quinta-feira, 29 de março de 2012

Ruído em consultórios odontológicos pode produzir perda auditiva?









Introdução: A perda auditiva sensorial e irreversível induzida por ruído é a maior causa ocupacional evitável de perda auditiva no mundo. Os dentistas são profissionais da saúde expostos a ruídos provenientes dos equipamentos em seus consultórios e podem sofrer perdas auditivas.

Objetivo: Medir intensidades de ruído emitidas pelos motores de alta rotação (mar) utilizados em consultórios odontológicos públicos e privados, verificar se são lesivas para a orelha humana e comparar os resultados obtidos entre estes serviços.

Método: Estudo de série, prospectivo, com medidas das intensidades de ruído em dBNA com um decibelímetro Minipa MSL-1352C, USA em quatro consultórios odontológicos do serviço público e quatro particulares em Jundiaí-SP, inicialmente do ruído ambiental basal em cada consultório, durante cinco minutos e depois, do ruído emitido pelo motor de alta rotação(mar) em funcionamento durante cinco minutos para obter-se as médias.

Resultados: Públicos: 1) basal=56,4dB; mar=77,2dB. 2) basal=61,7dB; mar=73,7dB. 3) basal=61,07dB; mar=75,04dB. 4) basal=63,6dB; mar=77,3dB. Particulares: 1) basal=60,7dB; mar=79,1dB. 2) basal=60,7dB; mar=83,1dB. 3)basal=58,4dB; mar=75,5dB. 4)basal=63dB; mar=76dB.

Conclusões: As intensidades aferidas de ruído emitido por motores de alta rotação utilizados em consultórios odontológicos públicos e privados encontram-se abaixo dos limites nocivos à saúde auditiva. No serviço público, a intensidade de ruído basal é superior à dos consultórios particulares, contudo a dos motores de alta rotação é maior nos consultórios particulares.

Palavras-chave: ruído ocupacional; ambiente de trabalho; odontologia; instrumentos odontológicos; perda auditiva.

Ruído em consultórios odontológicos pode produzir perda auditiva? - Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia; (Impr.) [online]. 2011, vol.15, n.1, pp. 84-88


Caso deseje receber o trabalho na íntegra, por favor contacte nosso serviço de Informações Médicas pelo nosso site ou através do 0800 7030015.

As resenhas são baseadas em artigos de periódicos nacionais e internacionais que contenham informações médicas com aplicabilidade prática.

Copyright ® 2011: São Paulo Medical Conferences - Todos os direitos reservados sobre a resenha em português.
"O conteúdo desta página é de responsabilidade da São Paulo Medical."

quarta-feira, 28 de março de 2012

Cuide do siso e evite problemas

A extração tardia do dente conhecido como ‘dente do juízo’ pode desencadear complicações sérias na saúde



Os terceiro molares – dentes do juízo ou sisos, como são popularmente conhecidos – são os últimos dentes a se desenvolverem e muitas vezes viram uma dor de cabeça. “É comum que o terceiro molar não encontre espaço dentro da boca, o que leva a problemas estruturais e de saúde geral. Assim, na maioria das vezes, é recomendada a extração cirúrgica. A não ser que o dente encontre espaço para auxiliar na mastigação e possa ser higienizado”, explica José Flávio Torezan, cirurgião bucomaxilofacial (especialidade odontológica que cuida da boca, da face e do pescoço).



O ideal é que o procedimento de extração ocorra entre os 15 e 20 anos. “Nós somos mais resistentes quando mais jovens, assim, se a extração for feita antes dos 20 anos, a recuperação é mais segura do que depois dos 40”, alerta o cirurgião dentista Nilton Figliolo. “Além do mais, se o dente é retirado antes de ter se desenvolvido inteiramente, o processo é mais rápido.”



Depois que nasce, por causa da posição em que fica na boca, o terceiro molar muitas vezes não permite uma boa higienização. “Placas bacterianas e cáries são causadoras de infecções, o que leva a pessoa a ter dores de dente e de cabeça. Além disso, se o dente estiver comprometido, com cárie ou doença gengival, a área de remoção torna-se suscetível a várias infecções pós operatórias”, conta Torezan.



Maus hábitos na higienização podem agravar problemas como cáries, halitose, doenças da gengiva e no aparelho digestivo, além de infecções e inflamações na região do siso. O cirurgião-dentista Hugo Lewgoy desvenda o que é certo e errado no assunto:



Devo escovar logo depois de comer?

Mito. Deve-se esperar 30 minutos – é o tempo necessário para a saliva agir e neutralizar o ph dos alimentos e das bebidas. O café, o vinho, o refrigerante e o suco de laranja, por exemplo, são ácidos e causam erosão.



É preciso usar muito creme dental?

Mito. O creme dental desgasta mais o esmalte. Deve-se usar uma dose bem pequena, do tamanho de uma ervilha.



É necessário escovar a gengiva e a língua?

Verdade, mas a escova deve ser ultramacia para não causar retração gengival. A língua também deve ser higienizada, porque é onde as bactérias ficam alojadas.



É mais importante escovar à noite?

Verdade. À noite, quando a salivação diminui, deve-se fazer a escovação mais minuciosa, de, pelo menos, dez minutos. Passe a língua nos dentes para sentir qual ponto falta higienizar.



Escova interdental é importante?

Verdade. O fio dental é bom para remover detrito alimentar fibroso, como carne, mas não limpa a região côncava entre os dentes. Por isso, deve-se usar a interdental, pelo menos uma vez ao dia.

Escovas de cerdas duras são melhores?

Mito. Elas agridem os dentes e a gengiva. A escova mais indicada é a ultramacia, que não agride o esmalte dos dentes e a região da gengiva.



Fonte: Diário de São paulo

domingo, 4 de março de 2012

Rede Unna

Dentistas se queixam de nova tabela imposta por planos


Entre as propostas discutidas está a de questionar juridicamente a fusão operacional dos planos


Clarissa Thomé - 2/03/2012 - 11:20


Cinquenta entidades, entre sindicatos e conselhos regionais de odontologia, se reúnem nesta sexta-feira (2), em Salvador, para definir medidas contra a Rede Unna, que integrou a operação de nove planos odontológicos. Os dentistas conveniados aos planos se queixam da nova tabela imposta, com valores até 65,5% mais baixos. Entre as propostas discutidas está a de questionar juridicamente a fusão operacional dos planos e de fazer uma consulta ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

"Em tese, acredito que se trata de um cartel. Se for o caso, vamos agir juridicamente", afirma Arnaldo Garrocho, presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO) de Minas Gerais. A Rede Unna integrou a operação de Bradesco Dental, OdontoPrev, Sepao, Prontodente, Rede Dental, Biodent, Care Plus Dental, Dentalcorp e OdontoServ, que juntos respondem por 42% do mercado de planos odontológicos. Para o cliente, nada mudou - até as carteirinhas continuam as mesmas. Já os dentistas tiveram de assinar novo contrato com a Rede Unna, passaram a prestar contas a um só sistema, e receberam nova tabela para o ressarcimento dos procedimentos. E aí se concentram as críticas.

"Eles uniram as nove empresas e nivelaram o valor dos procedimentos pelo mais baixo. A Rede Unna paga R$ 2,47 por uma radiografia, quando antes o dentista recebia R$ 7,07", afirmou Afonso Fernandes da Rocha, presidente do Conselho Regional de Odontologia (CRO) do Rio de Janeiro. Apesar das queixas, 80% dos dentistas fecharam contrato com a Rede Unna, informa a OdontoPrev S.A., que está à frente da operação. A empresa informa ainda que aceita negociar individualmente. "É o lado sujo da história. Se o plano tem interesse na permanência do dentista, volta com segunda oferta mais vantajosa. Mas que garantias o profissional vai ter?", questiona Rocha.

Também é considerada abusiva a exigência de anexar ao prontuário do paciente radiografia anterior e posterior ao tratamento, como forma de comprovar o atendimento. A cobrança contraria portaria 453 do Ministério da Saúde, que proíbe exames radiológicos para fins periciais. "A radiografia tem efeito cumulativo e por isso só pode ser realizada se tiver vantagem para o paciente. Em vez de contratar um perito para auditar os tratamentos - e não somos contra isso -, essas empresas usam radiografias. É uma economia em prejuízo do paciente", afirma Arnaldo Garrocho.

A Bahia foi o primeiro Estado a se levantar contra as mudanças. "Desde janeiro estamos suspendendo progressiva e alternadamente o atendimento a esses planos. E orientamos para que os dentistas não assinem novos contratos. Só não suspendemos completamente para não prejudicar a sociedade", afirmou Antônio Falcão, conselheiro-secretário do CRO da Bahia.

Nas cidades fluminenses de Resende, Itatiaia, Porto Real, Barra Mansa, Volta Redonda, Rio das Ostras e Macaé (onde se concentram indústrias e terceirizadas da Petrobrás) também houve paralisação do atendimento. Os pacientes foram orientados a procurar o RH das suas empresas e a ANS para se queixar das mudanças no plano. No Rio, o conselho inicia uma campanha publicitária em rádio, jornal e televisão, a partir de segunda-feira, defendendo a paralisação do atendimento de planos. "Queremos abrir os olhos do público para a situação precária, em que os valores pagos pelas operadoras nem sequer cobrem os custos com o procedimento, quanto mais os custos de consultório", afirmou Afonso Rocha.

Outro lado

O presidente da OdontoPrev S.A, operadora que controla a Rede Unna, Randal Zanetti, afirmou que a decisão de unificar as operações dos planos dentários não tinha como objetivo a redução de valores. "Unificamos tabelas que não conversavam entre si. Não sei se por desinformação, as pessoas estão pegando meia dúzia de eventos de reduções pontuais. No cômputo geral, a remuneração média tende a aumentar e não a cair".

De acordo com Zanetti, as empresas foram incorporadas pela OdontoPrev nos últimos cinco anos. Havia modelos de negócios, tabelas de preços e rede credenciada diferentes. "Não era gerenciável", diz. Ele afirmou que a adesão à Rede Unna é voluntária e não significa a exclusão do profissional do plano, caso este não aceite migrar.

"Estão alegando que usamos a nossa escala para pressionar dentistas a receberem menos. Temos 42% dos beneficiários e 45% de volume de pagamentos feitos a dentistas. No mínimo, estamos pagando a média do mercado", afirmou. "São os conselhos que estão forçando uma negociação coletiva".

Ele negou ainda que os dentistas sejam obrigados a apresentar radiografias para comprovar o atendimento. O executivo explicou que a operadora solicita que exames realizados, a critério do profissional, sejam encaminhados para a empresa para que sejam avaliados num trabalho interno de segunda opinião, feito por dentistas.

Dor na ATM - Google Groups

Grupos do Google
Participe do grupo Dor na ATM
E-mail:
Visitar este grupo