sábado, 29 de setembro de 2012

Câncer bucal: estudo mostra importância de campanhas

Autor de dissertação avaliou prontuários de um período de dez anos Estudo conduzido pelo cirurgião-dentista José Ribamar Sabino revelou que as campanhas para detecção precoce de câncer bucal são fundamentais para prevenção do mal, responsável por elevados índices de morbidade e mortalidade no país. Estimativas apontam que o Brasil é um dos países com maior incidência de câncer bucal no mundo, sendo este o sexto tipo de tumor mais prevalente no país. Segundo o autor da pesquisa de mestrado apresentada na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), apesar dos avanços científicos, não houve melhora na sobrevida destes pacientes. “A não realização do diagnóstico em estágios iniciais é o principal fator que limita o tratamento e consequentemente o prognóstico”, destaca. Sabino, orientado pelo professor Márcio Ajudarte Lopes, da Área de Semiologia, comparou a campanha realizada pelo Ministério da Saúde, denominada Campanha de Prevenção e Detecção Precoce do Câncer Bucal – desenvolvida em conjunto com a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe – com um programa desenvolvido pela FOP intitulado Busca Ativa de Lesões Bucais, Lesões Malignas e Potencialmente Malignas da Cavidade Bucal. Ainda que o programa da FOP tenha sido mais eficiente na detecção do câncer bucal, as duas campanhas mostraram resultados importantes para o diagnóstico de inúmeras lesões benignas, sendo que ambas contribuíram para a promoção da saúde bucal na região. O pesquisador avaliou os prontuários de um período de dez anos (2001-2010) dos pacientes que foram encaminhados ao Orocentro da FOP, um serviço especializado em diagnóstico e tratamento de lesões bucais. Os pacientes apresentavam lesões detectadas nas campanhas de prevenção e detecção do câncer bucal do Ministério da Saúde, realizadas em Piracicaba e cidades da região. Os prontuários dos pacientes atendidos por meio do projeto desenvolvido pela FOP num período de dois anos (2009-2011) também foram analisados. O número de pacientes com confirmação do diagnóstico de lesões malignas foi maior na campanha Busca Ativa, na qual os pacientes com maior risco de desenvolver câncer bucal foram recrutados para exame. “Mas é importante frisar que as duas estratégias foram capazes de diagnosticar inúmeras outras lesões, principalmente, as lesões traumáticas relacionadas ao uso de próteses”, revela. José Sabino lembra que o câncer bucal ocorre mais frequentemente em homens, principalmente com mais de 40 anos de idade. O fumo, combinado com o excesso de bebida alcoólica, são os principais fatores de risco. Afeta mais comumente língua e assoalho bucal. Câncer de lábio inferior é considerado separadamente e exposição solar é a causa principal. Neste sentido, a Organização Mundial de Saúde reconhece que a prevenção e detecção precoce são os principais objetivos para melhorar o controle do câncer bucal. Assim, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são a chave para reduzir a mortalidade pela doença. O professor Márcio Lopes explica que o projeto de rastreamento, denominado Busca Ativa de Lesões Bucais, Lesões Malignas e Potencialmente Malignas, realiza um monitoramento mensal em quatro Postos de Saúde da Família de Piracicaba, nos bairros Paineiras, Jardim Itapuã, Santa Rosa e Vila Industrial. Trata-se de um projeto-piloto e tem como objetivo detectar lesões bucais em pacientes com idade acima dos 40 anos e com o hábito de fumar e/ou consumir bebidas alcoólicas, ou seja, justamente o grupo de risco da doença. O professor esclarece que um programa com estas características surgiu depois da experiência com a campanha de prevenção, organizada pelo Ministério da Saúde. De acordo com Márcio Lopes, o diferencial do programa está em alcançar a população de maior risco que não estaria sendo contemplada. Em geral, nestas campanhas são examinadas principalmente mulheres com mais de 60 anos de idade e que não têm hábito de fumar ou consumir bebidas alcoólicas. “Por isso, a campanha da FOP apresenta resultados mais eficientes, pois examina pessoas acima de 40 anos com os hábitos nocivos”, define. Publicação Dissertação: “Análise comparativa entre os resultados de campanhas de prevenção e busca ativa de câncer bucal” Autor: José Ribamar Sabino Orientador: Márcio Ajudarte Lopes Unidade: Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP)

Mudar escovação pode remover melhor a placa em crianças

25 de Setembro de 2012 •08h05 •atualizado às 08h14 A dentista Alessandra Reyes analisou os primeiros molares em erupção de 33 crianças entre 5 e 7 anos. A conclusão foi que a técnica anteroposterior - para frente e para trás - é mais eficiente na remoção de placa do que a técnica tradicionalmente indicada pelos dentistas, chamada transversal. Um estudo da Faculdade de Odontologia da USP revelou que mudar o jeito de escovar os dentes pode ser mais eficiente no combate à placa e ao biofilme (placa bacteriana). A dentista Alessandra Reyes analisou os primeiros molares em erupção de 33 crianças entre 5 e 7 anos. A conclusão foi que a técnica anteroposterior – para frente e para trás - é mais eficiente que a técnica tradicionalmente indicada pelos dentistas, chamada transversal. Além da técnica anteroposterior, foi observado que a escova deve ter cerdas de diferentes níveis. Assim, o dente que ainda está nascendo é alcançado e devidamente limpo. “A escovação anteroposterior pede movimentos mais instintivos. Já a técnica transversal exige que a escova fique inclinada para o dente que está nascendo. Como esse não é um movimento natural, as crianças podem esquecer-se de aplicá-lo”, diz Alessandra. Segundo a dentista, após 15 dias da orientação, as crianças removeram placa, tanto com uma quanto com outra técnica. Após três meses, elas podem ter esquecido a técnica transversal e foi quando a escova de cerdas multinível acabou sendo útil. “A escova com cerdas multinível é mais cara, mas sua indicação não vale a pena só pela remoção de placa, mas pelo fato de poder levar a menor progressão das lesões de cárie, que é o que vamos tentar comprovar com a continuação do estudo”, aponta. O primeiro molar foi escolhido para o estudo porque a probabilidade de cárie neste dente é muito maior do que nos outros, uma vez que ele fica exposto durante 15 meses – tempo que demora a nascer. Outra conclusão da pesquisa foi que as regiões que as crianças conseguem ver no espelho ficam muito mais limpas, já que elas conseguem lembrar que tem que escovar aquela parte do dente. Para o cirurgião-dentista, Mauricio Matson, uma higiene oral perfeita é conseguida apenas com motivação constante e um controle individual da remoção do biofilme. “Os retornos periódicos ao dentista para verificar a condição da higiene e fazer um acompanhamento personalizado individual são necessários, independente da técnica de higiene adotada”, afirma. O especialista enfatiza, ainda, que, segundo a filosofia de higiene oral do Prof. Jiri Sedelmayer, uma escova dental deve ter, no mínimo, 5 mil cerdas para o controle do biofilme ser eficiente.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Dentista canadense viaja 7.000 km para buscar mulher que encontrou em café

http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1158254-canadense-viaja-7000-km-para-buscar-mulher-que-encontrou-em-cafe.shtml DA BBC BRASIL Um dentista canadense viajou milhares de quilômetros na tentativa de achar uma irlandesa por quem se apaixonou após dois minutos de conversa, em uma iniciativa que chamou a atenção da imprensa de vários países e até de casas de aposta. Sandy Crocker, que mora na cidade de Kelowna, no extremo oeste do Canadá, conta que se apaixonou por uma menina ruiva que conheceu no Condado de Clare, uma região no litoral da Irlanda. "Eu estava viajando de férias no ano passado e foi no meu penúltimo dia antes de ir embora [que eu a conheci]", lembra Crocker. Canadense Sandy Crocker viajou 7.000 km em busca de irlandesa por quem se apaixonou em 2 minutos "Eu tive um breve encontro com a irlandesa mais bonita que se pode imaginar." Mas, por temer demonstrar que estava muito interessado nela, ele acabou tendo uma conversa apenas breve com a menina em uma cafeteria. "Eu fiquei a observando. Ela é aquele tipo de pessoa que parece ser muito atenciosa. Eu me levantei e pedi algumas orientações [sobre a cidade] e perguntei que horas eram. Talvez se eu tivesse a elogiado, dito que ela era incrível, eu teria resolvido tudo ali mesmo." TURBILHÃO DE REPÓRTERES Ao voltar para o Canadá, mesmo tendo conhecido várias outras mulheres, ele não conseguia esquecer a irlandesa. "Isso virou até piada. Toda vez que eu conhecia uma garota, meus amigos brincavam: 'ela não é a Ennistymon'", disse Cocker, que apelidou a ruiva com o nome da cidade irlandesa onde eles se conheceram, já que ele sequer sabe o seu nome. Sandy Cocker contou a história a um casal irlandês que conheceu no Canadá. Eles o incentivaram a voltar a Irlanda, dizendo que todos no país entenderiam o seu motivo e o ajudariam na busca pela jovem. Agora, um ano depois daquele breve encontro, ele viajou quase 7.000 km e está de volta à Irlanda, percorrendo as cidades da região na esperança de topar com a ruiva novamente. Ele voltou ao café onde eles se encontraram e colocou um anúncio na página de classificados do jornal local, Clare People. Mas até agora, a busca foi em vão. Em vez de achar a garota, ele acabou atraindo um turbilhão de repórteres, que começaram a noticiar a história do dentista apaixonado. "Se eu a encontrasse agora, acho que eu começaria a rir sobre a maluquice que tudo isso se tornou", diz. "A história saiu em tudo que é lugar na Irlanda e agora está aparecendo nos Estados Unidos e no Canadá. Está chamando a atenção mundial. Já tem casas de apostas calculando as probabilidades de eu a encontrar, ou especulando se ela já é casada ou não. E eu sequer sei o nome dela. Essa é o aspecto mais divertido e engraçado de tudo isso." Ele já foi entrevistado por diversos meios de comunicação em todo o mundo, desde a televisão australiana ABC News ao site americano Huffington Post. Mesmo que não encontre a irlandesa de seus sonhos, Cocker diz que já está feliz de ter tentado. "Eu dei uma chance para a sorte", diz. "A maioria das pessoas ia apenas rir e esquecer. Mas eu voltarei para casa e, daqui a 50 anos, não vou ter me arrependido das poucas semanas que passei percorrendo a Irlanda, sendo um pouco tolo, tentando achar uma garota que achei que era linda."

XVII TURMA DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E DOR OROFACIAL DA UNIFESP/EPM – INÍCIO: 20 DE OUTUBRO DE 2012.

http://www.institutodacabeca.com.br/curso_internacional.php

American Academy of Orofacial Pain

http://www.aaop.org/content.aspx?page_id=0&club_id=508439

Alivi????

http://www.alivi.com.br/bruxismo/

Cárie pode colocar seu coração em risco

O problema é mais sério do que se imagina, ela pode ser responsável pela endocardite e até levar à morte. Entenda como isso pode acontecer e aprenda a limpar corretamente os dentes por Hilda Sabino | design Leo Rosário e Robson Quinafélix Inimiga do peito Veja como a cárie pode causar um tremendo problema no coração Bactérias mil Na boca de quem tem cárie ou gengivite, os germes existem aos montes. Conforme a cárie avança, áreas cada vez mais próximas da corrente sanguínea, como a raiz, são infectadas. Estranha no ninho Uma vez circulando pelo sangue, esses micróbios, outrora inofensivos, passam a ameaçar todo o corpo, em especial o coração de quem tem alguma doença preexistente. Endocardite Se o endocárdio, tecido que reveste as camadas internas do órgão, já está lesionado, o ambiente fica perfeito para a bactéria proliferar e provocar uma infecção ali. A vilã A Streptococcus mutans da cárie, culpada por 40% das endocardites, adora aderir ao tecido cardíaco e é capaz de levá-lo à falência. • Leia também • Cárie: como é formada • A era dos chicletes saudáveis • Implante dentário: conheça essa técnica Você já teve algum dente cariado? Se a resposta for sim, saiba que não está sozinho. Ela é considerada a doença - sim, doença - mais comum no planeta, atingindo 5 bilhões de pessoas. Para ter ideia, 88% dos brasileiros já sofreram com o problema ao menos uma vez, segundo o Ministério da Saúde. Para criar uma maior consciência sobre a gravidade desse buraquinho no esmalte dentário, chega ao país a Aliança para um Futuro Livre de Cárie, iniciativa internacional que reúne experts em odontologia ao redor do globo com a missão de alertar os profissionais de saúde e desafiar os responsáveis por políticas públicas sobre a necessidade de educar a população para prevenir o problema. "Nossa meta é ensinar às pessoas que o diagnóstico é simples e deve ser feito o mais rápido possível", conta o odontologista Marcelo Bönecker, professor da Universidade de São Paulo e presidente da Aliança no Brasil. Ousada, a empreitada almeja que crianças nascidas a partir de 2026 sejam livres de cárie. A origem do buraco Tudo tem início quando a saliva não realiza uma de suas funções primordiais, que é ajudar a manter o pH da boca estável e, com isso, o esmalte, uma espécie de escudo da dentição, intacto. Fatores como má alimentação e falta de higiene impedem que esse detergente natural equilibre o pH, abrindo alas para a acidez. Ela contribui para a explosão demográfica de bactérias que vivem ali sossegadas e são responsáveis por converter o açúcar dos alimentos em mais e mais ácidos. E esse círculo causa estragos. "Os micro-organismos destroem o esmalte e, se não controlados, podem consumir o dente todo", explica o odontologista Luiz Akaki, de São Paulo. Essas verdadeiras erosões são agravadas por determinados quadros de saúde. Asmáticos, por exemplo, estão mais sujeitos a sofrer com elas. "Quando respiramos pela boca, a secreção salivar diminui, baixando a proteção do dente contra bactérias", aponta Bönecker. "Com a secura, a tendência é tomar bebidas doces, o que piora de vez a situação", completa. Outra doença que a presença de muita cárie pode denunciar é o diabete. Nele, os níveis de glicose vão às alturas e são outro sabotador da produção de saliva. Às vezes, porém, é a cárie que causa novas confusões. Ora, os bichos cariogênicos financiam problemas no coração. Para afastar o risco de cárie e doenças periodontais, escovar os dentes corretamente é importante, mas a limpeza profissional também não deve ser desprezada. Recentemente, a American Heart Association publicou um estudo revelando um dado inusitado: pessoas que se submetiam com frequência a esse procedimento no consultório apresentavam uma probabilidade 24% menor de ataque cardíaco e 13% mais baixa de um acidente vascular cerebral. Nada mal... Essa relação surpreendente tem uma explicação simples. Uma gengiva inflamada, ou uma cárie que já atingiu a raiz do dente, libera no corpo uma porção de substâncias inflamatórias. "Esses agentes desestabilizam a placa de gordura que existe nas artérias, favorecendo seu rompimento", esclarece o dentista Ricardo Neves, diretor da Unidade de Odontologia do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. A inflamação pode dificultar o fluxo de sangue até que ele pare totalmente, ao gerar coágulos ou placas que tampam 100% da passagem. É esse acidente de trânsito que deflagra infartos e derrames. O elo entre saúde bucal e doenças cardiovasculares é tão relevante que desde 1977 existe no Incor uma divisão especialmente focada em tratar problemas na cavidade oral em pacientes cardíacos. A preocupação é justamente evitar o risco de endocardite, infecção grave com índice considerável de mortalidade (veja o infográfico na página ao lado). "A boca é responsável por 40% das ocorrências desse mal, e nossa função é evitar que todo o esforço no tratamento vá por água abaixo", expõe Neves. O cardiologista Max Grinberg, diretor da Unidade de Valvopatias do centro de referência paulistano, completa: "Sempre recomendamos que os pacientes com disfunções nas válvulas cardíacas façam visitas regulares ao odontologista". Mesmo quem tem o peito batendo no ritmo certo não deve fugir da cadeira do dentista. "Apenas esse profissional consegue retirar todo o tártaro, placa bacteriana que enrijece após 48 horas sem remoção, e realizar o polimento, que evita por um bom tempo a adesão de novas placas", explica Luiz Akaki. Capriche no uso do fio dental - só ele é capaz de limpar o espaço entre os dentes. Enxaguatórios bucais, de preferência sem álcool, também ajudam a limar a placa e alcançam lugares aonde a escova e o fio não chegam. Com a higiene em dia, é possível eliminar o perigo na boca - e no coração. Doença periodontal Assim como a cárie, essa infecção é causada pela placa bacteriana. Além de danificar a gengiva e os tecidos da maxila e mandíbula, causando sangramento e inchaço, ela provoca uma série de chabus. "Isso porque, de novo, as bactérias podem cair na corrente sanguínea e chegar a diferentes órgãos", alerta o odontologista Sigmar de Mello Rode, professor da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Banco de Dentes da USP completa 20 anos

José Carlos Imparato conta a história e a importância da instituição Por Talita Nascimento São Paulo (AUN – USP) - O Banco de Dentes da Faculdade de Odontologia da USP (FO) completa 20 anos em 2012. Pioneiro no segmento, o banco, que começou suas atividades em 2002, foi o primeiro a desenvolver uma regulamentação para a coleção de dentes que começou a montar na época. A instituição tem a função de coletar e disponibilizar as doações que recebe para alunos do curso de Odontologia. Hoje o banco é voltado para o estudo e pesquisa, mas em sua criação a intenção era juntar uma coleção com quantidade razoável de dentes para serem usados em restaurações. Na época não existiam regras para armazenar esse tipo de material e, por isso, José Carlos Imparato, principal idealizador do projeto, e outros professores parceiros procuraram desenvolver junto à Anvisa padrões para esse tipo de atividade. Daí em diante, Imparato conta que foi feito um grande trabalho para que as pessoas deixassem de ver os dentes como partes descartáveis do corpo. “Temos que ver os dentes como órgãos e não se joga um órgão no lixo”, diz o professor. Com o tempo, o intuito da instituição deixou de ser o de utilizar as peças em restaurações e passou a ser o de disponibilizar material para alunos e pesquisas da FO. Segurança para os estudantes Antes do banco de dentes, os alunos eram completamente responsáveis pelo material de aprendizado. “Na minha época, era comum ter de trazer uma cavidade bucal inteira para estudo”, conta o Imparato. Por conta dessa obrigatoriedade, os alunos partiam para métodos ilegais de obter as peças. “Os alunos acabavam comprando em cemitérios”, diz o professor, que considera que o número de dentes utilizados por ano pelos alunos tem sofrido alterações. Os dentes são um recurso cada vez mais escasso e, por isso, a média ideal de 30 peças estudadas por aluno em cada ano tem diminuído. Imparato fala que a média tem sido de 11 dentes por aluno: um na área de periodontia, dois na de dentística e 7 a 9 na endodontia. Essa mudança, na visão do pesquisador, não é negativa. “Se uma disciplina pede menos [dentes] e dá o mesmo resultado, é sinal de que não há problemas.” Ele ainda diz que a opção de dentes artificiais pode substituir o uso de algumas peças naturais sem problemas. O Banco de Dentes recebe doações de todas as formas, inclusive pelo Correio. As peças podem estar danificadas, cariadas, amarelas ou em perfeito estado, todas contribuem para o aprendizado dos alunos, além de evitar que o banco se esvazie. Mais organização Para incentivar ainda mais a prática de Bancos como esse é que está sendo criada a Associação Brasileira de Bancos de Dentes. Ainda no processo de desenvolvimento, a Associação disponibiliza duas bolsas de trabalho e promete organizar melhor esse segmento ainda tão novo tanto no Brasil como no mundo. O armazenamento de dentes, no entanto, não se limita a esse tipo de coleção. Existe também um conceito chamado de BioBanco que tem regulamentações quanto ao uso de dentes para pesquisas acadêmicas. A rastreabilidade é o mais importante dentro desse novo parâmetro. De acordo com a resolução 44 do Conselho Nacional de Saúde, publicada em maio deste ano, para contribuir com pesquisas é necessário que se saiba de onde o dente veio, data de chegada e todos os dados necessários para identificá-lo.

domingo, 16 de setembro de 2012

Vicente Mauro Neto - CAMARA TÉCNICA EMPRESARIAL CROSP (ESCLARECIMENTO)

Vicente Mauro Neto CAMARA TÉCNICA EMPRESARIAL CROSP (ESCLARECIMENTO) - Prezados Colegas. Após ter recebido o último jornal do CROSP observei a divulgação dos membros das Câmaras Técnicas. A câmara técnica empresarial foi publicada com todos os seus integrantes e ainda apresentando a mim Vicente Mauro Neto, como presidente. Tal fato se deve provavelmente a um prejuízo de datas do fechamento do periódico, pois essa câmara já havia sido suspensa pelo Presidente do Conselho Regional de São Paulo, Dr. Emil Razuk. Há prováveis 20 dias atrás recebi um telefonema em meu consultório do próprio presidente suspendendo as atividades da câmara técnica de odontologia empresarial. Os motivos relatados estão vinculados diretamente aos meus comentários no facebook, com relação ‘a eleição para delegado, dos quais me responsabilizo na íntegra. Pois, apesar de metafóricos e essencialmente críticos não foram inverdades. Só relatei o que vi sob o meu ponto de vista crítico. Outro fato o bservado pelo nosso presidente é que em 6 reuniões com dois meses e pouco em atividade nosso grupo havia feito muito pouco. Particularmente não tenho motivos pessoais ou políticos para agradar quem quer que seja e não venderia meu direito de opinar por cargo algum em minha vida. Minha história é de mocho como a maioria dos colegas que integram o conselho. Aceitei o cargo por vislumbrar uma oportunidade de conhecimento maior dos fatos para ajudar a classe e não necessariamente o presidente. Fui eleito presidente da câmara pelo próprio Dr. Emil. O regimento das câmaras técnicas é feito de maneira centralizada onde tudo é decidido “democraticamente” pelo aval ou veto direto do presidente.. Aprendi a importância do exercício da cidadania profissional, devo até ter votado em todas as eleições em que compareci, convicto de minha falta de participação política e sinto que é hora de mudar. Quando vi a maneira como foi feita essa eleição para delegado me senti descontente com o desenvolvimento do processo e com a obrigação de dividir com os colegas a minha indignação. Creio ser isso um direito. OU NÃO? Ao entrar na câmara vi a oportunidade de colaborar com a classe como um todo. Não me importei com oposição e muito menos com situação. O grupo participante foi testemunha do que falo aqui. Fizemos apenas cinco ou seis reuniões para tratar de problemas de décadas....Iniciamos do zero , treinando os colegas até na confecção das atas. Finalizando agradeço aos colegas da câmara pela dedicação e vontade e também aos funcionários que nos receberam muito bem...... Agradeço ao Presidente Emil como também a colega Maria Lucia a oportunidade rápida e acolhedoura. Vicente Mauro Neto CROSP 27824

Mais exageros

Exageros dos norteamericanos

Em qualquer supermercado de Miami podemos encontrar essas coisas gigantes! Tirei estas fotos para os compararmos com o Brasil e admitirmos que estamos muito atrás deles em relação ao comércio e preço.

Analgésico de escolha

De acordo com Cohen, em Caminhos da Polpa, o autor parece deixar claro que a droga de escolha para analgesia em odontologia é o ibuprofeno. Nos EUA, constuma-se vender nos supermercados muitos frascos com 200 comprimidos por um preço ínfimo se comparado ao Brasil. Realmente, é uma droga segura. Tenho boa experiência com o ibuprofeno com meus pacientes.

As endorfinas - Pedro Ramos (Portugal)

As Endorfinas Pedro Ramos Introdução Este trabalho, realizado no âmbito da disciplina de Educação Física, tem como objectivo analisar e descrever o papel das endorfinas no sistema nervoso e a sua influência no funcionamento do corpo humano. Começarei por uma breve introdução às endorfinas, que inclui uma pequena descrição e os detalhes da sua descoberta. Depois, exporei os principais efeitos das endorfinas, como actuam e a dependência dos atletas relativamente a esta substância. Por fim, colocarei duas notícias actuais cujo assunto são as endorfinas, bem como algumas curiosidades relativas a este tema. O que são? A endorfina é um neurotransmissor, tal como a acetilcolina e a dopamina. É uma substância química utilizada pelos neurónios na comunicação do sistema nervoso. Existem vinte tipos diferentes de endorfinas no sistema nervoso, sendo a beta-endorfina a mais eficiente pois é a que dá o efeito mais eufórico ao cérebro. Libertadas durante a realização de exercício vigoroso, as endorfinas contribuem para a diminuição da dor. São consideradas como sendo o opióide natural do encéfalo pois fixam-se nos receptores de certos neurónios através de um mecanismo semelhante ao dos opiáceos. Uma endorfina é um tipo de neurotransmissor e é libertada por terminais nervosos específicos, capazes de a produzir. Esta substância liga-se a um receptor noutra célula nervosa, de um modo idêntico ao da chave de uma fechadura, por forma a modificar a actividade da célula nervosa. A sua descoberta A descoberta desta substância deu-se em 1975 por dois grupos de investigadores independentes. Na Escócia, John Hughes e Hans Kosterlitz retiraram – do cérebro de um porco – uma substância a que deram o nome enkephalins (do grego εγκέφαλος, que quer dizer cérebro). Nos Estados Unidos da América, Rabi Simantov e Solomon H. Snyder descobriram no cérebro de um bezerro uma substância a que viriam a chamar endorfina. Esta palavra é a forma abreviada de “morfina endógena”, que significa morfina produzida naturalmente pelo nosso corpo. No corpo humano, os cientistas descobriram não só no encéfalo as localizações receptoras que respondiam a medicamentos narcóticos como a morfina mas também que o próprio encéfalo produzia moléculas semelhantes à morfina: designaram estas substâncias também como sendo endorfinas. As endorfinas auxiliam ainda a controlar a resposta à tensão e melhoram a disposição da pessoa, o que vem explicar a sensação de bem-estar que os atletas referem após a realização do esforço. Actuação A libertação de endorfinas no corpo humano ocorre após diversas actividades ou situações, entre as quais se incluem a actividade física, a acupunctura e o stress físico ou psicológico. Para além destas situações, todas as ocasiões que nos dão prazer provocam a libertação de endorfinas. A actividade sexual, a ingestão de comida que nos agrade e ainda a exposição ao sol são outras situações em que ocorre a libertação desta substância. As endorfinas também têm o seu lado negativo, pois estas são libertadas quando se consomem drogas ou nicotina. Principais efeitos Melhoram a memória Melhoram o estado de espírito (bom humor) Aumentam a resistência Aumentam a disposição física e mental Melhoram o nosso sistema imunitário Evitam as lesões dos vasos sanguíneos Têm um efeito anti-envelhecimento e Aliviam as dores Reacção à dor As mensagens de dor são modificadas no interior do sistema nervoso. Por exemplo, o sistema nervoso contém um mecanismo de supressão de dor altamente eficiente, que explica a razão por que às vezes não se tem a noção de uma lesão sofrida durante um desafio de futebol senão depois de o mesmo acabar. O sistema nervoso modula a percepção dos sinais da dor libertando endorfinas, que bloqueiam a transmissão dos referidos sinais. Os narcóticos – como a morfina, por exemplo – copiam os efeitos supressores das endorfinas e actuam sobre o sistema nervoso precisamente do mesmo modo. A dependência dos atletas relativamente à endorfina Nos últimos meses, muitas pesquisas têm sido realizadas com o objectivo de avaliar a dependência de atletas relativamente à endorfina. A endorfina é vista pelos médicos como uma morfina produzida pelo próprio organismo. Esta actua no sistema nervoso, provocando uma sensação de bem-estar e anestesiando os músculos. Além da prática de exercício físico ser um momento em que deixamos de lado a nossa rotina e stress diários, a endorfina traz sensações de prazer e de libertação. O poder da endorfina é bem visível no momento em que um atleta atinge o seu limite físico numa prova, mas tenta superá-lo, com a ajuda desta substância. A endorfina não é libertada em qualquer actividade física ou esforço. Para a endorfina entrar em acção, o indivíduo precisa de estar perto de atingir o limite da sua forma física, chegando assim próximo da exaustão. É na zona do hipotálamo que é segregada a endorfina. Quando os batimentos e a pressão sanguínea estão no seu auge, a endorfina entra em acção, trazendo sentimentos de conquista e capacidade, possibilitando uma nova harmonia para a pessoa. Alguns médicos afirmam que os efeitos da endorfina são sentidos até uma ou duas horas após a sua libertação. A libertação de endorfinas durante a prática de exercício físico chega a ser cinco vezes superior à libertação desta mesma substância durante o repouso. O que se está a levar em conta nas pesquisas realizadas é que os atletas acabam por se acostumar com as sensações geradas pela endorfina e, depois, não conseguem abrir mão delas. Fica uma questão: será isso um vício ou um bem-estar natural do indivíduo? Notícias actuais Endorfinas predispõem ao alcoolismo Um baixo nível de endorfinas pode estar na base da predisposição para o alcoolismo crónico, afirmam investigadores da Universidade de Granada, depois de seguirem o caso de 200 famílias daquela zona de Espanha. O estudo provou que a falta desta substância produzida pelo cérebro, e que actua como uma espécie de "morfina", é hereditária. A carência de beta-endorfina, que actua como uma espécie de analgésico, parece determinar a tendência para o alcoolismo. Isso foi verificado em duas centenas de famílias em que, pelo menos, um dos pais é alcoólico e indica que, além de outras influências, existe uma base genética para a esta dependência. Ainda que esta possa não manifestar-se, os indivíduos com estas característica manifestam maior susceptibilidade de adquirir a dependência. Para o estudo foram analisados também os níveis de beta-endorfinas em crianças com idades compreendidas entre os seis meses e os dez anos. Os valores dos filhos de alcoólicos eram baixos. In Jornal de Notícias Descoberto tratamento experimental que anula dor crónica Um tratamento experimental por terapia genética permitiu que alguns ratos que sofriam de dor crónica não revelassem qualquer sintoma durante três meses, segundo um estudo publicado ontem no anuário da Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos. Foi injectado nos ratos um gene que estimula o envio de endorfinas, um analgésico natural, para as células nervosas ao redor da medula espinal. Este tratamento funciona como os medicamentos analgésicos, mas sem certos efeitos secundários, porque não atinge o cérebro ou outras partes do sistema nervoso central. "Os pacientes que sofrem de dores crónicas não obtêm um alívio satisfatório porque os tratamentos existentes são pouco eficazes e provocam efeitos secundários intoleráveis como sonolência, bloqueio mental e alucinações", explicou Andreas Beutler, professor de hematologia e de oncologia na escola de Medicina do Monte Sinai em Nova Iorque. O tratamento administrado aos ratos de laboratório está ainda numa fase preliminar de testes, mas se ele se revelar inofensivo e eficaz para os humanos, poderá ser bastante útil para pacientes que sofram de cancros em fase avançada. In Ciência Hoje Curiosidades As endorfinas, mais propriamente a beta-endorfina, faz com que seja mais fácil suportar os problemas pessoais, aumenta a auto-estima e pode até levar a situações de euforia. O consumo do chocolate favorece e estimula a produção de endorfinas. A actividade sexual durante a gravidez provoca uma sensação de bem- -estar no feto, pois as endorfinas passam da mãe para o bebé através do cordão umbilical.

Kenalog

Bom dia, Dr.André Sou de Goiania e meu dentista recomendou uma infiltração direta na ATM com um produto chamdo Kenalog. O que o Sr. acha? Eliana Morais Resposta: O Kenalog é um corticóide injetável importado. Não é muito fácil de ser encontrado no Brasil. Existe a possibilidade dessa infiltração, mas sem examiná-la e sem ter acompanhado o caso, não posso opinar. O Kenalog é usado para o tratamento de cicatrizes na pele. Os cirurgiões plásticos usam bastante.

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