quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

DTM, a doença dos estressados?

Achei este texto por acaso. Não concordo com algumas das afirmações, mas resolvi publicá-lo mesmo assim:

Fonte: OAB-SP, Saúde CAASP
Data: ?

Disfunção têmporo-mandibular é de difícil diagnóstico e acomete em especial advogadas.

Aquela dor de cabeça persistente, muito comum ao profissional que vive correndo atrás de prazos, pode não ter origem neurológica. Se vier acompanhada de pressão atrás dos olhos, zumbidos nos ouvidos e estalidos ao abrir ou fechar da boca, muito provavelmente deve-se a um problema chamado DTM – disfunção têmporo-mandibular. Trata-se de uma patologia que acomete anualmente 3 milhões de brasileiros e 2% da população mundial e que, em sua fase crítica, pode causar dor insuportável e até travar a mandíbula. 90% das pessoas que sofrem de DTM são do sexo feminino, provavelmente devido a fatores hormonais e ao acúmulo de atribuições profissionais e domésticas. E dentro desse universo, o maio grupo é constituído por advogadas.

"De longe é a profissão em que a DTM mais aparece. Alguns ficam com a boca travada durante a sustentação oral e vêm direto do tribunal para o consultório", observa o dentista Aprigio Zangerolami, especialista em DTM. E por quê? "Normalmente, o advogado não sabe lidar com seu estresse e tem uma carga horária de trabalho muito grande, quase sem ‘quebras’ ao longo do dia. Além disso, costuma ser uma pessoa muito exigente consigo mesma, tem dificuldade em dizer ‘não’, em colocar limite nos outros. O advogado vive sob pressão e não sabe lidar com seus limites", diz.

O especialista explica que a articulação têmporo-mandibular fica à frente dos ouvidos e conecta a mandíbula ao crânio. "Para que essa articulação funcione de maneira saudável, existe um disco articular que atua como uma almofada, aliviando o atrito quando abrimos ou fechamos a boca. Quando a pessoa tem hábitos tensos no dia-a-dia, vive estressada, costuma apertar os dentes sem perceber. Isso afeta o disco articular, que vai ficando fibroso e tem sua mobilidade comprometida. É aí que o indivíduo sente aqueles estalos", explica o dentista. Maus hábitos de postura, como arquear-se demoradamente à frente do computador, também favorecem o aparecimento da disfunção.

Doença dos estressados, a DTM tende a tornar-se crônica. "Como os sintomas são subjetivos e podem estar relacionados a outros problemas médicos, como depressão, o dentista especializado acaba sendo o último profissional de saúde a ser procurado", diz Zangerolami. "Alguns pacientes relatam já terem se acostumado com a dor e passado por verdadeira ‘via sacra’ em busca de tratamento. Foram atendidos por todos e, ao mesmo tempo, por ninguém. Ficam perdidos", relata.

De fato, até ao reconhecimento da DTM como especialidade odontológica pelo Conselho Federal de Odontologia, que só ocorreu em 2001, a pessoa que sofria desse desequilíbrio não tinha a quem pedir socorro. "A capacidade de diagnosticar, tratar e controlar as dores que se manifestam no complexo orofacial, principalmente no caráter crônico e no controle das dores originadas nos músculos da mastigação e na articulação têmporo-mandibular, é de responsabilidade do especialista em DTM e dor orofacial", enfatiza o dentista.

O tratamento contínuo da DTM geralmente envolve terapias caseiras, exercícios, compressas, relaxamento muscular e controle da ansiedade. Em boa parte dos casos é necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar, para maior abrangência do tratamento e determinação de condutas específicas. O dentista especializado deve estar apto a diagnosticar todas as dores orofaciais, tratando as que estejam relacionadas à sua área de atuação, e a encaminhar o paciente quando o tratamento demandar a intervenção de outros profissionais de saúde.

"A DTM é controlável. Quando o paciente chega ao estágio de deslocamento do disco articular, quando tem a boca travada e sente uma dor muito intensa, efetua-se uma manobra de reposição desse disco. Nem sempre há sucesso nesse procedimento, porque já existe uma frouxidão no ligamento. Quando isso acontece, faz-se necessária uma adequação do paciente a essa função", descreve Aprigio Zangerolami.

Para prevenir-se contra a DTM, o indivíduo tem de conhecer seus traços de personalidade e aliviar seu nível de tensão, evitando, sempre que perceber, ficar com os dentes fortemente cerrados. Há que impedir, ou pelo menos tentar dosar, as situações que levem ao esgotamento mental. "A pessoa tem de conhecer o nível de estresse que suporta, porque algum estresse todos nós temos. Há o estresse benéfico, que faz com que corramos atrás dos nossos objetivos, e o maléfico, que leva ao quadro de ansiedade ou depressão, e não nos deixa dormir bem. A falta de sono também é um fator a desencadear a DTM, e quase sempre está aliada ao cigarro, à cafeína, ao álcool", adverte o especialista.

"Dor indescritível"

A advogada Jennifer Pedroso, de 42 anos, é uma daquelas pessoas que passaram por uma ‘via sacra’ até encontrar um especialista que resolvesse seu problema. Com fortes dores na cabeça e na mandíbula, chegou a receber sedação intravenosa em hospital sem que ninguém chegasse ao diagnóstico correto. "Ninguém descobria a origem da dor. Os médicos nem sequer tinham conhecimento da existência da DTM", recorda.

Dentistas aos quais recorreu suspeitaram de outras causas e só agravaram o processo doloroso, até que um deles detectou a patologia e lhe indicou um colega especializado em DTM e dor orofacial. "Cheguei ao consultório com a boca travada e uma dor indescritível. Esse dentista, um especialista, me imobilizou e pôs a mandíbula no lugar. A dor passou na hora", relata a advogada.

Passado o susto, Jennifer passou a fazer exercícios de relaxamento muscular e usa uma placa oclusal para evitar o bruxismo (ranger involuntário dos dentes durante o sono). Mas quem efetivamente não quiser ser atacado pela DTM tem de fugir do estresse. "Normalmente, eu sou tranqüila. Mas o exercício da advocacia envolve muita tensão", reconhece.

SINTOMAS

Dor de cabeça, de ouvido, atrás dos olhos

Estalido ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca

Dor ao bocejar e ao mastigar

Travamento ao fechar ou abrir a boca

Sensação de cansaço na musculatura da mastigação

Zumbidos no ouvido

CAUSAS

Fatores psicológicos

Hábitos posturais

Hábitos parafuncionais

Consumo de álcool

Traumatismos






Aliás, não concordo com quase nada neste texto.

Feliz Natal!

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia,

Estou tendo um problema desses e foi diagnosticado como "disfunção de ATM", através de ressonância + tomografia. Me identifiquei com o sintoma "Estalido ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca" e tenho percebido que às vezes me deparo com os dentres "travados". Embora não tenha dor alguma o médico acha melhor uma pequena intervenção cirúrgia, cujo provedimento não me lembro o nome, mas que segundo o médico é feito em 10 minutos e consiste na colocação do menisco "no seu lugar", seguido de utilização de placa dentária.

Att.

Carlos
carlos.azevedo.adv@hotmail.com

Anônimo disse...

Estou com esse problema, consegui muita ajuda através dessa clinica:

www.tratamento-atm.com.br

Marcia

Dor na ATM - Google Groups

Grupos do Google
Participe do grupo Dor na ATM
E-mail:
Visitar este grupo