sábado, 1 de novembro de 2008

Ainda o diclofenaco

E complementando o tópico anterior.
A injeção de uma ampola intramuscular de 75 mg de diclofenaco ainda é imbatível para o tratamento da dor aguda.

Um comentário:

Anônimo disse...

Antiinflamatórios, o que é preciso saber?

O Dr. Rogério Teixeira da Silva é Mestre e Doutor em Ortopedia e Traumatologia do Esporte pela UNIFESP e Presidente Eleito do Comitê de Traumatologia do Esporte da Sociedade Brasileira de Ortopedia. O Dr. Rogério, também trabalha como Diretor Médico da confederação Brasileira de Tênis e concedeu uma entrevista para orientar os pacientes sobre o uso de antiinflamatórios da classe dos coxibes. Essa classe é muito utilizada no alívio da dor e inflamação e recentemente passou por uma avaliação da ANVISA, a agência de vigilância sanitária brasileira.

Doutor, o que são e para que servem os antiinflamatórios?

Os antiinflamatórios (ou AINES) são uma importante opção para os médicos tratarem a dor e a inflamação dos pacientes tanto em processos agudos, como em processos crônicos, em que os medicamentos são utilizados por um período mais longo.

Todos os antiinflamatórios são iguais?

Não. Podemos falar em dois tipos de antiinflamatório: os tradicionais, e uma nova classe, chamada de inibidores da enzima cox-2, mais conhecido como coxibes.

Os antiinflamatórios tradicionais são medicamentos que estão há mais tempo no mercado e, em geral, estão associados a um maior número de efeitos colaterais, incluindo hepáticos e gatrintestinais, do que os coxibes.

Já os coxibes, também chamados de antiinflamatórios de última geração por serem mais modernos, foram desenvolvidos para manter a mesma eficácia, mas diminuir os efeitos colaterais gastrintestinais, como dor de estômago, por exemplo. Para algumas doenças, eles se mostraram inclusive mais eficazes no alívio da dor e da inflamação do que os tradicionais.

E entre os antiinflamatórios dessa nova classe. Todos são iguais?

Não, eles também têm diferenças entre si, como o tempo que eles levam para começar a fazer efeito, a quantidade de comprimidos que o paciente tem que tomar por dia – o que varia de um a três comprimidos – e o grau de alívio da dor.

Recentemente a ANVISA tirou do mercado alguns medicamentos da classe dos coxibes. O que aconteceu exatamente?

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) entendeu que os riscos de alguns medicamentos retirados do mercado superavam os benefícios. A ANVISA também avaliou o medicamento Arcoxia de 60mg e 90mg e determinou sua permanência no mercado, o que significa que continuam sendo comercializados, como também o Parecoxibe e o Celecoxibe. É importante lembrar que esses medicamentos têm estudos que comprovam a sua eficácia e segurança, portanto o paciente deve confiar na indicação de seu médico e evitar a auto-medicação.

Muitas pessoas compram antiinflamatórios na farmácia sem receita médica. Isso é perigoso?

Sim, é perigoso. Somente o médico tem condições de fazer uma análise criteriosa do paciente e recomendar a terapia apropriada. Um medicamento que foi eficaz para uma pessoa pode não apresentar o mesmo benefício a outra, tanto em termos de eficácia como no surgimento de algum efeito colateral não desejado.

A mídia em geral tem falado bastante sobre saúde, prevenção, tratamentos e eventualmente os consumidores podem se sentir “Tentados” a comprar algum remédio na farmácia. Eu reforço que o médico é a pessoa mais indicada para recomendar o tratamento adequado.

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