terça-feira, 25 de maio de 2010

Alergias a metais dentários. Titânio: um novo alérgeno

Pesquisadores belgas publicaram, recentemente, no Revue Médicale de Bruxelles, um estudo em que avaliaram a ocorrência de alergias a metais dentários, incluindo titânio.

Alergias orais são subdiagnosticadas por profissionais de saúde dental. Pacientes com alergia oral queixam-se de vários sintomas, como queimação ou sensação de formigamento, acompanhadas ou não de secura oral ou perda do paladar, ou de sintomas mais gerais como cefaléia, dispepsia, astenia, artralgia e mialgia. Os sinais de alergia oral incluem eritema, edema labial ou placas purpúricas no palato, úlceras orais, gengivite, língua geográfica, queilite angular, erupção eczematosa perioral ou reações liquenóides localizadas na mucosa oral.

Há aumento da prevalência de alergias orais a metais utilizados em materiais dentários. Alergia a ouro incluído em próteses dentárias foi documentada desde os anos oitenta. Recentemente, titânio, utilizado em aparelhos ortopédicos e implantes orais, considerados como material inerte, pode induzir toxicidade ou reações alérgicas do tipo I ou IV. Estas reações a titânio poderiam ser responsáveis por casos de falência sucessiva inexplicável de implantes dentários em alguns pacientes (chamados “pacientes agrupados”). O risco de alergia a titânio é maior em pacientes que são alérgicos a outros metais.

Os pesquisadores concluíram que, em pacientes com alergia a titânio, a avaliação da alergia é recomendada, com o intuito de excluir qualquer problema com aparelhos médicos de titânio. Vale ressaltar a importância de uma abordagem multidisciplinar para avaliar pacientes com alergia oral, com participação de especialistas dos campos dentário e dermatológico.

Uma resenha de Allergies to dental metals. Titanium: a new allergen - Revue Médicale de Bruxelles; 2010 Jan-Feb;31(1):44 – 9

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