A diferença é relevante no significado, mas irrelevante na prática clínica.
Mialgia significa simplesmente dor no músculo. Já miosite, inflamação no músculo.
Sabemos que invariavelmente, a mialgia vem acompanhada de inflamação.
Na literatura, miosite é um termo usado para certas doenças reumáticas. Então, adoto o termo mialgia aqui no blog.
É necessário fazer a distinção com tais doenças, geralmente crônicas.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
sábado, 27 de dezembro de 2008
Mais uma vez, antiinflamatórios seletivos para COX-2: riscos x benefícios sob o ponto de vista das agências reguladoras de medicamentos
Inúmeros foram os alertas e editoriais publicados em nosso jornal eletrônico relacionando o uso de antiinflamatórios não-esteroidais (AINEs) seletivos para a enzima ciclooxigenase-2 (COX-2) e as conseqüências de seu consumo. Como noticiado anteriormente, o Vioxx® (medicamento produzido pela empresa Merck Sharp & Dohme, com princípio ativo rofecoxibe) e o Bextra® (princípio ativo valdecoxibe, produzido pela Pfizer) foram retirados do mercado em 2004 e 2005, respectivamente, pela possibilidade de induzirem problemas cardiovasculares e, conseqüentemente, aumento na incidência de infartos do miocárdio.
Recentemente mais um AINEs inibidor seletivo da COX-2 foi retirado do mercado, sendo que o primeiro país a cancelar seu registro foi a Austrália. Estamos nos referindo ao medicamento Prexige (lumiracoxibe), cuja venda foi proibida devido ao relato de sérios efeitos adversos hepáticos associados ao seu uso. Pouco tempo depois, foi a vez do Brasil (representado pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária) retirar esta droga do mercado, por motivos semelhantes aos que levaram a Austrália à suspender sua venda.
A ANVISA publicou, no Diário Oficial do dia 6 de outubro passado, a suspensão da comercialização e uso, em todo o país, da apresentação de 400 mg do Prexige, fabricado pelo laboratório Novartis, além da apresentação de 120 mg do medicamento dessa mesma classe Arcoxia (Etoricoxibe), produzido pela Merck Sharp & Dohme. Entretanto, os farmacólogos ainda se perguntam: mais dois medicamentos? Até quando a indústria farmacêutica insistirá nesse tipo de fármaco?
A grande gama de trabalhos evidenciando os problemas relacionados ao uso destas drogas levou ao aumento do controle sobre a venda dos AINEs inibidores da COX-2, incluindo ainda os seus princípios ativos na lista de substâncias sob controle especial (Lista C1 da Portaria 344/98). A boa notícia é que, a partir de agora, esses antiinflamatórios somente poderão ser vendidos com retenção da receita médica pelo estabelecimento farmacêutico.
O cancelamento do registro desses produtos (RE 3.717/08) faz parte de um processo de trabalho iniciado em julho deste ano pela própria ANVISA, objetivando reavaliar a segurança deste tipo de AINEs. Para ampliar o controle sobre o seu uso, a agência determinou também a reclassificação de toda a classe de inibidores da COX-2. Como mencionado anteriormente, a partir de agora, esses antiinflamatórios só serão vendidos com retenção da receita médica (receituário C1 – branco). Tal medida visa reduzir o uso indevido ou desnecessário desses medicamentos, já que o abuso no seu consumo pode aumentar a ocorrência de problemas de saúde graves.
A ANVISA determinou ainda que o Bextra, um dos representantes da classe mais vendidos, terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares. A medida se deve aos riscos inerentes à classe terapêutica e à ausência de demonstração de benefícios gastrintestinais.
De certo ponto de vista, ainda paira no ar uma grande dúvida sobre o porquê da insistência da indústria farmacêutica em incentivar o uso desses fármacos. Sabe-se que o investimento na busca por um medicamento ideal é alto, procurando uma droga que, se não sem efeitos colaterais, que pelo menos cause o mínimo possível de reações adversas. Tempos atrás os inibidores seletivos da COX-2 eram uma alternativa promissora. Isso levou as empresas farmacêuticas a “jogarem pesado” com relação à propaganda, divulgação e incentivo aos profissionais de saúde a prescreverem esses medicamentos. Entretanto, os tempos mudaram e, como era de se esperar, muitas informações sobre essa nova promessa farmacológica foram obtidas, o que levou, finalmente, à essa atitude das agências reguladoras da venda de medicamentos em diversos países. Mas ainda ficam aquelas duas perguntas citadas acima sem explicação...
De fato, a medida imposta pela ANVISA é positiva e coerente e, certamente, com a ajuda dos profissionais da área da saúde, poderá reduzir o uso indiscriminado desta classe de medicamentos, a qual tem sido bastante questionada nos últimos dias.
Guilherme Rabelo de Souza
Farmacêutico, Doutorando do Departamento de Farmacologia da FMRP-USP
Recentemente mais um AINEs inibidor seletivo da COX-2 foi retirado do mercado, sendo que o primeiro país a cancelar seu registro foi a Austrália. Estamos nos referindo ao medicamento Prexige (lumiracoxibe), cuja venda foi proibida devido ao relato de sérios efeitos adversos hepáticos associados ao seu uso. Pouco tempo depois, foi a vez do Brasil (representado pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária) retirar esta droga do mercado, por motivos semelhantes aos que levaram a Austrália à suspender sua venda.
A ANVISA publicou, no Diário Oficial do dia 6 de outubro passado, a suspensão da comercialização e uso, em todo o país, da apresentação de 400 mg do Prexige, fabricado pelo laboratório Novartis, além da apresentação de 120 mg do medicamento dessa mesma classe Arcoxia (Etoricoxibe), produzido pela Merck Sharp & Dohme. Entretanto, os farmacólogos ainda se perguntam: mais dois medicamentos? Até quando a indústria farmacêutica insistirá nesse tipo de fármaco?
A grande gama de trabalhos evidenciando os problemas relacionados ao uso destas drogas levou ao aumento do controle sobre a venda dos AINEs inibidores da COX-2, incluindo ainda os seus princípios ativos na lista de substâncias sob controle especial (Lista C1 da Portaria 344/98). A boa notícia é que, a partir de agora, esses antiinflamatórios somente poderão ser vendidos com retenção da receita médica pelo estabelecimento farmacêutico.
O cancelamento do registro desses produtos (RE 3.717/08) faz parte de um processo de trabalho iniciado em julho deste ano pela própria ANVISA, objetivando reavaliar a segurança deste tipo de AINEs. Para ampliar o controle sobre o seu uso, a agência determinou também a reclassificação de toda a classe de inibidores da COX-2. Como mencionado anteriormente, a partir de agora, esses antiinflamatórios só serão vendidos com retenção da receita médica (receituário C1 – branco). Tal medida visa reduzir o uso indevido ou desnecessário desses medicamentos, já que o abuso no seu consumo pode aumentar a ocorrência de problemas de saúde graves.
A ANVISA determinou ainda que o Bextra, um dos representantes da classe mais vendidos, terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares. A medida se deve aos riscos inerentes à classe terapêutica e à ausência de demonstração de benefícios gastrintestinais.
De certo ponto de vista, ainda paira no ar uma grande dúvida sobre o porquê da insistência da indústria farmacêutica em incentivar o uso desses fármacos. Sabe-se que o investimento na busca por um medicamento ideal é alto, procurando uma droga que, se não sem efeitos colaterais, que pelo menos cause o mínimo possível de reações adversas. Tempos atrás os inibidores seletivos da COX-2 eram uma alternativa promissora. Isso levou as empresas farmacêuticas a “jogarem pesado” com relação à propaganda, divulgação e incentivo aos profissionais de saúde a prescreverem esses medicamentos. Entretanto, os tempos mudaram e, como era de se esperar, muitas informações sobre essa nova promessa farmacológica foram obtidas, o que levou, finalmente, à essa atitude das agências reguladoras da venda de medicamentos em diversos países. Mas ainda ficam aquelas duas perguntas citadas acima sem explicação...
De fato, a medida imposta pela ANVISA é positiva e coerente e, certamente, com a ajuda dos profissionais da área da saúde, poderá reduzir o uso indiscriminado desta classe de medicamentos, a qual tem sido bastante questionada nos últimos dias.
Guilherme Rabelo de Souza
Farmacêutico, Doutorando do Departamento de Farmacologia da FMRP-USP
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Ulectomia
Por que o dente siso inflama e é coberto pela gengiva? E a cirurgia para tirar a gengiva de cima do dente doi?
Gente alguém ai já fez essa cirurgia pra tirar a gengiva de cima do dente siso? normalmente isso acontece quando a acumulo de comida que acaba inflamando o dente que esta nascendo.
Alguém ai já fez essa cirurgia do dente? doí muito?
É a ulectomia.
Bastante comum na prática diária. Não se preocupe.
Gente alguém ai já fez essa cirurgia pra tirar a gengiva de cima do dente siso? normalmente isso acontece quando a acumulo de comida que acaba inflamando o dente que esta nascendo.
Alguém ai já fez essa cirurgia do dente? doí muito?
É a ulectomia.
Bastante comum na prática diária. Não se preocupe.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
ATM: traumatologia da face
Normalmente, as fraturas nessa região são seguidas de fraturas mandibulares.
As causas mais comuns são:
1) acidentes de trânsito: com impacto no volante ou painel do veículo
2) em lutas: é uma grande preocupação para os lutadores de boxe. Um cruzado direto no queixo pode causar fratura grave na região.
3) quedas: em casa, por exemplo.
O tratamento, nestes casos, invariavelmente não é iniciado em consultório. É caso hospitalar.
As causas mais comuns são:
1) acidentes de trânsito: com impacto no volante ou painel do veículo
2) em lutas: é uma grande preocupação para os lutadores de boxe. Um cruzado direto no queixo pode causar fratura grave na região.
3) quedas: em casa, por exemplo.
O tratamento, nestes casos, invariavelmente não é iniciado em consultório. É caso hospitalar.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Analgésicos: Codaten 50 mg
"Tomo Codaten quando tenho dor muito forte nas ATM"
Márcia
Composto por fosfato de codeína 50mg e diclofenaco sódico 50mg.
É um analgésico narcótico, não usamos como droga de primeira escolha no tratamento da dor aguda na ATM, pois é bastante potente.
Cuidado com o abuso.
Márcia
Composto por fosfato de codeína 50mg e diclofenaco sódico 50mg.
É um analgésico narcótico, não usamos como droga de primeira escolha no tratamento da dor aguda na ATM, pois é bastante potente.
Cuidado com o abuso.
DTM, a doença dos estressados?
Achei este texto por acaso. Não concordo com algumas das afirmações, mas resolvi publicá-lo mesmo assim:
Fonte: OAB-SP, Saúde CAASP
Data: ?
Disfunção têmporo-mandibular é de difícil diagnóstico e acomete em especial advogadas.
Aquela dor de cabeça persistente, muito comum ao profissional que vive correndo atrás de prazos, pode não ter origem neurológica. Se vier acompanhada de pressão atrás dos olhos, zumbidos nos ouvidos e estalidos ao abrir ou fechar da boca, muito provavelmente deve-se a um problema chamado DTM – disfunção têmporo-mandibular. Trata-se de uma patologia que acomete anualmente 3 milhões de brasileiros e 2% da população mundial e que, em sua fase crítica, pode causar dor insuportável e até travar a mandíbula. 90% das pessoas que sofrem de DTM são do sexo feminino, provavelmente devido a fatores hormonais e ao acúmulo de atribuições profissionais e domésticas. E dentro desse universo, o maio grupo é constituído por advogadas.
"De longe é a profissão em que a DTM mais aparece. Alguns ficam com a boca travada durante a sustentação oral e vêm direto do tribunal para o consultório", observa o dentista Aprigio Zangerolami, especialista em DTM. E por quê? "Normalmente, o advogado não sabe lidar com seu estresse e tem uma carga horária de trabalho muito grande, quase sem ‘quebras’ ao longo do dia. Além disso, costuma ser uma pessoa muito exigente consigo mesma, tem dificuldade em dizer ‘não’, em colocar limite nos outros. O advogado vive sob pressão e não sabe lidar com seus limites", diz.
O especialista explica que a articulação têmporo-mandibular fica à frente dos ouvidos e conecta a mandíbula ao crânio. "Para que essa articulação funcione de maneira saudável, existe um disco articular que atua como uma almofada, aliviando o atrito quando abrimos ou fechamos a boca. Quando a pessoa tem hábitos tensos no dia-a-dia, vive estressada, costuma apertar os dentes sem perceber. Isso afeta o disco articular, que vai ficando fibroso e tem sua mobilidade comprometida. É aí que o indivíduo sente aqueles estalos", explica o dentista. Maus hábitos de postura, como arquear-se demoradamente à frente do computador, também favorecem o aparecimento da disfunção.
Doença dos estressados, a DTM tende a tornar-se crônica. "Como os sintomas são subjetivos e podem estar relacionados a outros problemas médicos, como depressão, o dentista especializado acaba sendo o último profissional de saúde a ser procurado", diz Zangerolami. "Alguns pacientes relatam já terem se acostumado com a dor e passado por verdadeira ‘via sacra’ em busca de tratamento. Foram atendidos por todos e, ao mesmo tempo, por ninguém. Ficam perdidos", relata.
De fato, até ao reconhecimento da DTM como especialidade odontológica pelo Conselho Federal de Odontologia, que só ocorreu em 2001, a pessoa que sofria desse desequilíbrio não tinha a quem pedir socorro. "A capacidade de diagnosticar, tratar e controlar as dores que se manifestam no complexo orofacial, principalmente no caráter crônico e no controle das dores originadas nos músculos da mastigação e na articulação têmporo-mandibular, é de responsabilidade do especialista em DTM e dor orofacial", enfatiza o dentista.
O tratamento contínuo da DTM geralmente envolve terapias caseiras, exercícios, compressas, relaxamento muscular e controle da ansiedade. Em boa parte dos casos é necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar, para maior abrangência do tratamento e determinação de condutas específicas. O dentista especializado deve estar apto a diagnosticar todas as dores orofaciais, tratando as que estejam relacionadas à sua área de atuação, e a encaminhar o paciente quando o tratamento demandar a intervenção de outros profissionais de saúde.
"A DTM é controlável. Quando o paciente chega ao estágio de deslocamento do disco articular, quando tem a boca travada e sente uma dor muito intensa, efetua-se uma manobra de reposição desse disco. Nem sempre há sucesso nesse procedimento, porque já existe uma frouxidão no ligamento. Quando isso acontece, faz-se necessária uma adequação do paciente a essa função", descreve Aprigio Zangerolami.
Para prevenir-se contra a DTM, o indivíduo tem de conhecer seus traços de personalidade e aliviar seu nível de tensão, evitando, sempre que perceber, ficar com os dentes fortemente cerrados. Há que impedir, ou pelo menos tentar dosar, as situações que levem ao esgotamento mental. "A pessoa tem de conhecer o nível de estresse que suporta, porque algum estresse todos nós temos. Há o estresse benéfico, que faz com que corramos atrás dos nossos objetivos, e o maléfico, que leva ao quadro de ansiedade ou depressão, e não nos deixa dormir bem. A falta de sono também é um fator a desencadear a DTM, e quase sempre está aliada ao cigarro, à cafeína, ao álcool", adverte o especialista.
"Dor indescritível"
A advogada Jennifer Pedroso, de 42 anos, é uma daquelas pessoas que passaram por uma ‘via sacra’ até encontrar um especialista que resolvesse seu problema. Com fortes dores na cabeça e na mandíbula, chegou a receber sedação intravenosa em hospital sem que ninguém chegasse ao diagnóstico correto. "Ninguém descobria a origem da dor. Os médicos nem sequer tinham conhecimento da existência da DTM", recorda.
Dentistas aos quais recorreu suspeitaram de outras causas e só agravaram o processo doloroso, até que um deles detectou a patologia e lhe indicou um colega especializado em DTM e dor orofacial. "Cheguei ao consultório com a boca travada e uma dor indescritível. Esse dentista, um especialista, me imobilizou e pôs a mandíbula no lugar. A dor passou na hora", relata a advogada.
Passado o susto, Jennifer passou a fazer exercícios de relaxamento muscular e usa uma placa oclusal para evitar o bruxismo (ranger involuntário dos dentes durante o sono). Mas quem efetivamente não quiser ser atacado pela DTM tem de fugir do estresse. "Normalmente, eu sou tranqüila. Mas o exercício da advocacia envolve muita tensão", reconhece.
SINTOMAS
Dor de cabeça, de ouvido, atrás dos olhos
Estalido ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca
Dor ao bocejar e ao mastigar
Travamento ao fechar ou abrir a boca
Sensação de cansaço na musculatura da mastigação
Zumbidos no ouvido
CAUSAS
Fatores psicológicos
Hábitos posturais
Hábitos parafuncionais
Consumo de álcool
Traumatismos
Aliás, não concordo com quase nada neste texto.
Feliz Natal!
Fonte: OAB-SP, Saúde CAASP
Data: ?
Disfunção têmporo-mandibular é de difícil diagnóstico e acomete em especial advogadas.
Aquela dor de cabeça persistente, muito comum ao profissional que vive correndo atrás de prazos, pode não ter origem neurológica. Se vier acompanhada de pressão atrás dos olhos, zumbidos nos ouvidos e estalidos ao abrir ou fechar da boca, muito provavelmente deve-se a um problema chamado DTM – disfunção têmporo-mandibular. Trata-se de uma patologia que acomete anualmente 3 milhões de brasileiros e 2% da população mundial e que, em sua fase crítica, pode causar dor insuportável e até travar a mandíbula. 90% das pessoas que sofrem de DTM são do sexo feminino, provavelmente devido a fatores hormonais e ao acúmulo de atribuições profissionais e domésticas. E dentro desse universo, o maio grupo é constituído por advogadas.
"De longe é a profissão em que a DTM mais aparece. Alguns ficam com a boca travada durante a sustentação oral e vêm direto do tribunal para o consultório", observa o dentista Aprigio Zangerolami, especialista em DTM. E por quê? "Normalmente, o advogado não sabe lidar com seu estresse e tem uma carga horária de trabalho muito grande, quase sem ‘quebras’ ao longo do dia. Além disso, costuma ser uma pessoa muito exigente consigo mesma, tem dificuldade em dizer ‘não’, em colocar limite nos outros. O advogado vive sob pressão e não sabe lidar com seus limites", diz.
O especialista explica que a articulação têmporo-mandibular fica à frente dos ouvidos e conecta a mandíbula ao crânio. "Para que essa articulação funcione de maneira saudável, existe um disco articular que atua como uma almofada, aliviando o atrito quando abrimos ou fechamos a boca. Quando a pessoa tem hábitos tensos no dia-a-dia, vive estressada, costuma apertar os dentes sem perceber. Isso afeta o disco articular, que vai ficando fibroso e tem sua mobilidade comprometida. É aí que o indivíduo sente aqueles estalos", explica o dentista. Maus hábitos de postura, como arquear-se demoradamente à frente do computador, também favorecem o aparecimento da disfunção.
Doença dos estressados, a DTM tende a tornar-se crônica. "Como os sintomas são subjetivos e podem estar relacionados a outros problemas médicos, como depressão, o dentista especializado acaba sendo o último profissional de saúde a ser procurado", diz Zangerolami. "Alguns pacientes relatam já terem se acostumado com a dor e passado por verdadeira ‘via sacra’ em busca de tratamento. Foram atendidos por todos e, ao mesmo tempo, por ninguém. Ficam perdidos", relata.
De fato, até ao reconhecimento da DTM como especialidade odontológica pelo Conselho Federal de Odontologia, que só ocorreu em 2001, a pessoa que sofria desse desequilíbrio não tinha a quem pedir socorro. "A capacidade de diagnosticar, tratar e controlar as dores que se manifestam no complexo orofacial, principalmente no caráter crônico e no controle das dores originadas nos músculos da mastigação e na articulação têmporo-mandibular, é de responsabilidade do especialista em DTM e dor orofacial", enfatiza o dentista.
O tratamento contínuo da DTM geralmente envolve terapias caseiras, exercícios, compressas, relaxamento muscular e controle da ansiedade. Em boa parte dos casos é necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar, para maior abrangência do tratamento e determinação de condutas específicas. O dentista especializado deve estar apto a diagnosticar todas as dores orofaciais, tratando as que estejam relacionadas à sua área de atuação, e a encaminhar o paciente quando o tratamento demandar a intervenção de outros profissionais de saúde.
"A DTM é controlável. Quando o paciente chega ao estágio de deslocamento do disco articular, quando tem a boca travada e sente uma dor muito intensa, efetua-se uma manobra de reposição desse disco. Nem sempre há sucesso nesse procedimento, porque já existe uma frouxidão no ligamento. Quando isso acontece, faz-se necessária uma adequação do paciente a essa função", descreve Aprigio Zangerolami.
Para prevenir-se contra a DTM, o indivíduo tem de conhecer seus traços de personalidade e aliviar seu nível de tensão, evitando, sempre que perceber, ficar com os dentes fortemente cerrados. Há que impedir, ou pelo menos tentar dosar, as situações que levem ao esgotamento mental. "A pessoa tem de conhecer o nível de estresse que suporta, porque algum estresse todos nós temos. Há o estresse benéfico, que faz com que corramos atrás dos nossos objetivos, e o maléfico, que leva ao quadro de ansiedade ou depressão, e não nos deixa dormir bem. A falta de sono também é um fator a desencadear a DTM, e quase sempre está aliada ao cigarro, à cafeína, ao álcool", adverte o especialista.
"Dor indescritível"
A advogada Jennifer Pedroso, de 42 anos, é uma daquelas pessoas que passaram por uma ‘via sacra’ até encontrar um especialista que resolvesse seu problema. Com fortes dores na cabeça e na mandíbula, chegou a receber sedação intravenosa em hospital sem que ninguém chegasse ao diagnóstico correto. "Ninguém descobria a origem da dor. Os médicos nem sequer tinham conhecimento da existência da DTM", recorda.
Dentistas aos quais recorreu suspeitaram de outras causas e só agravaram o processo doloroso, até que um deles detectou a patologia e lhe indicou um colega especializado em DTM e dor orofacial. "Cheguei ao consultório com a boca travada e uma dor indescritível. Esse dentista, um especialista, me imobilizou e pôs a mandíbula no lugar. A dor passou na hora", relata a advogada.
Passado o susto, Jennifer passou a fazer exercícios de relaxamento muscular e usa uma placa oclusal para evitar o bruxismo (ranger involuntário dos dentes durante o sono). Mas quem efetivamente não quiser ser atacado pela DTM tem de fugir do estresse. "Normalmente, eu sou tranqüila. Mas o exercício da advocacia envolve muita tensão", reconhece.
SINTOMAS
Dor de cabeça, de ouvido, atrás dos olhos
Estalido ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca
Dor ao bocejar e ao mastigar
Travamento ao fechar ou abrir a boca
Sensação de cansaço na musculatura da mastigação
Zumbidos no ouvido
CAUSAS
Fatores psicológicos
Hábitos posturais
Hábitos parafuncionais
Consumo de álcool
Traumatismos
Aliás, não concordo com quase nada neste texto.
Feliz Natal!
sábado, 20 de dezembro de 2008
Acidentes e complicações no tratamento endodôntico
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Pesquisa feminina: O que elas mais odeiam nos homens
Segundo pesquisa da revista VIP, o que as mullheres menos gostam nos parceiros é o mau hálito, disparado na frente, com 40% dos votos. Em segundo lugar, com 19%, vem o fator unha suja, que não tem desculpa que dê jeito. Veja a lista completa abaixo:
1º. Mau hálito - 40%
Importante lembrar que não se trata de de bafo de cerveja e sim daquele cheirão ruim que vem de problemas dentários ou estomacais.
...
8º. Dente amarelado - 2%
O sorriso é o cartão de visita de uma pessoa, por isso, dê uma averiguada no espelho e qualquer coisa compre alguma pasta dental que clareia os dentes, ou vá ao dentista mais próximo caso a coisa esteja muita feia.
...
1º. Mau hálito - 40%
Importante lembrar que não se trata de de bafo de cerveja e sim daquele cheirão ruim que vem de problemas dentários ou estomacais.
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8º. Dente amarelado - 2%
O sorriso é o cartão de visita de uma pessoa, por isso, dê uma averiguada no espelho e qualquer coisa compre alguma pasta dental que clareia os dentes, ou vá ao dentista mais próximo caso a coisa esteja muita feia.
...
domingo, 14 de dezembro de 2008
Herpes simples e estresse
O herpes simples é uma infecção virótica bem conhecida das pessoas. Grande parte da população é portadora do vírus. Muitas apresentam erupções herpéticas ocasionalmente ou freqüentemente, outras só têm o vírus sem sofrer de surtos de lesões.
O quadro clínico do herpes simples é bem sugestivo: aparece como pequenas bolhas agrupadas, antecedidas de minúsculas elevações avermelhadas. Depois que surgem as bolhas, elas se desenvolvem, no terceiro dia se rompem, deixando a superfície da pele ferida e, daí em diante, passam a regredir, desaparecendo espontaneamente no décimo dia de evolução.
Durante as crises, o paciente sente coceira, ardência e dor e, muitas vezes, há o aparecimento de ínguas dolorosas na área próxima das lesões.
Locais atingidos
A infecção herpética pode ocorrer em qualquer local da pele. O mais comumente atingido são os lábios, onde a erupção provoca um aspecto bastante inestético. O segundo local em freqüência é a região genital. Aqui, além do incômodo que as bolhas e feridas causam, existe o risco de contágio por contato sexual, o que torna o herpes genital uma doença sexualmente transmissível. Outros pontos atingidos, com menos freqüência, são a testa, na região do nervo oftálmico, que provoca bastante dor e oferece o perigo de atingir a córnea e ulcerá-la; e a região glútea, onde, por vezes, a dor é intensa pela inflamação de nervos.
A contagiosidade do herpes inicia-se no dia anterior ao surgimento das bolhas e estende-se até o quinto dia. A partir daí, cessa ou diminui acentuadamente. Isso exige, dos portadores de herpes, cuidados higiênicos para não transmitir a infecção para outros locais, principalmente os olhos, e atitudes preventivas para não contaminar outras pessoas. Assim, quem tiver herpes labial ativo não deve beijar outras pessoas, principalmente crianças, e quem tiver herpes genital deve abster-se de relação sexual até a regressão do quadro clínico.
Surtos herpéticos
Os surtos de bolhas voltam a ocorrer eventualmente. Em algumas pessoas, eles se repetem duas ou três vezes por ano e, em outras, com freqüência quinzenal. Os medicamentos são pouco efetivos, servindo mais para diminuir os sintomas, encurtar a duração dos surtos e, talvez, espaçar os surtos. Não têm, porém, a capacidade de eliminar os vírus do organismo.
Vários fatores favorecem o reaparecimento da erupção herpética. Entre eles, o cansaço físico, mudanças repentinas de temperatura, traumatismos no local onde se localizam os vírus, como uma mordida no lábio, e exposição à luz solar. É conhecido o fato de que portadores de vírus, dois ou três dias depois de chegarem à praia, em férias, sofrem uma crise herpética labial. A radiação ultravioleta lesa as células da pele e abre caminho à reativação do vírus.
Estresse
É fato freqüente, observado e relatado pelos próprios pacientes, o aparecimento de um surto herpético durante ou após um episódio de tensão emocional ou por estresse físico, cansaço ou esforço demasiado. É comprovada a relação entre esses eventos e a reativação do herpes.
O que se passa é que o estresse físico ou mental altera o mecanismo da inflamação e da imunidade por meio do estímulo à secreção de corticotropina pela hipófise e conseqüente mudança nos níveis de adrenalina, noradrenalina e glicocorticóides. Esses efeitos do estresse mudam a distribuição das células de defesa, os linfócitos, e atuam sobre o equilíbrio de dois tipos dessas células: a Th1 e a Th2.
A primeira realiza principalmente o ataque direto às células estranhas ao organismo; a segunda age preferentemente à distância, por meio de anticorpos. Um incremento da imunidade por anticorpos em detrimento da imunidade direta contra os vírus e a alteração da função de barreira da pele rompem o equilíbrio cutâneo, que mantém os vírus sob controle. O resultado é uma nova crise herpética.
Prevenção
É pouco o que se pode fazer para prevenir a reativação da infecção herpética. As medidas básicas, nem sempre exeqüíveis, são evitar contato direto com pessoa em fase de infecção ativa, evitar exposição à luz solar e evitar traumatismos no local onde costumam ocorrer as lesões.
Quanto ao estresse: estar consciente do nível de tensão física que está impondo ao organismo e tomar providências para reduzi-lo, como dormir suficientemente, cuidar do físico com exercícios, principalmente aeróbicos e de alongamento. E efetuar mudanças efetivas na qualidade dos pensamentos que produz para não criar irracionalmente pensamentos que geram tensões inúteis e lesivas ao funcionamento imunitário.
Em casos de surtos muito freqüentes, podem ser utilizados certos ativadores do sistema imunitário fitoterápicos, que freqüentemente dão boa ajuda no melhoramento da defesas orgânicas.
Dr. Roberto Azambuja - Dermatologista
Fonte: Dermatologia.Net
O quadro clínico do herpes simples é bem sugestivo: aparece como pequenas bolhas agrupadas, antecedidas de minúsculas elevações avermelhadas. Depois que surgem as bolhas, elas se desenvolvem, no terceiro dia se rompem, deixando a superfície da pele ferida e, daí em diante, passam a regredir, desaparecendo espontaneamente no décimo dia de evolução.
Durante as crises, o paciente sente coceira, ardência e dor e, muitas vezes, há o aparecimento de ínguas dolorosas na área próxima das lesões.
Locais atingidos
A infecção herpética pode ocorrer em qualquer local da pele. O mais comumente atingido são os lábios, onde a erupção provoca um aspecto bastante inestético. O segundo local em freqüência é a região genital. Aqui, além do incômodo que as bolhas e feridas causam, existe o risco de contágio por contato sexual, o que torna o herpes genital uma doença sexualmente transmissível. Outros pontos atingidos, com menos freqüência, são a testa, na região do nervo oftálmico, que provoca bastante dor e oferece o perigo de atingir a córnea e ulcerá-la; e a região glútea, onde, por vezes, a dor é intensa pela inflamação de nervos.
A contagiosidade do herpes inicia-se no dia anterior ao surgimento das bolhas e estende-se até o quinto dia. A partir daí, cessa ou diminui acentuadamente. Isso exige, dos portadores de herpes, cuidados higiênicos para não transmitir a infecção para outros locais, principalmente os olhos, e atitudes preventivas para não contaminar outras pessoas. Assim, quem tiver herpes labial ativo não deve beijar outras pessoas, principalmente crianças, e quem tiver herpes genital deve abster-se de relação sexual até a regressão do quadro clínico.
Surtos herpéticos
Os surtos de bolhas voltam a ocorrer eventualmente. Em algumas pessoas, eles se repetem duas ou três vezes por ano e, em outras, com freqüência quinzenal. Os medicamentos são pouco efetivos, servindo mais para diminuir os sintomas, encurtar a duração dos surtos e, talvez, espaçar os surtos. Não têm, porém, a capacidade de eliminar os vírus do organismo.
Vários fatores favorecem o reaparecimento da erupção herpética. Entre eles, o cansaço físico, mudanças repentinas de temperatura, traumatismos no local onde se localizam os vírus, como uma mordida no lábio, e exposição à luz solar. É conhecido o fato de que portadores de vírus, dois ou três dias depois de chegarem à praia, em férias, sofrem uma crise herpética labial. A radiação ultravioleta lesa as células da pele e abre caminho à reativação do vírus.
Estresse
É fato freqüente, observado e relatado pelos próprios pacientes, o aparecimento de um surto herpético durante ou após um episódio de tensão emocional ou por estresse físico, cansaço ou esforço demasiado. É comprovada a relação entre esses eventos e a reativação do herpes.
O que se passa é que o estresse físico ou mental altera o mecanismo da inflamação e da imunidade por meio do estímulo à secreção de corticotropina pela hipófise e conseqüente mudança nos níveis de adrenalina, noradrenalina e glicocorticóides. Esses efeitos do estresse mudam a distribuição das células de defesa, os linfócitos, e atuam sobre o equilíbrio de dois tipos dessas células: a Th1 e a Th2.
A primeira realiza principalmente o ataque direto às células estranhas ao organismo; a segunda age preferentemente à distância, por meio de anticorpos. Um incremento da imunidade por anticorpos em detrimento da imunidade direta contra os vírus e a alteração da função de barreira da pele rompem o equilíbrio cutâneo, que mantém os vírus sob controle. O resultado é uma nova crise herpética.
Prevenção
É pouco o que se pode fazer para prevenir a reativação da infecção herpética. As medidas básicas, nem sempre exeqüíveis, são evitar contato direto com pessoa em fase de infecção ativa, evitar exposição à luz solar e evitar traumatismos no local onde costumam ocorrer as lesões.
Quanto ao estresse: estar consciente do nível de tensão física que está impondo ao organismo e tomar providências para reduzi-lo, como dormir suficientemente, cuidar do físico com exercícios, principalmente aeróbicos e de alongamento. E efetuar mudanças efetivas na qualidade dos pensamentos que produz para não criar irracionalmente pensamentos que geram tensões inúteis e lesivas ao funcionamento imunitário.
Em casos de surtos muito freqüentes, podem ser utilizados certos ativadores do sistema imunitário fitoterápicos, que freqüentemente dão boa ajuda no melhoramento da defesas orgânicas.
Dr. Roberto Azambuja - Dermatologista
Fonte: Dermatologia.Net
sábado, 13 de dezembro de 2008
Indicação Profissional
Dra. Valéria Alves de Camargo Pereira
Dermatologia
R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 229 - conjunto 202
Vila Olímpia - São Paulo
11 3044-2360
Dermatologia
R. Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 229 - conjunto 202
Vila Olímpia - São Paulo
11 3044-2360
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Alterações da saúde bucal em portadores de câncer da boca e orofaringe
Inflamação e traumatismos bucais são importantes nos portadores de câncer de boca.
Objetivo: Verificar a associação entre hábitos de higiene oral, doença periodontal e câncer da boca e orofaringe.
Casuística e Métodos: Estudo transversal e prospectivo, com a inclusão de 50 indivíduos com carcinoma espinocelular da boca e orofaringe, sem intervenção terapêutica, comparados com 50 indivíduos, pareados por idade e gênero, sem câncer. Foi aplicado um questionário de saúde bucal e realizado exame oral para avaliação de doença periodontal e condição dentária, utilizando o índice CPOD. A classificação de doença periodontal e CPOD seguiu o protocolo preconizado pela OMS.
Resultados: O exame periodontal e a obtenção do índice INTPC demonstram uma diferença entre os dois grupos, com evidências de doença avançada nos portadores de câncer de boca e orofaringe, demonstrada pela presença de bolsas periodontais acima de 6mm, em 76% dos casos avaliados enquanto no grupo controle, 10% dos pacientes apresentavam esse mesmo grau da doença. Não foram observadas diferenças significativas em relação ao índice CPOD e aos hábitos de higiene bucal.
Conclusão: Os resultados permitem concluir pela presença de associação de doença periodontal mais severa nos portadores de câncer sem relação com hábitos de higiene ou condição dentária.
Keywords: higiene oral; neoplasias da boca; índice cpo; índice periodontal
Alterações da saúde bucal em portadores de câncer da boca e orofaringe - Rev. Bras. Otorrinolaringol., July/Aug. 2008, vol.74, no.4, p.596-600
Copyright ® 2008: São Paulo Medical Conferences - Todos os direitos reservados sobre a resenha em português.
Objetivo: Verificar a associação entre hábitos de higiene oral, doença periodontal e câncer da boca e orofaringe.
Casuística e Métodos: Estudo transversal e prospectivo, com a inclusão de 50 indivíduos com carcinoma espinocelular da boca e orofaringe, sem intervenção terapêutica, comparados com 50 indivíduos, pareados por idade e gênero, sem câncer. Foi aplicado um questionário de saúde bucal e realizado exame oral para avaliação de doença periodontal e condição dentária, utilizando o índice CPOD. A classificação de doença periodontal e CPOD seguiu o protocolo preconizado pela OMS.
Resultados: O exame periodontal e a obtenção do índice INTPC demonstram uma diferença entre os dois grupos, com evidências de doença avançada nos portadores de câncer de boca e orofaringe, demonstrada pela presença de bolsas periodontais acima de 6mm, em 76% dos casos avaliados enquanto no grupo controle, 10% dos pacientes apresentavam esse mesmo grau da doença. Não foram observadas diferenças significativas em relação ao índice CPOD e aos hábitos de higiene bucal.
Conclusão: Os resultados permitem concluir pela presença de associação de doença periodontal mais severa nos portadores de câncer sem relação com hábitos de higiene ou condição dentária.
Keywords: higiene oral; neoplasias da boca; índice cpo; índice periodontal
Alterações da saúde bucal em portadores de câncer da boca e orofaringe - Rev. Bras. Otorrinolaringol., July/Aug. 2008, vol.74, no.4, p.596-600
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domingo, 7 de dezembro de 2008
Fratura radicular transoperatória
Fratura radicular em siso. Isso é grave?
Olá a todos...
Meu nome é R., tenho 26 anos e já há algum tempo tenho tido problemas com os meus dentes siso. Quandoos sisos inferiores saíram totalmente, percebi que eles estavam "empurrando" todos os demais dentes da arcada inferior, provocando o "entortamento", principalmente, dos incisivos.
Diante desse quadro, procurei a dentista do quartel onde trabalho(sou militar) que, após imagens de radiografia, orientou a exodontia(extração) dos dois sisos inferiores e, porconseqüênciaa, dos dois sisos superiores.
Há duas semanas atrás realizei então a extração dos dois sisos do lado direito. Se não fosse a hemorragia que levou quase três dias para passar totalmente, eu diria que o procedimento não mudou em nada na minha rotina, pois não senti dor no pós-cirúrgico e me recuperei perfeitamente após 5 dias.
Hoje, foi o dia planejado para "terminar" definitivamente com o problema para, após isso, procurar o especialista para correção dos dentes incisivos inferiores através de aparelho ortodõntico. Fui até o consultório para realizar a extração dos dois sisos que faltavam(do lado esquerdo). Tudo transcorreu bem na extração do dente superior. Mas as coisas começaram a dar errado na extração do dente 38(inferior esquerdo), pois após quese uma hora, o dente foi extraído PARCIALMENTE. O dentista me disse que o dente 38 encontrava-se "anquilosado", vindo a ocorrer, durante a cirurgia, FRATURA RADICULAR, permanecendo o 1/3 apical da raiz dentro do alvéolo.
O mesmo suturou os locais de extração e disse que, caso eu sentisse dor algum tempo após a retirada dos pontos-marcada para daqui a uma semana- eu deveria procurar um CIRURGIÃO DENTISTA para a retirada da raiz do dente que permaneceu dentro do osso do maxilar.
Prescreveu: AMOXILINA 500mg - 8/8hs por 7 dias; DICLOFENACO DE SÓDIO 50mg - 8/8hs por 5 dias e; DIPIRONA SÓDICA 500mg - 6/6hs por 3 dias ou em caso de dor.
Estou escrevendo essa pergunta após aproximadamente 15 horas do procedimento cirúrgico acima supracitado. Não estou sentindo dor e, diferente da extração anterior, a hemorragia praticamente já não existe mais.
Mas em contra-partida estou extremamente preocupado com o problema ocorrido no dente 38, pois pesquisei alguma coisa na WEB e encontrei informações ou muito vagas ou de caráter extremamente técnico, o que dificulta a minha compreensão e tranquilidade sobre minha situação.
Gostaria de contar com a ajuda de vocês para sanar minhas dúvidas em relação ao ocorrido.
É muito grave?
É comum a complicação desse quadro?
É de difícil tratamento?
Olá a todos...
Meu nome é R., tenho 26 anos e já há algum tempo tenho tido problemas com os meus dentes siso. Quandoos sisos inferiores saíram totalmente, percebi que eles estavam "empurrando" todos os demais dentes da arcada inferior, provocando o "entortamento", principalmente, dos incisivos.
Diante desse quadro, procurei a dentista do quartel onde trabalho(sou militar) que, após imagens de radiografia, orientou a exodontia(extração) dos dois sisos inferiores e, porconseqüênciaa, dos dois sisos superiores.
Há duas semanas atrás realizei então a extração dos dois sisos do lado direito. Se não fosse a hemorragia que levou quase três dias para passar totalmente, eu diria que o procedimento não mudou em nada na minha rotina, pois não senti dor no pós-cirúrgico e me recuperei perfeitamente após 5 dias.
Hoje, foi o dia planejado para "terminar" definitivamente com o problema para, após isso, procurar o especialista para correção dos dentes incisivos inferiores através de aparelho ortodõntico. Fui até o consultório para realizar a extração dos dois sisos que faltavam(do lado esquerdo). Tudo transcorreu bem na extração do dente superior. Mas as coisas começaram a dar errado na extração do dente 38(inferior esquerdo), pois após quese uma hora, o dente foi extraído PARCIALMENTE. O dentista me disse que o dente 38 encontrava-se "anquilosado", vindo a ocorrer, durante a cirurgia, FRATURA RADICULAR, permanecendo o 1/3 apical da raiz dentro do alvéolo.
O mesmo suturou os locais de extração e disse que, caso eu sentisse dor algum tempo após a retirada dos pontos-marcada para daqui a uma semana- eu deveria procurar um CIRURGIÃO DENTISTA para a retirada da raiz do dente que permaneceu dentro do osso do maxilar.
Prescreveu: AMOXILINA 500mg - 8/8hs por 7 dias; DICLOFENACO DE SÓDIO 50mg - 8/8hs por 5 dias e; DIPIRONA SÓDICA 500mg - 6/6hs por 3 dias ou em caso de dor.
Estou escrevendo essa pergunta após aproximadamente 15 horas do procedimento cirúrgico acima supracitado. Não estou sentindo dor e, diferente da extração anterior, a hemorragia praticamente já não existe mais.
Mas em contra-partida estou extremamente preocupado com o problema ocorrido no dente 38, pois pesquisei alguma coisa na WEB e encontrei informações ou muito vagas ou de caráter extremamente técnico, o que dificulta a minha compreensão e tranquilidade sobre minha situação.
Gostaria de contar com a ajuda de vocês para sanar minhas dúvidas em relação ao ocorrido.
É muito grave?
É comum a complicação desse quadro?
É de difícil tratamento?
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Sintomas de aura são pouco investigados em pacientes portadores de alteração da articulação temporo-mandibular
Pesquisadores publicaram, recentemente, no Archives of Otolaryngology – Head and Neck Surgery, um estudo em que relataram a prevalência e as características demográficas de distúrbio da articulação têmporo-mandibular (DATM) em uma população de pacientes ambulatoriais, descrevendo a prevalência de sintomas de aura antigos e novos, descritos em uma amostra destes pacientes com disfunções na ATM.
Foi realizada uma avaliação retrospectiva dos prontuários dos pacientes para determinar o percentual e as características demográficas dos pacientes com DATM em ambulatório. Uma análise prospectiva foi realizada para estudar a prevalência auto-relatada de sintomas de aura novos e prévios em 78 pacientes portadores de DATM comparados a 78 indivíduos controle sem DATM. Este estudo foi conduzido em um consultório privado de otolaringologia na área rural do Arizona.
Dez por cento de todos os pacientes ambulatoriais otolaringológicos novos foram diagnosticados como portadores de DATM. Dos 78 pacientes, 27 (35%) relacionaram o ouvido como um dos locais de dor. A prevalência de cada um dos 8 sintomas de aura avaliados foi significativamente maior em pacientes com TMD comparados a indivíduos controle (P < 0,001). Uma sensação quente e/ou fluida no ouvido e uma sensação de algodão apertado no ouvido foram os sintomas mais indicativos de DATM porque elas apresentaram as razões de risco relativo mais elevadas em pacientes com DATM . Sintomas de aura com sensibilidade a barulhos altos e sensibilidade a ar frio/vento também foram relevantes e foram aproximadamente cinco vezes mais freqüentes em pacientes portadores de TMD que em indivíduos controle.
Portanto, os pesquisadores concluíram que pacientes com DATM são freqüentes em consultórios de otolaringologia. Há sintomas de aura previamente não investigados que ocorrem muito mais freqüentemente em pacientes com DATM que em pacientes não portadores de DATM.
Uma resenha de Temporomandibular disorder and new aural symptoms - Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2008;134(4):389-393
Copyright ® 2008: São Paulo Medical Conferences - Todos os direitos reservados sobre a resenha em português.
Foi realizada uma avaliação retrospectiva dos prontuários dos pacientes para determinar o percentual e as características demográficas dos pacientes com DATM em ambulatório. Uma análise prospectiva foi realizada para estudar a prevalência auto-relatada de sintomas de aura novos e prévios em 78 pacientes portadores de DATM comparados a 78 indivíduos controle sem DATM. Este estudo foi conduzido em um consultório privado de otolaringologia na área rural do Arizona.
Dez por cento de todos os pacientes ambulatoriais otolaringológicos novos foram diagnosticados como portadores de DATM. Dos 78 pacientes, 27 (35%) relacionaram o ouvido como um dos locais de dor. A prevalência de cada um dos 8 sintomas de aura avaliados foi significativamente maior em pacientes com TMD comparados a indivíduos controle (P < 0,001). Uma sensação quente e/ou fluida no ouvido e uma sensação de algodão apertado no ouvido foram os sintomas mais indicativos de DATM porque elas apresentaram as razões de risco relativo mais elevadas em pacientes com DATM . Sintomas de aura com sensibilidade a barulhos altos e sensibilidade a ar frio/vento também foram relevantes e foram aproximadamente cinco vezes mais freqüentes em pacientes portadores de TMD que em indivíduos controle.
Portanto, os pesquisadores concluíram que pacientes com DATM são freqüentes em consultórios de otolaringologia. Há sintomas de aura previamente não investigados que ocorrem muito mais freqüentemente em pacientes com DATM que em pacientes não portadores de DATM.
Uma resenha de Temporomandibular disorder and new aural symptoms - Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2008;134(4):389-393
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Fatores desencadeantes de enxaqueca
Introdução: A enxaqueca é uma doença neurológica crônica que apresenta diversos desencadeantes como fatores alimentares, hormonais e ambientais.
Objetivo: Analisar os fatores desencadeantes em uma amostra de pacientes com enxaqueca.
Método: Duzentos pacientes com diagnóstico de enxaqueca foram questionados sobre fatores que pudessem desencadear suas crises.
Resultados: 83,5% apresentaram algum fator alimentar, jejum foi o fator mais freqüente, seguido de álcool e chocolate. Dos fatores hormonais, o período pré-menstrual foi o mais freqüente. Atividade física causou enxaquecas em 13%, atividade sexual em 2,5%, estresse em 64% e 81% relataram o sono como fator desencadeante. Em relação aos fatores ambientais, odores foram desencadeantes em 36,5%.
Conclusão: Os fatores desencadeantes são freqüentes em enxaqueca e a sua detecção deve ser pormenorizada para que se reduza a freqüência de crises e melhore a qualidade de vida do paciente.
Keywords : enxaqueca; fatores desencadeantes
Fatores desencadeantes de enxaqueca - Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 2008, v. 66, n. 3a, pp. 494-499
Objetivo: Analisar os fatores desencadeantes em uma amostra de pacientes com enxaqueca.
Método: Duzentos pacientes com diagnóstico de enxaqueca foram questionados sobre fatores que pudessem desencadear suas crises.
Resultados: 83,5% apresentaram algum fator alimentar, jejum foi o fator mais freqüente, seguido de álcool e chocolate. Dos fatores hormonais, o período pré-menstrual foi o mais freqüente. Atividade física causou enxaquecas em 13%, atividade sexual em 2,5%, estresse em 64% e 81% relataram o sono como fator desencadeante. Em relação aos fatores ambientais, odores foram desencadeantes em 36,5%.
Conclusão: Os fatores desencadeantes são freqüentes em enxaqueca e a sua detecção deve ser pormenorizada para que se reduza a freqüência de crises e melhore a qualidade de vida do paciente.
Keywords : enxaqueca; fatores desencadeantes
Fatores desencadeantes de enxaqueca - Arq. Neuro-Psiquiatr. [online]. 2008, v. 66, n. 3a, pp. 494-499
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Dor de cabeça x dor no pescoço x dor na ATM
De modo superficial:
A cervicalgia e a dor na ATM estão relacionadas?
Não. São cadeias musculares diferentes. Pode até haver irradiação da dor facial para o pescoço.
A cefaléia e a dor na ATM estão relacionadas?
Sim. Certas classificações enquadram a dor na ATM como uma cefaléia secundária, ou seja, ligada a algum fator, no caso a articulação.
Classificação:
1) MIGRÂNEA ou ENXAQUECA
2) CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL
3) CEFALÉIA EM SALVAS
4) OUTRAS CEFALÉIAS PRIMÁRIAS
5) CEFALÉIAS SECUNDÁRIAS
Fonte: Sociedade Brasileira de Cefaléia
http://www.sbce.med.br/dor_cabeca/tipos_dor_cabeca.asp#salvas
A cervicalgia e a dor na ATM estão relacionadas?
Não. São cadeias musculares diferentes. Pode até haver irradiação da dor facial para o pescoço.
A cefaléia e a dor na ATM estão relacionadas?
Sim. Certas classificações enquadram a dor na ATM como uma cefaléia secundária, ou seja, ligada a algum fator, no caso a articulação.
Classificação:
1) MIGRÂNEA ou ENXAQUECA
2) CEFALÉIA DO TIPO TENSIONAL
3) CEFALÉIA EM SALVAS
4) OUTRAS CEFALÉIAS PRIMÁRIAS
5) CEFALÉIAS SECUNDÁRIAS
Fonte: Sociedade Brasileira de Cefaléia
http://www.sbce.med.br/dor_cabeca/tipos_dor_cabeca.asp#salvas
domingo, 30 de novembro de 2008
Medicina Oral - S. R. Prabhu

Este livro segue as matérias dos programas curriculares mininstrados na Universidades de todo o mundo. Aborda as doenças oro-faciais tratadas essencialmente por métodos não invasivos.
Inclui textos sobre halitose, xerostomia, dor oro-facial, alterações temporo-mandibulares e doenças não neoplásicas das glândulas salivares.
Guanabara Koogan - 1ª Edição 2007
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Bruxismo
Segundo Aurélio:
"Bruxismo: ação de ranger os dentes durante o sono".
Não posso discordar, mas apenas acrescentar que pode ser durante a vigília, ou seja, acordado.
Para dirimir dúvidas, o tratamento inicial básico para atacar o bruxismo, na nossa opinião é: analgesia e radiografia panorâmica.
Esse é nosso primeiro passo.
Depois dele, cada caso é um caso.
Não é possível responder e-mails de pacientes. É preciso examinar pessoalmente a pessoa. Não existe consulta pela internet. Primeiro, porque não funciona, depois porque é uma farsa - isso não existe.
Certo?
"Bruxismo: ação de ranger os dentes durante o sono".
Não posso discordar, mas apenas acrescentar que pode ser durante a vigília, ou seja, acordado.
Para dirimir dúvidas, o tratamento inicial básico para atacar o bruxismo, na nossa opinião é: analgesia e radiografia panorâmica.
Esse é nosso primeiro passo.
Depois dele, cada caso é um caso.
Não é possível responder e-mails de pacientes. É preciso examinar pessoalmente a pessoa. Não existe consulta pela internet. Primeiro, porque não funciona, depois porque é uma farsa - isso não existe.
Certo?
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Analgesia preventiva
A incidência da dor após procedimentos cirúrgicos de maior vulto pode retardar a reabilitação do organismo, dada a imobilidade que provoca, suscetibilizando os pacientes, principalmente os idosos, a várias complicações pós-operatórias, como a pneumonia e outras infecções, a trombose (formação de coágulos, ou trombos devido à estagnação do sangue no interior dos vasos sanguíneos), a embolia pulmonar (descolamento do trombo da parede do vaso sanguíneo, circulando no sangue até atingir os pulmões, bloqueando a oxigenação do sangue), a insuficiência respiratória e até mesmo a morte. A trombose resulta, na maioria das vezes, da imobilização do paciente durante as internações, ou após cirurgias mais complexas. Sem os movimentos, a circulação se torna mais difícil e as chances de formação de trombos aumenta.
Com a evolução do conhecimento médico sobre a dor, sabe-se hoje que sensações dolorosas intensas sensibilizam o sistema nervoso, fazendo com que o indivíduo sofra dores maiores posteriormente. Assim, durante uma cirurgia, se o paciente perceber uma sensação dolorosa, mesmo estando sedado e inconsciente pela utilização de anestesia geral, ocorrerá a sensibilização do seu sistema nervoso central, o que o tornará mais propenso a desenvolver dores mais intensas mesmo após a cicatrização e recuperação da cirurgia.
Prevenção e tratamento da dor após cirurgia
As pesquisas que vêm sendo desenvolvidas sobre o tratamento da dor crônica têm revelado que a prevenção da sensação dolorosa durante a cirurgia é um passo importante para evitar a ocorrência de dores fortes pós-operatórias. Tal medida é chamada “analgesia (alívio da dor) preventiva” e vem apresentando tendência de utilização crescente.
A analgesia preventiva é realizada com a utilização criteriosa de anestésicos locais para abolir a sensação dolorosa na área a ser operada pelo cirurgião, juntamente com o emprego da anestesia geral, e mantendo-se ainda a utilização de analgésicos após a cirurgia. Os anestésicos locais podem ser aplicados diretamente na área a ser operada (anestesia local), ou aplicados pelas técnicas de bloqueio de nervos, anestesia peridural e raquianestesia, dependendo da cirurgia realizada. O importante é garantir a analgesia antes, durante e após a cirurgia para se evitar a sensibilização do sistema nervoso.
Após a operação os métodos para alívio da dor pós-operatória podem contar com injeções intramusculares e intravenosas, analgésicos para serem ingeridos por via oral, e cremes anestésicos para serem aplicados localmente na ferida operatória. Geralmente o paciente recebe alta do hospital com receita para o uso oral de comprimidos analgésicos e antiinflamatórios, pois são de utilização mais fácil, o que não requer técnicas específicas de emprego.
Alguns experts acreditam que o emprego adequado das técnicas de analgesia preventiva, respeitando as particularidades de cirurgias específicas, pode acelerar a recuperação do paciente, prevenir a ocorrência de complicações pós-operatórias e diminuir a ocorrência e a intensidade da dor após a cirurgia, mesmo após a alta hospitalar.
Copyright Bibliomed, Inc
Opinião: essa era a idéia da Pfizer ao lançar o Bextra 40 mg IM. Nunca testei, mas um amigo médico ortopedista é fã desta técnica de analgesia preventiva.
Quem se interessar, tenho um texto sobre o tema. Pesquisadores chilenos se aprofundaram na técnica.
Com a evolução do conhecimento médico sobre a dor, sabe-se hoje que sensações dolorosas intensas sensibilizam o sistema nervoso, fazendo com que o indivíduo sofra dores maiores posteriormente. Assim, durante uma cirurgia, se o paciente perceber uma sensação dolorosa, mesmo estando sedado e inconsciente pela utilização de anestesia geral, ocorrerá a sensibilização do seu sistema nervoso central, o que o tornará mais propenso a desenvolver dores mais intensas mesmo após a cicatrização e recuperação da cirurgia.
Prevenção e tratamento da dor após cirurgia
As pesquisas que vêm sendo desenvolvidas sobre o tratamento da dor crônica têm revelado que a prevenção da sensação dolorosa durante a cirurgia é um passo importante para evitar a ocorrência de dores fortes pós-operatórias. Tal medida é chamada “analgesia (alívio da dor) preventiva” e vem apresentando tendência de utilização crescente.
A analgesia preventiva é realizada com a utilização criteriosa de anestésicos locais para abolir a sensação dolorosa na área a ser operada pelo cirurgião, juntamente com o emprego da anestesia geral, e mantendo-se ainda a utilização de analgésicos após a cirurgia. Os anestésicos locais podem ser aplicados diretamente na área a ser operada (anestesia local), ou aplicados pelas técnicas de bloqueio de nervos, anestesia peridural e raquianestesia, dependendo da cirurgia realizada. O importante é garantir a analgesia antes, durante e após a cirurgia para se evitar a sensibilização do sistema nervoso.
Após a operação os métodos para alívio da dor pós-operatória podem contar com injeções intramusculares e intravenosas, analgésicos para serem ingeridos por via oral, e cremes anestésicos para serem aplicados localmente na ferida operatória. Geralmente o paciente recebe alta do hospital com receita para o uso oral de comprimidos analgésicos e antiinflamatórios, pois são de utilização mais fácil, o que não requer técnicas específicas de emprego.
Alguns experts acreditam que o emprego adequado das técnicas de analgesia preventiva, respeitando as particularidades de cirurgias específicas, pode acelerar a recuperação do paciente, prevenir a ocorrência de complicações pós-operatórias e diminuir a ocorrência e a intensidade da dor após a cirurgia, mesmo após a alta hospitalar.
Copyright Bibliomed, Inc
Opinião: essa era a idéia da Pfizer ao lançar o Bextra 40 mg IM. Nunca testei, mas um amigo médico ortopedista é fã desta técnica de analgesia preventiva.
Quem se interessar, tenho um texto sobre o tema. Pesquisadores chilenos se aprofundaram na técnica.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Limitação dos movimentos?
Outro sinal que acompanha os sintomas das dores na ATM é a limitação dos movimentos mandibulares.
Normalmente, a mandíbula é capaz de realizar os movimentos de protrusão, retrusão, lateralidade, abertura e fechamento. Há conflitos sobre a natureza ou sobre quais os músculos mastigatórios seriam realmente os responsáveis por cada um desses movimentos.
Então, no exame clínico do paciente, pedimos para que ele tente executar os movimentos de abrir e fechar a boca. Em seguida, os movimentos para os lados esquerdo e direito. Por último, a protrusão - que é movimentar o queixo para a frente.
Observamos que alguns deles podem sequer ser realizados ou talvez até realizados, mas grande com dificuldade.
Portanto, aos o paciente que sofre das patologias da ATM, não fiquem assustados, isso tudo é bastante comum.
Normalmente, a mandíbula é capaz de realizar os movimentos de protrusão, retrusão, lateralidade, abertura e fechamento. Há conflitos sobre a natureza ou sobre quais os músculos mastigatórios seriam realmente os responsáveis por cada um desses movimentos.
Então, no exame clínico do paciente, pedimos para que ele tente executar os movimentos de abrir e fechar a boca. Em seguida, os movimentos para os lados esquerdo e direito. Por último, a protrusão - que é movimentar o queixo para a frente.
Observamos que alguns deles podem sequer ser realizados ou talvez até realizados, mas grande com dificuldade.
Portanto, aos o paciente que sofre das patologias da ATM, não fiquem assustados, isso tudo é bastante comum.
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