segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mesa redonda: Ética

Artroscopia da articulação temporomandibular

WLADIMIR GENOVESI, CD RESUMO A artroscopia da articulação temporomandibular tem apresentado grande evolução nos últimos anos, tendo conquistador seu lugar no arsenal diagnóstico/cirúrgico das afecções patológicas desta articulação. O autor descreve a sua experiência pessoal, baseado no estudo de 19 pacientes (38 articulações) examinados por via artroscópica, e relata as vantagens do método. RESULTADOS Após o estudo de 19 pacientes, sendo 38 articulações examinadas, com resultados satisfatórios para os pacientes, tivemos 7,89% de maus resultados contra 92,11% de ótimos resultados. Sabemos que a artroscopia, assim como é para os 576 ortopedistas sucesso consagrado, será, também, sucesso para a odontologia como meio diagnóstico/cirúrgico. DISCUSSÃO A crescente utilização do artroscópio na ATM tem evidenciado, nos últimos anos, o grande valor deste procedimento como meio diagnóstico/cirúrgico das afecções da articulação temporomandibular. O conhecimento diagnóstico preciso tem possibilitado a adoção de condutas terapêuticas eficazes para as patologias que acometem a ATM, que até esse momento não eram possíveis de serem abordadas com sucesso pelas técnicas cirúrgicas tradicionais. Nossos resultados ratificam a alta eficácia diagnóstica/ terapêutica encontrada por outros autores. Além disso, a artroscopia da ATM mostrou ser método seguro e de baixa morbidade, não tendo sido observado nenhum acidente até a presente data. Deve ser ressaltada a rápida recuperação de pacientes submetidos a artroscopia diagnóstica/cirúrgica, possibilitando aos mesmos volta precoce às suas atividades, tendo com isso baixo custo hospitalar, pois sabemos que o tempo para este procedimento (tratamento) é de um dia de internação hospitalar. CONCLUSÃO A artroscopia parece-nos ter conquistador lugar definitivo e de grande relevância no que diz respeito a diagnóstico/ cirurgia das afecções patológicas da articulação temporomandibular. Acredito que a odontologia tenha encontrado nova e promissora era para tantos e quantos pacientes portadores dessas afecções.

domingo, 4 de novembro de 2012

Artrocentese da articulação temporomandibular

(clique para ver o You Tube). É um procedimento pouco invasivo para lavar a cavidade articular. Com isso, melhora-se a lubrificação, reduz-se a pressão interna e há uma relativo alívio na dor na ATM. Também se pode dizer que produtos inflamatórios são eliminados diretamente do líquido sinovial e das cavidades supra e infradiscais.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Portal Vila Mariana - Indicador Profissional do bairro

Ortodontista tem obrigação de resultado com tratamento de paciente, segundo decisão do STJ.

Ortodontista tem obrigação de resultado com tratamento de paciente A responsabilidade do ortodontista em tratamento de paciente que busca um fim estético-funcional é obrigação de resultado, a qual, se descumprida, gera o dever de indenizar pelo mau serviço prestado. A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Um profissional do Mato Grosso do Sul não conseguiu reverter a condenação ao pagamento de cerca de R$ 20 mil como indenização pelo não cumprimento eficiente de tratamento ortodôntico. A ação foi ajuizada por uma paciente que alegou fracasso de procedimentos realizados para correção do desalinhamento de sua arcada dentária e mordida cruzada. Na ação, a paciente pediu o ressarcimento de valores com a alegação de que foi submetida a tratamento inadequado, além de indenização por dano moral. A extração de dois dentes sadios teria lhe causado perda óssea. Já o ortodontista não negou que o tratamento não havia conseguido bons resultados. Contudo, sustentou que não poderia ser responsabilizado pela falta de cuidados da própria paciente, que, segundo ele, não comparecia às consultas de manutenção, além de ter procurado outros profissionais sem necessidade. O ortodontista argumentava, ainda, que os problemas decorrentes da extração dos dois dentes – necessária para a colocação do aparelho – foram causados exclusivamente pela paciente, pois ela não teria seguido as instruções que lhe foram passadas. Para ele, a obrigação dos ortodontistas seria “de meio” e não “de resultado”, pois não depende somente desses profissionais a eficiência dos tratamentos ortodônticos. Em primeira instância, o profissional foi condenado a pagar à paciente as seguintes quantias: R$ 800, como indenização por danos materiais, relativa ao valor que ela pagou pelo aparelho ortodôntico; R$ 1.830, referentes às mensalidades do tratamento dentário; R$ 9.450, valor necessário para custear os implantes, próteses e tratamento reparador a que ela deverá submeter-se; R$ 8.750, como indenização por danos morais. Obrigação de resultado O relator do caso, ministro Luis Felipe Salomão, afirmou que, na maioria das vezes, as obrigações contratuais dos profissionais liberais são consideradas como de meio, sendo suficiente atuar com diligência e técnica para satisfazer o contrato; seu objeto é um resultado possível. Mas há hipóteses em que é necessário atingir resultados que podem ser previstos para considerar cumprido o contrato, como é o caso das cirurgias plásticas embelezadoras. Seguindo posição do relator, a Quarta Turma entendeu que a responsabilidade dos ortodontistas, a par de ser contratual como a dos médicos, é uma obrigação de resultado, a qual, se descumprida, acarreta o dever de indenizar pelo prejuízo eventualmente causado. Sendo assim, uma vez que a paciente demonstrou não ter sido atingida a meta pactuada, há presunção de culpa do profissional, com a consequente inversão do ônus da prova. Os ministros consideraram que, por ser obrigação de resultado, cabe ao profissional provar que não agiu com negligência, imprudência ou imperícia ou, ainda, que o insucesso do tratamento ocorreu por culpa exclusiva da paciente. O ministro Salomão destacou que, mesmo que se tratasse de obrigação de meio no caso em análise, o réu teria "faltado com o dever de cuidado e de emprego da técnica adequada", impondo igualmente a sua responsabilidade. O tratamento tinha por objetivo a obtenção de oclusão ideal, tanto do ponto de vista estético como funcional. A obrigação de resultado comporta indenização por dano material e moral sempre que o trabalho for deficiente, ou quando acarretar processo demasiado doloroso e desnecessário ao paciente, por falta de aptidão ou capacidade profissional. De acordo com o artigo 14, parágrafo 4º, do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e artigo 186 do Código Civil, está presente a responsabilidade quando o profissional atua com dolo ou culpa. A decisão da Quarta Turma, ao negar pretensão do ortodontista, foi unânime. Texto enviado pela advogada de São Paulo, Dra. Erika Ribeiro de Menezes.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Empresa de alimentos é condenada por dente encontrado em linguiça

A 32ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo condenou empresa de alimentos a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 6 mil a consumidora que encontrou um dente dentro de uma linguiça. A empresa alegava, entre outras coisas, que a testemunha do caso não seria isenta, pois, por ser amiga da autora, teria interesse no desfecho. Afirmava, também, que não houve dano a ser indenizado. De acordo com o voto do relator do recurso, desembargador Hamid Bdine, não se pode alegar suspeição da testemunha, uma vez que a ocorrência se deu em âmbito residencial, restrito, portanto. Além disso, não ficou demonstrado elemento concreto de seu interesse na solução da demanda. O magistrado, ainda, destacou que “sem dúvida os fatos configuram dano moral, pois se trata de situação vexatória, ressaltando-se que a mulher já havia ingerido parte da porção do produto, o que justifica que se lhe assegure indenização”. Os desembargadores Ruy Coppola e Kioitsi Chicuta também participaram do julgamento do recurso, que teve votação unânime. Apelação nº 0013758-44.2009.8.26.0127

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Blog da ATM - articulação temporo-mandibular: Empresa terá que indenizar criança que lesionou o dente ao comer biscoito

Blog da ATM - articulação temporo-mandibular: Empresa terá que indenizar criança que lesionou o dente ao comer biscoito

Empresa terá que indenizar criança que lesionou o dente ao comer biscoito

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou a empresa Kraft Foods Brasil a pagar R$ 7 mil de indenização a uma criança que quebrou o dente ao comer um biscoito da marca Club Social. A decisão é da 7ª Câmara de Direito Privado. O caso ocorreu em 2003, quando a criança, na época com dois anos de idade, mastigou um pedaço de metal ao consumir o biscoito, ocasionando-lhe lesões no dente. O autor da ação pediu o custeio de todo o tratamento dentário pago como danos materiais e 500 salários mínimos pelos danos morais suportados. No laudo pericial, o perito não diz que o objeto metálico estava no biscoito, mas também não descarta essa possibilidade. A decisão de 1ª instância julgou o pedido parcialmente procedente e condenou a empresa a arcar com os gastos dentários já efetuados e com os custos futuros necessários ao tratamento do menor. Condenou também ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil. As duas partes recorreram da sentença; o autor pediu o aumento da quantia fixada para o dano moral, por achá-la incompatível com os danos suportados pela dificuldade financeira que teve para custear o tratamento na época, e a empresa pediu a reforma da sentença alegando inexistência de ilicitude de sua parte no episódio e alternativamente, a redução da indenização. Para o relator do processo, desembargador Miguel Brandi, a sentença merece reforma apenas quanto ao valor fixado para indenização por danos morais. “Os argumentos do autor encontram respaldo para justificar a majoração do valor arbitrado a título de dano moral para R$ 7 mil.” Os desembargadores Walter Barone e Lineu Peinado também participaram do julgamento e acompanharam o voto do relator. Apelação nº 9282656-96.2008.8.26.0000

domingo, 21 de outubro de 2012

Negada indenização por suposto erro odontológico

A 2ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo negou pedido de indenização a uma cliente que alegou suposto erro na prestação de serviços odontológicos por uma clínica. A autora alegou que contratou os serviços ortodônticos da ré para implantação de aparelho dentário e manutenção mensal. Durante o tratamento, contou que reclamou diversas vezes de sensibilidade excessiva nos dentes frontais superiores e, inconformada com a dor, tirou uma radiografia. Mostrou o exame a outro dentista, o qual diagnosticou que as raízes dos dentes indicados estavam comprometidas em razão da força excessiva utilizada no tratamento, e que tais dentes poderiam cair a qualquer momento. Comunicou o fato à ré, que removeu o aparelho imediatamente e disse tratar-se de procedimento comum em tratamentos ortodônticos. Em contato com o Conselho Regional de Odontologia, constatou que a profissional que a atendeu não é inscrita no órgão e não cursou faculdade de odontologia. Indignada, ela requereu o pagamento de indenização por danos morais e matérias no valor de R$ 34.595. A ré alegou que nunca atendeu a autora, apenas trabalhou em serviço de auxílio a outra dentista. A perícia constatou que os procedimentos adotados estão corretos, bem como a técnica empregada. A decisão de 1ª instância julgou a ação improcedente. Inconformada, a autora recorreu da sentença alegando que escolheu uma clínica dentária e foi tratada por uma assistente. Sustentou também a existência do dano e a má prestação do serviço de ortodontia. Para o relator do processo, desembargador José Joaquim dos Santos, não há relação de causalidade entre a conduta da ortodontista e os alegados danos experimentados pela autora. “Ficou evidenciado ainda que a autora tinha conhecimento de que durante o tratamento poderia ocorrer a reabsorção radicular e que tal informação constava no contrato de prestação de serviços firmado entre profissional e a paciente”, disse Os desembargadores Luís Francisco Aguilar Cortez e Álvaro Passos também participaram do julgamento e acompanharam o voto do relator, negando provimento ao recurso. Apelação nº 9181347-32.2008.8.26.0000

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Cônvenio Metrus- Vila Mariana, São Paulo

A partir de agora, estamos atendendo o Metrus: Credenciado: MARIMANO ODONTOLOGIA Logradouro RUA. DOMINGOS DE MORAES, 770 Complemento CJ 68 Cidade SAO PAULO Bairro VILA MARIANA Especialidade(s) ODONTOLOGIA (CLINICA GERAL), ODONTOLOGIA (PERIODONTIA), ODONTOLOGIA (ENDODONTIA) Telefone (11) 5081-3013 Responsável técnico MARIANA MANO MOREIRA DA SILVA

Metrus - Instituto de Seguridade Social do Metrô de São Paulo

MSO: muitas razões para sorrir Para oferecer aos participantes do MSO serviços com a mesma qualidade do MSI, em maio de 2006 o Metrus redimensionou a rede e assumiu a gestão direta do MSO. Desde então, os resultados têm sido positivos, comprovando a necessidade da mudança na gestão. Em abril do ano passado, no mês anterior à gestão Metrus, o MSO tinha 1.365 participantes, logo no primeiro mês da gestão própria, este número subiu para 1.422 e atualmente está na casa dos 1.618. O aumento no número de participantes pode ser entendido como um sinal de credibilidade e confiança no novo modelo. Os números referentes ao custo total dos atendimentos realizados também progrediram: em abril de 2006 eram da ordem de R$ 7.000,00. Já em abril último, pelo Metrus o valor foi próximo de R$ 25.000,00, dentro do previsto no custo de utilização. É importante analisar este aumento sob o seguinte ângulo: a nova gestão vai ao encontro das necessidades dos participantes, permitindo-lhes, assim, tratar melhor seus problemas dentais. Satisfação total Outro dado que vale a pena citar é que não tivemos nenhuma reclamação de cadastrados e participantes durante este ano de gestão direta pelo Metrus. Isto é um avanço inquestionável se comparado aos 61% de insatisfação detectada em pesquisa realizada com os participantes quando da administração anterior. Ao fazer a adesão ao MSO você passa a ter direito, após o período de carência, às seguintes especialidades: 1.Clínica Geral (restaurações, extrações, profilaxia (limpeza) ) 2.Odontopediatria 3.Endodontia (tratamento de canal) 4.Periodontia (tratamentos da gengiva) 5.Prótese (Coroas, Próteses Totais (dentaduras), Próteses Removíveis (ponte móvel)). 6.Exames radiológicos odontológicos (RX panorâmico e Periapical) 7.Garantia de preços em Ortodontia (correção dos dentes por aparelhos) Dicas para um sorriso bonito - Escove o dente sempre após as refeições, escovando também o dorso (parte de cima) da língua, e utilize o fio dental. Estas atitudes contribuem para manter dentes e gengivas sadias e evitam o mau hálito. - Se você possui próteses fixas e/ou coroas protéticas, redobre os cuidados com a higiene bucal, utilizando-se de escovas interdentais e passa-fio dental, o que contribui muito para aumentar a durabilidade destas próteses. Visite seu dentista a cada seis meses. Esta freqüência permitirá a observação de problemas na fase inicial, onde as soluções são rápidas e indolores.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Língua Geográfica

DR MEU NOME É CARLA FUI AO MEDICO E ELE ME DISSE Q TENHO LINGUA GEOGRAFICA MINHA LINGUA TEM MANHAS VERMELHAS,COMO SE TIVESSE QUEIMADO,DEMORA A CICATRIZAR,MUDA DE LUGAR TODA HORA,FICA SENSIVEL,AS VEZES APARECEM COMO SE FOSSEM MACHUCADINHOS NOS LABIOS,DO LADO DE DENTRO,MAS NAO CHEGA A SER MACHUCADOS,A PELE FICA SENSIVEL.OUTRO DIA TINHA UMA BOLINHA PEQUENIHA COMO SE FOSSE AFTA,SUMIU. MINHA LINGUA FICA SENSIVEL PARECE QUE TA CORTADA EM PEQUENOS PEDAÇOS,E AS VEZES NA ESCOVAGEM SAI UM POUCO DE SANGUE. ME AJUDE ME INDIQUE UM TRATAMENTO. Resposta: Carla, escrevi para o seu e-mail Att. André

sábado, 6 de outubro de 2012

Desvio e deflexão

by julianadentista Há algum tempo atrás recebi um email de um dos leitores do blog sugerindo que escrevesse aqui sobre desvios e deflexões na abertura bucal. Na disfunção temporomandibular (DTM) sabemos que o exame físico em busca de sinais e sintomas é considerado padrão ouro para o diagnóstico de algumas patologias, segundo critérios como o da Academia Americana de Dor Orofacial ou o Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD). Dois destes possíveis achados durante o exame físico são desvio e deflexão. Desvio em abertura bucal ocorre geralmente em S e coincide muitas vezes com o clique na articulação temporomandibular (ATM). Este desvio está associado ao deslocamento do disco com redução. Neste tipo de deslocamento o disco encontra-se, em boca fechada, desalinhado, caracterizando uma alteração ou interferência da relação entre cabeça da mandíbula e o disco. Quando se inicia o movimento de abrir a boca, a cabeça da mandíbula primeiro rotaciona e a partir de mais ou menos de 25 mm de abertura, quando ocorre a translação mandibular, há clique e a melhora da relação estrutural entre disco/cabeça da mandíbula. Neste momento ocorre um desvio. A ATM com melhor relação disco/cabeça da mandíbula tende a transladar primeiro. Na deflexão ocorre no estágio agudo do deslocamento de disco sem redução. Neste caso não há translação da ATM afetada e há marcada limitação de abertura, com deflexão para o lado afetado, e também limitação em lateralidade para o lado contralateral, além de ausência do clique. Apesar destes achados serem comuns, deve-se enfatizar que eles não são patognomônicos e devem ser associados a história e outros achados para que o diagnóstico possa ser realizado. Procurando por novidades na internet, encontrei um artigo do professor Manfredini e colaboradores, publicado agora em outubro de 2012 que mostra exatamente isso. Os autores comentam que existem alguns clínicos argumentam a favor do uso de alguns dispositivos eletrônicos para o diagnóstico das DTMs. Um destes aparelhos seria o cinesiográfico. O que os autores então fizeram foi comparar os resultados da cinesiografia com o exame de ressonância magnética, padrão ouro no diagnóstico de deslocamentos de discos, e verificar a acurácia deste aparelho no diagnóstico de deslocamento de disco. As figuras acima são resultados da cinesiografia para desvio e deflexão e ressonância magnética de paciente com deslocamento de disco sem redução, em boca fechada. Estas figuras foram publicadas no artigo. Para a cinesiografia eles utilizaram as medidas de desvio e deflexão em abertura bucal de 31 pacientes. Os resultados mostraram que além de ocorrer uma relação pobre entre os achados da ressonância magnética e a cinesiografia, a acurácia de vários achados pelo cinesiográfico como preditor para o achado da ressonância também foi baixa, o que levou aos autores concluírem que estes parâmetros não eram aceitáveis. Para o artigo, segue o link: De fato, lembre-se, sinais e sintomas não indícios de patologia mas não o próprio diagnóstico em si! É importante conhecê-los mas é mais importante combiná-los. E, claro, nunca inicie um tratamento sem diagnóstico!

sábado, 29 de setembro de 2012

Câncer bucal: estudo mostra importância de campanhas

Autor de dissertação avaliou prontuários de um período de dez anos Estudo conduzido pelo cirurgião-dentista José Ribamar Sabino revelou que as campanhas para detecção precoce de câncer bucal são fundamentais para prevenção do mal, responsável por elevados índices de morbidade e mortalidade no país. Estimativas apontam que o Brasil é um dos países com maior incidência de câncer bucal no mundo, sendo este o sexto tipo de tumor mais prevalente no país. Segundo o autor da pesquisa de mestrado apresentada na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), apesar dos avanços científicos, não houve melhora na sobrevida destes pacientes. “A não realização do diagnóstico em estágios iniciais é o principal fator que limita o tratamento e consequentemente o prognóstico”, destaca. Sabino, orientado pelo professor Márcio Ajudarte Lopes, da Área de Semiologia, comparou a campanha realizada pelo Ministério da Saúde, denominada Campanha de Prevenção e Detecção Precoce do Câncer Bucal – desenvolvida em conjunto com a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe – com um programa desenvolvido pela FOP intitulado Busca Ativa de Lesões Bucais, Lesões Malignas e Potencialmente Malignas da Cavidade Bucal. Ainda que o programa da FOP tenha sido mais eficiente na detecção do câncer bucal, as duas campanhas mostraram resultados importantes para o diagnóstico de inúmeras lesões benignas, sendo que ambas contribuíram para a promoção da saúde bucal na região. O pesquisador avaliou os prontuários de um período de dez anos (2001-2010) dos pacientes que foram encaminhados ao Orocentro da FOP, um serviço especializado em diagnóstico e tratamento de lesões bucais. Os pacientes apresentavam lesões detectadas nas campanhas de prevenção e detecção do câncer bucal do Ministério da Saúde, realizadas em Piracicaba e cidades da região. Os prontuários dos pacientes atendidos por meio do projeto desenvolvido pela FOP num período de dois anos (2009-2011) também foram analisados. O número de pacientes com confirmação do diagnóstico de lesões malignas foi maior na campanha Busca Ativa, na qual os pacientes com maior risco de desenvolver câncer bucal foram recrutados para exame. “Mas é importante frisar que as duas estratégias foram capazes de diagnosticar inúmeras outras lesões, principalmente, as lesões traumáticas relacionadas ao uso de próteses”, revela. José Sabino lembra que o câncer bucal ocorre mais frequentemente em homens, principalmente com mais de 40 anos de idade. O fumo, combinado com o excesso de bebida alcoólica, são os principais fatores de risco. Afeta mais comumente língua e assoalho bucal. Câncer de lábio inferior é considerado separadamente e exposição solar é a causa principal. Neste sentido, a Organização Mundial de Saúde reconhece que a prevenção e detecção precoce são os principais objetivos para melhorar o controle do câncer bucal. Assim, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são a chave para reduzir a mortalidade pela doença. O professor Márcio Lopes explica que o projeto de rastreamento, denominado Busca Ativa de Lesões Bucais, Lesões Malignas e Potencialmente Malignas, realiza um monitoramento mensal em quatro Postos de Saúde da Família de Piracicaba, nos bairros Paineiras, Jardim Itapuã, Santa Rosa e Vila Industrial. Trata-se de um projeto-piloto e tem como objetivo detectar lesões bucais em pacientes com idade acima dos 40 anos e com o hábito de fumar e/ou consumir bebidas alcoólicas, ou seja, justamente o grupo de risco da doença. O professor esclarece que um programa com estas características surgiu depois da experiência com a campanha de prevenção, organizada pelo Ministério da Saúde. De acordo com Márcio Lopes, o diferencial do programa está em alcançar a população de maior risco que não estaria sendo contemplada. Em geral, nestas campanhas são examinadas principalmente mulheres com mais de 60 anos de idade e que não têm hábito de fumar ou consumir bebidas alcoólicas. “Por isso, a campanha da FOP apresenta resultados mais eficientes, pois examina pessoas acima de 40 anos com os hábitos nocivos”, define. Publicação Dissertação: “Análise comparativa entre os resultados de campanhas de prevenção e busca ativa de câncer bucal” Autor: José Ribamar Sabino Orientador: Márcio Ajudarte Lopes Unidade: Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP)

Mudar escovação pode remover melhor a placa em crianças

25 de Setembro de 2012 •08h05 •atualizado às 08h14 A dentista Alessandra Reyes analisou os primeiros molares em erupção de 33 crianças entre 5 e 7 anos. A conclusão foi que a técnica anteroposterior - para frente e para trás - é mais eficiente na remoção de placa do que a técnica tradicionalmente indicada pelos dentistas, chamada transversal. Um estudo da Faculdade de Odontologia da USP revelou que mudar o jeito de escovar os dentes pode ser mais eficiente no combate à placa e ao biofilme (placa bacteriana). A dentista Alessandra Reyes analisou os primeiros molares em erupção de 33 crianças entre 5 e 7 anos. A conclusão foi que a técnica anteroposterior – para frente e para trás - é mais eficiente que a técnica tradicionalmente indicada pelos dentistas, chamada transversal. Além da técnica anteroposterior, foi observado que a escova deve ter cerdas de diferentes níveis. Assim, o dente que ainda está nascendo é alcançado e devidamente limpo. “A escovação anteroposterior pede movimentos mais instintivos. Já a técnica transversal exige que a escova fique inclinada para o dente que está nascendo. Como esse não é um movimento natural, as crianças podem esquecer-se de aplicá-lo”, diz Alessandra. Segundo a dentista, após 15 dias da orientação, as crianças removeram placa, tanto com uma quanto com outra técnica. Após três meses, elas podem ter esquecido a técnica transversal e foi quando a escova de cerdas multinível acabou sendo útil. “A escova com cerdas multinível é mais cara, mas sua indicação não vale a pena só pela remoção de placa, mas pelo fato de poder levar a menor progressão das lesões de cárie, que é o que vamos tentar comprovar com a continuação do estudo”, aponta. O primeiro molar foi escolhido para o estudo porque a probabilidade de cárie neste dente é muito maior do que nos outros, uma vez que ele fica exposto durante 15 meses – tempo que demora a nascer. Outra conclusão da pesquisa foi que as regiões que as crianças conseguem ver no espelho ficam muito mais limpas, já que elas conseguem lembrar que tem que escovar aquela parte do dente. Para o cirurgião-dentista, Mauricio Matson, uma higiene oral perfeita é conseguida apenas com motivação constante e um controle individual da remoção do biofilme. “Os retornos periódicos ao dentista para verificar a condição da higiene e fazer um acompanhamento personalizado individual são necessários, independente da técnica de higiene adotada”, afirma. O especialista enfatiza, ainda, que, segundo a filosofia de higiene oral do Prof. Jiri Sedelmayer, uma escova dental deve ter, no mínimo, 5 mil cerdas para o controle do biofilme ser eficiente.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dentista canadense viaja 7.000 km para buscar mulher que encontrou em café

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1158254-canadense-viaja-7000-km-para-buscar-mulher-que-encontrou-em-cafe.shtml DA BBC BRASIL Um dentista canadense viajou milhares de quilômetros na tentativa de achar uma irlandesa por quem se apaixonou após dois minutos de conversa, em uma iniciativa que chamou a atenção da imprensa de vários países e até de casas de aposta. Sandy Crocker, que mora na cidade de Kelowna, no extremo oeste do Canadá, conta que se apaixonou por uma menina ruiva que conheceu no Condado de Clare, uma região no litoral da Irlanda. "Eu estava viajando de férias no ano passado e foi no meu penúltimo dia antes de ir embora [que eu a conheci]", lembra Crocker. Canadense Sandy Crocker viajou 7.000 km em busca de irlandesa por quem se apaixonou em 2 minutos "Eu tive um breve encontro com a irlandesa mais bonita que se pode imaginar." Mas, por temer demonstrar que estava muito interessado nela, ele acabou tendo uma conversa apenas breve com a menina em uma cafeteria. "Eu fiquei a observando. Ela é aquele tipo de pessoa que parece ser muito atenciosa. Eu me levantei e pedi algumas orientações [sobre a cidade] e perguntei que horas eram. Talvez se eu tivesse a elogiado, dito que ela era incrível, eu teria resolvido tudo ali mesmo." TURBILHÃO DE REPÓRTERES Ao voltar para o Canadá, mesmo tendo conhecido várias outras mulheres, ele não conseguia esquecer a irlandesa. "Isso virou até piada. Toda vez que eu conhecia uma garota, meus amigos brincavam: 'ela não é a Ennistymon'", disse Cocker, que apelidou a ruiva com o nome da cidade irlandesa onde eles se conheceram, já que ele sequer sabe o seu nome. Sandy Cocker contou a história a um casal irlandês que conheceu no Canadá. Eles o incentivaram a voltar a Irlanda, dizendo que todos no país entenderiam o seu motivo e o ajudariam na busca pela jovem. Agora, um ano depois daquele breve encontro, ele viajou quase 7.000 km e está de volta à Irlanda, percorrendo as cidades da região na esperança de topar com a ruiva novamente. Ele voltou ao café onde eles se encontraram e colocou um anúncio na página de classificados do jornal local, Clare People. Mas até agora, a busca foi em vão. Em vez de achar a garota, ele acabou atraindo um turbilhão de repórteres, que começaram a noticiar a história do dentista apaixonado. "Se eu a encontrasse agora, acho que eu começaria a rir sobre a maluquice que tudo isso se tornou", diz. "A história saiu em tudo que é lugar na Irlanda e agora está aparecendo nos Estados Unidos e no Canadá. Está chamando a atenção mundial. Já tem casas de apostas calculando as probabilidades de eu a encontrar, ou especulando se ela já é casada ou não. E eu sequer sei o nome dela. Essa é o aspecto mais divertido e engraçado de tudo isso." Ele já foi entrevistado por diversos meios de comunicação em todo o mundo, desde a televisão australiana ABC News ao site americano Huffington Post. Mesmo que não encontre a irlandesa de seus sonhos, Cocker diz que já está feliz de ter tentado. "Eu dei uma chance para a sorte", diz. "A maioria das pessoas ia apenas rir e esquecer. Mas eu voltarei para casa e, daqui a 50 anos, não vou ter me arrependido das poucas semanas que passei percorrendo a Irlanda, sendo um pouco tolo, tentando achar uma garota que achei que era linda."

XVII TURMA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E DOR OROFACIAL DA UNIFESP/EPM – INÍCIO: 20 DE OUTUBRO DE 2012.

http://www.institutodacabeca.com.br/curso_internacional.php

American Academy of Orofacial Pain

http://www.aaop.org/content.aspx?page_id=0&club_id=508439

Alivi????

http://www.alivi.com.br/bruxismo/

Cárie pode colocar seu coração em risco

O problema é mais sério do que se imagina, ela pode ser responsável pela endocardite e até levar à morte. Entenda como isso pode acontecer e aprenda a limpar corretamente os dentes por Hilda Sabino | design Leo Rosário e Robson Quinafélix Inimiga do peito Veja como a cárie pode causar um tremendo problema no coração Bactérias mil Na boca de quem tem cárie ou gengivite, os germes existem aos montes. Conforme a cárie avança, áreas cada vez mais próximas da corrente sanguínea, como a raiz, são infectadas. Estranha no ninho Uma vez circulando pelo sangue, esses micróbios, outrora inofensivos, passam a ameaçar todo o corpo, em especial o coração de quem tem alguma doença preexistente. Endocardite Se o endocárdio, tecido que reveste as camadas internas do órgão, já está lesionado, o ambiente fica perfeito para a bactéria proliferar e provocar uma infecção ali. A vilã A Streptococcus mutans da cárie, culpada por 40% das endocardites, adora aderir ao tecido cardíaco e é capaz de levá-lo à falência. • Leia também • Cárie: como é formada • A era dos chicletes saudáveis • Implante dentário: conheça essa técnica Você já teve algum dente cariado? Se a resposta for sim, saiba que não está sozinho. Ela é considerada a doença - sim, doença - mais comum no planeta, atingindo 5 bilhões de pessoas. Para ter ideia, 88% dos brasileiros já sofreram com o problema ao menos uma vez, segundo o Ministério da Saúde. Para criar uma maior consciência sobre a gravidade desse buraquinho no esmalte dentário, chega ao país a Aliança para um Futuro Livre de Cárie, iniciativa internacional que reúne experts em odontologia ao redor do globo com a missão de alertar os profissionais de saúde e desafiar os responsáveis por políticas públicas sobre a necessidade de educar a população para prevenir o problema. "Nossa meta é ensinar às pessoas que o diagnóstico é simples e deve ser feito o mais rápido possível", conta o odontologista Marcelo Bönecker, professor da Universidade de São Paulo e presidente da Aliança no Brasil. Ousada, a empreitada almeja que crianças nascidas a partir de 2026 sejam livres de cárie. A origem do buraco Tudo tem início quando a saliva não realiza uma de suas funções primordiais, que é ajudar a manter o pH da boca estável e, com isso, o esmalte, uma espécie de escudo da dentição, intacto. Fatores como má alimentação e falta de higiene impedem que esse detergente natural equilibre o pH, abrindo alas para a acidez. Ela contribui para a explosão demográfica de bactérias que vivem ali sossegadas e são responsáveis por converter o açúcar dos alimentos em mais e mais ácidos. E esse círculo causa estragos. "Os micro-organismos destroem o esmalte e, se não controlados, podem consumir o dente todo", explica o odontologista Luiz Akaki, de São Paulo. Essas verdadeiras erosões são agravadas por determinados quadros de saúde. Asmáticos, por exemplo, estão mais sujeitos a sofrer com elas. "Quando respiramos pela boca, a secreção salivar diminui, baixando a proteção do dente contra bactérias", aponta Bönecker. "Com a secura, a tendência é tomar bebidas doces, o que piora de vez a situação", completa. Outra doença que a presença de muita cárie pode denunciar é o diabete. Nele, os níveis de glicose vão às alturas e são outro sabotador da produção de saliva. Às vezes, porém, é a cárie que causa novas confusões. Ora, os bichos cariogênicos financiam problemas no coração. Para afastar o risco de cárie e doenças periodontais, escovar os dentes corretamente é importante, mas a limpeza profissional também não deve ser desprezada. Recentemente, a American Heart Association publicou um estudo revelando um dado inusitado: pessoas que se submetiam com frequência a esse procedimento no consultório apresentavam uma probabilidade 24% menor de ataque cardíaco e 13% mais baixa de um acidente vascular cerebral. Nada mal... Essa relação surpreendente tem uma explicação simples. Uma gengiva inflamada, ou uma cárie que já atingiu a raiz do dente, libera no corpo uma porção de substâncias inflamatórias. "Esses agentes desestabilizam a placa de gordura que existe nas artérias, favorecendo seu rompimento", esclarece o dentista Ricardo Neves, diretor da Unidade de Odontologia do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. A inflamação pode dificultar o fluxo de sangue até que ele pare totalmente, ao gerar coágulos ou placas que tampam 100% da passagem. É esse acidente de trânsito que deflagra infartos e derrames. O elo entre saúde bucal e doenças cardiovasculares é tão relevante que desde 1977 existe no Incor uma divisão especialmente focada em tratar problemas na cavidade oral em pacientes cardíacos. A preocupação é justamente evitar o risco de endocardite, infecção grave com índice considerável de mortalidade (veja o infográfico na página ao lado). "A boca é responsável por 40% das ocorrências desse mal, e nossa função é evitar que todo o esforço no tratamento vá por água abaixo", expõe Neves. O cardiologista Max Grinberg, diretor da Unidade de Valvopatias do centro de referência paulistano, completa: "Sempre recomendamos que os pacientes com disfunções nas válvulas cardíacas façam visitas regulares ao odontologista". Mesmo quem tem o peito batendo no ritmo certo não deve fugir da cadeira do dentista. "Apenas esse profissional consegue retirar todo o tártaro, placa bacteriana que enrijece após 48 horas sem remoção, e realizar o polimento, que evita por um bom tempo a adesão de novas placas", explica Luiz Akaki. Capriche no uso do fio dental - só ele é capaz de limpar o espaço entre os dentes. Enxaguatórios bucais, de preferência sem álcool, também ajudam a limar a placa e alcançam lugares aonde a escova e o fio não chegam. Com a higiene em dia, é possível eliminar o perigo na boca - e no coração. Doença periodontal Assim como a cárie, essa infecção é causada pela placa bacteriana. Além de danificar a gengiva e os tecidos da maxila e mandíbula, causando sangramento e inchaço, ela provoca uma série de chabus. "Isso porque, de novo, as bactérias podem cair na corrente sanguínea e chegar a diferentes órgãos", alerta o odontologista Sigmar de Mello Rode, professor da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

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