terça-feira, 31 de março de 2009

Crescimento facial espontâneo Padrão II: estudo cefalométrico longitudinal

Objetivo: o presente estudo cefalométrico longitudinal investigou as alterações espontâneas ocorridas em crianças com má oclusão Classe II, divisão 1, Padrão II.

Métodos: foram selecionadas 40 crianças, 20 meninos e 20 meninas, distribuídas na faixa etária compreendida entre 6 e 14 anos de idade. Para avaliar o comportamento das bases apicais, dos incisivos e do tecido mole, as seguintes grandezas cefalométricas foram mensuradas: SN.Ba, SNA, SNB, SND, SN.Pog, ANB, NAP, SN.PP, SN.GoGn, SN.Gn, Ar.Go.Gn, 1.PP, 1.NA, 1.SN, IMPA e ANL. As seguintes grandezas alcançaram significância estatística com o crescimento: SNB, SND,SN.Pog,ANB,NAP,SN.GoGn,SN.Gn,Ar.Go.Gn e IMPA.

Resultados: os resultados demonstraram que as principais alterações quantitativas registradas estavam relacionadas com o crescimento mandibular, independentemente do gênero. A mandíbula deslocou-se para frente, com tendência de rotação no sentido anti-horário e com conseqüente redução nos ângulos de convexidade facial. No entanto, as oscilações quantitativas nas grandezas cefalométricas não foram suficientes para mudar a morfologia dentofacial ao longo do período de acompanhamento.

Conclusão: conclui-se, portanto, que a morfologia facial é definida precocemente e é mantida, configurando o determinismo genético na determinação do arcabouço esquelético.

Keywords: Ortodontia; Má oclusão Classe II de Angle; Cefalometria; Crescimento e desenvolvimento

Crescimento facial espontâneo Padrão II: estudo cefalométrico longitudinal
Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial [online]. 2009, v. 14, n. 1, pp. 40-60

quinta-feira, 12 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Mortalidade por câncer de boca e condição sócio-econômica no Brasil

As doenças crônico-degenerativas representam um grande problema de saúde pública, necessitando de levantamento e controle mais efetivos destas enfermidades por parte dos órgãos públicos. O objetivo deste estudo foi correlacionar os índices de mortalidade por câncer oral nas capitais do Brasil no período de 1998 a 2002 com indicadores sócio-econômicos do Censo Demográfico de 2000, por meio de um estudo do tipo ecológico. Os dados foram extraídos do Sistema de Informação de Mortalidade (Ministério da Saúde/DATASUS), para os anos de 1998-2002. Os indicadores sócio-econômicos foram obtidos a partir do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Após coleta dos dados, a análise estatística foi realizada usando-se o índice de correlação de Pearson. Observaram-se correlações positivas e significativas entre os indicadores sócio-econômicos (Índice de Desenvolvimento Humano-Municipal - IDH-M, IDH-M renda, IDH-M educação, IDH-M longevidade e renda per capita), e correlação negativa e significante para os indicadores sócio-econômicos índice de Gini e mortalidade infantil. Apesar das limitações do estudo e da provável problemática de sub-registros nas capitais menos desenvolvidas, o presente trabalho encontrou correlações estatisticamente significantes entre os indicadores sócio-econômicos selecionados e o índice de mortalidade por câncer oral.

Keywords: Neoplasias Bucais; Fatores Sócio-Econômicos; Mortalidade

Mortalidade por câncer de boca e condição sócio-econômica no Brasil - Cadernos de Saúde Pública [online]. 2009, v. 25, n. 2, pp. 321-327

Perdas dentárias em adolescentes brasileiros e fatores associados: estudo de base populacional

Objetivo: Estimar a prevalência das perdas dentárias em adolescentes brasileiros e os fatores a elas associados.

Métodos: Foram analisados dados de 16.833 participantes do estudo epidemiológico nacional de saúde bucal, realizado em 2002/2003. O desfecho investigado foi a ocorrência de perda de pelo menos um dente. As variáveis independentes incluíram localização geográfica de residência, sexo, cor de pele, idade, renda per capita, atraso escolar, tipo de serviço e residência em município com fluoretação das águas de abastecimento. Foram estimadas razões de prevalência brutas e ajustadas por meio da regressão de Poisson para cada macrorregião e para o País como um todo.

Resultados: A prevalência de pelo menos uma perda dentária foi de 38,9% (IC 95%: 38,2%; 39,7%). Os adolescentes residentes em locais não servidos por água fluoretada apresentaram prevalência de perdas dentárias 40% maior do que os residentes em áreas com disponibilidade dessa medida. Houve forte associação (p<0,01) entre a ausência da fluoretação das águas de abastecimento e as perdas dentárias para a região Nordeste. Para as demais regiões a associação das perdas com fluoretação de águas foi confundida pelas variáveis mais distais, notadamente as socioeconômicas, reforçando as características de desigualdades regionais.

Conclusões: A alta prevalência de perdas dentárias em adolescentes confirma a necessidade de haver prioridade para atendimento desse grupo pelos serviços odontológicos, considerando medidas preventivas em idades mais precoces, de recuperação dos danos instalados e acesso universal à água fluoretada.


Palavras-chave: Adolescente; Perda de Dente [epidemiologia]; Fatores de Risco; Fatores Socioeconômicos; Levantamentos de Saúde Bucal; Saúde Bucal; Desigualdades em Saúde

Perdas dentárias em adolescentes brasileiros e fatores associados: estudo de base populacional - Revista de Saúde Pública [online]. 2009, vol. 43, no. 1, pp. 13-25

Centro de dor e neurocirurgia funcional do Hospital Nove de Julho

Bom dia, P.
Parece que vc pode encontrar atendimento pelo Ibi no Hospital Nove de Julho, aqui em São Paulo. Seria bom telefonar lá para se informar melhor.

ibiOdonto?

Bom dia,
Os srs. atendem ao IbiOdonto?

P.
São Paulo


Bom dia.
Não atendemos, mas verei se algum colega atende. Mando uma resposta no e-mail.
Dr. André

sexta-feira, 6 de março de 2009

Busca de dados sobre doenças na web preocupa médicos

Médicos temem efeito da internet e avaliam que oferta de informações põe autoridade em risco

Fabiana Cimieri - O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO -

O uso da internet por pacientes em busca de informações sobre saúde e bem-estar tem preocupado médicos e pesquisadores, mesmo que o hábito não seja necessariamente negativo. Isso porque esses internautas se dividem em três grupos: os que buscam dados para depois se automedicar, os que procuram informação para dialogar com mais conhecimento de causa com seus médicos e os que montam listas de discussão. Alguns profissionais, porém, avaliam que a tendência leva à perda de autoridade médica e a uma desprofissionalização da medicina.

Estudo de revisão bibliográfica sobre o fenômeno, da pesquisadora Helena Garbin, doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), analisou 15 trabalhos que envolveram 33 autores de 18 universidades. Todos os artigos analisavam quais as consequências que a onda do "paciente expert" pode ter sobre a profissão médica.

Alguns autores entendem que a aquisição de informações sobre saúde pelo paciente, via internet, abala o status e a autoridade do médico. Outros argumentam que a disseminação pela web de pesquisas e novos tratamentos fortalece a prática médica, já que os pacientes vão em busca de profissionais mais atualizados.

O presidente da Associação Médica Brasileira, José Gomes do Amaral, considera positiva a busca de informações. Mas ressalta que muitas fontes na rede não são confiáveis e o paciente não tem capacidade para distinguir o que é sério do que não é. "Na internet existe informação. O que o médico faz ao longo de sua formação é aprender a usá-la. Aí reside a complexidade da formação médica", diz. Por isso, a consulta com um médico continua sendo imprescindível. "Discernir o que é mais importante e colocar peso nas novidades que surgem é função do médico."

O cardiologista Carlos Scherr concorda. "Eu mesmo costumo indicar sites onde o paciente pode se aprofundar sobre o assunto com informações de qualidade científica comprovada." As páginas mais confiáveis, ressalta, são as de sociedades especializadas. "Tive casos de pacientes que leem sobre um estudo com uma quantidade pequena de pessoas e tomam como verdade. Há os que querem se tratar com célula-tronco, por exemplo, mas os resultados não são comprovados."

Helena Garbin lembra no estudo que esse fenômeno ainda vai crescer muito no País, porque apenas 16% dos lares brasileiros, segundo o IBGE, têm acesso à internet. Com ressalvas, ela faz parte do grupo que avalia positivamente o avanço desse hábito entre brasileiros. Em sua opinião, em consultas que duram, em média, de 10 a 15 minutos, não há muito tempo para que o médico possa se aprofundar. "O médico tem o conhecimento técnico, o paciente tem o conhecimento da sua dor. A busca de informações na internet aumenta o diálogo."

Muitas vezes, a busca de dados se dá por meio de listas de discussão, formadas por pacientes ou parentes de pessoas que sofrem de doenças crônicas, raras ou estigmatizadas. O químico e economista Carlos Varaldo criou um portal de informações sobre doenças do fígado. O site tem 28 mil usuários cadastrados - 600 são médicos. "Estamos no meio de uma revolução boa para a medicina porque vai acabar com a ideia de que o médico é um deus. Estudos comprovam que pacientes informados têm mais aderência ao tratamento", diz. Atualmente, há sites que oferecem até a possibilidade de o paciente montar um histórico seu sobre doenças, vacinas, cirurgias. Com isso, em caso de emergência, o médico pode acionar os dados por meio de senha.

Para o pediatra Carlos Alberto Simões, que atende em consultório há 22 anos, as pessoas estão sem confiança no profissional. "Tem paciente que busca informação por conta própria e muitas vezes chega dizendo o procedimento que acha que terá de ser feito. Corto logo, quem manda aqui sou eu." Helena, no entanto, chama a atenção para o aumento do número de "pacientes sem sintoma", que usam a rede para se autodiagnosticar e automedicar. "A obsessão pelo bem-estar leva à medicalização excessiva. Tudo vira doença com nome, medicamento e tratamento."

Impacto do uso da rede
Prós:

Médicos precisam se manter atualizados e bem informados para argumentar com paciente

Consultas são feitas com o paciente, e não para ele

Comunidades virtuais dão apoio e informação aos doentes

O paciente está menos disposto a acatar passivamente as determinações médicas

Dúvidas que o paciente pode ter vergonha de esclarecer com o médico podem ser respondidas via web

Há mais informações sobre tratamentos oferecidos pela medicina alternativa

Contras:

Ao extremo, pode levar à desprofissionalização e perda de autoridade do médico

Linguagem médica pouco acessível pode dar margem a interpretações erradas

Informações encontradas na internet podem ser incompletas, contraditórias, incorretas e até fraudulentas

Pode incentivar automedicação

Alguns sites são de empresas comerciais ou laboratórios interessados em divulgar remédios

Muitos sites de terapias alternativas contestam o conhecimento médico sem base científica

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