sexta-feira, 18 de julho de 2008

Prexige

Antiinflamatório Prexige terá venda proibida em SP

São Paulo - O Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CVS) vai proibir a venda, em todo o Estado de São Paulo, do antiinflamatório top de linha Prexige, fabricado pelo laboratório Novartis. A decisão foi tomada após os técnicos receberem 609 notificações de efeitos colaterais de usuários do remédio, sendo 147 delas graves. Entre as reações mais recorrentes estão arritmia, hipertensão, hepatite, pancreatite e hemorragia.
O produto, usado para o controle de dor, é o segundo mais vendido no Brasil da categoria sem esteróides, com faturamento anual na ordem de R$ 90 milhões. A reportagem teve acesso à portaria que deve ser publicada amanhã no Diário Oficial do Estado, que determina o recolhimento do remédio em todas as farmácias. "É uma interdição cautelar por 90 dias. O nosso grupo decidiu pela medida por avaliar que o número de reações é alto e exige providências", afirma a diretora do CVS, Maria Cristina Megid.
Não há nenhum registro de morte, mas os problemas provocados pelo uso estão espalhados por todo o Brasil, incluindo a capital paulista. As notificações de efeitos colaterais em brasileiros foram feitas pelo próprio laboratório Novartis, desde quando o remédio chegou no mercado, em junho de 2005.
O diretor médico da Novartis, André Feher, diz estar "surpreso" com a decisão do CVS e que nenhuma comunicação prévia por parte da Vigilância Sanitária foi feita no sentido da interdição. Feher afirma ainda que o "número de notificações adversas do Prexige é muito pequeno perto do consumo da medicação", estimado pelo laboratório em 11 milhões de usuários no mundo. As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

2 comentários:

Odontologia Primex disse...

Nunca gostei desses coxibs!

Odontologia Primex disse...

22/07/2008 - 19h27
Anvisa cancela registro do Prexige; consumidor deve substituir medicamento
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da Folha Online

Atualizado às 20h15

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informa que determinou nesta terça-feira o cancelamento do registro, em todo o país, do antiinflamatório Prexige (do laboratório Novartis) edição 100 mg e suspendeu por 90 dias o produto de 400 mg.

"A medida é motivada pelas incertezas a respeito da segurança hepática do medicamento e acompanha as decisões dos principais cenários regulatórios internacionais", diz um comunicado da Anvisa.

A agência alerta que os consumidores que estiverem fazendo uso do medicamento devem procurar seus médicos para que procedam à substituição do produto sem interromper o tratamento. "Existem no mercado brasileiro alternativas, com perfil de eficácia e segurança mais bem definido, para todas as indicações do Prexige", segundo a Anvisa.

Os estabelecimentos que não atenderem à determinação da Anvisa estarão, segundo a agência, sujeitos às penalidades previstas na Lei 6437/77, como multas de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão e demais sanções.

O Prexige teve seu registro aprovado no Brasil em julho de 2005 e já foi vendido em 35 países. Hoje, apenas seis países de todo o mundo mantém a sua comercialização: México, Colômbia, Equador, República Dominicana, Brasil e Bahamas.

As notificações relacionadas ao Prexige, acumuladas no período de julho de 2005 a abril de 2008, totalizam 3585 casos de reações adversas, sendo 1013 destes casos considerados graves (28%). A relação do último período (abril/2008) é maior: dos 85 casos notificados, 34 eram graves (40%), segundo a agência.

Outro lado

Em nota, o laboratório Novartis afirma que tomará todas as medidas determinadas pela Anvisa e que está suspendendo, por 90 dias, a comercialização da apresentação de 400 mg do antiinflamatório Prexige em todo o território nacional.

A venda da apresentação de 100 mg está definitivamente suspensa, segundo a Novartis. O laboratório afirma, no entanto, ter convicção da "segurança e eficácia" de Prexige se utilizado "conforme a bula e sob orientação médica".

"O antiinflamatório foi lançado no Brasil em julho de 2005 e desde então mais de 9,5 milhões de pacientes foram tratados. Nesse período, não foi registrado no País nenhum óbito comprovado devido a seu uso".

A Novartis informa ainda que fornecerá todas as informações adicionais necessárias para que a Anvisa possa estabelecer "o perfil de segurança hepática do medicamento".

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