Objetivo: verificar a capacidade de alunos de graduação diagnosticarem a má oclusão do tipo Classe III de Angle, assim como avaliar a possível indicação para tratamento ortodôntico e o momento ideal de iniciá-lo, levando em consideração as idades dentária e esquelética do paciente.
Métodos: a amostra foi composta por 138 alunos do último período de graduação de 10 faculdades de Odontologia do estado do Rio de Janeiro, avaliados por meio de questionários com perguntas fechadas. Foram-lhes apresentados fotografias e modelos de estudo de um paciente portador de má oclusão Classe III de Angle unilateral e, ainda, outras más posições dentárias.
Resultados: constatou-se facilidade por parte dos estudantes em identificar o desvio de linha média (n = 124 ou 90%) e a mordida cruzada anterior (n = 122 ou 89%). Em contrapartida, aproximadamente metade da amostra (n = 63 ou 46% dos alunos) foi capaz de reconhecer, no caso clínico, a existência da má oclusão Classe III de Angle unilateral. Apenas 46% deles (n = 63) identificaram a ausência precoce do dente decíduo. Quanto ao tratamento, quase a totalidade concordou com a sua necessidade, porém encontraram dificuldade em reconhecer o momento ideal da indicação ao especialista, com a finalidade de que este realize o tratamento ortodôntico.
Conclusão: os estudantes terminam o curso de graduação com dificuldade no diagnóstico de Classe III e nem mesmo articulam idéias sobre um protocolo básico de tratamento para correção desta anormalidade.
Keywords: Ortodontia interceptora; Diagnóstico; Má oclusão Classe III de Angle
Diagnóstico de má oclusão de Classe III por alunos de graduação - Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial [online]. 2008, v. 13, n. 6, pp. 118-127
As resenhas são baseadas em artigos de periódicos nacionais e internacionais que contenham informações médicas com aplicabilidade prática.
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"O conteúdo desta página é de responsabilidade da São Paulo Medical."
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Cursos de Odontologia passarão por supervisão do MEC
A exemplo dos cursos de Medicina, Direito e Pedagogia, as faculdades de Odontologia devem passar, ainda neste semestre, pelo processo de supervisão do Ministério da Educação (MEC). O anúncio foi feito pelo ministro Fernando Haddad na noite de anteontem, durante a abertura do 27º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (Ciosp). A medida tem o apoio das entidades de classe, que há dez anos reivindicavam maior rigor na abertura de novos cursos.
"Não queremos limitar a formação de profissionais, mas garantir uma educação de qualidade", afirma Antonio Salazar Fonseca, presidente do Ciosp. Em consequência da infraestrutura deficiente, os formandos chegam ao mercado despreparados e inseguros, diz o presidente da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), Silvio Cecchetto.
"Na Odontologia não existe residência, como em Medicina. O aluno precisa ter contato com a parte prática ainda durante o curso. Mas muitos saem sem o conhecimento necessário para garantir um bom atendimento. Têm dificuldade para realizar um diagnóstico ou uma prótese dental, por exemplo." Na opinião de Cecchetto, o ensino precário tem fortalecido a indústria da pós-graduação.
"Muitas vezes, a mesma equipe que preparou o aluno durante na universidade oferece cursos de aperfeiçoamento. E uma especialização em Ortodontia sai por volta de R$ 40 mil." Segundo ele, o recém-formado mal preparado, pela necessidade de ter uma renda, acaba trabalhando para convênios. "Eles remuneram por procedimento e não por qualidade. Isso acaba aprofundando a inabilidade do profissional, que se vê obrigado a atender o paciente em 15 ou 20 minutos."
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
"Não queremos limitar a formação de profissionais, mas garantir uma educação de qualidade", afirma Antonio Salazar Fonseca, presidente do Ciosp. Em consequência da infraestrutura deficiente, os formandos chegam ao mercado despreparados e inseguros, diz o presidente da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), Silvio Cecchetto.
"Na Odontologia não existe residência, como em Medicina. O aluno precisa ter contato com a parte prática ainda durante o curso. Mas muitos saem sem o conhecimento necessário para garantir um bom atendimento. Têm dificuldade para realizar um diagnóstico ou uma prótese dental, por exemplo." Na opinião de Cecchetto, o ensino precário tem fortalecido a indústria da pós-graduação.
"Muitas vezes, a mesma equipe que preparou o aluno durante na universidade oferece cursos de aperfeiçoamento. E uma especialização em Ortodontia sai por volta de R$ 40 mil." Segundo ele, o recém-formado mal preparado, pela necessidade de ter uma renda, acaba trabalhando para convênios. "Eles remuneram por procedimento e não por qualidade. Isso acaba aprofundando a inabilidade do profissional, que se vê obrigado a atender o paciente em 15 ou 20 minutos."
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Música alta e perda de audição
A exposição a sons intensos é a segunda causa de deficiência auditiva, dano que é possível prevenir, porém difícil de reverter. Às vezes, um único episódio de som muito intenso pode causar perda auditiva irreversível. Isto acontece porque o som muito alto danifica as células sensoriais auditivas, causando perda auditiva que pode levar a zumbidos e distorção sonora.
Os primeiros sintomas de perda de audição induzida por ruído são sutis e geralmente começam pelas freqüências agudas.
Podemos avaliar se o volume da música favorece a perda da audição quando:
• É necessário gritar para se fazer ouvir quando a música está tocando;
• Você ouve zumbidos depois de ter saído do recinto onde houve música;
• Aparece uma sensação de ouvidos cheios ou diminuição de audição após a exposição sonora.
O som tem a capacidade de afetar humanos sobre uma série de aspectos psicológicos e fisiológicos, segundo a escala de decibéis (intensidade do som) a seguir:
Até 90 decibéis (dB) os efeitos são principalmente psicológicos:
• O som de uma música pode acalmar, alegrar ou até excitar;
• Um som desagradável como o raspar de uma unha sobre um quadro-negro pode “arrepiar”;
• O som intermitente de uma gota d’água pingando de uma torneira pode impedir o sono, mesmo se tratando apenas de 30 ou 40 dB.
De 90 a 120 dB podem ocorrer efeitos fisiológicos, como alteração temporária ou irreversível da fisiologia normal do organismo. Os ambientes com essa intensidade sonora são considerados insalubres.
Acima de 120 dB o som pode começar a causar efeitos físicos sobre as pessoas, como:
• Vibrações dentro da cabeça;
• Dor aguda no ouvido médio;
• Perda de equilíbrio;
• Náuseas.
• E a própria visão pode ser afetada por som muito intenso devido à vibração, por ressonância, do globo ocular.
Próximo dos 140 dB pode ocorrer a ruptura do tímpano.
Além da música em volume alto em grandes shows e em ambientes fechados como “baladas”, danceterias e bares, o volume alto do som em automóveis e os walkmans, diskmans e iPods com fones de ouvido pode causar perda auditiva.
O uso contínuo de walkmans, diskmans e iPods pode causar problemas como tinnitus (ruído no ouvido). A pessoa é incomodada por uma zoeira na cabeça e ouve sons parecidos com os de sinos ou canto de cigarra.
As alterações na audição dependem da intensidade do ruído, do tempo de exposição, da freqüência e da sensibilidade do ouvido de cada um. Em geral, a zoeira é temporária, mas pode durar dias ou se tornar permanente.
Quem usa diskman duas horas por dia a 100 dB de volume é sério candidato a surdez irreversível. Muitos jovens desconhecem o fato de que um trauma acústico dessas proporções é progressivo e irreversível, oferecendo risco de perderem a audição até 30 anos antes do tempo de degradação natural do sentido.
Esse tipo de perda é traiçoeira e sutil. Por ser progressiva, a pessoa não se dá conta de sua evolução. Isto talvez explique por que jovens geralmente ouvem música em volume alto. Como estão perdendo a audição, precisam de volume cada vez mais alto para atingir o mesmo nível de prazer ao ouvir suas músicas preferidas.
Prevenção
• Uma dica para preservar a saúde auditiva é perceber se outras pessoas que estão próximas também estão ouvindo a música.
• Outra observação importante é evitar usar o fone apenas em um ouvido. Na maioria das vezes, quando isso acontece, costumamos exceder no volume e sobrecarregar a capacidade auditiva.
• Outro conselho é deixar o volume do tocador de mp3 na metade do volume máximo do aparelho.
• Evite ficar muitas horas seguidas ouvindo música por aparelhos de MP3, walkmans, diskmans.
• Procure ajuda médica tão logo seja percebida qualquer alteração da audição.
Ana Lívia Siller
Fonoaudióloga
Os primeiros sintomas de perda de audição induzida por ruído são sutis e geralmente começam pelas freqüências agudas.
Podemos avaliar se o volume da música favorece a perda da audição quando:
• É necessário gritar para se fazer ouvir quando a música está tocando;
• Você ouve zumbidos depois de ter saído do recinto onde houve música;
• Aparece uma sensação de ouvidos cheios ou diminuição de audição após a exposição sonora.
O som tem a capacidade de afetar humanos sobre uma série de aspectos psicológicos e fisiológicos, segundo a escala de decibéis (intensidade do som) a seguir:
Até 90 decibéis (dB) os efeitos são principalmente psicológicos:
• O som de uma música pode acalmar, alegrar ou até excitar;
• Um som desagradável como o raspar de uma unha sobre um quadro-negro pode “arrepiar”;
• O som intermitente de uma gota d’água pingando de uma torneira pode impedir o sono, mesmo se tratando apenas de 30 ou 40 dB.
De 90 a 120 dB podem ocorrer efeitos fisiológicos, como alteração temporária ou irreversível da fisiologia normal do organismo. Os ambientes com essa intensidade sonora são considerados insalubres.
Acima de 120 dB o som pode começar a causar efeitos físicos sobre as pessoas, como:
• Vibrações dentro da cabeça;
• Dor aguda no ouvido médio;
• Perda de equilíbrio;
• Náuseas.
• E a própria visão pode ser afetada por som muito intenso devido à vibração, por ressonância, do globo ocular.
Próximo dos 140 dB pode ocorrer a ruptura do tímpano.
Além da música em volume alto em grandes shows e em ambientes fechados como “baladas”, danceterias e bares, o volume alto do som em automóveis e os walkmans, diskmans e iPods com fones de ouvido pode causar perda auditiva.
O uso contínuo de walkmans, diskmans e iPods pode causar problemas como tinnitus (ruído no ouvido). A pessoa é incomodada por uma zoeira na cabeça e ouve sons parecidos com os de sinos ou canto de cigarra.
As alterações na audição dependem da intensidade do ruído, do tempo de exposição, da freqüência e da sensibilidade do ouvido de cada um. Em geral, a zoeira é temporária, mas pode durar dias ou se tornar permanente.
Quem usa diskman duas horas por dia a 100 dB de volume é sério candidato a surdez irreversível. Muitos jovens desconhecem o fato de que um trauma acústico dessas proporções é progressivo e irreversível, oferecendo risco de perderem a audição até 30 anos antes do tempo de degradação natural do sentido.
Esse tipo de perda é traiçoeira e sutil. Por ser progressiva, a pessoa não se dá conta de sua evolução. Isto talvez explique por que jovens geralmente ouvem música em volume alto. Como estão perdendo a audição, precisam de volume cada vez mais alto para atingir o mesmo nível de prazer ao ouvir suas músicas preferidas.
Prevenção
• Uma dica para preservar a saúde auditiva é perceber se outras pessoas que estão próximas também estão ouvindo a música.
• Outra observação importante é evitar usar o fone apenas em um ouvido. Na maioria das vezes, quando isso acontece, costumamos exceder no volume e sobrecarregar a capacidade auditiva.
• Outro conselho é deixar o volume do tocador de mp3 na metade do volume máximo do aparelho.
• Evite ficar muitas horas seguidas ouvindo música por aparelhos de MP3, walkmans, diskmans.
• Procure ajuda médica tão logo seja percebida qualquer alteração da audição.
Ana Lívia Siller
Fonoaudióloga
sábado, 10 de janeiro de 2009
Associação Brasileira de Esclerose Múltipla
O QUE É ESCLEROSE MÚLTIPLA?
* Não é uma doença mental.
* Não é contagiosa.
* Não é suscetível de prevenção e não tem cura.
A Esclerose Múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (Sistema Nervoso Central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens. De causa ainda desconhecida, foi descrita inicialmente, em 1868, pelo neurologista francês Jean Martin Charcot, que a denominou "Esclerose em Placas", descrevendo áreas circunscritas endurecidas que encontrou (em autópsia) disseminada pelo SNC de pacientes. É caracterizada também como doença desmielinizante, pois lesa a mielina, prejudicando a neurotransmissão. A mielina é um complexo de camadas lipoproteicas formado no início do desenvolvimento pela oligodendroglia no SNC, a qual envolve e isola as fibras nervosas (axônios), permitindo que os nervos transmitam seus impulsos rapidamente, ajudando na condução das mensagens que controlam todos os movimentos conscientes e inconscientes do organismo.
Na Esclerose Múltipla, a perda de mielina (desmielinização) interfere na transmissão dos impulsos e isto produz os diversos sintomas da doença. Descobertas recentes indicam que os axônios sofrem dano irreversível em conseqüência do processo inflamatório, o que contribui para uma deficiência neurológica e, a longo prazo, para a invalidez. Os pontos onde se perde mielina (placas ou lesões) surgem como zonas endurecidas (tipo cicatrizes), que aparecem em diferentes momentos e zonas do cérebro e da medula espinhal. Literalmente, Esclerose Múltipla, significa episódios que se repetem várias vezes. Até certo ponto, a maioria dos pacientes se recupera clinicamente dos ataques individuais de desmielinização, produzindo-se o curso clássico da doença, ou seja, surtos e remissões. Os dados obtidos em pesquisas realizadas e atualmente disponíveis podem oferecer apoio para o diagnóstico clínico e laboratorial, mas ainda são insuficientes para definir de imediato se a pessoa é ou não portadora de Esclerose Múltipla, uma vez que os sintomas se assemelham a outros tipos de doenças neurológicas.
Não existe cura para a Esclerose Múltipla. No entanto, muito pode ser feito para ajudar as pessoas portadoras de Esclerose Múltipla a serem independentes e a terem uma vida confortável e produtiva.
Denomina-se ESCLEROSE e Denomina-se MÚLTIPLA:
* Muitas áreas dispersas do cérebro e da medula espinhal são afetadas.
* Os sintomas podem ser benignos ou graves e surgem e desaparecem de maneira imprevisível.
* Áreas afetadas do cérebro ou da medula espinhal.
Associação Brasileira de Esclerose Múltipla
Av. Indianápolis, 2752 - 04062-003 - São Paulo - SP
Fone: (11) 5587-5584
Fax: (11) 5581-9233
www.abem.org.br
* Não é uma doença mental.
* Não é contagiosa.
* Não é suscetível de prevenção e não tem cura.
A Esclerose Múltipla é uma das doenças mais comuns do SNC (Sistema Nervoso Central: cérebro e medula espinhal) em adultos jovens. De causa ainda desconhecida, foi descrita inicialmente, em 1868, pelo neurologista francês Jean Martin Charcot, que a denominou "Esclerose em Placas", descrevendo áreas circunscritas endurecidas que encontrou (em autópsia) disseminada pelo SNC de pacientes. É caracterizada também como doença desmielinizante, pois lesa a mielina, prejudicando a neurotransmissão. A mielina é um complexo de camadas lipoproteicas formado no início do desenvolvimento pela oligodendroglia no SNC, a qual envolve e isola as fibras nervosas (axônios), permitindo que os nervos transmitam seus impulsos rapidamente, ajudando na condução das mensagens que controlam todos os movimentos conscientes e inconscientes do organismo.
Na Esclerose Múltipla, a perda de mielina (desmielinização) interfere na transmissão dos impulsos e isto produz os diversos sintomas da doença. Descobertas recentes indicam que os axônios sofrem dano irreversível em conseqüência do processo inflamatório, o que contribui para uma deficiência neurológica e, a longo prazo, para a invalidez. Os pontos onde se perde mielina (placas ou lesões) surgem como zonas endurecidas (tipo cicatrizes), que aparecem em diferentes momentos e zonas do cérebro e da medula espinhal. Literalmente, Esclerose Múltipla, significa episódios que se repetem várias vezes. Até certo ponto, a maioria dos pacientes se recupera clinicamente dos ataques individuais de desmielinização, produzindo-se o curso clássico da doença, ou seja, surtos e remissões. Os dados obtidos em pesquisas realizadas e atualmente disponíveis podem oferecer apoio para o diagnóstico clínico e laboratorial, mas ainda são insuficientes para definir de imediato se a pessoa é ou não portadora de Esclerose Múltipla, uma vez que os sintomas se assemelham a outros tipos de doenças neurológicas.
Não existe cura para a Esclerose Múltipla. No entanto, muito pode ser feito para ajudar as pessoas portadoras de Esclerose Múltipla a serem independentes e a terem uma vida confortável e produtiva.
Denomina-se ESCLEROSE e Denomina-se MÚLTIPLA:
* Muitas áreas dispersas do cérebro e da medula espinhal são afetadas.
* Os sintomas podem ser benignos ou graves e surgem e desaparecem de maneira imprevisível.
* Áreas afetadas do cérebro ou da medula espinhal.
Associação Brasileira de Esclerose Múltipla
Av. Indianápolis, 2752 - 04062-003 - São Paulo - SP
Fone: (11) 5587-5584
Fax: (11) 5581-9233
www.abem.org.br
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Gene enfraquece implante dental
Estudo da PUC-PR identifica fator genético, presente em cerca de 30% da população, que contribui para problema
Pesquisadores coordenados pela professora Paula Cristina Trevilatto, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), conseguiram detectar a influência de fatores genéticos na perda de implantes dentais, um problema que atinge cerca de 3,5% das pessoas que se submetem à técnica por ano. "O trabalho mostra a primeira evidência disso na literatura mundial", diz Paula.
O implante consiste na colocação de um parafuso de titânio no osso e o custo médio pode variar de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Para que tenha sucesso, é preciso que ambos se integrem. Cerca de 10 milhões de implantes são realizados por ano no mundo. No Brasil, cerca de 20% da população já perdeu todos os dentes, segundo o Ministério da Saúde. Outros estudos apontam que só 10% dos brasileiros entre 65 e 74 anos de idade têm 20 dentes ou mais na boca.
Entre os pacientes com múltiplas perdas de implantes, os pesquisadores da PUC-PR observaram alelos (uma das formas alternativas de um gene) do grupo da interleucina 1 (proteína secretada por células do sistema imunológico) que enfraquecem o processo anti-inflamatório natural. Por causa dessa particularidade genética, há dificuldade de integração do titânio ao osso. A estimativa é de que entre 25% e 30% da população tenha esse alelo, o que aumenta em até três vezes o risco de perder um implante.
PREVENÇÃO
"No futuro, um kit de diagnóstico molecular poderá ser desenvolvido para identificar indivíduos com maior risco de perder implantes", estima a coordenadora do estudo. "Podem até mesmo ser desenvolvidas moléculas sintéticas para contornar o problema."
De acordo com os pesquisadores, há fatores sociais e clínicos que levam à perda de implantes dentais, dos quais o tabagismo e a má qualidade dos ossos estão entre os principais. "Mas há pessoas que têm uma propensão a múltiplas perdas e nunca se sugeriu uma evidência de base genética", diz Paula. Os pesquisadores estão entrando com pedido de patente sobre a descoberta.
Eles se debruçaram na análise dos prontuários de 3.578 pacientes que receberam implante dentário no Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino em Odontologia (Ilapeo), de Curitiba, no período de 1996 a 2006. Desses, 126 tiveram perdas. Um exame de DNA foi realizado em 90, comparando-se com outros 176 que não apresentaram nenhum problema.
De acordo com Paula, a coleta de material para o exame genético é feita com um simples bochecho de água com açúcar. "Não é invasivo para o paciente", explica. Ela espera que se torne uma rotina, o que pode baratear o custo do exame, cujo valor ainda não está definido. Com base nesses primeiros resultados e na análise de outros genes, poderá ser desenvolvido um kit que identifique precocemente o risco maior de perda de implante. "Assim pode ser possível a prevenção, o planejamento de terapia individualizada."
O trabalho foi apresentado no ano passado em um congresso de odontologia promovido pela International Association for Dental Research, em Toronto, no Canadá. No próximo mês, os pesquisadores vão aos EUA para divulgá-lo. A pesquisa foi patrocinada pela empresa Neodent Implante Osteointegrável.
O implantodontista Mário Groisman considera a descoberta muito interessante e espera a publicação da pesquisa na revista inglesa Clinical Oral Implants Research, uma das mais importantes da área. "Com um exame que prevê a predisposição ao problema poderemos desenvolver terapias que controlem a influência da interleucina", aponta Groisman. "Há pesquisas parecidas sobre a ação de bactérias nos processos inflamatórios periodontais, mas é a primeira vez que encontro um trabalho que investiga causas genéticas."
COLABOROU ALEXANDRE GONÇALVES
NÚMEROS
20% dos brasileiros
já perderam todos os dentes da boca, de acordo com o primeiro Levantamento Nacional de Saúde Bucal, concluído em março de 2004 pelo Ministério da Saúde
25% a 30% da população
apresenta a variação genética que aumenta em até 3 vezes o risco de perder um implante dental
3,5% dos pacientes
submetidos à técnica todos os anos acabam perdendo os implantes por problemas de integração do titânio ao osso da boca
O Estado de São Paulo, 8 de janeiro de 2009.
Pesquisadores coordenados pela professora Paula Cristina Trevilatto, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), conseguiram detectar a influência de fatores genéticos na perda de implantes dentais, um problema que atinge cerca de 3,5% das pessoas que se submetem à técnica por ano. "O trabalho mostra a primeira evidência disso na literatura mundial", diz Paula.
O implante consiste na colocação de um parafuso de titânio no osso e o custo médio pode variar de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Para que tenha sucesso, é preciso que ambos se integrem. Cerca de 10 milhões de implantes são realizados por ano no mundo. No Brasil, cerca de 20% da população já perdeu todos os dentes, segundo o Ministério da Saúde. Outros estudos apontam que só 10% dos brasileiros entre 65 e 74 anos de idade têm 20 dentes ou mais na boca.
Entre os pacientes com múltiplas perdas de implantes, os pesquisadores da PUC-PR observaram alelos (uma das formas alternativas de um gene) do grupo da interleucina 1 (proteína secretada por células do sistema imunológico) que enfraquecem o processo anti-inflamatório natural. Por causa dessa particularidade genética, há dificuldade de integração do titânio ao osso. A estimativa é de que entre 25% e 30% da população tenha esse alelo, o que aumenta em até três vezes o risco de perder um implante.
PREVENÇÃO
"No futuro, um kit de diagnóstico molecular poderá ser desenvolvido para identificar indivíduos com maior risco de perder implantes", estima a coordenadora do estudo. "Podem até mesmo ser desenvolvidas moléculas sintéticas para contornar o problema."
De acordo com os pesquisadores, há fatores sociais e clínicos que levam à perda de implantes dentais, dos quais o tabagismo e a má qualidade dos ossos estão entre os principais. "Mas há pessoas que têm uma propensão a múltiplas perdas e nunca se sugeriu uma evidência de base genética", diz Paula. Os pesquisadores estão entrando com pedido de patente sobre a descoberta.
Eles se debruçaram na análise dos prontuários de 3.578 pacientes que receberam implante dentário no Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino em Odontologia (Ilapeo), de Curitiba, no período de 1996 a 2006. Desses, 126 tiveram perdas. Um exame de DNA foi realizado em 90, comparando-se com outros 176 que não apresentaram nenhum problema.
De acordo com Paula, a coleta de material para o exame genético é feita com um simples bochecho de água com açúcar. "Não é invasivo para o paciente", explica. Ela espera que se torne uma rotina, o que pode baratear o custo do exame, cujo valor ainda não está definido. Com base nesses primeiros resultados e na análise de outros genes, poderá ser desenvolvido um kit que identifique precocemente o risco maior de perda de implante. "Assim pode ser possível a prevenção, o planejamento de terapia individualizada."
O trabalho foi apresentado no ano passado em um congresso de odontologia promovido pela International Association for Dental Research, em Toronto, no Canadá. No próximo mês, os pesquisadores vão aos EUA para divulgá-lo. A pesquisa foi patrocinada pela empresa Neodent Implante Osteointegrável.
O implantodontista Mário Groisman considera a descoberta muito interessante e espera a publicação da pesquisa na revista inglesa Clinical Oral Implants Research, uma das mais importantes da área. "Com um exame que prevê a predisposição ao problema poderemos desenvolver terapias que controlem a influência da interleucina", aponta Groisman. "Há pesquisas parecidas sobre a ação de bactérias nos processos inflamatórios periodontais, mas é a primeira vez que encontro um trabalho que investiga causas genéticas."
COLABOROU ALEXANDRE GONÇALVES
NÚMEROS
20% dos brasileiros
já perderam todos os dentes da boca, de acordo com o primeiro Levantamento Nacional de Saúde Bucal, concluído em março de 2004 pelo Ministério da Saúde
25% a 30% da população
apresenta a variação genética que aumenta em até 3 vezes o risco de perder um implante dental
3,5% dos pacientes
submetidos à técnica todos os anos acabam perdendo os implantes por problemas de integração do titânio ao osso da boca
O Estado de São Paulo, 8 de janeiro de 2009.
Gene enfraquece implante dental
Estudo da PUC-PR identifica fator genético, presente em cerca de 30% da população, que contribui para problema
Pesquisadores coordenados pela professora Paula Cristina Trevilatto, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), conseguiram detectar a influência de fatores genéticos na perda de implantes dentais, um problema que atinge cerca de 3,5% das pessoas que se submetem à técnica por ano. "O trabalho mostra a primeira evidência disso na literatura mundial", diz Paula.
O implante consiste na colocação de um parafuso de titânio no osso e o custo médio pode variar de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Para que tenha sucesso, é preciso que ambos se integrem. Cerca de 10 milhões de implantes são realizados por ano no mundo. No Brasil, cerca de 20% da população já perdeu todos os dentes, segundo o Ministério da Saúde. Outros estudos apontam que só 10% dos brasileiros entre 65 e 74 anos de idade têm 20 dentes ou mais na boca.
Entre os pacientes com múltiplas perdas de implantes, os pesquisadores da PUC-PR observaram alelos (uma das formas alternativas de um gene) do grupo da interleucina 1 (proteína secretada por células do sistema imunológico) que enfraquecem o processo anti-inflamatório natural. Por causa dessa particularidade genética, há dificuldade de integração do titânio ao osso. A estimativa é de que entre 25% e 30% da população tenha esse alelo, o que aumenta em até três vezes o risco de perder um implante.
PREVENÇÃO
"No futuro, um kit de diagnóstico molecular poderá ser desenvolvido para identificar indivíduos com maior risco de perder implantes", estima a coordenadora do estudo. "Podem até mesmo ser desenvolvidas moléculas sintéticas para contornar o problema."
De acordo com os pesquisadores, há fatores sociais e clínicos que levam à perda de implantes dentais, dos quais o tabagismo e a má qualidade dos ossos estão entre os principais. "Mas há pessoas que têm uma propensão a múltiplas perdas e nunca se sugeriu uma evidência de base genética", diz Paula. Os pesquisadores estão entrando com pedido de patente sobre a descoberta.
Eles se debruçaram na análise dos prontuários de 3.578 pacientes que receberam implante dentário no Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino em Odontologia (Ilapeo), de Curitiba, no período de 1996 a 2006. Desses, 126 tiveram perdas. Um exame de DNA foi realizado em 90, comparando-se com outros 176 que não apresentaram nenhum problema.
De acordo com Paula, a coleta de material para o exame genético é feita com um simples bochecho de água com açúcar. "Não é invasivo para o paciente", explica. Ela espera que se torne uma rotina, o que pode baratear o custo do exame, cujo valor ainda não está definido. Com base nesses primeiros resultados e na análise de outros genes, poderá ser desenvolvido um kit que identifique precocemente o risco maior de perda de implante. "Assim pode ser possível a prevenção, o planejamento de terapia individualizada."
O trabalho foi apresentado no ano passado em um congresso de odontologia promovido pela International Association for Dental Research, em Toronto, no Canadá. No próximo mês, os pesquisadores vão aos EUA para divulgá-lo. A pesquisa foi patrocinada pela empresa Neodent Implante Osteointegrável.
O implantodontista Mário Groisman considera a descoberta muito interessante e espera a publicação da pesquisa na revista inglesa Clinical Oral Implants Research, uma das mais importantes da área. "Com um exame que prevê a predisposição ao problema poderemos desenvolver terapias que controlem a influência da interleucina", aponta Groisman. "Há pesquisas parecidas sobre a ação de bactérias nos processos inflamatórios periodontais, mas é a primeira vez que encontro um trabalho que investiga causas genéticas."
COLABOROU ALEXANDRE GONÇALVES
NÚMEROS
20% dos brasileiros
já perderam todos os dentes da boca, de acordo com o primeiro Levantamento Nacional de Saúde Bucal, concluído em março de 2004 pelo Ministério da Saúde
25% a 30% da população
apresenta a variação genética que aumenta em até 3 vezes o risco de perder um implante dental
3,5% dos pacientes
submetidos à técnica todos os anos acabam perdendo os implantes por problemas de integração do titânio ao osso da boca
O Estado de São Paulo, 8 de janeiro de 2009.
Pesquisadores coordenados pela professora Paula Cristina Trevilatto, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), conseguiram detectar a influência de fatores genéticos na perda de implantes dentais, um problema que atinge cerca de 3,5% das pessoas que se submetem à técnica por ano. "O trabalho mostra a primeira evidência disso na literatura mundial", diz Paula.
O implante consiste na colocação de um parafuso de titânio no osso e o custo médio pode variar de R$ 1 mil a R$ 3 mil. Para que tenha sucesso, é preciso que ambos se integrem. Cerca de 10 milhões de implantes são realizados por ano no mundo. No Brasil, cerca de 20% da população já perdeu todos os dentes, segundo o Ministério da Saúde. Outros estudos apontam que só 10% dos brasileiros entre 65 e 74 anos de idade têm 20 dentes ou mais na boca.
Entre os pacientes com múltiplas perdas de implantes, os pesquisadores da PUC-PR observaram alelos (uma das formas alternativas de um gene) do grupo da interleucina 1 (proteína secretada por células do sistema imunológico) que enfraquecem o processo anti-inflamatório natural. Por causa dessa particularidade genética, há dificuldade de integração do titânio ao osso. A estimativa é de que entre 25% e 30% da população tenha esse alelo, o que aumenta em até três vezes o risco de perder um implante.
PREVENÇÃO
"No futuro, um kit de diagnóstico molecular poderá ser desenvolvido para identificar indivíduos com maior risco de perder implantes", estima a coordenadora do estudo. "Podem até mesmo ser desenvolvidas moléculas sintéticas para contornar o problema."
De acordo com os pesquisadores, há fatores sociais e clínicos que levam à perda de implantes dentais, dos quais o tabagismo e a má qualidade dos ossos estão entre os principais. "Mas há pessoas que têm uma propensão a múltiplas perdas e nunca se sugeriu uma evidência de base genética", diz Paula. Os pesquisadores estão entrando com pedido de patente sobre a descoberta.
Eles se debruçaram na análise dos prontuários de 3.578 pacientes que receberam implante dentário no Instituto Latino-Americano de Pesquisa e Ensino em Odontologia (Ilapeo), de Curitiba, no período de 1996 a 2006. Desses, 126 tiveram perdas. Um exame de DNA foi realizado em 90, comparando-se com outros 176 que não apresentaram nenhum problema.
De acordo com Paula, a coleta de material para o exame genético é feita com um simples bochecho de água com açúcar. "Não é invasivo para o paciente", explica. Ela espera que se torne uma rotina, o que pode baratear o custo do exame, cujo valor ainda não está definido. Com base nesses primeiros resultados e na análise de outros genes, poderá ser desenvolvido um kit que identifique precocemente o risco maior de perda de implante. "Assim pode ser possível a prevenção, o planejamento de terapia individualizada."
O trabalho foi apresentado no ano passado em um congresso de odontologia promovido pela International Association for Dental Research, em Toronto, no Canadá. No próximo mês, os pesquisadores vão aos EUA para divulgá-lo. A pesquisa foi patrocinada pela empresa Neodent Implante Osteointegrável.
O implantodontista Mário Groisman considera a descoberta muito interessante e espera a publicação da pesquisa na revista inglesa Clinical Oral Implants Research, uma das mais importantes da área. "Com um exame que prevê a predisposição ao problema poderemos desenvolver terapias que controlem a influência da interleucina", aponta Groisman. "Há pesquisas parecidas sobre a ação de bactérias nos processos inflamatórios periodontais, mas é a primeira vez que encontro um trabalho que investiga causas genéticas."
COLABOROU ALEXANDRE GONÇALVES
NÚMEROS
20% dos brasileiros
já perderam todos os dentes da boca, de acordo com o primeiro Levantamento Nacional de Saúde Bucal, concluído em março de 2004 pelo Ministério da Saúde
25% a 30% da população
apresenta a variação genética que aumenta em até 3 vezes o risco de perder um implante dental
3,5% dos pacientes
submetidos à técnica todos os anos acabam perdendo os implantes por problemas de integração do titânio ao osso da boca
O Estado de São Paulo, 8 de janeiro de 2009.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Síndrome de Rett
Palavra da Fundadora
Diferentemente do que as mães das nossas meninas imaginam, elas me ajudaram muito. Aliás, muito mais do que eu consegui apoiá-las.
No começo, aceitar o fato de minha filha ser portadora de síndrome de Rett foi muito difícil. Não aceitava, não assumia. Sentia-me a mulher mais infeliz do mundo. Falar seu nome, Catarina, já era o suficiente para eu cair em prantos. Chorei muito, e por muito tempo. Pensei que nunca mais seria feliz! Perdi a fé.
Não sei por qual razão, porém, nunca me perguntei: “Por que eu?”. Mas sempre me perguntei: “Por que ela?”.
Por que ela não pronunciará a primeira palavra, não dará os primeiros passos, não irá à primeira aula, não fará a primeira comunhão, não terá o primeiro amor, não se casará, nem terá filhos? Por que ela?
Essa foi a parte mais difícil de aceitar.
Ter fundado a ABRE-TE em 1990, junto com meu marido, Cláudio, e com meus queridos amigos, nos ajudou muito.
O nome da associação significou muito para nós. Queríamos ABRIR a sociedade para a Síndrome de Rett. ABRIR os corações para receber estas meninas. ABRIR suas mãozinhas. ABRIR oportunidades para elas. ABRIR novamente o mundo para as famílias que se desestruturam tanto com um problema deste tamanho. E foi tentando ABRIR caminhos, conhecendo mães e suas famílias, que eu consegui ABRIR o meu próprio coração para entender e aceitar a Caty.
Não foi fácil! Recobrei minha fé, e hoje em dia consigo ser feliz e, muitas vezes, muito feliz!
Ainda não sei por que elas, mas já sei o porque delas.
Elas vieram para nos trazer um objetivo eterno que nos mantém vivos.
Teremos sempre um enorme motivo para viver. Um desafio: O grande desafio de mantê-las saudáveis e felizes.
E, em contrapartida, o melhor de tudo isso é que, enquanto elas viverem, nós NUNCA ESTAREMOS SÓS...
Isis de Castro Pinto Riechelmann
ABRE-TE/SP ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SÍNDROME DE RETT DE SÃO PAULO CENTRO DE REFERÊNCIA
Rua França Pinto 1031/33
04160-034 - São Paulo - SP
Telefax (11) 5083.0292
abrete@abrete.com.br
http://www.abrete.com.br/versao2/default.asp
Diferentemente do que as mães das nossas meninas imaginam, elas me ajudaram muito. Aliás, muito mais do que eu consegui apoiá-las.
No começo, aceitar o fato de minha filha ser portadora de síndrome de Rett foi muito difícil. Não aceitava, não assumia. Sentia-me a mulher mais infeliz do mundo. Falar seu nome, Catarina, já era o suficiente para eu cair em prantos. Chorei muito, e por muito tempo. Pensei que nunca mais seria feliz! Perdi a fé.
Não sei por qual razão, porém, nunca me perguntei: “Por que eu?”. Mas sempre me perguntei: “Por que ela?”.
Por que ela não pronunciará a primeira palavra, não dará os primeiros passos, não irá à primeira aula, não fará a primeira comunhão, não terá o primeiro amor, não se casará, nem terá filhos? Por que ela?
Essa foi a parte mais difícil de aceitar.
Ter fundado a ABRE-TE em 1990, junto com meu marido, Cláudio, e com meus queridos amigos, nos ajudou muito.
O nome da associação significou muito para nós. Queríamos ABRIR a sociedade para a Síndrome de Rett. ABRIR os corações para receber estas meninas. ABRIR suas mãozinhas. ABRIR oportunidades para elas. ABRIR novamente o mundo para as famílias que se desestruturam tanto com um problema deste tamanho. E foi tentando ABRIR caminhos, conhecendo mães e suas famílias, que eu consegui ABRIR o meu próprio coração para entender e aceitar a Caty.
Não foi fácil! Recobrei minha fé, e hoje em dia consigo ser feliz e, muitas vezes, muito feliz!
Ainda não sei por que elas, mas já sei o porque delas.
Elas vieram para nos trazer um objetivo eterno que nos mantém vivos.
Teremos sempre um enorme motivo para viver. Um desafio: O grande desafio de mantê-las saudáveis e felizes.
E, em contrapartida, o melhor de tudo isso é que, enquanto elas viverem, nós NUNCA ESTAREMOS SÓS...
Isis de Castro Pinto Riechelmann
ABRE-TE/SP ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SÍNDROME DE RETT DE SÃO PAULO CENTRO DE REFERÊNCIA
Rua França Pinto 1031/33
04160-034 - São Paulo - SP
Telefax (11) 5083.0292
abrete@abrete.com.br
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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Mialgia ou miosite do masseter?
A diferença é relevante no significado, mas irrelevante na prática clínica.
Mialgia significa simplesmente dor no músculo. Já miosite, inflamação no músculo.
Sabemos que invariavelmente, a mialgia vem acompanhada de inflamação.
Na literatura, miosite é um termo usado para certas doenças reumáticas. Então, adoto o termo mialgia aqui no blog.
É necessário fazer a distinção com tais doenças, geralmente crônicas.
Mialgia significa simplesmente dor no músculo. Já miosite, inflamação no músculo.
Sabemos que invariavelmente, a mialgia vem acompanhada de inflamação.
Na literatura, miosite é um termo usado para certas doenças reumáticas. Então, adoto o termo mialgia aqui no blog.
É necessário fazer a distinção com tais doenças, geralmente crônicas.
sábado, 27 de dezembro de 2008
Mais uma vez, antiinflamatórios seletivos para COX-2: riscos x benefícios sob o ponto de vista das agências reguladoras de medicamentos
Inúmeros foram os alertas e editoriais publicados em nosso jornal eletrônico relacionando o uso de antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) seletivos para a enzima ciclooxigenase-2 (COX-2) e as conseqüências de seu consumo. Como noticiado anteriormente, o Vioxx® (medicamento produzido pela empresa Merck Sharp & Dohme, com princípio ativo rofecoxibe) e o Bextra® (princípio ativo valdecoxibe, produzido pela Pfizer) foram retirados do mercado em 2004 e 2005, respectivamente, pela possibilidade de induzirem problemas cardiovasculares e, conseqüentemente, aumento na incidência de infartos do miocárdio.
Recentemente mais um AINEs inibidor seletivo da COX-2 foi retirado do mercado, sendo que o primeiro país a cancelar seu registro foi a Austrália. Estamos nos referindo ao medicamento Prexige (lumiracoxibe), cuja venda foi proibida devido ao relato de sérios efeitos adversos hepáticos associados ao seu uso. Pouco tempo depois, foi a vez do Brasil (representado pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária) retirar esta droga do mercado, por motivos semelhantes aos que levaram a Austrália à suspender sua venda.
A ANVISA publicou, no Diário Oficial do dia 6 de outubro passado, a suspensão da comercialização e uso, em todo o país, da apresentação de 400 mg do Prexige, fabricado pelo laboratório Novartis, além da apresentação de 120 mg do medicamento dessa mesma classe Arcoxia (Etoricoxibe), produzido pela Merck Sharp & Dohme. Entretanto, os farmacólogos ainda se perguntam: mais dois medicamentos? Até quando a indústria farmacêutica insistirá nesse tipo de fármaco?
A grande gama de trabalhos evidenciando os problemas relacionados ao uso destas drogas levou ao aumento do controle sobre a venda dos AINEs inibidores da COX-2, incluindo ainda os seus princípios ativos na lista de substâncias sob controle especial (Lista C1 da Portaria 344/98). A boa notícia é que, a partir de agora, esses antiinflamatórios somente poderão ser vendidos com retenção da receita médica pelo estabelecimento farmacêutico.
O cancelamento do registro desses produtos (RE 3.717/08) faz parte de um processo de trabalho iniciado em julho deste ano pela própria ANVISA, objetivando reavaliar a segurança deste tipo de AINEs. Para ampliar o controle sobre o seu uso, a agência determinou também a reclassificação de toda a classe de inibidores da COX-2. Como mencionado anteriormente, a partir de agora, esses antiinflamatórios só serão vendidos com retenção da receita médica (receituário C1 – branco). Tal medida visa reduzir o uso indevido ou desnecessário desses medicamentos, já que o abuso no seu consumo pode aumentar a ocorrência de problemas de saúde graves.
A ANVISA determinou ainda que o Bextra, um dos representantes da classe mais vendidos, terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares. A medida se deve aos riscos inerentes à classe terapêutica e à ausência de demonstração de benefícios gastrintestinais.
De certo ponto de vista, ainda paira no ar uma grande dúvida sobre o porquê da insistência da indústria farmacêutica em incentivar o uso desses fármacos. Sabe-se que o investimento na busca por um medicamento ideal é alto, procurando uma droga que, se não sem efeitos colaterais, que pelo menos cause o mínimo possível de reações adversas. Tempos atrás os inibidores seletivos da COX-2 eram uma alternativa promissora. Isso levou as empresas farmacêuticas a “jogarem pesado” com relação à propaganda, divulgação e incentivo aos profissionais de saúde a prescreverem esses medicamentos. Entretanto, os tempos mudaram e, como era de se esperar, muitas informações sobre essa nova promessa farmacológica foram obtidas, o que levou, finalmente, à essa atitude das agências reguladoras da venda de medicamentos em diversos países. Mas ainda ficam aquelas duas perguntas citadas acima sem explicação...
De fato, a medida imposta pela ANVISA é positiva e coerente e, certamente, com a ajuda dos profissionais da área da saúde, poderá reduzir o uso indiscriminado desta classe de medicamentos, a qual tem sido bastante questionada nos últimos dias.
Guilherme Rabelo de Souza
Farmacêutico, Doutorando do Departamento de Farmacologia da FMRP-USP
Recentemente mais um AINEs inibidor seletivo da COX-2 foi retirado do mercado, sendo que o primeiro país a cancelar seu registro foi a Austrália. Estamos nos referindo ao medicamento Prexige (lumiracoxibe), cuja venda foi proibida devido ao relato de sérios efeitos adversos hepáticos associados ao seu uso. Pouco tempo depois, foi a vez do Brasil (representado pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária) retirar esta droga do mercado, por motivos semelhantes aos que levaram a Austrália à suspender sua venda.
A ANVISA publicou, no Diário Oficial do dia 6 de outubro passado, a suspensão da comercialização e uso, em todo o país, da apresentação de 400 mg do Prexige, fabricado pelo laboratório Novartis, além da apresentação de 120 mg do medicamento dessa mesma classe Arcoxia (Etoricoxibe), produzido pela Merck Sharp & Dohme. Entretanto, os farmacólogos ainda se perguntam: mais dois medicamentos? Até quando a indústria farmacêutica insistirá nesse tipo de fármaco?
A grande gama de trabalhos evidenciando os problemas relacionados ao uso destas drogas levou ao aumento do controle sobre a venda dos AINEs inibidores da COX-2, incluindo ainda os seus princípios ativos na lista de substâncias sob controle especial (Lista C1 da Portaria 344/98). A boa notícia é que, a partir de agora, esses antiinflamatórios somente poderão ser vendidos com retenção da receita médica pelo estabelecimento farmacêutico.
O cancelamento do registro desses produtos (RE 3.717/08) faz parte de um processo de trabalho iniciado em julho deste ano pela própria ANVISA, objetivando reavaliar a segurança deste tipo de AINEs. Para ampliar o controle sobre o seu uso, a agência determinou também a reclassificação de toda a classe de inibidores da COX-2. Como mencionado anteriormente, a partir de agora, esses antiinflamatórios só serão vendidos com retenção da receita médica (receituário C1 – branco). Tal medida visa reduzir o uso indevido ou desnecessário desses medicamentos, já que o abuso no seu consumo pode aumentar a ocorrência de problemas de saúde graves.
A ANVISA determinou ainda que o Bextra, um dos representantes da classe mais vendidos, terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares. A medida se deve aos riscos inerentes à classe terapêutica e à ausência de demonstração de benefícios gastrintestinais.
De certo ponto de vista, ainda paira no ar uma grande dúvida sobre o porquê da insistência da indústria farmacêutica em incentivar o uso desses fármacos. Sabe-se que o investimento na busca por um medicamento ideal é alto, procurando uma droga que, se não sem efeitos colaterais, que pelo menos cause o mínimo possível de reações adversas. Tempos atrás os inibidores seletivos da COX-2 eram uma alternativa promissora. Isso levou as empresas farmacêuticas a “jogarem pesado” com relação à propaganda, divulgação e incentivo aos profissionais de saúde a prescreverem esses medicamentos. Entretanto, os tempos mudaram e, como era de se esperar, muitas informações sobre essa nova promessa farmacológica foram obtidas, o que levou, finalmente, à essa atitude das agências reguladoras da venda de medicamentos em diversos países. Mas ainda ficam aquelas duas perguntas citadas acima sem explicação...
De fato, a medida imposta pela ANVISA é positiva e coerente e, certamente, com a ajuda dos profissionais da área da saúde, poderá reduzir o uso indiscriminado desta classe de medicamentos, a qual tem sido bastante questionada nos últimos dias.
Guilherme Rabelo de Souza
Farmacêutico, Doutorando do Departamento de Farmacologia da FMRP-USP
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Ulectomia
Por que o dente siso inflama e é coberto pela gengiva? E a cirurgia para tirar a gengiva de cima do dente doi?
Gente alguém ai já fez essa cirurgia pra tirar a gengiva de cima do dente siso? normalmente isso acontece quando a acumulo de comida que acaba inflamando o dente que esta nascendo.
Alguém ai já fez essa cirurgia do dente? doí muito?
É a ulectomia.
Bastante comum na prática diária. Não se preocupe.
Gente alguém ai já fez essa cirurgia pra tirar a gengiva de cima do dente siso? normalmente isso acontece quando a acumulo de comida que acaba inflamando o dente que esta nascendo.
Alguém ai já fez essa cirurgia do dente? doí muito?
É a ulectomia.
Bastante comum na prática diária. Não se preocupe.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
ATM: traumatologia da face
Normalmente, as fraturas nessa região são seguidas de fraturas mandibulares.
As causas mais comuns são:
1) acidentes de trânsito: com impacto no volante ou painel do veículo
2) em lutas: é uma grande preocupação para os lutadores de boxe. Um cruzado direto no queixo pode causar fratura grave na região.
3) quedas: em casa, por exemplo.
O tratamento, nestes casos, invariavelmente não é iniciado em consultório. É caso hospitalar.
As causas mais comuns são:
1) acidentes de trânsito: com impacto no volante ou painel do veículo
2) em lutas: é uma grande preocupação para os lutadores de boxe. Um cruzado direto no queixo pode causar fratura grave na região.
3) quedas: em casa, por exemplo.
O tratamento, nestes casos, invariavelmente não é iniciado em consultório. É caso hospitalar.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Analgésicos: Codaten 50 mg
"Tomo Codaten quando tenho dor muito forte nas ATM"
Márcia
Composto por fosfato de codeína 50mg e diclofenaco sódico 50mg.
É um analgésico narcótico, não usamos como droga de primeira escolha no tratamento da dor aguda na ATM, pois é bastante potente.
Cuidado com o abuso.
Márcia
Composto por fosfato de codeína 50mg e diclofenaco sódico 50mg.
É um analgésico narcótico, não usamos como droga de primeira escolha no tratamento da dor aguda na ATM, pois é bastante potente.
Cuidado com o abuso.
DTM, a doença dos estressados?
Achei este texto por acaso. Não concordo com algumas das afirmações, mas resolvi publicá-lo mesmo assim:
Fonte: OAB-SP, Saúde CAASP
Data: ?
Disfunção têmporo-mandibular é de difícil diagnóstico e acomete em especial advogadas.
Aquela dor de cabeça persistente, muito comum ao profissional que vive correndo atrás de prazos, pode não ter origem neurológica. Se vier acompanhada de pressão atrás dos olhos, zumbidos nos ouvidos e estalidos ao abrir ou fechar da boca, muito provavelmente deve-se a um problema chamado DTM – disfunção têmporo-mandibular. Trata-se de uma patologia que acomete anualmente 3 milhões de brasileiros e 2% da população mundial e que, em sua fase crítica, pode causar dor insuportável e até travar a mandíbula. 90% das pessoas que sofrem de DTM são do sexo feminino, provavelmente devido a fatores hormonais e ao acúmulo de atribuições profissionais e domésticas. E dentro desse universo, o maio grupo é constituído por advogadas.
"De longe é a profissão em que a DTM mais aparece. Alguns ficam com a boca travada durante a sustentação oral e vêm direto do tribunal para o consultório", observa o dentista Aprigio Zangerolami, especialista em DTM. E por quê? "Normalmente, o advogado não sabe lidar com seu estresse e tem uma carga horária de trabalho muito grande, quase sem ‘quebras’ ao longo do dia. Além disso, costuma ser uma pessoa muito exigente consigo mesma, tem dificuldade em dizer ‘não’, em colocar limite nos outros. O advogado vive sob pressão e não sabe lidar com seus limites", diz.
O especialista explica que a articulação têmporo-mandibular fica à frente dos ouvidos e conecta a mandíbula ao crânio. "Para que essa articulação funcione de maneira saudável, existe um disco articular que atua como uma almofada, aliviando o atrito quando abrimos ou fechamos a boca. Quando a pessoa tem hábitos tensos no dia-a-dia, vive estressada, costuma apertar os dentes sem perceber. Isso afeta o disco articular, que vai ficando fibroso e tem sua mobilidade comprometida. É aí que o indivíduo sente aqueles estalos", explica o dentista. Maus hábitos de postura, como arquear-se demoradamente à frente do computador, também favorecem o aparecimento da disfunção.
Doença dos estressados, a DTM tende a tornar-se crônica. "Como os sintomas são subjetivos e podem estar relacionados a outros problemas médicos, como depressão, o dentista especializado acaba sendo o último profissional de saúde a ser procurado", diz Zangerolami. "Alguns pacientes relatam já terem se acostumado com a dor e passado por verdadeira ‘via sacra’ em busca de tratamento. Foram atendidos por todos e, ao mesmo tempo, por ninguém. Ficam perdidos", relata.
De fato, até ao reconhecimento da DTM como especialidade odontológica pelo Conselho Federal de Odontologia, que só ocorreu em 2001, a pessoa que sofria desse desequilíbrio não tinha a quem pedir socorro. "A capacidade de diagnosticar, tratar e controlar as dores que se manifestam no complexo orofacial, principalmente no caráter crônico e no controle das dores originadas nos músculos da mastigação e na articulação têmporo-mandibular, é de responsabilidade do especialista em DTM e dor orofacial", enfatiza o dentista.
O tratamento contínuo da DTM geralmente envolve terapias caseiras, exercícios, compressas, relaxamento muscular e controle da ansiedade. Em boa parte dos casos é necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar, para maior abrangência do tratamento e determinação de condutas específicas. O dentista especializado deve estar apto a diagnosticar todas as dores orofaciais, tratando as que estejam relacionadas à sua área de atuação, e a encaminhar o paciente quando o tratamento demandar a intervenção de outros profissionais de saúde.
"A DTM é controlável. Quando o paciente chega ao estágio de deslocamento do disco articular, quando tem a boca travada e sente uma dor muito intensa, efetua-se uma manobra de reposição desse disco. Nem sempre há sucesso nesse procedimento, porque já existe uma frouxidão no ligamento. Quando isso acontece, faz-se necessária uma adequação do paciente a essa função", descreve Aprigio Zangerolami.
Para prevenir-se contra a DTM, o indivíduo tem de conhecer seus traços de personalidade e aliviar seu nível de tensão, evitando, sempre que perceber, ficar com os dentes fortemente cerrados. Há que impedir, ou pelo menos tentar dosar, as situações que levem ao esgotamento mental. "A pessoa tem de conhecer o nível de estresse que suporta, porque algum estresse todos nós temos. Há o estresse benéfico, que faz com que corramos atrás dos nossos objetivos, e o maléfico, que leva ao quadro de ansiedade ou depressão, e não nos deixa dormir bem. A falta de sono também é um fator a desencadear a DTM, e quase sempre está aliada ao cigarro, à cafeína, ao álcool", adverte o especialista.
"Dor indescritível"
A advogada Jennifer Pedroso, de 42 anos, é uma daquelas pessoas que passaram por uma ‘via sacra’ até encontrar um especialista que resolvesse seu problema. Com fortes dores na cabeça e na mandíbula, chegou a receber sedação intravenosa em hospital sem que ninguém chegasse ao diagnóstico correto. "Ninguém descobria a origem da dor. Os médicos nem sequer tinham conhecimento da existência da DTM", recorda.
Dentistas aos quais recorreu suspeitaram de outras causas e só agravaram o processo doloroso, até que um deles detectou a patologia e lhe indicou um colega especializado em DTM e dor orofacial. "Cheguei ao consultório com a boca travada e uma dor indescritível. Esse dentista, um especialista, me imobilizou e pôs a mandíbula no lugar. A dor passou na hora", relata a advogada.
Passado o susto, Jennifer passou a fazer exercícios de relaxamento muscular e usa uma placa oclusal para evitar o bruxismo (ranger involuntário dos dentes durante o sono). Mas quem efetivamente não quiser ser atacado pela DTM tem de fugir do estresse. "Normalmente, eu sou tranqüila. Mas o exercício da advocacia envolve muita tensão", reconhece.
SINTOMAS
Dor de cabeça, de ouvido, atrás dos olhos
Estalido ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca
Dor ao bocejar e ao mastigar
Travamento ao fechar ou abrir a boca
Sensação de cansaço na musculatura da mastigação
Zumbidos no ouvido
CAUSAS
Fatores psicológicos
Hábitos posturais
Hábitos parafuncionais
Consumo de álcool
Traumatismos
Aliás, não concordo com quase nada neste texto.
Feliz Natal!
Fonte: OAB-SP, Saúde CAASP
Data: ?
Disfunção têmporo-mandibular é de difícil diagnóstico e acomete em especial advogadas.
Aquela dor de cabeça persistente, muito comum ao profissional que vive correndo atrás de prazos, pode não ter origem neurológica. Se vier acompanhada de pressão atrás dos olhos, zumbidos nos ouvidos e estalidos ao abrir ou fechar da boca, muito provavelmente deve-se a um problema chamado DTM – disfunção têmporo-mandibular. Trata-se de uma patologia que acomete anualmente 3 milhões de brasileiros e 2% da população mundial e que, em sua fase crítica, pode causar dor insuportável e até travar a mandíbula. 90% das pessoas que sofrem de DTM são do sexo feminino, provavelmente devido a fatores hormonais e ao acúmulo de atribuições profissionais e domésticas. E dentro desse universo, o maio grupo é constituído por advogadas.
"De longe é a profissão em que a DTM mais aparece. Alguns ficam com a boca travada durante a sustentação oral e vêm direto do tribunal para o consultório", observa o dentista Aprigio Zangerolami, especialista em DTM. E por quê? "Normalmente, o advogado não sabe lidar com seu estresse e tem uma carga horária de trabalho muito grande, quase sem ‘quebras’ ao longo do dia. Além disso, costuma ser uma pessoa muito exigente consigo mesma, tem dificuldade em dizer ‘não’, em colocar limite nos outros. O advogado vive sob pressão e não sabe lidar com seus limites", diz.
O especialista explica que a articulação têmporo-mandibular fica à frente dos ouvidos e conecta a mandíbula ao crânio. "Para que essa articulação funcione de maneira saudável, existe um disco articular que atua como uma almofada, aliviando o atrito quando abrimos ou fechamos a boca. Quando a pessoa tem hábitos tensos no dia-a-dia, vive estressada, costuma apertar os dentes sem perceber. Isso afeta o disco articular, que vai ficando fibroso e tem sua mobilidade comprometida. É aí que o indivíduo sente aqueles estalos", explica o dentista. Maus hábitos de postura, como arquear-se demoradamente à frente do computador, também favorecem o aparecimento da disfunção.
Doença dos estressados, a DTM tende a tornar-se crônica. "Como os sintomas são subjetivos e podem estar relacionados a outros problemas médicos, como depressão, o dentista especializado acaba sendo o último profissional de saúde a ser procurado", diz Zangerolami. "Alguns pacientes relatam já terem se acostumado com a dor e passado por verdadeira ‘via sacra’ em busca de tratamento. Foram atendidos por todos e, ao mesmo tempo, por ninguém. Ficam perdidos", relata.
De fato, até ao reconhecimento da DTM como especialidade odontológica pelo Conselho Federal de Odontologia, que só ocorreu em 2001, a pessoa que sofria desse desequilíbrio não tinha a quem pedir socorro. "A capacidade de diagnosticar, tratar e controlar as dores que se manifestam no complexo orofacial, principalmente no caráter crônico e no controle das dores originadas nos músculos da mastigação e na articulação têmporo-mandibular, é de responsabilidade do especialista em DTM e dor orofacial", enfatiza o dentista.
O tratamento contínuo da DTM geralmente envolve terapias caseiras, exercícios, compressas, relaxamento muscular e controle da ansiedade. Em boa parte dos casos é necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar, para maior abrangência do tratamento e determinação de condutas específicas. O dentista especializado deve estar apto a diagnosticar todas as dores orofaciais, tratando as que estejam relacionadas à sua área de atuação, e a encaminhar o paciente quando o tratamento demandar a intervenção de outros profissionais de saúde.
"A DTM é controlável. Quando o paciente chega ao estágio de deslocamento do disco articular, quando tem a boca travada e sente uma dor muito intensa, efetua-se uma manobra de reposição desse disco. Nem sempre há sucesso nesse procedimento, porque já existe uma frouxidão no ligamento. Quando isso acontece, faz-se necessária uma adequação do paciente a essa função", descreve Aprigio Zangerolami.
Para prevenir-se contra a DTM, o indivíduo tem de conhecer seus traços de personalidade e aliviar seu nível de tensão, evitando, sempre que perceber, ficar com os dentes fortemente cerrados. Há que impedir, ou pelo menos tentar dosar, as situações que levem ao esgotamento mental. "A pessoa tem de conhecer o nível de estresse que suporta, porque algum estresse todos nós temos. Há o estresse benéfico, que faz com que corramos atrás dos nossos objetivos, e o maléfico, que leva ao quadro de ansiedade ou depressão, e não nos deixa dormir bem. A falta de sono também é um fator a desencadear a DTM, e quase sempre está aliada ao cigarro, à cafeína, ao álcool", adverte o especialista.
"Dor indescritível"
A advogada Jennifer Pedroso, de 42 anos, é uma daquelas pessoas que passaram por uma ‘via sacra’ até encontrar um especialista que resolvesse seu problema. Com fortes dores na cabeça e na mandíbula, chegou a receber sedação intravenosa em hospital sem que ninguém chegasse ao diagnóstico correto. "Ninguém descobria a origem da dor. Os médicos nem sequer tinham conhecimento da existência da DTM", recorda.
Dentistas aos quais recorreu suspeitaram de outras causas e só agravaram o processo doloroso, até que um deles detectou a patologia e lhe indicou um colega especializado em DTM e dor orofacial. "Cheguei ao consultório com a boca travada e uma dor indescritível. Esse dentista, um especialista, me imobilizou e pôs a mandíbula no lugar. A dor passou na hora", relata a advogada.
Passado o susto, Jennifer passou a fazer exercícios de relaxamento muscular e usa uma placa oclusal para evitar o bruxismo (ranger involuntário dos dentes durante o sono). Mas quem efetivamente não quiser ser atacado pela DTM tem de fugir do estresse. "Normalmente, eu sou tranqüila. Mas o exercício da advocacia envolve muita tensão", reconhece.
SINTOMAS
Dor de cabeça, de ouvido, atrás dos olhos
Estalido ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca
Dor ao bocejar e ao mastigar
Travamento ao fechar ou abrir a boca
Sensação de cansaço na musculatura da mastigação
Zumbidos no ouvido
CAUSAS
Fatores psicológicos
Hábitos posturais
Hábitos parafuncionais
Consumo de álcool
Traumatismos
Aliás, não concordo com quase nada neste texto.
Feliz Natal!
sábado, 20 de dezembro de 2008
Acidentes e complicações no tratamento endodôntico
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Pesquisa feminina: O que elas mais odeiam nos homens
Segundo pesquisa da revista VIP, o que as mullheres menos gostam nos parceiros é o mau hálito, disparado na frente, com 40% dos votos. Em segundo lugar, com 19%, vem o fator unha suja, que não tem desculpa que dê jeito. Veja a lista completa abaixo:
1º. Mau hálito - 40%
Importante lembrar que não se trata de de bafo de cerveja e sim daquele cheirão ruim que vem de problemas dentários ou estomacais.
...
8º. Dente amarelado - 2%
O sorriso é o cartão de visita de uma pessoa, por isso, dê uma averiguada no espelho e qualquer coisa compre alguma pasta dental que clareia os dentes, ou vá ao dentista mais próximo caso a coisa esteja muita feia.
...
1º. Mau hálito - 40%
Importante lembrar que não se trata de de bafo de cerveja e sim daquele cheirão ruim que vem de problemas dentários ou estomacais.
...
8º. Dente amarelado - 2%
O sorriso é o cartão de visita de uma pessoa, por isso, dê uma averiguada no espelho e qualquer coisa compre alguma pasta dental que clareia os dentes, ou vá ao dentista mais próximo caso a coisa esteja muita feia.
...
domingo, 14 de dezembro de 2008
Herpes simples e estresse
O herpes simples é uma infecção virótica bem conhecida das pessoas. Grande parte da população é portadora do vírus. Muitas apresentam erupções herpéticas ocasionalmente ou freqüentemente, outras só têm o vírus sem sofrer de surtos de lesões.
O quadro clínico do herpes simples é bem sugestivo: aparece como pequenas bolhas agrupadas, antecedidas de minúsculas elevações avermelhadas. Depois que surgem as bolhas, elas se desenvolvem, no terceiro dia se rompem, deixando a superfície da pele ferida e, daí em diante, passam a regredir, desaparecendo espontaneamente no décimo dia de evolução.
Durante as crises, o paciente sente coceira, ardência e dor e, muitas vezes, há o aparecimento de ínguas dolorosas na área próxima das lesões.
Locais atingidos
A infecção herpética pode ocorrer em qualquer local da pele. O mais comumente atingido são os lábios, onde a erupção provoca um aspecto bastante inestético. O segundo local em freqüência é a região genital. Aqui, além do incômodo que as bolhas e feridas causam, existe o risco de contágio por contato sexual, o que torna o herpes genital uma doença sexualmente transmissível. Outros pontos atingidos, com menos freqüência, são a testa, na região do nervo oftálmico, que provoca bastante dor e oferece o perigo de atingir a córnea e ulcerá-la; e a região glútea, onde, por vezes, a dor é intensa pela inflamação de nervos.
A contagiosidade do herpes inicia-se no dia anterior ao surgimento das bolhas e estende-se até o quinto dia. A partir daí, cessa ou diminui acentuadamente. Isso exige, dos portadores de herpes, cuidados higiênicos para não transmitir a infecção para outros locais, principalmente os olhos, e atitudes preventivas para não contaminar outras pessoas. Assim, quem tiver herpes labial ativo não deve beijar outras pessoas, principalmente crianças, e quem tiver herpes genital deve abster-se de relação sexual até a regressão do quadro clínico.
Surtos herpéticos
Os surtos de bolhas voltam a ocorrer eventualmente. Em algumas pessoas, eles se repetem duas ou três vezes por ano e, em outras, com freqüência quinzenal. Os medicamentos são pouco efetivos, servindo mais para diminuir os sintomas, encurtar a duração dos surtos e, talvez, espaçar os surtos. Não têm, porém, a capacidade de eliminar os vírus do organismo.
Vários fatores favorecem o reaparecimento da erupção herpética. Entre eles, o cansaço físico, mudanças repentinas de temperatura, traumatismos no local onde se localizam os vírus, como uma mordida no lábio, e exposição à luz solar. É conhecido o fato de que portadores de vírus, dois ou três dias depois de chegarem à praia, em férias, sofrem uma crise herpética labial. A radiação ultravioleta lesa as células da pele e abre caminho à reativação do vírus.
Estresse
É fato freqüente, observado e relatado pelos próprios pacientes, o aparecimento de um surto herpético durante ou após um episódio de tensão emocional ou por estresse físico, cansaço ou esforço demasiado. É comprovada a relação entre esses eventos e a reativação do herpes.
O que se passa é que o estresse físico ou mental altera o mecanismo da inflamação e da imunidade por meio do estímulo à secreção de corticotropina pela hipófise e conseqüente mudança nos níveis de adrenalina, noradrenalina e glicocorticóides. Esses efeitos do estresse mudam a distribuição das células de defesa, os linfócitos, e atuam sobre o equilíbrio de dois tipos dessas células: a Th1 e a Th2.
A primeira realiza principalmente o ataque direto às células estranhas ao organismo; a segunda age preferentemente à distância, por meio de anticorpos. Um incremento da imunidade por anticorpos em detrimento da imunidade direta contra os vírus e a alteração da função de barreira da pele rompem o equilíbrio cutâneo, que mantém os vírus sob controle. O resultado é uma nova crise herpética.
Prevenção
É pouco o que se pode fazer para prevenir a reativação da infecção herpética. As medidas básicas, nem sempre exeqüíveis, são evitar contato direto com pessoa em fase de infecção ativa, evitar exposição à luz solar e evitar traumatismos no local onde costumam ocorrer as lesões.
Quanto ao estresse: estar consciente do nível de tensão física que está impondo ao organismo e tomar providências para reduzi-lo, como dormir suficientemente, cuidar do físico com exercícios, principalmente aeróbicos e de alongamento. E efetuar mudanças efetivas na qualidade dos pensamentos que produz para não criar irracionalmente pensamentos que geram tensões inúteis e lesivas ao funcionamento imunitário.
Em casos de surtos muito freqüentes, podem ser utilizados certos ativadores do sistema imunitário fitoterápicos, que freqüentemente dão boa ajuda no melhoramento da defesas orgânicas.
Dr. Roberto Azambuja - Dermatologista
Fonte: Dermatologia.Net
O quadro clínico do herpes simples é bem sugestivo: aparece como pequenas bolhas agrupadas, antecedidas de minúsculas elevações avermelhadas. Depois que surgem as bolhas, elas se desenvolvem, no terceiro dia se rompem, deixando a superfície da pele ferida e, daí em diante, passam a regredir, desaparecendo espontaneamente no décimo dia de evolução.
Durante as crises, o paciente sente coceira, ardência e dor e, muitas vezes, há o aparecimento de ínguas dolorosas na área próxima das lesões.
Locais atingidos
A infecção herpética pode ocorrer em qualquer local da pele. O mais comumente atingido são os lábios, onde a erupção provoca um aspecto bastante inestético. O segundo local em freqüência é a região genital. Aqui, além do incômodo que as bolhas e feridas causam, existe o risco de contágio por contato sexual, o que torna o herpes genital uma doença sexualmente transmissível. Outros pontos atingidos, com menos freqüência, são a testa, na região do nervo oftálmico, que provoca bastante dor e oferece o perigo de atingir a córnea e ulcerá-la; e a região glútea, onde, por vezes, a dor é intensa pela inflamação de nervos.
A contagiosidade do herpes inicia-se no dia anterior ao surgimento das bolhas e estende-se até o quinto dia. A partir daí, cessa ou diminui acentuadamente. Isso exige, dos portadores de herpes, cuidados higiênicos para não transmitir a infecção para outros locais, principalmente os olhos, e atitudes preventivas para não contaminar outras pessoas. Assim, quem tiver herpes labial ativo não deve beijar outras pessoas, principalmente crianças, e quem tiver herpes genital deve abster-se de relação sexual até a regressão do quadro clínico.
Surtos herpéticos
Os surtos de bolhas voltam a ocorrer eventualmente. Em algumas pessoas, eles se repetem duas ou três vezes por ano e, em outras, com freqüência quinzenal. Os medicamentos são pouco efetivos, servindo mais para diminuir os sintomas, encurtar a duração dos surtos e, talvez, espaçar os surtos. Não têm, porém, a capacidade de eliminar os vírus do organismo.
Vários fatores favorecem o reaparecimento da erupção herpética. Entre eles, o cansaço físico, mudanças repentinas de temperatura, traumatismos no local onde se localizam os vírus, como uma mordida no lábio, e exposição à luz solar. É conhecido o fato de que portadores de vírus, dois ou três dias depois de chegarem à praia, em férias, sofrem uma crise herpética labial. A radiação ultravioleta lesa as células da pele e abre caminho à reativação do vírus.
Estresse
É fato freqüente, observado e relatado pelos próprios pacientes, o aparecimento de um surto herpético durante ou após um episódio de tensão emocional ou por estresse físico, cansaço ou esforço demasiado. É comprovada a relação entre esses eventos e a reativação do herpes.
O que se passa é que o estresse físico ou mental altera o mecanismo da inflamação e da imunidade por meio do estímulo à secreção de corticotropina pela hipófise e conseqüente mudança nos níveis de adrenalina, noradrenalina e glicocorticóides. Esses efeitos do estresse mudam a distribuição das células de defesa, os linfócitos, e atuam sobre o equilíbrio de dois tipos dessas células: a Th1 e a Th2.
A primeira realiza principalmente o ataque direto às células estranhas ao organismo; a segunda age preferentemente à distância, por meio de anticorpos. Um incremento da imunidade por anticorpos em detrimento da imunidade direta contra os vírus e a alteração da função de barreira da pele rompem o equilíbrio cutâneo, que mantém os vírus sob controle. O resultado é uma nova crise herpética.
Prevenção
É pouco o que se pode fazer para prevenir a reativação da infecção herpética. As medidas básicas, nem sempre exeqüíveis, são evitar contato direto com pessoa em fase de infecção ativa, evitar exposição à luz solar e evitar traumatismos no local onde costumam ocorrer as lesões.
Quanto ao estresse: estar consciente do nível de tensão física que está impondo ao organismo e tomar providências para reduzi-lo, como dormir suficientemente, cuidar do físico com exercícios, principalmente aeróbicos e de alongamento. E efetuar mudanças efetivas na qualidade dos pensamentos que produz para não criar irracionalmente pensamentos que geram tensões inúteis e lesivas ao funcionamento imunitário.
Em casos de surtos muito freqüentes, podem ser utilizados certos ativadores do sistema imunitário fitoterápicos, que freqüentemente dão boa ajuda no melhoramento da defesas orgânicas.
Dr. Roberto Azambuja - Dermatologista
Fonte: Dermatologia.Net
sábado, 13 de dezembro de 2008
Indicação Profissional
Dra. Valéria Alves de Camargo Pereira
Dermatologia
R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 229 - conjunto 202
Vila Olímpia - São Paulo
11 3044-2360
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