Psicólogos americanos que estudam a “memória da dor”, ou seja, a impressão que uma experiência dolorosa causa nas pessoas, realizaram um teste mental de alta dificuldade nos pacientes participantes da pesquisa após estimulá-los a recordar dores físicas e emocionais. Os resultados sugeriram que as lembranças de dores emocionais eram mais vivas do que as lembranças de dores físicas, já que os participantes, quando se recordavam de dores emocionais, saíam-se pior nos testes.
De acordo com o artigo publicado na revista Psychological Science, a razão pela qual isso acontece parece estar relacionada à evolução do córtex cerebral que processa os pensamentos complexos, a percepção e a linguagem. Esta área cerebral está associada à capacidade do ser humano de se adaptar psicologicamente no grupo ou cultura em que vive, respondendo à dor causada por interações sociais.
Outro psicólogo infantil, o Dr. Michael Hughesman, afirma que é possível que a dor emocional seja processada em uma área cerebral diferente daquela que processa a dor física e talvez esse seja a razão da diferença na duração dos dois tipos de dor. Além disso, afirma ainda que o dano emocional é mais complexo porque há temor e ansiedade, sendo relacionado às chamadas dores psicogênicas. Já no dano físico existe a presença da ferida. Vamos imaginar o que acontece conosco: você se lembra melhor da dor de uma situação emocional desagradável que tenha ocorrido no último ano ou de uma martelada no dedo ou um corte também ocorrido no último ano?
Fabíola Leslie Antunes Cardoso Mestriner
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