sábado, 3 de maio de 2014

Campanha de Vacinação contra a Gripe amplia público prioritário


Começa nesta semana a Campanha de Vacinação contra a Gripe que, neste ano, passa a contemplar crianças a partir de seis meses até menores de cinco anos de idade (ou seja, quatro anos, 11 meses e 29 dias). No ano passado, o público infantil beneficiado foi o com faixa etária entre seis meses até dois anos. Neste sábado, Dia de Mobilização Nacional, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) irão funcionar das 8 às 17 horas, para imunizar os grupos prioritários.

A meta da Secretaria de Saúde é vacinar este ano aproximadamente 278 mil pessoas que integram os grupos prioritários estipulados pelo Ministério da Saúde. A Campanha se estende até o próximo dia 9 de maio e as doses podem ser encontradas em todas as UBSs da cidade, que funcionam de segunda a sexta-feira, em sua maioria das 8 às 17 horas.
Além das crianças, deverão ser imunizadas contra a doença as pessoas com 60 anos ou mais; grávidas em qualquer período da gestação; puérperas (mulheres no período até 45 dias após o parto, mediante a apresentação de cartão da gestante, documento do hospital ou certidão de nascimento do filho); indígenas; portadores de doenças crônicas com prescrição ou receita médica; e população privada de liberdade. Os profissionais de saúde que prestam assistência a pacientes com infecções respiratórias serão vacinados no próprio local de trabalho.
A vacinação desses grupos prioritários, que ocorre anualmente, é fundamental para prevenir a gripe e as suas complicações, além de apresentar um impacto indireto na diminuição das internações hospitalares, da mortalidade evitável e dos gastos com medicamentos para tratamento de infecções secundárias. As complicações da infecção pelo vírus influenza são mais comuns entre as pessoas de maior vulnerabilidade, as mesmas que são priorizadas todos os anos pela campanha.
Prevenção do câncer de boca
Durante a Vacinação contra a Gripe, a Secretaria de Saúde também desenvolverá a campanha de prevenção do câncer bucal, que mobilizará os cirurgiões dentistas das UBSs. A previsão é efetuar o exame de inspeção para detecção desse tipo de câncer em cerca de 30 mil pessoas, especialmente idosos cuja incidência da doença é maior.
Os casos suspeitos serão encaminhados para os Centros de Especialidades Odontológicas do município, com agendamento de consulta. No ano passado, foram examinados 28.679 idosos. Destes, 883 foram encaminhados para uma segunda avaliação, 579 apresentaram lesões reversíveis e seis foram diagnosticados com a doença.

Campanha do Câncer de Boca - UBS Presidente Dutra, Guarulhos.

Informamos que realizaremos o exame de oroscopia para a busca de lesões cancerizáveis na boca, no período de 25 de abril até 15 de maio.

Estou à disposição, no período da tarde, na UBS Presidente Dutra, para o exame clínico gratuito.

Basta trazer seu RG e sua carteirinha do SUS.

Horário: das 12h às 16h. Segunda-feiras até quinta-feiras, até 15 de maio.



Dr. André Amaral Ribeiro




Endereço: Rua Nova Iorque, 375 - Jd. Presidente Dutra - CEP 1925103 - Guarulhos - SP
Fone: (11) 2432-5649 e 2431-9526
E-Mail: dutra.presidentedutra@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Pacientes com câncer devem ter cuidados redobrados com saúde bucal

Quimio e radioterapia podem provocar efeitos colaterais, deixando a boca mais sensível, afirma especialista do Iamspe

Ter, 14 de Janeiro de 2014 17:34



Apesar de importantes para o tratamento do câncer, a quimioterapia e a radioterapia podem desencadear alguns sintomas que, quando não tratados, prejudicam a saúde da boca e, até mesmo, o tratamento da doença. Por isso, o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) faz um alerta sobre os cuidados com a higiene bucal durante o tratamento oncológico.
Cada pessoa reage de maneira diferente à quimioterapia e à radioterapia, mas alguns efeitos colaterais são mais comuns, como o aumento da sensibilidade da gengiva, dos dentes e da mucosa.
Entre as queixas mais frequentes estão a perda de paladar e o surgimento de mucosite (feridas), xerostomia (boca seca), candidose (infecção por fungos popularmente conhecida como sapinho) e cárie de radiação. Estes sintomas podem ser temporários ou permanentes, dependendo do local e tipo de tumor, assim como da dose das medicações utilizadas.
É importante destacar que é possível prevenir e controlar estes problemas, e a principal ferramenta para isto é a manutenção rigorosa da higiene bucal. O paciente também precisa de cuidados odontológicos antes, durante e após o tratamento.
"Consultas periódicas com o dentista são sempre essenciais. No caso do paciente oncológico, essa necessidade se acentua ainda mais. Estas pessoas deverão receber cuidados odontológicos especiais por toda a vida", explica Cassiano Silveira, cirurgião-dentista e diretor do ambulatório de Odontologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
Confira algumas regras essenciais para a manutenção da saúde bucal dos pacientes em tratamentos com quimioterapia e radioterapia:
- Cuide detalhadamente da higiene, passando fio dental e escovando cuidadosamente os dentes, gengiva e língua após as refeições. Neste processo, indica-se o uso de escovas com cerdas macias e creme dental com flúor;
- Quem faz uso de dentaduras deve certificar-se de que o aparelho está bem ajustado à boca e não causando feridas. Ela deve ser limpa diariamente, com auxílio de uma escova de dente. Se possível, diminua o tempo de uso do objeto; nos momentos em que não estiver sendo utilizada, mantenha a dentadura seca ou submersa em água misturada a uma colher de café de água sanitária;
- Mantenha a boca úmida. Além de beber água frequentemente, mascar chicletes sem açúcar e utilizar saliva artificial podem ajudar;
- Evite o uso de enxaguantes bucais com álcool e de palitos de dente;
- Não consuma bebidas alcoólicas ou produtos derivados do tabaco (cigarro, charuto, cachimbo e fumo para mascar);
- Consulte um dentista regularmente.
Iamspe
O Iamspe, autarquia vinculada à Secretaria de Gestão Pública, tem hoje uma das maiores redes de atendimento em saúde para funcionários públicos do país.
Além do Hospital do Servidor Público Estadual, na capital paulista, possui 17 postos de atendimento próprios no interior, os Ceamas, e disponibiliza assistência em mais de 100 hospitais e 130 laboratórios de análises clínicas e de imagem credenciados pela instituição, beneficiando 1,3 milhão de pessoas em todo o Estado.

sábado, 2 de novembro de 2013

Sinal de Chvostek


Sinal de Chvostek é um sinal médico que consiste na presença de espasmos dos músculos faciais 
em resposta à percussão do nervo facial na região zigomática.
É um dos sinais de tetania observados na hipocalcemia.
Foi descrito pela primeira vez por František Chvostek, um médico austríaco, em 1876, e depois independentemente 
por Nathan Weiss em 1883.
Embora classicamente descrito na hipocalcemia, este sinal também pode ser encontrado na alcalose metabólica e 
Hipomagnesemia.
É importante ressaltar que cerca de 10% da população tem este sinal positivo sem a hipocalcemia.

Procedimento para ATM possibilita uma nova perspectiva no tratamento e no diagnóstico de disfunções temporomandibulares

Dr. Armando de Barros
Dr. Armando de Barros
   As disfunções temporomandibulares são problemas que acometem uma elevada parcela da população. Os sintomas são bastante variáveis e apresentam queixas, como desconfortos para movimentar a boca, cefaleias, dores na região crânio facial, no pescoço e próximo aos ouvidos, estalos e crepitações ao abrir a boca, zumbidos e, até, limitações extremas dos movimentos mandibulares, com dores muito acentuadas, o que pode comprometer a qualidade de vida.
   A etiologia é diversa e as causas mais frequentes podem originar-se pela maneira como o paciente usa sua mordida, que pode estar prejudicada pela perda ou posição inadequada dos dentes na arcada, apertamento ou bruxismo, problemas frequentes em situações de estresse, posições posturais viciosas etc. Outros podem ter origem em problemas degenerativos internos nas articulações, muitas vezes, o resultado do agravamento de quadros sistêmicos com alterações fisiológicas, como no caso das artrites, alterações morfológicas ou problemas de desgastes das estruturas articulares.
   Todos os casos, sem exceção, necessitam de tratamento adequado, caso contrário, os sintomas podem se agravar, fazendo com que o indivíduo sofra complicações mais severas.
   Quando o diagnóstico é precoce e as causas ainda são primárias, o tratamento se apresenta de forma mais simples com a utilização de placas de relaxamento, fisioterapia, correções primárias da mordida e outros métodos, que, muitas vezes, são associados a terapias medicamentosas (acupuntura e ao acompanhamento de outros profissionais de saúde). Nos casos crônicos, como as degenerações, tenta-se o tratamento conservador, porém, quando não há sucesso, as cirurgias se tornam necessárias, mas, são usadas como último recurso em problemas de reposicionamento de disco articular e colocação de próteses condilares.
   Em entrevista, o Dr. Armando de Barros, especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais (CTBMF), da Oral e Maxilo Facial, esclareceu que a artroscopia das articulações temporomandibulares (ATM’s) é um método minimamente invasivo. O procedimento é usado como intermediário entre os métodos mais conservadores e os mais radicais. “Usando apenas dois pequenos acessos (tipo furos) por onde entram uma micro câmera e instrumentos muito delicados no interior das articulações, pode-se diagnosticar e tratar alterações internas como: aderência do disco articular, lavagens do compartimento articular, sinusites, cauterizações, derrames intra-articulares e outros problemas”. O procedimento também pode ser usado para reposicionamento de deslocamentos dos discos, uma técnica que tem aberto novos horizontes para o diagnóstico e tratamento das disfunções da ATM.
Barros ainda ressalta que, normalmente o procedimento é realizado sob internação hospitalar de apenas um dia e utiliza-se anestesia geral. A cicatriz é pequena e praticamente imperceptível, de forma que não compromete a estética. E as possíveis complicações são de baixa incidência.
   O Departamento de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Faciais da Santa Casa de Piracicaba disponibiliza instrumentos e equipamentos de ultima geração para a artroscopia das articulações temporomandibulares, motivo pelo qual, vem se consolidando como um dos serviços de referencia nacional nesta área.  Em parceria com a iniciativa privada, a Santa Casa fornece suporte para os cursos de capacitação em artroscopia à profissionais de várias regiões do Brasil
.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

3D-Printed Blizzident Toothbrush Cleans Your Pearly Whites in Six Seconds

http://www.ohgizmo.com/2013/10/07/3d-printed-blizzident-toothbrush-cleans-your-pearly-whites-in-six-seconds/

3D-Printed Blizzident Toothbrush Cleans Your Pearly Whites in Six Seconds

Blizzident
If you don’t want to end up with dentures at a not-so-ripe young age, then you’d better brush your teeth and floss like your dentist recommended. I’m not one to judge, though, because I know that feeling all too well: when you find yourself lying in bed after a long day, and you just can’t seem to bring yourself to get up and head to the bathroom so you can brush your teeth before turning in.
Then alone came Blizzident. Now this 3D printed toothbrush won’t let you brush your teeth in bed, but it will certainly change how you brush your teeth. It’s a mouthpiece-like brush that’s customized to fit your mouth (and yours alone), so all you have to do is pop it in, make a couple of chewing and biting motions for six seconds, and you’re done.
Yup, that’s right: it takes just six seconds. At least, that’s what the makers of Blizzident claim. The process involved in having one made is going to cost you, so it’s up to you to decide if the convenience and benefits are worth it. First of all, you’ll have to get an impression or 3D scan of your teeth. These scans are then sent over to Blizzident, who will 3D print your own customized toothbrush. The cost? $299.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Opinião - Dra. Adriana Lira Ortega - bruxismo em crianças/ bruxismo infantil / bruxismo na infância

A criança na intersecção da Odontopediatria com a DTM/DOF
O fato de não haver crianças na rotina do atendimento dos ambulatórios de DTM/DOF não significa que elas estejam imunes à essa condição. Vários trabalhos epidemiológicos que investigaram sinais e sintomas de DTM/DOF em crianças apontam porcentagens que chegam a 35% da amostra avaliada. Então porque esse percentual não é atingido nas procuras em serviços especializados? Um dos prováveis motivos é que os sinais e sinto6mas investigados pelas pesquisas não chegam a afetar a qualidade de vida desses indivíduos e assim não são percebidos pela criança ou por seus cuidadores. No entanto, esse fato não se torna menos importante sabendo que, como em toda doença, pode haver evolução para quadros mais complexos. Desta forma, a percepção precoce de sinais e sintomas com posterior intervenção, pode ser uma forma eficiente de evitar a evolução ou minimizar o acometimento.
A Odontopediatria é a especialidade que prima pela prevenção de doenças ou alterações orofaciais para que a criança cresça livre de qualquer necessidade de tratamento. Sabendo que a oportunidade dos primeiros contatos da criança com o dentista é do Odontopediatra, fica claro que é sua responsabilidade reconhecer precocemente sinais e sintomas de DTM/DOF. Após a identificação desses sinais e sintomas, o paciente deve ser encaminhado para o profissional capacitado nessa área específica para que seja feito o diagnóstico preciso e seguimento do caso. Como não custa reforçar o que já está comprovado pelas evidências científicas, mas ainda permanece como prática no nosso meio, a capacitação em área clínica que vise a harmonia oclusal não habilita o profissional para o manejo de pacientes com DTM/DOF.
Nesse ponto a criança é encaminhada para um cirurgião dentista que normalmente trata de pacientes adultos. Para o profissional acostumado ao atendimento de adultos é importante alertar que o estabelecimento do vínculo com a criança é fundamental para a tomada de história e que nem sempre acontece no primeiro contato. Devemos lembrar que o adulto procura o serviço de saúde e quer ser tratado, enquanto que a criança não procurou e em algumas vezes não quer ou tem medo do que possa ser o tratamento. Além disso, algumas características dessa fase da vida exigem uma abordagem específica e o profissional precisa adequar a sua linguagem para fazer a tomada de história. É aconselhável o emprego rotineiro de recursos anamnéticos, como diário e escalas analógicas visuais infantis de dor, e também que se conheça as diversas etapas do desenvolvimento cognitivo para obtenção do máximo de informações. Lembrando que a catastrofização da dor em criança também existe, já foi bastante estudada e é influenciada pelo comportamento do cuidador.
De maneira geral, os estudos que abordam esse tema (DTM/DOF em crianças) estão mais restritos na área epidemiológica e muitas inferências são feitas a partir de pesquisas com adultos. Dessa forma, os protocolos de tratamento para crianças e adolescentes devem obedecer aos mesmos princípios preconizados atualmente e devem ser conservadores, reversíveis e baseados na melhor evidência científica disponível.
Aliás, é importante saber que o entendimento correto do que é evidência científica é condição fundamental para a prática da Odontologia.


adriana

sábado, 12 de outubro de 2013

Osteomielite e Artrite Infecciosa

Osteomielite


A osteomielite é uma infecção do osso, geralmente provocada por uma bactéria, embora também, em alguns casos, por um fungo.
Quando o osso se infecta, inflama-se muitas vezes a medula óssea. Como o tecido inflamado faz pressão contra a parede exterior rígida do osso, os vasos sanguíneos da medula podem comprimir-se, reduzindo ou interrompendo o fornecimento de sangue ao osso.
Se o afluxo sanguíneo for insuficiente, algumas partes do osso podem morrer. A infecção também pode avançar por fora do osso e formar acumulações de pus (abcessos) nos tecidos moles adjacentes, como o músculo.
Causas
Os ossos, que normalmente estão bem protegidos da infecção, podem infectar-se por três vias: a circulação sanguínea, a invasão directa e as infecções dos tecidos moles adjacentes.
A circulação sanguínea pode transmitir uma infecção aos ossos a partir de outra zona do corpo. A infecção costuma manifestar-se nas extremidades dos ossos do braço e da perna no caso das crianças e na coluna vertebral nos adultos. As pessoas que estão em tratamento de diálise por insuficiência renal e as que se injectam com drogas têm uma predisposição particular para contrair uma infecção das vértebras (osteomielite vertebral). Também se podem originar infecções na parte do osso em que se implantou uma peça de metal, como no caso de uma cirurgia devido a uma fractura da anca ou de outros sítios. As vértebras também podem ser infectadas pelas bactérias que causam a tuberculose (doença ou mal de Pott).
Alguns organismos podem invadir o osso directamente através das fracturas expostas, durante uma intervenção cirúrgica sobre o osso, ou através de objectos contaminados que nele penetrem. A infecção numa articulação artificial (contraída em geral durante a intervenção cirúrgica) pode estender-se ao osso adjacente.
A infecção nos tecidos moles que rodeiam o osso pode estender-se ao mesmo ao fim de vários dias ou semanas. Esta infecção pode ter a sua origem numa zona lesada por uma ferida, por radioterapia ou por cancro, ou numa úlcera da pele causada por má circulação ou diabetes, ou ainda numa infecção dos seios perinasais, dos dentes ou da gengiva.
Sintomas
Nas crianças, as infecções ósseas contraídas através da circulação sanguínea causam febre e, em certas ocasiões, dor no osso infectado alguns dias depois. A área que está por cima do osso pode inflamar-se e inchar e o movimento pode ser doloroso.
As infecções das vértebras desenvolvem-se de forma gradual, causando dores de costas persistentes e sensibilidade ao tacto. A dor piora com o movimento e não se alivia com o repouso nem com a aplicação de calor ou a ingestão de analgésicos. A febre, um sinal frequente de infecção, está frequentemente ausente.
As infecções ósseas provocadas por infecções nos tecidos moles adjacentes ou por invasão directa causam dor e inchaço na zona localizada por cima do osso; podem formar-se abcessos nos tecidos circundantes. Estas infecções podem não provocar febre. Os resultados das análises de sangue podem ser normais. É habitual que o doente que apresenta uma infecção numa articulação ou num membro artificial sofra uma dor persistente nessa zona.
Se uma infecção óssea não for tratada de maneira eficaz, pode produzir-se uma osteomielite crónica. Por vezes, este tipo de infecção passa despercebida durante muito tempo, já que pode não produzir sintomas durante meses ou anos. É frequente que a osteomielite crónica cause dor no osso, produzindo infecções nos tecidos moles que estão sobre o mesmo e uma supuração constante ou intermitente através da pele.
A drenagem tem lugar quando o pus do osso infectado abre caminho até à pele e forma um trajecto (trajecto fistuloso) desde o osso até à pele.
Fases da infecção de uma vértebra e do disco intervertebral
Diagnóstico
Os sintomas e os resultados do exame físico podem sugerir osteomielite. A zona infectada aparece quase sempre anormal numa cintigrafia óssea (com isótopos radioactivos como o tecnécio), excepto nas crianças; em contrapartida, pode não se manifestar numa radiografia até 3 semanas depois do aparecimento dos primeiros sintomas. A tomografia axial computadorizada (TAC) e a ressonância magnética (RM) também identificam a zona infectada. Contudo, nem sempre distinguem as infecções de outras perturbações do osso. Para diagnosticar uma infecção óssea e identificar a bactéria que a causa, devem colher-se amostras de sangue, de pus, de líquido articular ou do próprio osso. Em geral, numa infecção das vértebras analisam-se amostras do tecido ósseo que são extraídas por meio de uma agulha ou durante uma intervenção cirúrgica.
Tratamento
Nas crianças ou adultos com infecções ósseas recentes a partir da circulação sanguínea, os antibióticos são o tratamento mais eficaz. Se não se pode identificar a bactéria que provoca a infecção, administram-se antibióticos eficazes contra oStaphylococcus aureus (a bactéria causadora mais frequente) e, em alguns casos, contra outras bactérias. No princípio os antibióticos podem ser administrados por via endovenosa e mais tarde por via oral, durante um período de 4 a 6 semanas, dependendo da gravidade da infecção. Algumas pessoas necessitam de meses de tratamento. Em geral não está indicada a cirurgia se a infecção for detectada na sua fase inicial, embora, por vezes, os abcessos sejam drenados cirurgicamente.
Para os adultos que sofrem de infecções nas vértebras, o tratamento habitual consiste na administração de antibióticos adequados durante 6 a 8 semanas, por vezes em repouso absoluto. A cirurgia pode ser necessária para drenar abcessos ou estabilizar as vértebras afectadas.
O tratamento é mais complexo quando a infecção óssea é consequência de uma infecção dos tecidos moles adjacentes. Habitualmente, tecido e osso morto são extraídos cirurgicamente e o espaço vazio resultante enche-se com osso, músculo ou pele sãos, e depois trata-se a infecção com antibióticos.
Em geral, uma articulação artificial infectada deve ser extraída e substituída por outra. Os antibióticos podem ser administrados várias semanas antes da intervenção cirúrgica, de modo a poder extrair-se a articulação artificial infectada e implantar simultaneamente a nova. O tratamento só é eficaz em alguns casos e pode ser necessário recorrer-se a uma intervenção cirúrgica, quer para fundir os ossos da articulação, quer para amputar o membro.
As infecções que se propagam ao osso a partir das úlceras do pé, causadas por má circulação ou diabetes, implicam muitas vezes várias bactérias e simultaneamente são difíceis de curar apenas com antibióticos. A cura pode exigir a extirpação do osso infectado.




Artrite infecciosa


A artrite infecciosa é uma infecção do conteúdo líquido (líquido sinovial) e dos tecidos de uma articulação.
Os organismos infecciosos, principalmente as bactérias, costumam atingir a articulação através da circulação sanguínea, embora esta possa ser directamente infectada se for contaminada por via cirúrgica, por uma injecção ou por uma ferida. Uma articulação pode ser infectada por diversas bactérias. O tipo de bactéria causadora da infecção pode variar segundo a idade da pessoa. Os estafilococos, o Hemophylus influenzae e as bactérias conhecidas como bacilos gram-negativos infectam com mais frequência bebés e crianças pequenas, enquanto os gonococos (bactérias que causam a gonorreia), os estafilococos e os estreptococos infectam com maior frequência crianças grandes e adultos. Os vírus, como o da imunodeficiência humana (VIH), os parvovírus e os que causam a rubéola, a papeira e a hepatite B, podem infectar as articulações de pessoas de qualquer idade. As infecções articulares crónicas são muitas vezes provocadas por tuberculose ou fungos.
Sintomas
É habitual que as crianças sintam febre e dor, com tendência para a irritabilidade. É comum as crianças não poderem mover a articulação infectada pela dor que isso causa. Em crianças grandes e adultos, que apresentam infecções bacterianas ou virais, é habitual que os sintomas comecem de maneira súbita. É vulgar o rubor, o calor local e a dor ao movimento e ao tacto, tal como a acumulação de líquidos, provocando edema e rigidez na articulação. Outros sintomas são febre e calafrios.
As articulações que se infectam com maior frequência são as do joelho, do ombro, do pulso, da anca, dos dedos e dos cotovelos. Os fungos ou as micobactérias (bactérias que causam a tuberculose e infecções semelhantes) costumam causar sintomas de menor intensidade. A maioria das infecções por fungos e micobactérias afectam apenas uma articulação e raramente infectam várias simultaneamente. Por exemplo, a bactéria que causa a doença de Lyme infecta muitas vezes as articulações do joelho. Os gonococos e os vírus podem infectar muitas articulações ao mesmo tempo.
Artrite de origem infecciosa
Para o diagnóstico da artrite de origem infecciosa (artrite séptica) é indispensável a análise do líquido articular, que frequentemente é de aspecto turvo, inclusive purulento. O líquido obtém-se mediante a punção da articulação com uma seringa e uma agulha estéreis.
Diagnóstico
Uma articulação infectada costuma ser destruída em poucos dias, a menos que o tratamento com antibióticos seja imediatamente iniciado. Por este motivo realizam-se vários exames de diagnóstico se existir a possibilidade de infecção. É habitual extrair uma amostra do líquido articular, tanto para detectar a presença de glóbulos brancos como para efectuar exames complementares, que determinarão a presença de bactérias e outros organismos. As culturas em laboratório são, na maioria dos casos, úteis para identificar a bactéria que causa a infecção do líquido articular, a menos que a pessoa tenha tomado antibióticos recentemente. Contudo, as bactérias que causam a gonorreia, a doença de Lyme e a sífilis são difíceis de isolar do líquido articular.
As bactérias responsáveis pelas infecções articulares aparecem frequentemente na circulação sanguínea; por isso, é habitual que o médico solicite uma análise de sangue. Também se pode analisar a expectoração, o líquido da espinal medula e a urina a fim de determinar a fonte da infecção.
Tratamento
O tratamento com antibióticos inicia-se mal haja a suspeita da possibilidade de infecção, inclusive antes da identificação do organismo infeccioso por parte do laboratório. Em primeiro lugar administram-se antibióticos para eliminar as bactérias mais prováveis e, caso seja necessário, serão administrados outros mais tarde. Com frequência administram-se inicialmente os antibióticos por via endovenosa, para assegurar que o medicamento chega em quantidade suficiente à articulação infectada. Raramente se injectam directamente na articulação. Se o tratamento for adequado, a melhoria verifica-se dentro de 48 horas.
Para prevenir a acumulação de pus (que pode lesar a articulação), o médico extrai-o com uma agulha. Por vezes, insere-se um tubo para drenar o pus, sobretudo se a articulação é difícil de alcançar com uma agulha, por exemplo, no caso da anca. Se a drenagem da articulação praticada com uma agulha ou um tubo não for eficaz, pode-se recorrer à cirurgia ou à artroscopia (procedimento que utiliza um microscópio especial para examinar o interior da articulação). No princípio, pode-se imobilizar a articulação para aliviar a dor, mas também será necessária uma reabilitação física para prevenir a rigidez e a perda permanente de funções.
As infecções causadas por fungos tratam-se com medicamentos antimicóticos e a tuberculose com uma combinação de antibióticos. Contudo, as infecções virais costumam melhorar de forma espontânea, daí que só seja necessária a terapia para a dor e para a febre.
Em geral, quando se infecta uma articulação artificial, não é adequado o tratamento baseado apenas em antibióticos.
Ao fim de vários dias de tratamento com antibióticos, a cirurgia pode ser necessária para substituir a articulação.


Manual Merck para a família: http://www.manualmerck.net/?id=79&cn=788&ss=

Arterite da artéria temporal



A arterite da artéria temporal (de células gigantes) é uma doença inflamatória crónica das grandes artérias.
Esta doença afecta uma em cada 1000 pessoas com mais de 50 anos de idade e é um pouco mais frequente nas mulheres do que nos homens. Desconhece-se a sua causa. Os sintomas sobrepõem-se aos da polimialgia reumática, pelo que alguns médicos consideram que se trata de variações da mesma doença.
Sintomas
Os sintomas variam de acordo com as artérias que são afectadas. É frequente que sejam afectadas as grandes artérias que chegam à cabeça e, em geral, aparece uma dor de cabeça intensa e repentina nas fontes ou na parte posterior da cabeça. Nos vasos sanguíneos da fonte pode notar-se inchaço e irregularidade ao tacto e pode sentir-se dor no couro cabeludo ao pentear. Podem manifestar-se, além disso, visão dupla, visão turva, grandes manchas cegas, cegueira de um olho ou outros problemas oculares. O maior perigo é a cegueira permanente, que pode manifestar-se de forma repentina caso se obstrua o afluxo de sangue ao nervo óptico. A mandíbula, os músculos mastigadores e a língua podem ferir-se ao comer ou ao falar. Outros sintomas podem ser os da polimialgia reumática.
Diagnóstico e tratamento
O médico baseia o seu diagnóstico nos sintomas e no exame físico e confirma-o mediante a prática de uma biopsia da artéria temporal, localizada na fonte. As análises de sangue são úteis também para detectar anemia e uma velocidade de sedimentação globular elevada.
Como a arterite da temporal causa cegueira em 20 % das pessoas não tratadas, o tratamento deve ser iniciado mal se suspeite da existência da doença. A prednisona é eficaz; administra-se em princípio numa dose elevada para deter a inflamação dos vasos sanguíneos, reduzindo-se lentamente ao fim de várias semanas se o paciente melhorar. Algumas pessoas podem deixar de tomar a prednisona ao fim de poucos anos, mas muitas precisam de doses muito baixas durante muitos anos para poder controlar os sintomas e prevenir a cegueira.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rua José Jannarelli 199 - cj. 35 Vila Progredior -São Paulo, SP

Profissionais que atendem nesse endereço:

Dr. Sérgio Luiz Wecchi - CRM 24.465
Cirurgia Geral e Clínica Médica

Dra. Lílian Lamotte Wecchi - CRM 125.929
Clínica Médica e Dermatologia

Dr. André Amaral Ribeiro - CRO 72.704
Cirurgião-Dentista 
(somente consultas especializadas em disfunções de ATM, neste endereço)

Fone: 3271-5993

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Infiltrações com corticoides

As vantagens e riscos das infiltrações
Usada desde a metade do século passado, o anti-inflamatório esteróide intra-articular ou intra-lesional, popularmente conhecido como infiltração, é um dos procedimentos mais conhecidos da ortopedia, mas que ainda deixa muitas dúvidas para os pacientes. “Devido a seu grande efeito anti-inflamatório, os esteróides são usados em grande número de patologias ortopédicas”, explica o médico ortopedista da Sociedade Brasileira de Ortopedia, Vicente Carlos F. Macedo.

Segundo pesquisas recentes, as infiltrações são realizadas por 12% dos membros da Sociedade Britânica de Reumatologia e 90% dos ortopedistas da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos. No Brasil ainda não há um levantamento similar.

Muitos têm insegurança quanto à eficácia, efeitos colaterais e medicações a serem utilizadas. Segundo Dr. Vicente, a habilidade técnica do profissional é um ponto importante a ser considerado: “Existem formas solúveis, de ação mais curta, indicadas para processos agudos; formas insolúveis, de ação prolongada, para processos de longa duração e formas mistas. Cabe ao profissional avaliar qual o procedimento adequado”.

Benefícios e riscos da infiltração

Antigamente usavam-se agulhas maiores e o medicamento era aplicado fazendo um leque no tecido. Hoje em dia é feita a aplicação apenas no ponto inflamado definido previamente no exame físico do paciente, o que garante maior segurança. "Uma infiltração também pode ser usada como procedimento de diagnóstico, ajudando seu médico a identificar onde está a fonte de dor, nos casos em que exista dúvida", explica Dr. Vicente.

Uma recente pesquisa cientifica publicada pela Revista Brasileira de Ortopedia, avaliou os riscos da infiltração. Os resultados foram esclarecedores. Além de mostrar que o procedimento é seguro, revelou como evitar efeitos colaterais. “Considerando-se todos os eventos adversos, existiu algum efeito colateral visível ou referido em 26 das 241 das infiltrações realizadas, correspondendo a um índice de 10,78%. Para tentar evitar complicações como despigmentação e atrofia de pele, achamos prudente efetuar injeção profunda nos locais com maior quantidade de tecido subcutâneo ou utilizar formas de corticóide mais solúveis, com menor volume, se o subcutâneo for mais escasso”, diz a publicação.

Apesar dos riscos dessas injeções serem pequenos, é bom lembrar que nenhuma intervenção médica esta totalmente livre dos mesmos. Por isso, a infiltração é contra-indiciada em caso de suspeita de infecção, dores de cabeça e sangramento. “Alguns procedimentos podem ter seus riscos específicos, neste caso, o ideal é perguntar para seu médico sobre tais particularidades", ressalta o especialista.

Perigo oculto

Dr. Vicente alerta a outra forma de uso dos corticóides, por via oral, pode ser muito mais perigosa. “Publicações recentes sobre anti-inflamatórios orais tem cada vez mais demonstrado efeitos colaterais e a ANVISA suspendeu recentemente vários do mercado. Portanto, devemos sempre estar alerta para possibilidade do uso da infiltração como arsenal terapêutico atual nas patologias ortopédicas”.

O médico conclui que “a infiltração usada concomitante com o reforço muscular - seja com o apoio de um bom fisioterapeuta ou mesmo na academia - gera muitos benefícios para o tratamento de diversas doenças ortopédicas”.

Dr. Vicente Carlos F. Macedo,
Médico ortopedista da Sociedade Brasileira de Ortopedia.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Curso com Prof. Dr. Ewerton Nocchi


Manual Merck

Dor e contractura muscular


Na maioria dos casos, a sobrecarga dos músculos provoca dor e contractura muscular à volta do maxilar, habitualmente como resultado de uma tensão psicológica, que leva a apertar ou a ranger os dentes (bricomania).
A maioria das pessoas pode introduzir em posição vertical, e sem esforço, as pontas dos seus dedos indicador, médio e anular no espaço entre os dentes dianteiros superiores e inferiores. Este espaço é geralmente menor quando existem problemas com os músculos à volta da articulação temporomaxilar.
Sintomas
Os indivíduos com dores musculares costumam ter poucas dores na articulação. Sentem antes dor e contractura em ambos os lados da cara quando despertam ou depois de períodos de grande tensão nervosa durante o dia. A dor e a contractura aparecem devido a espasmos musculares provocados pelo aperto repetido dos músculos ou dos dentes e para os fazer ranger. Apertar e ranger os dentes enquanto se dorme faz-se com muito mais força do que estando acordado. 
Tratamento
Se uma pessoa se apercebe de que aperta ou faz ranger os dentes, pode tomar certas medidas para o evitar. Geralmente, a utilização de um protector bucal constitui o tratamento principal. Trata-se de uma peça fina de plástico que está desenhada para encaixar sobre a dentadura tanto superior como inferior (protector nocturno); normalmente, molda-se para os dentes superiores e adapta-se para dar uma dentada uniforme. A pequena peça reduz o ranger dos dentes tanto de dia como de noite, permitindo o repouso e a recuperação dos músculos maxilares. Pode também evitar-se as lesões dos dentes que estão submetidos a uma pressão excepcional devido a este facto.
O estomatologista pode prescrever uma terapia com meios físicos, consistindo num tratamento com ultra-sons, aplicação de correntes e pulverizadores, exercícios de estiramento ou massagens de fricção. Pode também ser útil a estimulação eléctrica transcutânea dos nervos. Muitas vezes, obtêm-se óptimos resultados mediante o controlo do nervosismo do doente e o registo da contracção muscular através de estímulos eléctricos (electromiografia).
O estomatologista pode também prescrever medicamentos. Por exemplo, um relaxante muscular pode aliviar a contractura e a dor, especialmente enquanto o doente espera que lhe fabriquem a peça protectora.
No entanto, os medicamentos não pressupõem a cura e também não são recomendáveis para as pessoas idosas e só se prescrevem durante um período breve, cerca de um mês ou menos. Os analgésicos como os anti-inflamatórios não esteróides (aspirina, por exemplo) aliviam também a dor. Os estomatologistas evitam a prescrição de narcóticos porque podem criar hábito. As pastilhas para dormir podem prescrever-se ocasionalmente, se o doente tem dificuldades em conciliar o sono devido à dor.

Deslocamento interno


No deslocamento interno, o disco da articulação está colocado no lado oposto à sua posição normal.
No deslocamento interno sem redução, o disco nunca volta à sua posição normal e limita o movimento dos maxilares. No deslocamento interno com redução, que é o mais frequente, o disco está colocado no lado oposto à sua posição normal só quando a boca está fechada. Quando se abre a boca e o maxilar desliza para a frente, o disco volta à sua posição normal, produzindo um estalido quando o faz. Ao fechar a boca, o disco desliza novamente para a frente, fazendo muitas vezes outro som.
Sintomas e diagnóstico
Frequentemente, o único sintoma do deslocamento interno é um estalido ou um som de crepitação na articulação quando a boca se abre amplamente ou se mexem os maxilares lateralmente. Cerca de 20 % da população têm deslocamentos internos que não produzem sintomas, a não ser pelos sons da articulação que são notórios. O estomatologista diagnostica o deslocamento interno efectuando um exame enquanto o doente abre e fecha a boca lentamente.
Tratamento
O tratamento é necessário quando se sente dor nos maxilares ou dificuldades na mobilidade. Se este for solicitado logo que aparecem os sintomas, o estomatologista pode fazer com que o disco retroceda para a sua posição normal. Se a pessoa sofreu este incómodo há menos de 3 meses, o estomatologista pode colocar uma tala que empurre a posição do maxilar inferior para a frente. Essa peça manterá o disco em posição, permitindo que os ligamentos de sustentação fiquem tensos. Ao fim de 2 a 4 meses, o estomatologista adaptará a tala para permitir que o maxilar volte à sua posição normal, com a expectativa de que o disco permaneça no seu lugar.
O estomatologista recomendará ao doente com deslocamento interno que evite abrir a boca amplamente, por exemplo, ao bocejar ou morder uma sanduíche grossa. Os indivíduos com esta perturbação necessitam de abafar os seus bocejos, cortar os alimentos em pedaços pequenos e comer alimentos que sejam fáceis de mastigar.
Se o processo não se puder tratar com meios não cirúrgicos, um cirurgião maxilofacial pode fazer uma intervenção cirúrgica para arranjar o disco e fixá-lo no seu lugar. No entanto, a necessidade de cirurgia é relativamente rara.
Frequentemente, os indivíduos com deslocamento interno também têm dor e contractura muscular; no entanto, uma vez que seja tratada a dor muscular, os outros sintomas desaparecem também. Os estomatologistas obtêm melhores resultados no tratamento da dor e da contractura muscular do que no tratamento do deslocamento interno.



Fisioterapia para a dor e a tensão muscular do maxilar inferior
Os ultra-sons são um método para fornecer calor intenso às zonas dolorosas. Quando estas aquecem, os vasos sanguíneos dilatam-se e o sangue pode levar rapidamente o ácido láctico acumulado responsável pela dor muscular.
A administração de correntes (electromiografia) controla a actividade muscular com um manómetro. O doente tenta relaxar todo o corpo ou um músculo específico enquanto observa o manómetro. Deste modo, o doente aprende a controlar ou a relaxar determinados músculos.
Os exercícios de pulverarização e estiramento consistem em pulverizar um refrigerante sobre a pele da maça do rosto e da têmpora, de modo que os músculos do maxilar possam distender-se.
As massagens de fricção consistem em esfregar uma toalha áspera sobre a maça do rosto e a têmpora para aumentar a circulação e acelerar a eliminação do ácido láctico
A estimulação eléctrica transcutânea dos nervos consiste na utilização de um dispositivo que estimula as fibras nervosas que não transmitem a dor. Crê-se que os impulsos resultantes obstruem os impulsos dolorosos que o doente esteve a sentir.

Artrite


A artrite pode afectar as articulações temporomaxilares do mesmo modo que afecta as outras articulações. Nas pessoas de idade avançada é mais comum a artrose (doença articular degenerativa), um tipo de artrite em que a cartilagem das articulações degenera. A cartilagem das articulações temporomaxilares não é tão resistente como a das outras articulações. Devido ao facto de a artrose se apresentar principalmente quando o disco falta ou tem perfurações, a pessoa sente uma sensação áspera na articulação ao abrir ou fechar a boca. Quando a artrose é grave, a parte superior do maxilar aplana-se e não se pode abrir a boca com amplitude. O maxilar pode também deslocar-se para o lado afectado e, por vezes, é possível que o afectado seja incapaz de voltar a colocá-lo na posição correcta. A maioria dos sintomas melhora ao fim de alguns anos, inclusive sem qualquer tratamento, provavelmente porque a faixa de tecido por trás do disco cicatriza e funciona como o disco original.
A artrite reumatóide afecta a articulação temporomaxilar em cerca de 17 % dos indivíduos que têm este tipo de artrite. Quando a artrite reumatóide é grave, especialmente nos jovens, a parte superior do maxilar pode degenerar e encurtar-se. Esta lesão pode levar a um alinhamento repentino e defeituoso dos dentes superiores sobre os inferiores (má oclusão). Se a lesão for grave, a longo prazo o maxilar pode chegar a fundir-se com o crânio (ancilose), limitando enormemente a capacidade de abrir a boca.
Geralmente, a artrite reumatóide afecta ambas as articulações temporomaxilares quase por igual, o que não costuma acontecer noutros tipos de doenças da articulação temporomaxilar.
É também possível que uma ferida provoque a artrite numa articulação temporomaxilar, particularmente se a ferida causar hemorragia dentro da articulação. Estas feridas são bastante frequentes nas crianças que tenham recebido pancadas num lado do queixo.
Tratamento
Uma pessoa afectada de artrose numa articulação temporomaxilar necessita o máximo repouso do maxilar, o uso de uma tala ou de outro dispositivo para controlar a contractura muscular e também a administração de um analgésico para a dor.
A dor desaparece normalmente aos seis meses, com ou sem tratamento. Geralmente, o funcionamento do maxilar é suficiente para uma actividade normal, embora a sua abertura não seja tão ampla como antes.
A farmacoterapia para a artrite reumatóide da articulação temporomaxilar é a mesma que se utiliza para a artrite reumatóide de qualquer outra articulação. Podem administrar-se analgésicos, corticosteróides, metotrexato e compostos de ouro. É de particular importância manter a mobilidade da articulação e prevenir a ancilose (fusão da articulação). Habitualmente, a melhor forma de conseguir este objectivo é com exercícios, dirigidos por um fisioterapeuta. Para aliviar os sintomas, sobretudo a contractura muscular, recomenda-se o uso da tala à noite, que não limita o movimento dos maxilares. Se a ancilose paralisar o maxilar, o afectado pode necessitar de uma intervenção cirúrgica e, em alguns casos, uma articulação artificial para restabelecer a mobilidade maxilar.

Ancilose


A ancilose é a perda de movimento de uma articulação devido à fusão dos ossos que se inserem na mesma ou por calcificação dos ligamentos que a rodeiam.
Geralmente, a calcificação dos ligamentos da articulação não é dolorosa; no entanto, limita a abertura da boca a apenas 25 mm ou um pouco menos. A fusão dos ossos dentro da articulação causa dor e limita muitíssimo o movimento maxilar. As pessoas com calcificação podem melhorar, ocasionalmente, com exercícios de estiramento. No entanto, necessita-se habitualmente da cirurgia para restabelecer o movimento do maxilar em pessoas com calcificação ou fusão óssea.
Articulação temporomaxilar

Hipermobilidade


A hipermobilidade (hiperlaxidão do maxilar) verifica-se pela distensão dos ligamentos que unem a articulação.
Numa pessoa com hipermobilidade, o maxilar pode deslizar para a frente, desencaixando-se totalmente (luxação), o que provoca dor e dificuldade de fechar a boca. Isto pode suceder repetidamente. Quando acontece, alguém deve situar-se em frente da pessoa afectada e colocar os polegares sobre as gengivas, próximo dos molares inferiores, e exercer pressão sobre a superfície externa dos dentes, primeiro para baixo e depois para trás. O maxilar deve estalar voltando à sua posição. Recomenda-se manter os polegares longe das superfícies mastigatórias porque os maxilares se fecham com uma força considerável.
Pode prevenir-se a luxação evitando abrir a boca de par em par, de modo que os ligamentos não se tendam excessivamente. Por isso, recomenda-se afogar os bocejos e evitar as grandes sanduíches e outras comidas que requerem abrir muito a boca. Se as luxações são frequentes, a cirurgia pode ser necessária para restabelecer a posição ou encurtar os ligamentos e ajustar a articulação.

Anomalias do desenvolvimento


Não são comuns as anomalias do desenvolvimento relativamente à articulação temporomaxilar. Algumas vezes, a parte superior do maxilar não se forma ou é menor que o normal. Outras, a parte superior do maxilar cresce mais rapidamente ou durante um período superior ao normal. Tais anomalias podem causar deformação facial ou um alinhamento defeituoso dos dentes superiores sobre os inferiores. Estes problemas corrigem-se somente com cirurgia.

Manual Merck

Fratura do maxilar


Um maxilar fracturado causa dor e, geralmente, altera a forma como os dentes encaixam entre si. Muitas vezes não se pode abrir muito a boca ou esta desloca-se para um lado quando se abre ou fecha. A maioria das fracturas maxilares produzem-se no maxilar inferior (mandíbula). As fracturas do maxilar superior podem provocar visão dupla (porque os músculos do olho inserem-se próximo do maxilar), insensibilidade da pele por baixo do olho (por causa de lesões dos nervos) ou uma irregularidade no osso da maçã do rosto, que se pode sentir passando o dedo ao longo deste.
Qualquer traumatismo com força suficiente para fracturar o maxilar pode também lesar a coluna vertebral cervical. Por isso, antes de tratar um maxilar fracturado, fazem-se radiografias do pescoço para afastar uma lesão das vértebras. Uma pancada com força suficiente para fracturar o maxilar pode também causar uma comoção ou uma hemorragia craniana. No caso de uma possível fractura do maxilar, deve manter-se o maxilar no seu lugar com os dentes juntos e imóveis, podendo segurar-se o maxilar com uma mão ou, de preferência, com uma ligadura passada várias vezes por baixo deste e por cima da cabeça. Quem fizer a ligadura deve proceder com cuidado, evitando cortar a respiração ao afectado. É necessária a assistência médica o mais rapidamente possível porque as fracturas podem causar uma hemorragia interna e obstruir as vias respiratórias.
Uma vez no hospital, é possível fixar as partes do maxilar entre si, deixando as fixações durante 6 semanas para permitir que o osso consolide. Durante este tempo, o doente só pode alimentar-se com líquidos aspirados por uma palhinha. Muitas fracturas maxilares podem reparar-se cirurgicamente com uma placa (uma peça de metal que se aparafusa no osso de cada lado da fractura). Os maxilares são imobilizados durante uns dias, depois podem comer-se alimentos moles durante várias semanas. Algumas fracturas do maxilar não são imobilizadas nas crianças; o tratamento inicial permite movimentos limitados, recomeçando-se a actividade normal ao fim de algumas semanas. Os antibióticos administram-se habitualmente no caso de uma fractura composta, isto é, que se estenda a um dente ou ao seu alvéolo e se abra para uma área contaminada como a boca.
Fractura do maxilar

domingo, 15 de setembro de 2013

Nomeação em concurso

SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO
PENITENCIÁRIA
Decretos de 3-9-2013
Nomeando, nos termos do art. 20, II, da LC 180-78:
os abaixo indicados, habilitados em Concurso Público, para
exercerem, em caráter efetivo e em Jornada Básica de Trabalho
Médico Odontológica, caracterizada pela exigência da prestação
de 20 horas semanais, o cargo a seguir mencionado, na Ref. 1,
da Escala de Vencimentos - Nível Universitário, da Estrutura de
Vencimentos I, do Grau A, sujeitos a estágio probatório a que se
refere a LC 1.157-2011 do SQC-III-QSAP:

Cirurgião Dentista
Luiz Claudio Pereira de Campos, RG 233103788-SP, vago
em decorrência da exoneração de Adriana Demathe, RG
521234220(D.O. 12-8-2011); Alessandro Francisco Arroyo Cordova,
RG 218591780-SP, vago em decorrência da exoneração
de Clarice Magagnini, RG 8315856(D.O. 18-7-2006); Ana Maria
Albernaz Camargo, RG 199126951-SP, vago em decorrência da
exoneração de Max Von Schalch, RG 283195228(D.O. 3-6-2010);
Aline de Barros Nobrega Dias Pacheco, RG 24201446X-SP, vago
em decorrência da aposentadoria de Nivaldo Jacobucci, RG
1552273(D.O. 31-7-2004); Andre Eduardo Amaral Ribeiro, RG
25866146X-SP, vago em decorrência do falecimento de Pedro
Gnaspini Junior, RG 1415531(D.O. 22-3-96); Michele Ferreira
Melo Saab, RG M9140540-MG, vago em decorrência aposentadoria
de Sigmar João Montemor, RG 2117846(D.O. 31-7-2004);
os abaixo indicados, habilitados em Concurso Público, para

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Nota de repúdio ao Programa Bem Estar da TV Globo


A Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), entidade de classe com mais de 100 anos de história, e uma das principais associações de Odontologia do país, com mais de 40 mil associados, vem por meio desta nota manifestar o seu total descontentamento e repúdio a um erro primário da direção do programa matutino Bem Estar, veiculado pela TV Globo, na manhã de 23 de agosto.

Lamentavelmente, uma pergunta encaminhada ao programa de uma telespectadora sobre anestesia para a retirada dos dentes do siso foi respondida por um médico (ou seja, um colega da área da saúde, porém não da área da Odontologia) de maneira errônea e vexatória para com os profissionais da Odontologia. Infelizmente, não é a primeira vez que isso acontece. Tornou-se uma desconfortável rotina ver médicos, profissionais muito competentes nas suas áreas de atuação, respondendo à questões relacionadas à Odontologia no programa Bem Estar.

No episódio desta manhã, um médico convidado pelo programa respondeu a esta telespectadora que estava ansiosa com a iminente extração de um siso dizendo que o “dentista poderia acertar um vaso sanguíneo o que levaria ela a ter uma convulsão na cadeira odontológica. Procure um anestesista para tirar suas dúvidas!". Tal colocação, feita por um médico em rede nacional, denigre a imagem de nós, Cirurgiões-Dentistas, profissionais capacitados não apenas a responder a esta questão de maneira esclarecedora, como também totalmente habilitados a realizar tal procedimento sem risco algum à saúde do paciente.

O risco de acontecer qualquer acidente durante uma extração dentária existe, mas é muito pequeno desde que observadas as técnicas corretas e, principalmente, se for feita uma boa anamnese, protocolo que nós, odontológos, somos ensinados a realizar desde a graduação. Além disso, o Cirurgião-Dentista é o profissional da área da saúde especialista na saúde bucal, portanto, bem instruído, capacitado e amparado legalmente para a realização de procedimentos anestésicos como o citado no programa.

Instigar o medo e causar pavor à população em relação aos procedimentos odontológicos, como a retirada do dente do siso, colocando em dúvida a capacidade profissional do Cirurgião-Dentista para exercer sua atividade com segurança em seus pacientes e, principalmente, transmitir uma informação errônea aos telespectadores, é um grande desserviço à Odontologia e à própria sociedade.

Logo, a APCD vem à público dizer da sua total insatisfação e inconformismo diante do fato ocorrido e comunica que enviará um ofício à direção do programa manifestando seu repúdio e exigindo mais respeito aos profissionais Cirurgiões-Dentistas e à própria Odontologia, bem como à população, que merece ser devidamente bem informada por representantes da área acerca dos assuntos relacionados à saúde bucal.


Diretoria da APCD

Teor de flúor da água está inadequado em muitos municípios paulistas


Teor de flúor da água está inadequado em muitos municípios paulistas

Constatação é de estudo realizado pelo CROSP
De janeiro a maio de 2013, o CROSP coletou amostras e estudou os teores de fluoreto da água de 105 municípios paulistas. No dia 13 de agosto, o Conselho encaminhou os resultados preocupantes às autoridades: mais da metade das cidades analisadas estava com fluoretação inadequada e fora do padrão de potabilidade, o que coloca em risco a saúde da população.
 
Segundo os resultados laboratoriais, a água não estava com o teor de concentração ideal do flúor para o consumo humano (de 0,6 a 0,8 mg/L) em 68% das cidades analisadas em janeiro; a irregularidade foi comprovada em 65,3% de fevereiro a março e em 59,8% em março, abril e maio. O Laboratório do Departamento de Ciências Fisiológicas da FOP – UNICAMP realizou mais de 300 coletas.
 
A fluoretação da água, quando utilizada na quantidade correta, combate a formação de cáries. A subdosagem, por sua vez, torna o flúor ineficaz nesse sentido, deixando a saúde bucal dos cidadãos em risco.
 
Essa situação foi verificada em 54 cidades na primeira coleta (janeiro), em 51 na segunda (fevereiro a março) e em 46 na última (março, abril e maio).
 
A superdosagem também é prejudicial. O excesso pode causar fluorose, que prejudica a formação dentária de crianças de 0 a 12 anos, alterando o esmalte e a dentina. A condição se mostrou presente na água de 24 cidades, durante o processo de coletas.
 
Exigindo atitudes
Diante da ameaça que essa constatação representa para a saúde da população, o CROSP encaminhou ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, por meio de ofício o relatório completo do estudo. O documento foi enviado igualmente para as Executivas da Secretaria Estadual da Saúde, Comitê Estadual de Referência em Saúde Bucal, Centro de Vigilância Sanitária, Coordenadoria de Planejamento em Saúde, Grupo Técnico de Ações Estratégicas da Secretaria de Estado da Saúde e ao Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo.
 
O CROSP, ressalta que a importância para que os demais 540 municípios paulistas realizem inspeção semelhante. “Os esforços da Odontologia para a efetiva fluoretação das águas de abastecimento resultaram em uma grande conquista, principalmente para a saúde bucal da população. Não podemos deixar que, por falta de comprometimento dos gestores este grande benefício seja desperdiçado. Temos consciência das dificuldades de cada local, principalmente nos municípios menores, mas a qualidade da água de abastecimento é fundamental para a saúde da população e, no nosso caso, a presença do flúor de forma adequada diminui a incidência de cáries."
 

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