico faz ao longo de sua formação é aprender a usá-la. Aí reside a complexidade da formação médica", diz. Por isso, a consulta com um médico continua sendo imprescindível. "Discernir o que é mais importante e colocar peso nas novidades que surgem é função do médico."

O cardiologista Carlos Scherr concorda. "Eu mesmo costumo indicar sites onde o paciente pode se aprofundar sobre o assunto com informações de qualidade científica comprovada." As páginas mais confiáveis, ressalta, são as de sociedades especializadas. "Tive casos de pacientes que leem sobre um estudo com uma quantidade pequena de pessoas e tomam como verdade. Há os que querem se tratar com célula-tronco, por exemplo, mas os resultados não são comprovados."

Helena Garbin lembra no estudo que esse fenômeno ainda vai crescer muito no País, porque apenas 16% dos lares brasileiros, segundo o IBGE, têm acesso à internet. Com ressalvas, ela faz parte do grupo que avalia positivamente o avanço desse hábito entre brasileiros. Em sua opinião, em consultas que duram, em média, de 10 a 15 minutos, não há muito tempo para que o médico possa se aprofundar. "O médico tem o conhecimento técnico, o paciente tem o conhecimento da sua dor. A busca de informações na internet aumenta o diálogo."

Muitas vezes, a busca de dados se dá por meio de listas de discussão, formadas por pacientes ou parentes de pessoas que sofrem de doenças crônicas, raras ou estigmatizadas. O químico e economista Carlos Varaldo criou um portal de informações sobre doenças do fígado. O site tem 28 mil usuários cadastrados - 600 são médicos. "Estamos no meio de uma revolução boa para a medicina porque vai acabar com a ideia de que o médico é um deus. Estudos comprovam que pacientes informados têm mais aderência ao tratamento", diz. Atualmente, há sites que oferecem até a possibilidade de o paciente montar um histórico seu sobre doenças, vacinas, cirurgias. Com isso, em caso de emergência, o médico pode acionar os dados por meio de senha.

Para o pediatra Carlos Alberto Simões, que atende em consultório há 22 anos, as pessoas estão sem confiança no profissional. "Tem paciente que busca informação por conta própria e muitas vezes chega dizendo o procedimento que acha que terá de ser feito. Corto logo, quem manda aqui sou eu." Helena, no entanto, chama a atenção para o aumento do número de "pacientes sem sintoma", que usam a rede para se autodiagnosticar e automedicar. "A obsessão pelo bem-estar leva à medicalização excessiva. Tudo vira doença com nome, medicamento e tratamento."

Impacto do uso da rede
Prós:

Médicos precisam se manter atualizados e bem informados para argumentar com paciente

Consultas são feitas com o paciente, e não para ele

Comunidades virtuais dão apoio e informação aos doentes

O paciente está menos disposto a acatar passivamente as determinações médicas

Dúvidas que o paciente pode ter vergonha de esclarecer com o médico podem ser respondidas via web

Há mais informações sobre tratamentos oferecidos pela medicina alternativa

Contras:

Ao extremo, pode levar à desprofissionalização e perda de autoridade do médico

Linguagem médica pouco acessível pode dar margem a interpretações erradas

Informações encontradas na internet podem ser incompletas, contraditórias, incorretas e até fraudulentas

Pode incentivar automedicação

Alguns sites são de empresas comerciais ou laboratórios interessados em divulgar remédios

Muitos sites de terapias alternativas contestam o conhecimento médico sem base científica

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Mudança de datas: curso Dr. Lobo - 31 de março

WORKSHOP “100a PRÓTESE DE RECONSTRUÇÃO TOTAL DE ATM
NO BRASIL” É TRANSFERIDO PARA 31 DE MARÇO

Evento terá transmissão ao vivo pela internet, com acesso gratuito, e contará com a participação do norte-americano Peter Quinn, idealizador da técnica.



Por questões técnicas, o workshop “100a Prótese de Reconstrução Total de ATM no Brasil”, comandado pelo cirurgião buco-maxilo-facial, Luiz Fernando Lobo, foi transferido para 31 de março – a data original era 17 de março. Criado para comemorar este marco histórico, o worshop será realizado das 9h30 às 11h30 para convidados, em São Paulo, e terá transmissão gratuita pela internet e a participação do idealizador desta técnica Peter Quinn, professor-doutor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, presidente da Sociedade Americana de Cirurgiões da ATM. Só Peter Quinn e Luiz Fernando Lobo já realizaram cerca de 350 cirurgias com esta técnica, nos Estados Unidos e no Brasil. Com acesso gratuito, a transmissão em tempo real será realizada pelo site da Intermedic Technology (www.intermedic.com.br), abrindo a possibilidade inclusive de os internautas fazerem perguntas e comentários.
Luiz Fernando Lobo


Diretor da Sociedade Brasileira e da Associação Latino-Americana de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, é chefe do serviço desta especialidade nos hospitais Santa Paula e Paulistano. Membro da Associação Internacional de Cirurgiões Buco-Maxilo-Faciais (IAOMS), preside a Comissão de Buco-Maxilo-Faciais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Graduado em Odontologia pela USP, onde se especializou em CBMF, é co-autor do livro “ATM – Diagnóstico e Tratamento”, junto com Luiz de Jesus Nunes, e consultor científico da revista espanhola Secom.

Informações para a imprensa com Nora Ferreira – Lu Fernandes Escritório de Comunicação – 11 3814-4600

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fototerapia com laser de baixa intensidade - dor na ATM

A fototerapia com laser em baixa intensidade (FLBI) é atualmente muito utilizada em várias áreas da Odontologia.



"Os fótons emitidos pelo laser interagem com os átomos e moléculas do tecido alvo e reações biológicas são desencadeadas. Dentre estas reações pode-se observar uma fotodestruição ou fotoativação tecidual, determinadas pelo efeito fotoquímico, fototérmico e fotomecânico do laser.
De acordo com o efeito podemos classificar a terapia laser em baixa ou alta intensidade.
A radiação emitida por um laser de alta potência normalmente causa a
fotodestruição celular devido à elevação de temperatura do alvo irradiado.
O efeito térmico não ocorre quando o tecido humano é exposto a radiação em baixa intensidade, com uma densidade de potência de alguns mW/cm².
Nesta situação, observam-se os efeitos fotofísicos, fotoquímicos e
fotobiológicos, os quais são responsáveis pela fotobiomodulação, ou seja, pelo aumento da atividade metabólica celular da área irradiada."

Texto original.
Autora: ANADÉLIA ALVES DE LIMA RISO
Mestre em Laser Odontológico

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Ainda os dentistas na Inglaterra...

Por acaso, vi um show da Amy Winehouse em que ela fala a respeito.
No intervalo entre as músicas, ela explica que está cantando com algum problema na boca porque sua obturação caiu, ela teve que recolocar sozinha, pois não teve como ver um dentista...

Como normalmente os pacientes encontram a cura para a dor na ATM ?

Pelo que tenho vivido, as histórias da Via Crucis sempre se repetem.

Um longo período de procura é comum na maioria dos casos. Contam-me as pessoas que passaram por otorrinos, neurologistas, fisioterapêutas, acupunturistas, ortodontistas.

O que ressalto - nenhum desses profissionais é o "profissional de ataque" para a dor aguda ou agudíssima. Trata-se da fase de analgesia.
Ou melhor, para se ver livre da dor na ATM, é obrigatório ver um dentista com experiência em disfunções da ATM.
As especialidades supracitadas são o segundo passo, a mais frequente é ortodontia, seguida pela fisioterapia.

Há casos com sintomatologia rica, que devem ser avaliados por cada especialidade. Por exemplo - formigamentos devem ser vistos pela neurologia, mas numa segunda etapa, após a crise álgica controlada.

Também, muitas vezes consultado o especialista em DATM, certo paciente não se dá bem por quaisquer motivos. Não é motivo para sair xingando, deve-se procurar outro profissional dentro da mesma especialidade. Nada impede ao paciente consultar dois ou três profissionais.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Dentistas na Inglaterra...

Encontrei essa matéria e depois farei um comentário:

Diante da falta de dentistas os ingleses arracam os próprios dentes


Com a falta de dentistas na Inglaterra, algumas pessoas não hesitam em arracar seus próprios dentes ou em fazer uma limpeza de tártaro com uma chave-de-fenda, segundo um estudo que reavivou a polêmica sobre a situação do sistema público de saúde na Grã-Bretanha.
"Tive que arrancar sozinha quatorze dentes com pinças", afirma uma pessoa consultada. "Eu mesmo arranquei um dente meu. É mais fácil que encontrar um dentista", respondeu uma outra.
"Tapei um dente com resina", admite um paciente, enquanto outro disse ter colado uma coroa com cola extra-forte e um terceiro afirmou ter utilizado uma chave-de-fenda para retirar a placa dentária.
A pesquisa, realizada com 5.212 ingleses, revela que 6% das pessoas consultadas disseram ter sido obrigadas a tratar a si mesmas por não terem conseguido um dentista credenciado ao National Health Service (NHS), o sistema público britânico.
O NHS está em crise e, diante das dificuldades em se conseguir marcar uma consulta com dentistas do setor, vários britânicos optam pelo sistema privado apesar do custo muito mais elevado.

"Tentei encontrar um dentista no sistema público e foi muito difícil. Mas eu tinha que fazer alguma coisa", contou Valerie Halsworth, 64 anos, à rede de televisão GMTV.
Halsworth criou coragem e pegou uma pinça na 'necessaire' de seu marido. A operação foi muito dolorosa, admitiu, "mas uma vez extraído o dente... não tive mais dor".
Depois disso, Halsworth não procura mais um dentista. Ela mesmo arrancou seis outros dentes seus.

O ministro da Saúde, Ben Bradshaw, reconheceu que o fenômeno não é novo. Na história do NHS, a média de pessoas atendidas gratuitamente se manteve sempre em pelo menos 60% da população. Mas atualmente se situa em 56%, informou o ministro.
Bradshaw disse não ver razão alguma para que os pacientes tratem a si mesmos, ressaltando a obrigação do sistema público de saúde de atender aos casos de urgência. Segundo ele, 93% dos pacientes tratados pelo sistema público de saúde de dizem satisfeitos, lembrou.
"Reconheço que encontrar um dentista NHS para algumas pessoas em certas regiões é um problema...", admitiu o ministro à rádio BBC.
O primeiro-ministro Gordon Brown afirmou que seu governo, que fez da renovação do NHS uma de suas prioridades, "se esforça para recrutar mais dentistas".


Já sabia disso. A falta é tão grande que chegam a "importar" dentistas da vizinha Holanda. Geralmente, esses dentistas atravessam o Canal da Mancha e ficam na Inglaterra por dois dias durante a semana.

Além da falta, uma paciente minha se queixou da qualidade. Ela afirma ter feito um tratamento ortodôntica de resultado desastroso. O ortodontista em questão não era inglês, mas sul-africano.

É um problema sério, se considerarmos o porte econômico da Inglaterra.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ficar muito tempo na frente da TV e do computador aumenta depressão?

da Folha Online

Passar muitas horas na frente da televisão ou jogando video games durante a adolescência é um hábito que pode estar relacionado ao desenvolvimento de sintomas de depressão nos jovens adultos. O resultado é de um estudo divulgado na Faculdade de Medicina da Universidade de Pittsburgh (Pensilvânia, leste dos EUA).

Os pesquisadores determinaram, em 1995, o tempo que 4.142 adolescentes passaram em frente à TV ou ao computador --antes da existência dos DVDs e do uso difundido da internet-- e concluíram que 7,4% (308) deles haviam desenvolvido sintomas de depressão.

Os autores do estudo registraram que os adolescentes haviam passado uma média de 5,68 horas na frente de um meio eletrônico durante uma semana, das quais 2,3 horas vendo TV; 0,62 hora, assistindo a fitas de vídeo; 0,41 hora, jogando video games; e 2,3 horas, ouvindo rádio.

"No modelo informático final, aqueles que participaram do estudo apresentavam riscos claramente maiores de depressão por cada hora adicional passada na frente de um televisor", escreveu Brian Primack, um dos autores do estudo publicado na edição de fevereiro do periódico "Archives of General Psychiatry".

A explicação para o fato é que ficar horas em frente à TV leva os jovens a dedicarem menos tempo a atividades sociais, intelectuais ou esportivas, que têm um efeito protetor contra a depressão.

Tecnologia e depressão

O estudo vai ao encontro de uma pesquisa feita com garotas que usam a internet para conversar sobre seus problemas com os amigos por meio da internet.

Pesquisadores da Stony Brook University, em Nova York, entrevistaram 83 adolescentes sobre quanto tempo gastavam falando sobre seus problemas com amigos, o quanto estimulavam as colegas a fazerem isso e a tendência de repetirem as mesmas dificuldades nas conversas.

Um ano depois, elas foram convidadas a responder as mesmas perguntas --em ambas as ocasiões as adolescentes passaram por testes para sintomas de depressão. No final, dizem os pesquisadores, níveis mais altos de conversas sobre problemas foram significativamente ligados a índices maiores de depressão.

"O envio de SMS, programas de mensagens instantâneas e as redes sociais aumentam o risco de as adolescentes se tornarem mais ansiosas, o que pode levar à depressão", afirma Joanne Davila, autora do estudo.

O uso inadequado do computador pode gerar dor, cefaléia, dtm e dores orofaciais?
Qual a relação da depressão com dor, cefaléia, dtm e dores orofaciais?
Como esses mecanismos podem se somar na geração de um quadro de dor, cefaléia, dtm e dor orofacial?

Dr. Marcelo Cesa

Palestra: Disfunção Têmporo-Mandibular e Dor Orofacial

Profa. Ana Cristina Lotaif
Data: 27 de março de 2009
Horário: das 14 às 18 horas
Local: APCD Franca - Rua Dr. Julio Cardoso, 2060, Centro Franca-SP
www.apcdfranca.com.br


Esta palestra tem o objetivo de atualizar o Cirurgião-Dentista sobre a nova especialidade odontológica Disfunções Têmporo-Mandibulares e Dores Orofaciais. O aluno aprenderá conceitos sobre patofisiologia, etiologia e mecanismos da dor de forma geral e aplicada a esta área, aprenderá procedimentos de exame clínico e testes diagnósticos, bem como conceitos de farmacologia, terapia comportamental e exercícios específicos de fisioterapia utilizados no tratamento dessas desordens.

A Dra. Ana Cristina Lotaif é mestre em Biologia Oral e Dor Orofacial pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), onde estudou por três anos com os renomados professores Andrew Pullinger, Glenn Clark e Robert Merrill. Trabalhou juntamente com o Dr. Clark por cinco anos como professora contratada do curso de residência em Dor Orofacial e Medicina Oral da Universidade do Sul da Califórnia (USC), também em Los Angeles.


Gratuito para sócios da APCD (qualquer regional). Não sócios: R$ 30,00
Reserve sua vaga: (16) 3724-0077

--
Juliana Stuginski-Barbosa
Mestranda em Neurociências pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
Especialista em Disfunção Têmporo-mandibular e Dor Orofacial

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Homeopatia?

"Existe algum analgésico homeopático para me ajudar com a dor na ATM?"

M.

Na verdade, não conheço homeopatia. Tenho um colega que pode lhe ajudar:
Dr. Marco Antônio Kulik
dr_kulik@yahoo.com

Segundo Houaiss:
método terapêutico que consiste em prescrever a um doente, sob uma forma muito diluída e dinamizada, uma substância capaz de produzir efeitos semelhantes aos que ele apresenta [Este método foi criado, no fim do sXVIII, pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755-1843).]

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Estomatite aftosa recorrente - Revisão bibliográfica

Resumo:
A estomatite aftosa recorrente (EAR) é a afecção mais
comum da mucosa oral. Apesar das constantes pesquisas e
preocupação clínica, sua causa permanece obscura. Possui
três formas principais. A mais comum é a EAR menor, com
pequenas ulcerações definidas, arredondadas, que são
dolorosas e cicatrizam em 10 a 14 dias. Na forma maior são
maiores, duram de 6 semanas a mais e freqüentemente
deixam cicatriz. A terceira forma é a herpetiforme com
múltiplas lesões que podem coalescer e duram de 7 a 10
dias. O diagnóstico é feito após exame clínico. Alguns
fatores locais e sistêmicos podem estar associados a doença
e se tem evidência de que uma base imunogenética pode
estar presente. O controle da doença depende de sua
apresentação clínica e inclui drogas imunossupressoras,
corticosteróides tópicos e sistêmicos e soluções anestésicas
e antimicrobianas.

Conclusão:
A EAR se apresenta como uma desordem bastante
comum da mucosa oral, de ocorrência cosmopolita e
apresentando algumas vezes caráter recorrente. Sua etiologia
é multifatorial abrangendo causas locais e sistêmicas,
merecendo uma investigação criteriosa que envolve, muitas
vezes, várias especialidades médicas. Apesar de grandes
investigações clínicas, imunológicas, hematológicas e
microbiológicas, a etiologia precisa permanece obscura.
Atualmente algumas pesquisas levam a crer que a EAR está
associada à resposta imune da mucosa oral. A enfermidade
recorrente afeta bastante a rotina do paciente às vezes
incapacitando-o para suas atividades laborativas. Merece
então, muita atenção dos profissionais de saúde envolvidos
no tratamento e controle da mesma. A terapêutica não é
específica sendo importante o tratamento das doenças
sistêmicas quando estas forem a causa da EAR. Vários
medicamentos têm sido usados para o controle das lesões e
podem ser usados topicamente ou por via sistêmica, sendo
por vezes de eficácia limitada.

Dra. Paula Moreno Fraiha
Coordenadora do Curso de Aperfeiçoamento em ORL da Clínica Professor José Kós.
Endereço para correspondência:
Rua: Padre Elias Gorayeb, 15/ 606
Tijuca – Rio de Janeiro – RJ - Cep: 20520-140

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

CLÓVIS MARZOLA - FUNDAMENTOS DE CIRURGIA BUCO MAXILO FACIAL -O Laser na Cirurgia Buco Maxilo Facial

Este é um trabalho que minha amiga Dra. Anadélia Riso me mandou. Bastante interessante.


INTRODUÇÃO
O Laser não-cirúrgico, ou Laser de Baixa Intensidade
(LILT ou LLLT), apresenta-se em muitos casos como uma nova
modalidade terapêutica para o tratamento de desordens da região
buco-maxilo-facial como as dores articulares, nevralgias,
parestesias, etc...
O crescente interesse a respeito da utilização e
indicações do laser na Odontologia mostra-se significante,
refletido principalmente no aumento da literatura científica sobre
este assunto.
Com isto, aumentou-se o interesse do Cirurgião-
Dentista à procura de novas técnicas, menos invasivas e
traumáticas, para um tratamento mais completo e eficaz para
seus clientes.

CONCLUSÕES
Do exposto, pode-se concluir que:
1. O número médio de sessões foi de 10, sendo o
tempo médio de aplicação de 16,26 minutos.
2. A faixa etária mais atingida neste estudo foi a de 20
a 30 anos, com 14 pacientes.
3. A etiologia mais encontrada como causa das
alterações da região buco-maxilo-facial foi por motivo de trauma
cirúrgico, como a paresia ou a parestesia pós-operatória).
4. Os principais sintomas relatados pelos pacientes
foram a dor e a parestesia.
5. Os principais locais anatômicos que receberam as
aplicações do soft laser foram o músculo masseter, a região préauricular,
a região infraorbitária, o nervo lingual e, a região
mentoniana.
6. O número de pontos anatômicos diferentes que
receberam as aplicações foi de 23 locais.
7. O lado direito foi o mais atingido, sendo aplicado
em 55 ocasiões.
8. O gênero feminino foi o mais atingido nesta
amostra, com 30 pacientes, com apenas 8 pacientes do gênero
masculino.
9. A nota final média conferida pelos pacientes foi de
6,21 pela escala verbal de avaliação.
10. O índice de melhora foi de 84,21%, enquanto
houve 10,53% de pacientes estáveis e, 5, 26% de pioras.
11. E, finalmente, pode-se concluir que o tratamento
com o soft laser mostrou-se eficaz, não havendo qualquer relato
ou observação nesta pesquisa de alterações nocivas aos
pacientes após a aplicação deste tratamento.

Distribuição dos agentes etiológicos das desordens
apresentadas pelos pacientes:

Pós - operatório
Desconhecida
Luxação de ATM
Transposição de Nervo Alveolar Inferior
Fratura Não Tratada
Estresse
Nevralgia do Nervo alveolar inferior
Tratamento Ortodôntico


Autores:
Prof. Dr. Antonio Luiz Barbosa Pinheiro
Prof. Dr. Clóvis Marzola
Prof. Dr. João Lopes Toledo Filho
CD. Rufino José Klug

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Curso: Dr. Luiz Fernando Lobo

Evento contará com a participação do norte-americano Peter Quinn, idealizador da técnica, e terá transmissão ao vivo pela internet, com acesso gratuito.

Ao ultrapassar a marca da 100a cirurgia para instalação de prótese total na ATM – Articulação Têmporo-mandibular, o cirurgião buco-maxilo-facial, Luiz Fernando Lobo promove das 9h30 às 11h30 de 17 de março em São Paulo o workshop “100a Prótese de Reconstrução Total de ATM no Brasil”, com transmissão gratuita pela internet e a participação do idealizador desta técnica Peter Quinn, professor-doutor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, recém-eleito presidente da Sociedade Americana de Cirurgiões da ATM. Só Peter Quinn e Luiz Fernando Lobo já realizaram cerca de 350 cirurgias com esta técnica, nos Estados Unidos e no Brasil. Com acesso gratuito, a transmissão em tempo real será realizada pelo site da Intermedic Technology (www.intermedic.com.br), abrindo a possibilidade inclusive de os internautas fazerem perguntas e comentários.

Luiz Fernando Lobo
Diretor da Sociedade Brasileira e da Associação Latino-Americana de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, é chefe do serviço desta especialidade nos hospitais Santa Paula e Paulistano. Membro da Associação Internacional de Cirurgiões Buco-Maxilo-Faciais (IAOMS), preside a Comissão de Buco-Maxilo-Faciais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Graduado em Odontologia pela USP, onde se especializou em CBMF, é co-autor do livro “ATM – Diagnóstico e Tratamento”, junto com Luiz de Jesus Nunes, e consultor científico da revista espanhola Secom.


Informações para a imprensa com Nora Ferreira – Lu Fernandes Escritório de Comunicação – 11 3814-4600


Nora Ferreira
Lu Fernandes Escritório de Comunicação - 11 3814-4600

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Diagnóstico de má oclusão de Classe III por alunos de graduação

Objetivo: verificar a capacidade de alunos de graduação diagnosticarem a má oclusão do tipo Classe III de Angle, assim como avaliar a possível indicação para tratamento ortodôntico e o momento ideal de iniciá-lo, levando em consideração as idades dentária e esquelética do paciente.

Métodos: a amostra foi composta por 138 alunos do último período de graduação de 10 faculdades de Odontologia do estado do Rio de Janeiro, avaliados por meio de questionários com perguntas fechadas. Foram-lhes apresentados fotografias e modelos de estudo de um paciente portador de má oclusão Classe III de Angle unilateral e, ainda, outras más posições dentárias.

Resultados: constatou-se facilidade por parte dos estudantes em identificar o desvio de linha média (n = 124 ou 90%) e a mordida cruzada anterior (n = 122 ou 89%). Em contrapartida, aproximadamente metade da amostra (n = 63 ou 46% dos alunos) foi capaz de reconhecer, no caso clínico, a existência da má oclusão Classe III de Angle unilateral. Apenas 46% deles (n = 63) identificaram a ausência precoce do dente decíduo. Quanto ao tratamento, quase a totalidade concordou com a sua necessidade, porém encontraram dificuldade em reconhecer o momento ideal da indicação ao especialista, com a finalidade de que este realize o tratamento ortodôntico.

Conclusão: os estudantes terminam o curso de graduação com dificuldade no diagnóstico de Classe III e nem mesmo articulam idéias sobre um protocolo básico de tratamento para correção desta anormalidade.

Keywords: Ortodontia interceptora; Diagnóstico; Má oclusão Classe III de Angle

Diagnóstico de má oclusão de Classe III por alunos de graduação - Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial [online]. 2008, v. 13, n. 6, pp. 118-127
As resenhas são baseadas em artigos de periódicos nacionais e internacionais que contenham informações médicas com aplicabilidade prática.

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